[🥀] - 스물셋
"É engraçado e ridículo quando a gente começa a gostar de alguém que acha que tudo o que o outro faz é um sinal ou uma pista"
Quando Jimin acordou, não sabia aonde estava. A cabeça rodava em várias coisas aleatórias e precisava urgentemente ir ao banheiro. Porém, quando olhou o teto branco cheio de estrelinhas, tudo começou a voltar ao normal.
Estava sozinho na cama, e para a sua surpresa, vestia apenas uma cueca preta, a da noite anterior.
Procurou algum sinal de Jungkook, mas pelo visto ele não estava ali. Esticou o braço tentando alcançar seu celular, olhou o horário, eram 11:23h.
— Será que ele foi para o escritório? — murmurou, a noite tinha sido um borrão, então ele decidiu que respostas agora eram sua prioridade.
Vestiu uma camisa que ele supôs ser de Jeon, pois era incrivelmente grande nele, foi no banheiro, e se higienizou, e saiu em busca de descobrir se estava sozinho, ou não.
Quando desceu para sala, percebeu que definitivamente não estava só, mas não era Jungkook que estava ali, e sim o menino do mercado, assistindo televisão quietinho e entediado.
— Oi, garoto. O que faz aqui? — interrompeu seu plano de caça aos coelhos para dar atenção ao menino.
— Seu namorado pediu para minha omma vir aqui. E eu estou sentado aqui por que ela me disse pra ficar aqui.— mudou de canal, agora Jimin era obrigado a ouvir uma música infantil.
— Que menino obediente.— debochou, mas o garoto era muito novo para entender o sarcasmo, então se sentou ao lado dele esquecendo totalmente de seu plano.— Cadê sua mãe?
— Na cozinha. Ainda não foi lá? — falou como se fosse óbvio.
— Acabei de acordar e estou meio confuso sobre a noite de ontem.— confessou.
— Por quê?
— Porque bebi muito e não sei se transei com meu namorado. Estranho né? Acho que sim, acordei seminu.
— O que é transar? — o menino inclinou a cabeça para o lado confuso, Jimin recuou lembrando-se que Minsuk não tinha nem sete anos.
— É um episódio de ICarly, e eu não sei se maratonei, eu queria muito, sabe? — pensou na primeira coisa que veio à mente.
— ICarly?
— É um clássico. Bom, vou lá ver se maratonei com meu namorado ou não, tá?
— Você está sem calças.— Minsuk comentou rindo.
— Assiste sua porca idiota e cala boquinha.— rolou os olhos e seguiu o caminho para a sala de Jungkook.
Bateu na porta e em seguida ouviu a voz do moreno dizendo para entrar, quando percebeu que era Park, largou seus papéis e trabalho para olhar dos pés à cabeça ele usar apenas sua camisa.
— Bom dia.— o menor caminhou até ele e sem cerimônia sentou sobre suas pernas e passou os braços por seu pescoço.
— Não tem maneira mais sútil de dizer isso, então vou direto ao ponto, a gente transou? Por que eu acordei pelado? Eu não lembro de nada além de propor brincar com você.
— Quer que eu te conte o que fizemos ontem à noite? — colocou a mão sobre o joelho de Jimin e acariciou com cuidado.
— Fizemos alguma coisa ontem à noite? — perguntou incrédulo, não por cogitar fazer algo, mas por não se lembrar de nada.
— Quando eu achei que você tinha dormido, eu desci e arrumei a cozinha, depois que eu subi com o Wasabi, deitei do seu lado.
— Hm, e então?
— Você é sonâmbulo. Um sonâmbulo tarado. Um sonâmbulo bem tarado.— o maior então começa a rir do rosto envergonhado de Jimin.
— Aí, jura? — na verdade ele não sabia, nunca dormiu com ninguém ao seu lado para confirmar se era, ou não.— Tá, me conta, o que eu fiz.
Jeon suspirou sorrindo e então pensou em como iniciar aquele resumo:— Quando eu deitei, você...
— Não, espera, não conta não. Eu estou com vergonha.
— Quer que eu conte, ou não?
— Decidi que não quero que você conte.— concluiu.
— Tá bom, não vou contar.
— Vai me fala, o que eu fiz? — chacoalhou o moreno curioso, mesmo com vergonha.
— Conto, ou não? — riu começando a ficar confuso.
— É algo legal, ou algo constrangedor? — perguntou para garantir.
— Agarrar alguém na madrugada enquanto dorme é algo constrangedor?
— Já tive casos piores de vergonha, então conta, acho que pode ser engraçado e realmente quero saber.
— Na verdade é só isso, você me agarrou, no começo achei que você estivesse acordado, porque demorei limpando toda a bagunça, mas aí quando eu perguntei seu nome e sabe o que você me disse? — subiu os dedos sob a coxa farta de Jimin.
— Por favor me diz que eu falei alguma coisa bem sexy...
— Você ficou enrolando para falar seu nome, até tentou procurar sua carteira e colar a resposta. Sabe o que me disse depois de ficar pensando horas pra falar?
— Meu nome?
— "Começa com 'J', termina com 'in', aí eu até pensei que você estava sóbrio o suficiente pra me agarrar. E disse no final 'Joaquin'.— jogou a cabeça para o lado rindo descaradamente.
— Eu achei que "Joaquim" se escrevesse com "m" no final...
— Eu te disse isso, mas aí você falou: "É que eu sou meio italiano"! — ele tinha lágrimas nos olhos de tanto rir, passou a noite inteira rindo e tentando não acordar Jimin.
— E minha roupa?
— Você tirou. Falou que iria poupar as preliminares dessa vez.— tentou recuperar o fôlego depois de rir tanto.
— Eu amo preliminares...— inflou as bochechas envergonhado com o que disse, o pior de tudo isso não foi quando estava bêbado, o que seria normal de acontecer, mas enquanto dormia.
— Podemos fazer as preliminares quando você souber seu nome, tá bom?
— Eu sei meu nome...— balançou as pernas.
— O quê? Agora? Na minha mesa? — olhou em volta meio perdido, aquela tinha sido uma proposta igual à das milhares que ouviu ontem, mas não negava que gostou.
— Por que não agora? Eu estou aqui, você também, tô usando só uma cueca aqui embaixo...— inclinou a cabeça para o lado, e seus dedos deslizavam pela camisa social branca do moreno.
Jeon não disse nada, infiltrou sua mão dentro dos cabelos negros do outro, e puxou para trás deixando a pele de seu pescoço exposto, depositou alguns beijos molhados, Park suspirou baixinho com o toque único.
— Já comeu? — perguntou e o outro sentiu cócegas com os lábios úmidos tocando ele.
— Nem passei perto da cozinha.
— Deveria. O café da nossa nova empregada é muito bom, até minha avó que não gosta de nada, gostou.
— Shhh, continua me beijando, depois eu vou lá comer.— sussurrou, o moreno sorri com os lábios ainda roçando na pele sensível e já avermelhada de Jimin.— Se eu tivesse pedido para me tocar você já teria feito? — divagou, na verdade aquilo era pra ter ficado na sua mente, mas acabou escapando, gostava de tudo na sua relação com Jeon, absolutamente, mas naquele momento, queria ser tocado.
— Acha que eu negaria fogo com você? — afastou seu rosto para admirar o menor, seus dedos ainda passeavam delicadamente por toda carne farta das pernas de Park.
— Não sei, namoramos a quatro dias, isso são 232 dias em Mercúrio, o que dá aproximadamente uns oito meses de namoro, já tô achando que você não me acha atraente e esse papo de panturrilha é furada!
— Em Mercúrio a gente já namora tudo isso? Estou meio atrasadinho...
— Não muda de assunto não.— percebeu antes de cair na 'cilada' de iniciarem uma conversa.— Estamos falando sobre outra coisa.
— Sim, você estava dizendo que eu não te desejo como homem. Fiquei ofendido agora. E esse papo de panturrilha não é furada, eu realmente amo muito ela. Simples, me diz o que quer fazer, que eu faço.
— Posso mesmo? — recuou para trás sorrindo, meio receoso.— Vou logo dizendo que eu sou bem safado, sou mesmo.
— Nada que eu não dê conta. Pode falar.
Pensou, sabia que não iriam fazer nada agora, mas já que tinha o passe livre para falar, revelou:— Ah, quero foder várias vezes, de verdade, quero que me faça gozar tanto que vou parecer um boneco de cera.
Jungkook tampou a boca querendo esconder o riso, mas foi pego desprevenido, quis parar sua gargalhada no fundo da garganta.
— Um boneco de cera? — arqueou a sobrancelha com um semblante divertido.
— É.
— Nada que eu não dê conta.— reafirmou invicto.
— Sugerir que possamos fazer agora seria muito desesperador da minha parte?
— Aqui? Agora?
— Nah — se arrependeu, não estava com tanto desespero assim, além do mais não tinha tomado um banho, e ainda sentia cheio de álcool em si, não era a melhor hora.— Que horas são? — mudou de assunto, sabia que se prolongasse ainda não daria em nada, pois vivia temperando o que não ia comer.
— Onze e quarenta. Você sabe que eu tenho continuar a trabalhar né? — olhou o relógio.
— Posso mexer no seu computador? — pediu se ajeitando de costas para Jungkook e ligando o computador.
— Sabe que eu não vou conseguir trabalhar com você assim né?
— Não ligo nenhum pouco.— deu de ombros pesquisando uma coisa qualquer.— Definitivamente, os pinguins são meus animais favoritos.
— Por quê? — o moreno tentava se concentrar nos papéis do trabalho, até puxou de sua gaveta seu óculos, mas aquilo falhava toda vez que Park dava qualquer mexida em seu colo.
— Tá brincando comigo? Eles são aves que não voam, pelo contrário, são grandes mergulhadores! São considerados aves estranhas, me identifico muito.
— Que bonitinho. Que mais?
— Eles são monogâmicos. Eles escolhem um par e ficam com eles para o resto da vida, e quando um deles morre, o outro fica sozinho até passar dessa pra melhor!
— Um bom viúvo.— ajeitou sua posição na cadeira enquanto Jimin ainda olhava o computador.
— E olha essa, os pinguins tem um jeito especial de se declararem!
— E qual é?
— O macho leva a fêmea pra passear na praia e enquanto eles andam, ele fica olhando para o chão e procura a pedra perfeita para dar para ela, assim eles colocam para iniciar um ninho.
— Nossa...— comentou surpreso e dando atenção a tela do computador.
— Não é bem uma pedra, é mais um cristalizho, tem que ser diferente e especial... Aí eu amo pinguins, amor, podemos ter um pinguim?
— Eu creio que não, príncipe.
— Quero trabalhar num aquário.— concluiu, e logo depois explicou:— Para poder trabalhar com pinguins, e arraias. Elas são fofas também. Acha que eu tenho chance?
— Com esse sorrisinho lindo, te contratava na hora.
— Para, eu estou falando sério! — sorriu sem graça.
— E eu também, acho que você se sairia muito bem.
— Os animais são tão românticos.— suspirou vendo uma matéria aleatória na internet.— Você parece um rato silvestre.
— É alguma nova piada com os meus dentes? — olhou a tela novamente.
— Poderia ser, mas não é. Está dizendo que eles são muito carinhosos, trocam muitos mimos e carícias, principalmente em dias chuvosos. Igual você.— virou seu rosto para encarar Jeon e mostrando a ele seu sorriso.
— E você flerta igual a um urso polar.— bateu seus olhos na tela do computador lendo alguns fatos aleatórios.— São intensos e aventureiros, seus flertes podem ser comparados com uma perseguição, já que eles seguem seus companheiros por todos os lugares até que sejam notados, diz aqui que o passivo é que seduz o ativo para um local reservado para acasalarem.
— Já posso fazer o comercial da coca-cola!
— Eu serei o rato silvestre da sua coca-cola, meu príncipe.
— Se isso era pra ser romântico, sinto muito, você falhou drasticamente.
— Eu sou carinhoso em dias chuvosos, não preciso disso.— deu de ombros, Jimin novamente se apoiou em uma coxa e passou os braços pelo pescoço dele rindo.
— Preciso ir tomar um banho antes da professora chegar.
— Tudo bem. Veste uma calça, agora temos criança no local.
— Ah, merda. Agora não posso nem te seduzir com meu corpo desnudo.
— Até por que nem precisa estar desnudo pra me seduzir, né? — beijou a bochecha de Park e se afastou.
— Acho bom não precisar mesmo.
— Não vou ficar aqui muito tempo, tenho que ajudar a Jinjoo com as coisas no local que vai ser dela.— passou a mão pelos cabelos do menor e os separou delicadamente na parte da testa.— E aí, poderei ficar trocando carícias como um rato silvestre com você.
— Tudo bem, vou esperar ansiosamente por isso.— um último suspiro antes de se levantar.— Trabalhe direitinho, tá? Salve o mundo por nós!
— Salvar o mundo? — perguntou sorrindo e ajeitou os óculos no rosto.
— É, sei lá, tanto faz! — se inclinou para um beijo antes de sair da sala.
[...]
Parecia que a paz rodeava toda a casa, Jimin estava tendo aula de biologia na sala de jantar, como sempre fazia, mas dessa vez não estava só.
Minsuk e Jangmi estavam compartilhando uma fornada de biscoitos e suco de uva enquanto liam um livro infantil, seria muita maldade de Park se confessasse que desconfiava que ela iria acabar dando o bote naquela criancinha, mas ela não fez isso, ela parecia estar se dando muito bem.
Jinjoo chega no local e sentou ao lado de seu filho, tentando acompanhar a leitura boba dele, perguntou milhares de vezes se estava incomodando a senhora Jeon, mas ela disse que não tinha nenhum problema em ler aquilo com ele.
Isso sim era assustador.
O moreno apareceu no local analisando, sua casa nunca esteve tão cheia em todos os anos que morou ali, sinceramente achou até legal.
Chegou por trás do corpo do namorado e encheu sua bochecha de beijos, e logo se afastou.
— Só vou trocar de roupa e já te ajudo com as coisas, tá bom? — se virou para a empregada e depois deu mais um beijo na bochecha de Jimin antes de sair rumo ao quarto.
— Vou juntar as roupas e colocar na máquina enquanto isso, tá? — ela avisa se levantando, tinha feito tudo, limpou tudo que tinha que ser limpo, e agora só esperaria Jungkook ajudá-la com as coisas da mudança.
Pegou o cesto vazio e subiu as escadas, ela não sabia exatamente os lugares da casa, então ficou meio confusa, sabia que de fato a última porta era a do quarto de seu chefe, então decidiu começar pelo quarto que ele distinguiu ser o dos hóspedes.
Aquilo foi um grande erro.
Abriu a porta, que na verdade era o quarto de Jimin e viu seu chefe sem camisa, num flash de segundo fechou a porta com tudo, chamando atenção com o barulho.
Assimilou a visão por uns dois milésimos de segundo extremamente envergonhada e bateu na porta de novo, querendo desfazer o mal entendido.
— Entra.
— Desculpa, senhor. Eu achei que esse quarto era o de hóspedes e não esperava que ficasse aqui...— agora ele já estava de camisa, mas ela sabia exatamente o que tinha visto.
— Tudo bem, não tem problema. Iria pegar a roupa?
— É, mas eu volto outra hora.
— Ok.
Ela fechou a porta novamente e desceu meio desconcertada. Voltou para a sala de jantar e sentou ao lado de Jimin suspirando.
— Nossa menino, você tem um homão da porra lá em cima!
As mulheres se olharam e elas até iriam repreender por ter falado um palavrão perto da criança, que não entendia nem o significado de 'homão'.
— O que aconteceu? — Park ri, já que sua aula tinha sido interrompida.
— Eu achei que o quarto era de hóspedes e entrei lá, e seu namorado tava sem roupa.
— Qual patamar de nudez estamos falando? — semicerrou os olhos.
— Ele estava sem camisa menino, que tatuagem bonita ele tem no peito, desculpa, mesmo sentindo ranço dos homens, não consegui resistir.
— Jungkook não tem tatuagem não.
— Então ele tem um irmão gêmeo gostoso lá no quarto, porque eu sei o que vi.
Jimin semicerrou os olhos duvidando um pouco e pensando em todas as variáveis possíveis para aquilo ser só uma mentira:— Viu mesmo?
— Me surpreende você não ver.
— Ah — recuou, olhou para mesa e avistou seu copo com apenas metade de suco de uva, teve uma ideia boba, então agarrou o copo e se levantou.— Já volto.
— Boa sorte.— desejou bebendo suco do copo do filho.
Ele subiu em passos largos com suco na mão e entrou no quarto, quando abriu a porta, viu Jungkook totalmente trocado, com uma camisa polo branca e uma bermuda preta jeans, ele estava até usando chinelo slide preto.
— Oi.— ele diz arrumando o cabelo.
— Vim te trazer suco.— mostrou o copo quase vazio.
— Não tem quase nada aí.— tinha praticamente três centímetros de suco.
— Subir escadas cansa, tá legal?
— Ok...— ignorou tateando os bolsos e conferindo se a chave do carro e a carteira estavam ali.— Eu vou com a Kang buscar o resto das coisas dela.
— Legal.
— Eu vou ir tá? — avisou uma última vez percebendo que aquilo era estanho.
— Tá.
Jimin não tinha muita fé no plano dele, mas agora que ele interrompeu a aula e todos seus pensamentos para conferir a nova informação.
Assim que Jeon concluiu que estava tudo bem para partir e deu um passo em direção a porta, mas quando se moveu Park viu que era hora de agir.
— Opa! — jogou o resto de suco na camisa de Jungkook.— Aí, nossa, me perdoa, eu tropecei.
— Tropeçou parado? — esticou sua camisa branca e viu o líquido roxo se espalhando.
— Isso é detalhe.— balançou as mãos, colocou o copo em cima da escrivaninha que ele tinha e voltou ficando de frente para o moreno.— Nossa, me desculpa, temos que dar um jeito nisso, será que a mancha sai? — segurou a barra da camisa branca dele e começou a puxar.
— Espera, espera, espera...— colocou a mão nos braços de Jimin sorrindo entendendo exatamente o que estava acontecendo.— Não acredito que manchou minha camisa só pra fazer tirar ela, sabia que demora colocar de molho? Você poderia simplesmente ter dito, meu Deus...
— Quem acha que eu sou? Pensa que sou desesperado ao ponto de te sujar só para te ver sem camisa? — seu tom abismado fez o outro refletir.
— Não, acho que não...— admitiu.
— Deveria se retratar então, porque eu sou.— deu de ombros mandando a real.— Ouvi dizer que você tem uma coisinha escondida... por...— passou o dedo por todo o tórax de Jungkook sem saber exatamente aonde estava localizada.— Por algum lugar.
— Empregadinha duma figa, me caguetou! — colocou a mão na cintura.— Você é muito exagerado, vou ter que colocar de molho e vestir outra!
— Reclama não, eu posso fazer pior.— avisou.— Você falou que não tínhamos mais segredos. Isso é um segredo. Um gravíssimo.
— Um segredo gravíssimo? — arqueou a sobrancelha.
— Estou disposto a perdoar se me mostrar.
— Como você é bondoso.— deu um passo para trás e colocou a mão sobre a gola da camisa a puxando para cima.
O menor semicerrou os olhos decorando cada detalhe do que via, até que finalmente Jeon terminasse e jogasse o tecido sujo na cama.
— Não te perdôo, de jeito nenhum.— balançou a cabeça negativamente e colocou a mão em seu peito, de maneira que pudesse tocar e conferir se era aquilo mesmo.— Você tem uma...
— Tatuagem? É, tenho. Fiz quando tinha dezoito anos e um dia.
— Foi quando veio morar pra cá definitivamente...
— Sim, lírios porque me lembram minha mãe e são minhas flores favoritas, e a serpente tem vários significados; misericórdia, sabedoria, renascimento, fertilidade, perigo...
— É, é, e qual desses aí é a sua?
— Um pouco de todos, mas principalmente renascimento. Eu tinha acabado de me mudar e seguir minha vida daquele ponto em diante era o principal pra mim.— colocou a mão sobre a de Jimin.
— Por que não me falou sobre ela? Vai dizer que ia manter segredo?
— Isso não é um segredo.
— Pra mim é. Um segredo obscuro e sensual que você literalmente carrega no peito.
— Você me sujou só pra ver isso.— concluiu ao final de tudo.
— Não chama de isso, é você com uma tatuagem, uma bem foda, e máscula, e sexy.— beijou o peito dele de forma singela e mostrando um apresso, Jeon até acharia estranho, mas relevou.— Aquele plano de parecer uma vela ainda tá de pé, ok?
— Achei que era boneco de cera.
— Os dois são de porra, fica quieto.— mostrou a língua mostrando sua insatisfação.— Veste uma camisa homem, não sei o que faço se você continuar aí se insinuando pra mim.— virou o rosto para o outro lado.
— Ah, claro, sou eu que fico me insinuando, urso polar pervertido.— ele ri, teve que ir até o guarda roupa e pegando uma outra camisa, também polo, mas agora cinza.— Vê se não joga suco nela também.
— Infelizmente acabou.— voltou na sua escrivaninha e pegou o copo vazio, iria descer de qualquer jeito e pensou em fazer isso acompanhado de Jeon.— Bae está esperando lá embaixo.
— Deixou sua professora sozinha só para matar sua curiosidade? — questionou quando estavam caminhando até a porta e por puro reflexo entrelaçou sua mão na de Jimin.
— Falando assim parece que eu fiz uma coisa estupidamente idiota...— murmurou, em seguida riu, pois sabia que era exatamente isso.
Desceram as escadas juntos, quando estavam na sala de jantar, ninguém disfarçou o olhar curioso para Jimin.
— Senhora Kang, está pronta?
— Uhrum! — se levantou pegando sua bolsa, e caminhou na direção dele.
— Tchau, príncipe.— sussurrou próximo do ouvido do menor e deu um pequeno selar antes de sair andando acompanhado da mulher.
Assim que Jimin se sentou, todos que sobraram estavam curiosos sobre o que aconteceu no andar de cima e o induziram a falar.
— Não era irmão gêmeo galera, é dele mesmo.
— Irmão gêmeo eu sei que não é.— Jangmi dá de ombros, mas ainda sim fica em silêncio esperando informações.
— É uma serpente e um lírio.— deu mais detalhes com cuidado, enquanto isso Minsuk assistia em silêncio sem entender absolutamente nada, mas ria quando os outros riam apenas para entrar naquele círculo de amizade.
— Jesus Cristo, pai eterno...— a professora murmurou.
— Está na hora da oração? — o garotinho olhou para todos ali na mesa.
Ficava cada vez mais confuso, pois todos riram dele depois disso.
BONECO DE CERA KJDKSJSKSKSK
Alguém pode parar o meu cérebro? Não aguento mais ele.
Enfim, uma coisinha:
Eu recebi muitas mensagens e comentários falando sobre a história do Jungkook e de algumas pessoas que passaram/passam por isso.
Sabiam que vocês são melhor do que qualquer pessoa que usam um tipo de chantagem para permanecerem na sua vida, sintam-se especiais, porque vocês realmente são.
Amem a si mesmos antes de acharem que qualquer pessoa pode preencher o vazio de suas vidas.
Bom, não sou nenhuma expert em conselhos, mas saibam que todas as pessoas que me mandaram comentários de apoio e me elogiando sobre o capítulo 20, quero que saibam que sou grata de ver que vocês recebem a mensagem tão bem.
É isso, até o próximo capítulo!
Amo vocês, amo sweet life 💓
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