[🥀] - 넷





"Aprenda a tirar proveito das coisas ruins, coisas boas nem sempre acontece"

Assim que o carro começou a se mover, Jimin fez questão de ler todas as placas e decorar por onde eles estavam passando, tinha medo de toda qualquer ajuda voluntária, então preferiu precaver e saber aonde estava indo.

Pararam num portão branco de um condomínio chique na localização mais bacana e rica da cidade, observou Jeon abaixar o vidro da janela e logo depois o portão abrir.

Com aquilo, Park conseguiu entender que era aonde ele morava, bom, era um bairro muito chique, aqueles onde as vizinhas cultivavam jardins de rosas e tomavam chá, e no natal enchiam tudo de pisca pisca.

— Você mora no melhor lugar da cidade.

Você também.— sussurrou de uma maneira que seu acompanhante não ouvisse, e não ouviu.— Chegamos.— estacionou seu carro numa casa bonita.

Jimin observou a cada detalhe da casa, olhou o canto de seu gramado verde uma pequena moita de flores, não acreditava que Jeon era como as senhorinhas que cultivava pequenos jardins e tomava chá, já imaginava como eram seus natais.

A casa era de dois andares, questionou o tamanho exagerado, pois sabia que o advogado morava sozinho. As paredes pintadas de um tom marrom claro, tinha varias janelas, o que significava que a casa deveria ser bem iluminada.

Quando entrou, teve certeza que; ou Jeon não tinha aonde gastar seu dinheiro, ou ele era muito burguês.

A sala de estar tinha uma tv de plasma de sei lá quantas polegadas num painel de madeira em preto fosco muito chique, seu sofá era em forma de "L" e também era preto, a mesa de centro era retangular e bem pequena, com o tampo em vidro temperado fumê, a parede tinha um tom azul acinzentado e pelo visto toda a casa tinha aquele conceito elegante.

A cozinha e a sala de jantar tinha um conceito aberto, estava curioso para ver a cozinha e cada detalhe dela, mas obviamente não se atreveria a mover-se, então se contentou ao que seus olhos alcançavam, uma pequena bancada da mesma cor que toda a parede da casa.

A mesa de jantar era para exatas seis pessoas, com cadeiras mais acolchoadas que todos os travesseiros que Jimin já teve na vida, com certeza poderia dormir naquela cadeira de madeira escura e seu tampo em vídeo preto, assim como a casa toda.

Observou a escada, com certeza chamava atenção por ser madeira tingida de preto, com um corrimão de vidro, atrás dela havia uma porta, que só podia significar que ele tinha um porão.

— É uma casa muito bonita.— admitiu.

— Obrigado.

— Por que me trouxe aqui? — foi direto ao ponto.

— Sente-se, vamos conversar.— pediu apontando para o sofá com a cabeça enquanto retirava o paletó.

Aquilo era com certeza a coisa mais estranha que Jimin já passou em toda a sua vida.

— Park, você não tem para onde ir, e não tem com quem falar, muito menos dinheiro para arranjar um lugar.

— Já ouviu falar em mentira solidária? — Park ficou ligeiramente ofendido.— Quer dizer, continue.

— Você vai dormir aqui essa noite, tudo bem por você? — finalmente revelou.

— Como assim?

— Eu tenho quarto de hóspedes e você pode dormir nele.

— Você está ciente que eu sou um garoto de programa e nós não somos de um ramo confiável para se levar para dentro de uma casa, não é? Assim, como uma profissional eu tenho que te avisar...

— Você mesmo se desmerece, senhor Park, eu jamais pensei isso sobre você.

— Então o que você pensou?

— Acredite, eu estou mais preocupado em você confiar em mim, do que eu confiar em você.— deu de ombros.— Eu sei que é estranho, mas eu jamais faria algo com você, e se você se sentir desconfortável podemos dar um outro jeito, mas é só por essa noite.

— Você é muito gentil, mas eu não posso aceitar, é demais pra mim.

— Como assim demais?

— Você, com seus favores e paninhos bonitos querendo ajudar uma pessoa como eu.

— Não tem nada de errado em você, Park, foi colocado para fora, surrado e maltratado, e chamar aquele cara de filho da puta é pouco para o que ele merece. Se tem algo errado, são eles, e não você.

Jimin degustou a doçura daquelas palavras com muita calma e sem nenhuma pressa, apenas saboreando o primeiro elogio que ele receberá em anos, tirando aqueles ofensivos que recebia de seus clientes, mas obviamente não contava.

— Se você sentir muito desconfortável com a ideia, eu te dou dinheiro e você pode procurar um hotel.

— Não, tudo bem, eu fico, pelo menos essa noite, até eu conseguir alguma coisa.

Jeon aliviou todo seu corpo ao ver o garoto aceitando sua proposta maluca, estava preocupado com tudo que podia acontecer com ele, se sentia estranhamente ligado ao menino, agora mais do que nunca.

— Vem, vamos procurar uma roupa que caiba em você.

— Vamos no seu quarto? — perguntou.

— Sim? — caminhou até o primeiro degrau da escada.

Ele seguiu o maior pelas escadas um pouco apreensivo, na sua cabeça tudo era motivo de desconfiança, mesmo já sabendo que no fundo aquele homem não iria fazer nada.

A escada dava em um pequeno metro quadrado com dois corredores, mas seguiu o maior pelo mais longo e cheio de portas.

— Do outro lado fica um banheiro, que eu estou reformando e tem a sacada, mas a vista é horrível e eu preciso comprar um outro móvel para ficar lá.— avisou o maior percebendo a curiosidade de Park.— Aqui era um quarto, mas eu uso para colocar as coisas que eu compro e nunca uso.— apontou para uma primeira porta.

— É um catálogo da Polishop em vida.— Jimin se segurou para não abrir a porta e usar cada coisinha.

— Aqui é o seu quarto, mas paramos depois.— apontou para outra porta logo em seguida.— E essa é a porta do meu quarto.

Foi fácil de saber, já que estava no final do corredor uma porta enorme e preta. Ao entrar, tentou decorar cada detalhe daquele quarto, o principal elemento foi o lustre não tão chamativo como o da sala de jantar, mas ainda sim, bonito e bem charmoso substituindo uma lâmpada normal.

A cor era azul acinzentada, como era de se esperar. A cama era de casal e daquelas king que Jimin jamais achou que chegaria perto, as cortinas também eram em um tom escuro, havia uma cômoda pequena encostada na parede, mostrando que ele não tinha um guarda roupa.

Haviam duas portas, provavelmente uma era do banheiro, já que ficava só alguns pequenos metros da cama, enquanto a outra era uma porta dupla do mesmo material, mas parecia mais elaborada.

— Closet.— respondeu Jeon percebendo o olhar do homem para porta enorme.

— Mora sozinho e tem um closet?

— Pense que eu fui econômico e não comprei um guarda-roupa.— deu de ombros, realmente, foi uma economia.— Vamos procurar uma roupa você.

Ele foi até a porta do closet e Jimin assistiu a cena em câmera lenta apenas degustando o sabor da riqueza de um homem abrindo o closet.

Observou a imensidão de paletós em vários tons perfeitamente pendurados em um canto do closet, tinha alguns moletons, mas também eram pretos, havia bem poucas roupas coloridas.

— Tenho algumas camisas que eu comprei numa viagem para o Havaí, a anos atrás.— mostrou algumas camisas de botões florais de varias cores diferentes.— Essa camisa eu usei apenas uma vez, mas acho que vai servir em você.— era uma camisa floral verde clara de botões, não impressionou Jimin quando ele disse só usar uma vez, não por que a roupa era feia, longe disso, era só colorida.— Oh, eu ganhei essas samba canções em uma amigo secreto no trabalho, acho que elas vão servir para você! — se animou todo ao ver peças pequenas em seu armário de roupa.

— Me sinto um anão muito merda com você pegando essas roupas.— Park admitiu.— E eu não sou pequeno, você que é muito grande.

— Todos dizem isso.— Jeon apertou os lábios para não rir.

— Você tem uma pinta no queixo, mas só da pra ver quando aperta os lábios.— Jimin pensou um pouco alto dessa vez, talvez devesse parar de ler cada detalhe das coisas.

Jeon esticou-se e pegou em uma das prateleira de seu closet uma toalha limpa e perfeitamente dobrada, deu para Park e junto com um pacote de cuecas boxer totalmente fechado.

— Amigo secreto nunca acerta o meu tamanho.— explicou com seu tom causal.— Tem escova de dentes na segunda gaveta da pia do banheiro.

— E onde é o banheiro mesmo?

— O de cima estou reformando, e o do seu quarto eu ainda nem conferi.— suspirou.— Você pode tomar no do meu quarto, — apontou para a porta do outro lado do quarto — Ou você pode tomar no do andar de baixo.

— Lá em baixo.— os dois parecerem concordar com a ideia.

— Vou te mostrar aonde é! — fechou a porta do closet e começou a caminhar logo que pronunciou a nova rota.

Jimin o seguiu até o andar de baixo e pode dar mais uma olhada na cozinha, apesar de não poder ver muita coisa pelo balcão, ficou ainda mais curioso, geralmente as cozinhas eram aquelas de catálogo, e bom, a casa toda era.

Tinha mais um corredor com portas escuras iguais ao andar de cima, ele só tinha diferença de tamanho e apenas duas portas.

— Esse é o meu escritório, às vezes trabalho em casa.— passou pela primeira porta.— E esse, é o banheiro.— parou na porta restante daquele corredor.— Tem tudo nas gavetas, se precisar pode chamar também.

— Tá.

— Certo.— abriu a porta para que o menor entrasse, assim que fechou a porta decidiu subir e trocar aquela roupa.

Park olhou para o banheiro, estava claramente limpo, como a casa toda, pelo visto não tinha nem o que sujar naquela casa.

Era todo azulejado branco com muitos detalhes em preto, o vidro do box era fumê e Jimin nunca pensou que pudesse se apaixonar por um vidro, mas aconteceu quando ele viu o box. O espelho era retangular e estava preso na parede, o lavabo era de granito preto, assim como tudo naquela casa, o tal armário embutido com a pia preta e em tom fosco.

— Eles não economizam nesse negócio de decoração.— tirou sua roupa com muito cuidado, já que seu corpo estava nitidamente dolorido.

Olhou para seu corpo pelo espelho e teve vergonha de todos aqueles hematomas vermelhos e alguns roxos que tinha na região do peito. Seu rosto também tinha alguns arranhões, a boca estava com um arranhão na lateral, lembrou-se que um dos caras havia chutado agressivamente sua orelha e o seu brinco acabou raspando na pele, o machucado estava vermelho também.

— Isso é ridículo, eu sou ridículo...— abaixou a cabeça meio decepcionado consigo mesmo.


[...]


Jeon estava sentado no sofá esperando que Park terminasse seu banho para que pudessem conversar sobre aquela situação. De fato ele sabia que amparar Jimin podia não ser comum, e não era, mas aquilo viraria sua vida de cabeça pra baixo.

Jungkook mal ficava em casa, e tinha uma grande residência, poderiam até nunca se encontrar. Mesmo sabendo que o problema do garoto não era apenas falta de moradia, ou nenhum conhecido, sentia que a ajuda era muito além de uma cama para dormir, ele carregava um desgosto e pedia ajuda com olhos.

Como iria ajudá-lo se não sabia se ele iria aceitar?

— Ficou bom.— escutou a voz de Park aparecer em sua sala.

Olhou para trás e lá estava ele, com sua camisa havaiana antiga ficando larga no corpo do garoto, dava para ver apenas uma pequena parte da samba canção cinza escura batendo na metade das coxas grossas do menino. Os cabelos preto molhados e o rosto ainda vermelho dos machucados.

— Venha cá.— ajeitou-se no sofá e chamou o garoto para seu lado.

Jimin caminhou até ele sentindo um remorso estranho, aliás, a situação toda era.

— Senhor Park, você gosta do que faz da vida?

— Eu amo realmente vender meu corpo e ser chamado de vadia.— tentou brincar, mas ao ver a expressão séria do maior, tentou corrigir.— Não.

— E você nunca mudou de profissão por que?

— Essa é fácil, ninguém contrata um cara que faz as coisas que eu faço, eu já tentei, pensei em voltar a estudar também, mas foi ridículo as coisas que eu ouvia, até dos professores.

— Não terminou o ensino médio?

— Parei no último ano.

Jungkook respirou fundo, aquilo parecia mais complicado do que pensava. Sabia desde o começo que não era só uma casa que ele precisava.

— Por que parou?

— Só vou te contar por que está me ajudando, mas não costumo me abrir para estranhos, ok? — Jimin alertou, não gostava de compartilhar informações, para falar a verdade não gostava nem de pensar.— Foi na época em que eu fiquei órfão de pai e mãe, eu tinha que pagar as contas que eles deixaram, então eu comecei a trabalhar.

E então você parou?

— As pessoas já praticavam bullying comigo por tudo que aconteceu na minha família, mas aí eles souberam do que eu fazia e eu decidi que não queria mais aquilo.

— Eu sinto muito por isso.— Jeon mordeu o lábio um pouco sem graça.— E isso aí da sua família?

— Não.— Jimin negou-se a falar.— Por que está perguntando sobre mim?

— Por que você vai morar comigo e eu quero saber se vai continuar a fazer o que faz, antes de dizer algo, eu não tenho problemas com a sua profissão, mas nos seus olhos eu vejo que você... Não quer fazer isso.

— Mesmo que eu quisesse continuar sujando minha vida, eu não poderia, aquela área é dominada pelo Dakho e ele não perdoa ninguém, além do mais eu estou cheio de machucados, vai demorar pra tudo sumir.

— Ainda tem chances daquele cara te atormentar?

— Só se eu aparecer na frente dele, coisa que eu não vou fazer e coincidentemente não posso alugar um apartamento no lado oeste da cidade. Que vida de merda né?

— Você não deveria se acomodar a pensar isso, é um rapaz bonito, inteligente e muito perspicaz. Pode conseguir o que quiser.

— Tirou isso de qual livro de autoajuda?

— Tudo bem, não vamos pensar nisso agora.— encerrou o assunto ali.— Vamos cuidar dos seus machucados.

— Cuidar? — Park se afasta um pouco.

— É, já volto, vou pegar o quite de primeiros socorros.— o moreno avisa se levanta, por alguns minutos ele vai para a cozinha e volta com aquela maleta pequena típica em uma mão, e na outra uma bacia de água, parecia estar com dificuldade, mas se apressou e logo se sentou ao lado de Jimin.— Vamos cuidar do machucado na boca, temos uma pomada para isso.

Com muito cuidado ele pegou a pomada na ponta dos dedos e depositou no lábio de Park, que ainda assistia aquilo em silêncio.

— Tem um arranhado na orelha, vamos passar pomada também.

— Por que está cuidando de mim?

— Por que você está machucado, oras.— pegou mais um pouco do remédio e passou pela orelha arranhada do menino.— Essa pomada vai cicatrizar a ferida rapidamente e não vai deixar aquelas marquinhas.

— Hm.

— Tem machucados em outros lugares, Park? — perguntou guardando a pomada.

— Umas marcas pelas costas, mas nada demais.— respondeu ficando um pouco desconfortável.

— Posso ver? — pediu, sabia que era estranho falar daquela maneira, mas precisava cuidar dos machucados.

Jimin desabotoou a camisa sem dizer nada e virou de costas para o homem, apenas deixando que ele cuidasse do machucado, não estava em muita condição de negar ajuda, por isso aceitou.

— Vou passar um pano morno nos hematomas para que o sangue parado não fique coagulado.

— Você sabe muito sobre muita coisa, eu nem sei o que é coagulado direito.— Park fechou os olhos sentindo o pano quente nas suas costas, aquilo relaxou ele mais que o banho.

— Bom, não me pergunte nada sobre matemática se quiser continuar achando que eu sei de tudo.— confessou o maior.— Você gosta do pequeno príncipe, pelo visto.— referiu-se as tatuagens pelo corpo do menino.

— Foi o único livro que eu li na minha vida.

— E se tornou o favorito?

— A história me emociona e tem varias lições bonitas.— deu de ombros.

— Realmente, é um livro muito bom.— Jungkook comenta, mas o outro já sabia disso, por isso era seu favorito.— Faz um favor para mim? Aperta o botão vermelho do telefone? Preciso ver a secretária eletrônica.

Jimin se estica e aperta o botão vermelho como lhe foi pedido, quando voltou a se sentar escutou a voz engraçada da secretária eletrônica.

— Você tem vinte e quatro mensagens.

— Se prepare para ouvir vinte e quatro xingamentos diferentes de Min Yoongi.— o maior alerta ainda passando o pano pelas costas de Park.

— Quem é esse?

— Meu secretário e melhor amigo. Escuta só...— Jungkook apertou os lábios já imaginando as coisas que ouviria.

Os dois ficaram em silêncio esperando as mensagens começaram.

As primeiras mensagens foram apenas perguntando aonde seu chefe estava, mas depois da quinta mensagem, chegaram ao nível que Jeon esperava.

Bocetudo, aonde você está?

— Quantas vezes eu vou ter que falar que odeio isso? – reclamou ouvindo os palavrões.

Mano que merda, aonde caralhos você enfiou esses seus sapatos caro?

— Ele odeia esse meu sapato.— avisou Jungkook.

— São realmente muito feios.— Jimin sorriu, mas o maior não viu, porque estava de costas e ele agradeceu mentalmente.

É melhor você trazer um pãozinho de maçã pra mim por que eu não sou pago para ficar aqui ouvindo a porra da Sunmin falando que você tem uma bunda bonita, você nem tem QUE PORRA!

— Minha bunda é linda, seu punk.— Jungkook sussurrou para si mesmo ofendido e Jimin por mais que não quisesse, acabou ouvindo.

Manoooooooooooo, você não sabe o que aconteceu!

— Uh, fofoca! — Park ironizou.

Caraca eu to com o cu na mão! Jeon cadê você? Perdeu a oportunidade de tomar chá com a lágrima dos outros.

— Ele é meio sádico.— o maior alertou, mas o outro já havia percebido isso.— O que será que aconteceu??

— Mano, sabe o seu ex? O Yugyeom???? Aquele que casou com o Bambam?

A fofoca é grande pelo visto.— concluiu Jimin.

Caralho eu to chorando de rir por dentro! Você perdeu o melhor acontecimento de todos! Bom, lá vai...

— Viu? Ele enche a secretaria de um monte de nada.— Jeon tenta não rir de seu amigo.

Ok, lá vai, os dois se casaram depois que ele te trocou pelo Bambam, certo? Então, hoje ele veio aqui no SEU escritório entrar com pedido de divórcio, eu to chorando de rir, caralhooooo!!!

— Park, pegue o telefone pra mim por favor? — Jeon pede desesperado, em meio segundo o telefone já estava na sua mão como havia pedido. Ele digita o número de seu amigo e coloca no viva voz.— Ignora ele, por favor.

Em menos de um segundo Yoongi atende o telefone todo histérico.

Olha só quem resolveu dar as caras. Que diabos foi fazer, seu dentuço?

— Eu tive uma emergência.— respondeu ele em tom alto pela distância do aparelho.

— Ah, é só isso que você me diz? Saiu correndo e nem me trouxe um pãozinho de maçã, esperava mais de você...

— Yoongi, eu ainda sou seu chefe.

Joga na cara mesmo! Bom, foda-se, vamos fofocar sobre o seu ex, cara, acredita que ele teve a cara de pau de vir aqui e mostrar para nós que ia se divorciar???

— Ele fez mesmo isso? — Jeon puxou assunto descontraído enquanto o menor apenas ouvia tudo e se divertia.

Ô se fez, coloquei os papéis na sua mesa antes de sair hoje, amanhã você vê.

— Eu vou trabalhar em casa amanhã, tem como me mandar por fax? Ou e-mail? — aquilo tinha pegado tanto Yoongi, quanto Jimin de surpresa.

Como assim? Por quê?

— Yoongi, você é pequeno né?

Não quero falar sobre isso com você, girafa. E não muda de assunto!

— Pode me emprestar algumas peças de roupa? Uma pelo menos? — Jungkook continuou misterioso.— Quero que separe umas roupas suas, as mais descentes e venha pra minha casa.

É melhor você não ter levado esse negócio de novas experiências muito a sério! Já to indo, filé de vagina!

O barulho indicou o final da chamada, Jeon finalmente tinha terminado de passar um pano nas costas do menor.

— Pode vestir sua camisa, já terminamos.— avisou começando a juntar as coisas do remédio.— Se sentir dores musculares tem esse spray que é ótimo para tensão.— deu na mão de Park um sprayzinho.

Jimin abotoou a camisa em seu corpo de novo, o clima estava sem graça e o silêncio era humilhante para os dois.

— Vou preparar alguma coisa para você comer.— Jeon avisa.

Essa era a chance que Jimin tinha de olhar a cozinha, não tinha nada de espalhafatoso naquilo, mas só queria olhar a cozinha de catálogo do senhor advogado.

— Posso ir com você? — Park se oferece.

— Claro.

Seguiu o homem até a tal cozinha e com certeza foi seu cômodo favorito da casa, até mesmo do banheiro. Ele adorou todo aquele conceito elegante e dark que a residência tinha.

— Estou apaixonado pela sua cozinha.— admitiu Jimin.

Jungkook olhou em volta admirando sua cozinha, morava lá a anos então estava familiarizado com o local.

Era um lugar espaçoso e como todo o resto da casa, tinha tudo em tom escuro. As paredes eram no mesmo tom azul acinzentado que a sala, com os armários de madeira tingida em preto dando volta por todas as paredes, a geladeira era de duas portas e chamando atenção por ser preta e espelhada, Jimin tocou minimamente a porta dela, ficando a marca de sua digital.

— Depois da casa e do carro, essa geladeira é a coisa mais cara que eu já comprei.— Jungkook ri sem humor.

Bem no meio da cozinha planejada de Jeon, havia uma ilha de mármore escuro, o fogão e o forno estavam embutidos nela, assim como algumas gavetas.

— Você gosta muito de preto, né? — Park olhou o balcão com uma sequência de eletrodomésticos em um tom que ele mais viu desde que chegou aqui, preto.— Liquidificador, microondas, máquina de fazer suco.

— Não gosta de preto?

— Me sinto como o senhor Epaminondas apaixonado pela casa monstro.

— Você é muito bom com analogias

— É um dom que eu tenho.— Jimin dá de ombros encostando o cotovelos no mármore escuro da ilha.

— Tem banquinho.— vai até aonde Park está e puxa por debaixo da ilha um banco de estofado preto.

— A casa vem embutida de surpresas, uau!

— Vou fazer jjajjangmyun, você gosta?

— Tenho certeza que o macarrão instantâneo que eu como não é do mesmo sabor que o caseiro.

— Pois vamos comer o caseiro então.— lavou as mãos antes de rodar pela cozinha e começar a cozinhar.

Jimin não comia uma comida feita por outra pessoa a anos, nunca foi muito experiente e também nunca arranjou tempo para aprender. Havia uma lista na cabeça do menor de coisas que ele gostaria de fazer, entre elas estava; cozinhar.

— Gosta de frango frito certo?

— Eu vivia pedindo no delivery.

— Apimentado ou não? — perguntou pegando uma quantidade de frango na geladeira.

— Você que decide.

— Yoongi daqui a pouco chega então vamos fazer um pouco dos dois.— pensou alto e dobrou a quantidade de frango.

Depois de um tempo ainda assistindo em silêncio Jungkook cozinhar com muita habilidade, ouviram os dois um barulho vindo da porta.

— Cara, se aquele porteiro de uma figa me parar mais uma vez achando que eu vendo drogas eu enfio meu taco de beisebol no cu dele, namoral! — a voz saiu abafada pela distância.— Hmmm, sinto cheiro de molho de feijão...— a voz foi ficando mais próxima do cômodo.— Vamos ter Chikin apimen... Que porra é essa?

Park se depara com um homem vestido todo de preto e com os cabelos verde menta na cozinha de Jungkook.

— Quem é você? Jeon, quem é ele? — apontou para o desconhecido descaradamente enquanto passava pelo outro lado da ilha e começava a roubar comida.— Ele está com a sua roupa? Vocês transaram?

— Para de comer, não está pronto! — Jungkook bate na mão do amigo.— Min Yoongi, esse é Park, Park, esse é Min Yoongi.

— Oi.

— Como assim oi? Da onde surgiu você? Qual o nome completo dele? Sabe que eu odeio sobrenomes.

— Ele não me disse.

— Ele não te disse e você trouxe para a sua casa? Quem é ele? O presidente? — Yoongi olhou com desconfiança no começo.— Sem preconceito amigo, é que o Jungkook não é disso, então preciso interrogar.

— Sem problemas.— Jimin seu de ombros.

— Qual seu nome? — Yoongi vai até ele, puxa um banco igual ao de Park e senta-se observando em silêncio.

— Jimin, Park Jimin.— esticou a mão para o de cabelos verdes.

— Assim tão fácil? Jungkook, você nem perguntou né?— Yoongi ri se deu amigo antes de apertar a mão do garoto.

— Eu perguntei, por que contou para ele e não pra mim? Agora ele vai ficar se achando! — Jeon começou a mexer seu molho.

— Você perguntou quando estávamos no trabalho, eu não podia falar da minha vida pessoal.

— Chuuuuupa! Comigo ele pode, e sabe por que? Por que ele gosta mais de mim do que de você! Um ponto para os menos favorecidos! — Yoongi começa a provocar o amigo, Jimin assistiu aquilo tudo segurando o riso.

— Eu falei que ele iria se achar.— suspirou o moreno cansado.

— Alguém vai me explicar o que está acontecendo? — Min troca de assunto.— Fala aí Jiminie, por que está aqui? — Yoongi perguntou casualmente enquanto ia na geladeira e pegava duas cervejas, deu uma para Park e outra ficou para ele.

— Não falou ainda com o Hoseok? — Jeon fala.

— Tudo bem, vou mandar mensagem para o ruivo.— esticou-se para roubar o prato de frango apimentado de Jungkook.

— Yoongi, não é pra comer! — reclamou o cozinheiro.

— Cale a boca e trabalhe pra mim, escravo.— Min provocou pegando uma asa de frango e com a outra mão, o telefone.

Em poucos minutos Yoongi descobriu de tudo o que aconteceu. Park ficou nervoso com a reação que viria depois dele saber de tudo, geralmente recebia um olhar de nojo das pessoas, principalmente depois dos últimos acontecimentos, como alguém reagiria ao saber que ele estava morando na casa de um ex cliente rico.

Inacreditável como a vida de Jimin não parava de surpreender ele.

Olhou Yoongi atentamente guardar o celular no bolso e beber um pouco mais de cerveja, Jimin não sabia ler a expressão dele então esperou falar alguma coisa, ou olhar de um jeito negativo.

— Pega aí Jiminie! — Min arrastou o prato para que ficasse entre os dois.

— Ele falou pra não comer.— Park ficou sem graça e surpreso ao ver que o homem pouco faz e pouco fez de quem ele era.

— Se você obedecer ele, vai acabar alienado igualzinho e eu não ninguém no mundo igual a ele!

— Pode comer, Park.— Jungkook liberou.— Aliás, você também não é nenhum exemplo.

— É exatamente por ser um exemplo que eu não quero que ele fique igual a você.— caçoou.— Então, quantos anos você tem? — Yoongi começa a puxar assunto com o desconhecido.

— Vinte e seis.— pegou um pedaço de frango.— E você?

— Vinte e sete. Quantas tatuagens você tem?

— Cinco. Tem alguma?

— Não, minha mãe não deixa.— deu de ombros.

— Ele tem medo de machucar sua pele leitosa e sensível.— Jeon provoca o amigo.

— Ninguém gosta de um dedo duro, Jungkook! — o esverdeado reclamou.— Tem cara de que já pintou o cabelo, quantas vezes?

— Castanho, ruivo, rosa, cinza e preto.

— Qual foi sua cor favorita?

— Um pouco de todos, mas me sinto confortável com o preto, combinava com todas as minhas roupas.

— Como assim combinava? Não combina mais?

— O meu síndico queimou todas as minhas coisas e jogou fora como se fosse lixo.

— Que porra, Hoseok não me contou dessa fita aí não! Eu tenho um taco de beisebol e a gente pode enfiar na cara dele, você quer ajuda?

— Cinco anos cursando direito e ele ainda resolve as coisas no taco de beisebol.— Jeon sussurrou.— Park não quer envolver violência e nem nada. Lembra o que eu disse sobre a vida dos outros?

Não podemos nos intrometer. Sim, eu lembro.— resmungou.— Essa merda aí já tá pronta? Eu to morrendo de fome!

— Vai arrumar a mesa, já está quase feito.

— Tá, me ajuda nessa super missão Jiminie! — Min chama gentilmente.— Pega o jogo americano e eu fico com os pratos.

— E aonde está o jogo americano? — olhou em volta.

— Não te culpo, dá para se perder dentro dessa cozinha.— Yoongi suspirou.— Na gaveta ao seu lado tem os jogos americanos, advinha que cor? Exatamente, são pretos.

— Tudo por aqui é preto?

— Muito foda né? Só gente rica tem essas preferência.— Min ri, mas logo atravessa a cozinha e pega três taças.

Jimin agarra três jogos americanos e acompanha o homem rebelde e engraçado até a sala de jantar.

— Esse aqui é o lugar do Jeon, ninguém pode sentar nele a não ser ele.— Yoongi avisou amostrando a ponta da mesa enorme de vidro fumê.

— A mesa inteira é dele.

— Muito bem colocado, Jiminie.— colocou as taças sobre os suportes escuros que o menor acabara de por sobre a mesa.— Vou me sentar aqui e só sairei quando vocês vierem com comida.

— Você que sabe.— deu de ombros voltando para cozinha.

— Ele sentou lá e pediu por comida né? — Jungkook pareceu adivinhar.

— Sim.

— Pode me ajudar a levar as coisas? — Jeon deu a ele duas tigela de macarrão com molho de feijão preto.

— Que coincidência a primeira coisa que você me serviu ser preta.

— É o destino, juro.

— Já volto para pegar mais.— avisou o menor saindo com dificuldade de segurar aquelas tigelas enormes.

Colocou a mesa uma para Yoongi e outra no lugar dele, logo o esverdeado reclama de não ter trago os talheres para ele comer de cara. Jimin ignorou e voltou para cozinha.

— Leva os guardanapos e os jeotgarak, mas deixa o Yoongi por último, ele é muito folgado.— deu na mão de Jimin jeotgaraks  suficiente para todos e três guardanapos brancos.

— Os guardanapos são brancos.

— São as coisas mais feias que eu comprei.— brincou pegando sua tigela de macarrão e a de frango frito.

Os dois caminharam juntos até o outro cômodo onde encontraram Yoongi afundando seu rosto em um prato de macarrão.

— Pelo amor de Deus, Min! — Jeon reclama ao colocar os pratos na mesa.

— Vocês demoraram com os hashis! — se defendeu, seu rosto estava lambuzado com a passa escura do macarrão o que fez Jimin rir internamente e lhe entregou o talher e um guardanapo.— Valeu, lindinho.

— Aqui o seu, Jungkook.— entregou para o maior também.

— Você não vai me servir nenhuma bebida? Cadê seu cavalheirismo? — Yoongi pergunta.

— Sabe aonde tem bebida, vai lá e pega.— ignorou seu amigo e começou a comer.

— Eu sou a visita aqui! — o de cabelos verdes sai andando e reclamando até a cozinha.

— Você passa mais tempo na minha casa do que eu.— Jeon sussurrou começando a comer.

Jimin ficou sem graça com aquela situação, comer numa mesa, com alguém, numa casa.

— Eu trouxe vinho branco, por que o Jungkook odeia tudo que é branco! — Min volta com uma garrafa de e três taças.

— Que irônico.— Park comentou enquanto era servido uma enorme taça de vinho.

— Esqueci do babado do dia.— Yoongi interrompe o jantar de todos.

— Ah, é, sobre o divórcio. Ele fez mesmo isso? — Jeon serve um pouco de vinho em sua própria taça.

— Teve a cara e a coragem. Você acredita que eles se casaram em comunhão de bens? Será que o Yug fez isso para te alertar que tá na pista?

— Sei lá o que se passa na cabeça dele.— Jungkook deu de ombros.

— Jiminie, me dê sua opinião.— chamou atenção do menor, que estava com a boca coberta da pasta preta deliciosa.— Se você namorasse um cara como o Jeon, depois cometesse a burrada de trocá-lo por um cara, e se casasse e então, quando seu casamento estivesse uma merda, você procuraria seu ex?

— Eu procuraria ajuda psicológica.— foi sincero, o que fez Min bater palmas e rir.

— Gostei desse garoto.— continuou rindo.

Jimin abaixou a cabeça para esconder seu sorriso de satisfação, gostou do homem de cabelos verdes e sua personalidade forte, também gostou da maneira que ele não o julgou.

— Jungkook, tá faltando sal.— Yoongi iniciou.

— Pelo amor de Deus...— o maior fecha os olhos fingindo ter perdido a paciência.— Trouxe a roupa que eu pedi?

— Sim, tá na mochila.

— Ótimo. Park, você vai usar a roupa dele até que a gente compre novas para você.— avisou.

— Vai comprar roupa nova pra mim também? — Min se intromete.— Não precisa responder.

— Bom mesmo.

— Posso ir fazer compras com vocês?

— Você tem que ir trabalhar.

— E você não bonitão? — cruzou os braços inconformado.

— Uma das vantagens de ser chefe.

— Morte ao pênis!



[...]



Yoongi tinha ido embora depois de assaltar a geladeira de Jungkook, pegar seu sorvete e fazê-lo de sobremesa com Jimin.

— Desculpa por ter detonado seu sorvete, mas o Yoongi tem um poder de convencimento impressionante.— Park ajudava Jeon a lavar a louça.

— Não tem problema nenhum, quando você quiser algo na geladeira, é só pegar, o Yoongi fala daquele jeito agressivo por que é rebelde.— Jungkook secava os pratos.

— O que você ganha sendo legal assim? — perguntou.

Por que eu teria que ganhar algo?

— E você não quer?

— Eu não preciso de nada.

— Odeio você por isso.— Jimin admitiu, o maior ri, por que não foi aquilo que ele dizer.

— É tão inacreditável assim ver-me ajudando você sem querer nada em troca? — Jeon perguntou e por um segundo repetiu a frase em sua cabeça.— Não responde.

— Obrigado.— suspirou Park fechando a torneira.

— Você está suspirando, ficou com sono? — Jeon começa a guardar os pratos e copos.

— Costumo dormir tarde, mas acho que hoje o dia foi tão agitado que fiquei com sono.

— Bom, então vamos, vou te apresentar ao seu quarto.

Jimin sabia o caminho, mas ainda que soubesse, esperou o maior conduzi-lo para o seu tal quarto.

— Bem vindo ao seu quarto, Park.— abriu a porta.

Olhou em volta e ficou surpreso, foi quase cômico ao ver a decoração do cômodo. O quarto era branco, paredes, cortinas, cômoda, guarda roupa, prateleiras, até o edredom e os travesseiros da cama de casal.

— É branco.

— Sim, branco. Não gosta?

— Eu particularmente não ligo, só estou surpreso de não ver nada preto aqui.

— Foi o único lugar da casa que eu não mexi.— explicou.— Espera.— sentiu um odor estranho.

Começou a cheirar o local, estava com cheiro de poeira e mofo, Jungkook aproximou-se da cama e bateu um pouco no edredom, o cheiro de pó foi inevitável.

— Não pode dormir aqui, desculpe.

— Por que não?

— Por que parece o compartimento do meu aspirador.— se levantou.

— O que é uma poeira de nada? Posso lidar com isso.— Jimin tentou ignorar.

— Não, você pode pegar uma rinite alérgica, ou sei lá, vamos limpar isso aqui para você amanhã.

— Rinite alérgica? Sério mesmo? Essa doença não existe pra pessoas como eu.— Park não quis insistir no assunto.

— Pode dormir no meu quarto.

— E você?

— Um sofá de dez mil dólares não é o pior lugar do mundo para dormir por uma noite.

— Pagou tudo isso naquilo????? — Jimin perguntou inconformado.

— Não quero entrar em detalhes agora.— deu de ombros, enquanto puxava o garoto para fora do cômodo fedido.

Caminharam até o quarto de Jeon, o menor caminhou até a cama e se sentou envergonhado e ainda olhando para os lados.

— Vou pegar uma roupa e já vou tá? — avisou.

— A casa é sua.— Jimin deu de ombros engatinhando até o meio da cama e se enrolando no edredom.

Era tudo cheiroso e perfeito, quando parava para pensar na diferença de vida que Jimin e Jeon tinham, se sentia até meio bosta, mesmo sabendo que essa não era a intenção do gentil homem, não evitava de se sentir assim.

— Eu vou tomar banho aqui.— avisou apontando para a porta do banheiro de seu quarto.

Depois de alguns longos minutos, Jeon sai pela porta vestindo uma calça de moletom preta e uma camisa branca, secando seus cabelos.

Quando ele encarou Jimin, para conferir se dormia, sua única reação foi fechar os olhos e fingir que estava em sono profundo, mesmo que sua posição estivesse desconfortável e seu pescoço doía pela maneira que encaixou sua cabeça no travesseiro.

— Devia estar cansado mesmo.— ouviu a voz de Jungkook se aproximar dele, decidiu que a melhor coisa era continuar em silêncio e apenas esperar por alguma ação suspeita.

Sentiu o antebraço gelado de Jeon passar por sua nuca e puxa-lo para cima, quase meteu-lhe um bom tapa, mas decidiu ainda manter o disfarce.

— Pronto, agora não vai acordar com dor.— sussurrou se afastando.

Jimin sentiu que a luz foi desligada e, um pouco antes da porta ser fechada, teve certeza de ter ouvido um sussurro de "boa noite".

— Que merda, ele é fodidamente estranho.— o menor suspirou olhando para o nada.








Aí to apaixonada pela casa que eu criei pro Jungkook o que faço

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