[🥀] - 마흔셋





"Dizem que o tempo muda. O tempo não muda. Fazer algo a respeito sim gera mudança"


Depois do ano novo, eles não se falaram e nem se encontraram mais. Mesmo sem saber, ambos fizeram promessas a si mesmos na virada do ano de respeitar o tempo um do outro.

Jimin queria o seu tempo para se construir e se refazer sozinho, e depois de ler seu diário Jungkook lhe concederia isso.

Passou-se um mês, e Park tinha muito pouco tempo livre. Ele estudava à noite seu curso de veterinária, e durante o dia trabalhava na confeitaria.

Seu tempo livre dedicava em estudar e ajudar Yejin, que com o passar do tempo sua barriga lhe deixava cada vez mais limitada em fazer as coisas, e ele fazia tudo, até aprendeu a cozinhar por ela.

— Nossa, tem gosto de massa de pedreiro.— ela reclama rindo, aquela era a décima tentativa dele em fazer uma sopa.

— Já comeu massa de pedreiro, trambolho? — coloca a mão na cintura.

— Não, mas definitivamente tem o mesmo gosto que isso.— ela continua comendo em consideração a seu amigo, mas realmente achava que deveria ter pedido comida.

— É, — coloca uma colherada na boca — Tá com gosto de massa de pedreiro.

— Como você fez pra deixar tão grosso? — ela ri e os dois começam a analisar as leis da física serem quebradas por uma sopa.

— Deixei cozinhar bastante para não ficar tão rala... Pelo visto não ficou, parece chumbo.

— Tudo bem, eu vou comer só porque sei que você não é bom em cozinhar, mas fez por mim.— ela continua a comer.

— Não precisa fazer isso, podemos pedir comida.

— É, mas não pode ser chinesa porque não posso comer alimentos crus, e tem uma lista fodida que eu tenho que seguir.

— Ser mãe é uma benção! — ironizou indo até o telefone e sua lista de contatos de comida.

— Não fala isso...— murmurou rindo, mas ficou séria em seguida — Já te expliquei, colocar essa criança é importante para mim. Ele é um pedacinho do meu legado nesse mundo.

Jimin vai até a amiga loira e beija sua bochecha, e mostra a ela a lista de comidas que eles poderiam buscar.

— Pede comida brasileira.— olhou o cardápio.

— Tá — ligou e fez os pedidos do jeito que sempre faziam — Vou fazer seu suco de laranja com couve e dessa vez irei tomar com você!

— Obrigada amigo, preciso de pessoas enfrentando essa batalha comigo.

— Sabe que eu estou aqui pra ajudar você.— ele começa a cortar as laranjas e colocar no liquidificador.

— Nunca imaginei que trazer um bêbado pra minha casa seria uma das minhas melhores decisões.— ela balança a cabeça negativamente enquanto seu amigo lhe serve com suco que o médico recomendou.

— Seu círculo de pessoas está bem regado.

— Você se subestima demais, não gosto disso.— balbuciou fazendo bico — E não retruque, cala boca, vou explodir sua cara de chute se você não parar! — ameaça.

— Cai pra dentro, tanko você e o bebê juntos!

— Falta de respeito, eu sou preferencial, sabia? — se vitimizou.

Jimin olhou a situação, e percebeu que não tinha graça discutir sozinho: — Esquece, eu vou fazer meu trabalho!

— Vai lá meu veterinário gostoso! — deu um certo apoio enquanto ele pegava sua mochila e começava a estudar, como fazia toda noite.


[...]


Agora eram mais três meses. Praticamente cinco meses sem Jungkook.

Se ele falasse que tinha se acostumado com a ideia de estar longe, isso seria uma mentira, então ele sempre ignorava esse fato. Tinha passado metade de um semestre cursando medicina veterinária e não poderia se sentir mais realizado, quando precisava de ajuda, pedia a Taemin, que no final se tornou muito amigo dele.

Na verdade ambos se tornaram muitos amigos, Park, Yejin, Kihyun e Lee estavam sempre juntos, e a ideia agradava o menor, eram os primeiros amigos que ele fez nessa aventura de ser si mesmo e pensou que não poderia conseguir melhor, eram gentis e educados.

Sentia falta de todas as reuniões que fazia na casa de Jeon com Yoongi, Taehyung e Hoseok e mal podia esperar pra ter todos juntos.

— Jimin, eu tenho uma notícia que ao mesmo tempo que é triste, ela também é feliz para você.— Lee sorri aparecendo com sua mochila, Jimin gostava do uniforme que o aquário oferecia, a camisa polo azul ou verde com o logo redondo do local no peito, a calça ou bermuda de cor sempre capri, deixava qualquer um charmoso.

— Ah, é? Vai me demitir? — brincou, hoje ele teria aula só no segundo tempo já que teriam apenas palestras de profissionais na área e ainda estava super cedo.

— Na verdade sim.— deu de ombros, Jimin parou ali mesmo, colocou a mão na boca se sentindo meio desolado.

— Por favor não faz isso, por favor, por favor! Eu fiz algo errado? — colocou a mão no peito sentindo o ar lhe faltar.

— Se eu não te demitir, como você vai ter seu próprio estágio no aquário? — ele entrega um papel para Jimin — Meu curso foi concluído e eles me contratam fixamente lá, então eu torci minha chefe e te indiquei.

— Lee Taemin! — Jimin começa a ter um mini ataque cardíaco de tanto felicidade.

E cada vez mais, Park se aproximava de seus objetivos e sonhos.

— Não fica felizinho não, é só um estágio, e é no meu trabalho de lojinha, como eu te disse...— coçou a nuca, Jimin sabia que Lee era um bom amigo.

— Obrigado, de verdade, aí merda, eu tô muito feliz...— ele não quis chorar, mas era impossível, fazendo uma retrospectiva de seus sonhos, aquele era um dos principais.

Lembrou-se que Jungkook lhe disse que era capaz, e acontece que ele estava certo. Pela primeira vez na vida ele estava se sentindo capaz mesmo.

— Não chora, Ji, agora to meio mal por ter dado a notícia assim! — Taemin coloca a mão no peito, aos poucos as lágrimas param e ele começa a rir.

— São lágrimas de felicidade, de verdade, obrigado mesmo!

— É bom você ser muito bom trabalhando, porque eu fiz um super panfleto de você, comentei que quando era criança você ficou por anos fazendo trabalho voluntário em canis e isso amoleceu o coração de todo mundo! — Park ri, e então Kihyun se aproxima do balcão curioso para saber porque aquela choradeira.

— Que choradeira é essa aqui?

— Taemin me mandou embora!

— O que? Taemin é melhor você sair de dentro da minha loja porque se não te tiro escoltado com os cozinheiros! — começou a jogar bolinhas de papel no próprio chefe.— Vaza da minha loja! Fica tranquilo Jimin, eu te recontrato!

— Essa loja é minha! — reclamou parando as bolinhas de papel.

— Se foda, você acha que eu vou deixar você por meu anjinho no olho da rua? Vai tomar no teu cu! — apontou o dedo na cara dele realmente ameaçando.

— Kihyun! Para! Não! Ele me demitiu porque me arranjou um outro emprego! — a expressão do colega amoleceu completamente.

— Se eu fingir um desmaio, você pode considerar que eu estava tendo um ataque de pânico e eu não perco meu emprego?

— Provavelmente sim, porque eu quero ver você se jogando no chão.

— Minhas pernas estão tããão bambas — E ele fez, depois de uma super dramatização Kihyun se jogou no chão, e depois voltou a ficar de pé como se nada tivesse acontecido.— E aí, como aconteceu?

— O aquário dele vai me contratar como estagiário! — Jimin sorriu animado, e bateu palmas.

— Quer dizer que mais uma vez eu estou nesse buraco sozinho?

— Tá chamando minha loja de buraco, maluco?

— Tá me chamando de maluco? — rebateu.

— Eu desisto do Kihyun! — Taemin balança a cabeça — Park, você sabe aonde é, mas se quiser posso te dar uma carona, é no meu caminho mesmo!

— Obrigado, de verdade!

— Tudo bem, eu teria que te ensinar as coisas mesmo, mas é um estágio, só pra você pegar o espírito de quando for um grande veterinário! — ambos são um sorriso bem largo, Jimin estava pulando de alegria.— E Kihyun, eu preciso da sua ajuda, temos que escolher uma nova pessoa para ocupar o lugar do Park!

— Eu te odeio por ir embora, mas não posso negar que estou muito feliz por você! — Kihyun abraça Jimin.

— Obrigado, foi muito legal, e eu nunca vou esquecer o fato de você ter sido o meu primeiro colega de trabalho! — eles estavam abraçados ainda e amigo praticamente amassando o rosto dele.

— Não fala isso, eu sou sensível! — disse Yoo todo sentimental.— Uh, chegou uma cliente! — eles se afastaram.— Vou deixar você atender porque é sua última cliente!

Jimin sorri e então se vira para a porta e sente como se tivesse visto um fantasma.

Era Jangmi, usando roupas comuns para ela e extravagante demais para outras pessoas.

Ele sorri e vai até ela, querendo atender seu pedido.

— Em que posso ajudar? — tira o bloquinho de notas do bolso de avental.

— Jimin? O que faz aqui? Perdeu o caminho pra casa garoto?

O menor ri, um pouco sem saber o que dizer: — Eu trabalho aqui.

— Você deve pegar uns dois ônibus, é meio longe da casa do Jungkook, ele te deixa por aqui, ou...? — ela pensa, Jimin sorri, o som dela parecia tão gentil e doce.

— Eu e ele não estamos mais juntos...— suspirou.

Ela franziu o cenho: — Quem não está junto? Você e ele? Ele e você? Jungkook e Jimin? Meu neto e tu?

— Parece que a senhora entendeu.— suspirou novamente segurando o lápis.

— Posso saber o motivo?

Jimin olhou para a loja, estava vazia tirando o fato dela estar ali, ele sentou-se a frente dela e contou tudo, o que sentia, o que falaram, como foi. Não esperava que ela entendesse, mas só quis falar mesmo.

— Entendo, você teve que partir.— ela junta as mãos sobre a mesa e balança minimamente a cabeça para cima e para baixo.

Ficou surpreso dela entender.

— Você falou que já conseguiu um emprego, certo? — Jimin assente minimamente — Você também fez amigos, arranjou casa, e também está estudando a profissão dos seus sonhos, não é? — ele assente, sorrindo, porque não tinha como ouvir isso e não sorrir.

— É, isso tudo!

— E você vai ligar para ele quando? — apoiou o cotovelo na mesa e sua mão foi preenchida pelo rosto dela.

— Não pensei nisso.— deu de ombros.

— Sem querer te pressionar, claro que não quero, mas esse era seu plano, você conseguiu bravamente em poucos meses, tenho certeza que não se sente uma sombra agora que formou sua personalidade, e bem, se eu entendi muito bem era isso que você queria, agora o que falta é vocês voltarem, não? — seu tom gentil e curioso, ela só queria o casal que viu nascer voltar a ficar junto.

— Eu... Eu não sei.— mordeu o lábio e abaixou a cabeça.

— Existe um outro lugar que você deva estar a não ser com ele?

— Não, mas eu tive que partir...

— Eu entendi, mas agora não acho que você está correndo. E o que eu não consigo entender é você está correndo em direção a algo que quer? Ou fugindo de algo que está com medo de querer?

Jimin foi pego de surpresa com aquela fala, não esperava ser enquadrado daquela maneira.

— Bem... Na verdade tem uma coisa que eu estou com medo.

— Sabia! — bate na mesa um tanto entusiasmada mas pede desculpa sabendo que foi indelicada.

— No dia que eu fui embora, eu encontrei um par de alianças e... Eu tenho medo desse plano maluco dele ainda estar pairando.— ela ri abertamente.

— Jimin... Você é adulto, sabe que o relacionamento de vocês não vai acabar porque um pediu em casamento e o outro disse não, você não está pronto, e isso é extremamente comum. O relacionamento vai durar eternamente, com ou sem um anel no seu dedo! — ela explica.

Aquilo de fato aliviou Jimin.

— A decisão é sua, mas eu acho que você parece muito bem para retomar sua vida com ele, né? — ela diz, os olhos de Park se iluminaram, ele sorriu cogitando na ideia de ter o moreno de volta.— Isso foi só um concelho, mas você deve ligar quando sentir pronto, e olhando esses olhinhos animados tenho que dizer que você nunca esteve tão pronto...

O menor coçou a ponta da orelha meio tímido, decidiu refletir sobre aquilo, mas pensaria depois: — E a senhora? Parece bem! O que faz por aqui?

— Vim passear. Se eu estou bem? Estou ótima!

— Nossa... Que ótimo. Qual a razão de tanta felicidade? — questionou.

— Hayan está preso — ela ri jogando a cabeça para trás, os olhos de Jimin disparam — Aí, eu amo tanto repetir essa frase...

— Ele foi preso? Como? Quando?

— Foi sim, quinze anos, vai até esquecer o nome de tanto tempo que vai passar lá...— ela tampa novamente a boca pois estava rindo realmente muito feliz.

— Como aconteceu? — Jimin acaba rindo da felicidade da mulher.

— Um namorado atual com quem ele estava denunciou, e eu, como já estava preparada para essa situação ajudei na defesa!

— A senhora ajudou? Como??

— Lembra quando eu fui na casa do Jeon? Foi muito idiota da parte de vocês achar que eu fui apenas pela reforma da minha casa! Além de pedir desculpas, eu fiz uma coisinha... Sabe aquelas folhas onde o Jungkook diz tudo o que passou? Pois foi só fazer umas cópias e entregar para a polícia.

Jimin abriu a boca num perfeito "O", estava totalmente chocado com aquela informação.

— Enfim, crime duplamente qualificado. Além de danos morais e físicos que causou em Jungkook.

— Nossa... Eu... Uau.

Ela sorri: — Mas não conte para o Jeon, ele não precisa relembrar o passado dessa maneira, e também não quero agradecimento, só precisava fazer isso mesmo.— Jangmi dá de ombros, o menor sorriu surpreso e feliz, odiava o tal Hayan, e agora se sentia mais aliviado.

— Foi um gesto e tanto da senhora!

— Só dei a ele o que ele mereceria...

— Foi muito bom conversar com a senhora hoje, de verdade...— sorriu, e ela sorri também.

— Foi bom falar com você também Jimin, mas agora, eu quero que você me dê uma xícara de chá de menta e um muffin de mirtilo! — mudou o assunto e Park levantou rápido, sorriu, fez uma reverência e saiu dali.

Aquela conversa de fato tinha sido muito boa para ele.







///

EU QUERO TODO MUNDO QUE AMEAÇOU A VELHA DE MORTE E O TAEMIN VINDO AQUI E PEDINDO DESCULPA DKSJSKSN

só para falar: esse foi o propósito desde o início da aparição deles, viu como sou planejada?

enfim, até os próximos )))))):

lembrando que: nada é perfeito (não precisam ficar com medo do final, é feliz), mas ele está próximo.

uma coisa queria deixar dita: eu sempre coloco alguém com um propósito na fic, nada é avulso para mim, não se tratando de lost boy...

Até 💜

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