[🥀] - 열여섯
"Talvez eu tenha estragado tudo, mas se eu não fizesse o que eu fiz, ainda haveriam dúvidas, e ele seria apenas mais um"
O dia havia começado bem para Jungkook, abriu os olhos e estava abraçado com Jimin, ainda estava frio lá fora, mas aquecido quando seus corpos estavam unidos.
Ele amava dormir abraçado, era uma coisa que nunca negou, e sentiu que estavam realmente protegendo Park, agora que o menor dormia serenamente em seus braços de maneira calma e confortável.
— Eu não vou levantar agora...— murmurou para si mesmo se inclinando para olhar mais do que só a nuca de Jimin.
O menor depois de um tempo começou a acordar também, gostou dos braços longos de Jeon envolvendo seu corpo, agradeceu mentalmente a avó de Jungkook por fazer aquilo acontecer, apesar de achar ela meio megera.
— Hmurhmm — o maior não sabia identificar que som era aquele que saiu da boca de Park, mas foi arrastado por causa do sono.
— Bom dia, eu acho.— ele ri assim que o menor vira-se de frente para si e sorri com os olhinhos fechados.
— Bom dia... Acordou já faz muito tempo?
— Minutinhos atrás.— deu de ombros, e passou o polegar pelos olhos fechados de Jimin, logo em seguida, ele abre.— Preciso levantar e fazer o café.
— Ela deve estar morrendo de fome.
— Ela deve estar morrendo de tudo.— brincou, mas foi repreendido com um tapa de Park.
— Por que odeia tanto ela?
Jungkook suspirou por um longo tempo antes de pensar em algo para responder:— Ela é mãe do meu pai, motivo suficiente.
— Para vai, me diz, o que é exatamente?
— Meu pai pouco se fodia pra mim até que ela disse que eu deveria ficar com ele e não com a doente pobre da minha mãe.
— Como você pode me deixar trazer essa mulher dentro da sua casa? — se sentou na cama chocado.
— Avisei que não era boa ideia.— levantou-se também ficando ao lado de Jimin.— De qualquer forma, o mundo dá voltas príncipe, antes ela dizia que minha mãe não tinha condições de cuidar de mim, e hoje ela me manda uma carta pedindo para eu cuidar dela, a vida é uma loucura!
— Aí Jungkook, você é muito valioso, sei lá, para com isso, sua perfeição me irrita! — fechou a cara e empurrou de leve o braço do maior, estava devidamente frustrado.
— Acho que isso era para ser uma coisa boa, mas saiu de um jeito tão cruel da sua boca.— coçou a nuca um pouco sem jeito, ouvir aquilo de Jimin significava muito para ele.
— Desculpa meu amor, você só é precioso demais para compreensão humana...— deitou a cabeça no ombro de Jeon num gesto carinhoso.
Meu amor. Mesmo com Jimin não se tocando do apelido carinhoso que saiu de sua boca, na cabeça do maior aquilo o deixou feliz, independente se foi inconscientemente, ele gostou de ser apelidado assim.
[...]
Park agora estava recebendo um dos testes avaliativos que sua professora fazia semanalmente para ver se ele entendia toda a matéria, não foi difícil, estava incrivelmente confiante nas respostas.
— Terminei.— entregou a ela sorrindo.
— Antes do tempo, muito bom...— olhou o relógio impressionado.
Enquanto a professora corrigia, Jimin batucava os dedos ansioso por uma nota, alguns passos de salto se aproximaram, imaginou que fosse a senhora Jangmi, que parecia uma assombração no meio da casa, às vezes estava, às vezes não, às vezes Jimin via o vulto dela por aí.
— O que estão fazendo? — perguntou curiosa olhando mais uma desconhecida e vários papéis, como se fosse um grupo de estudos.
— Estudando.
— Você faz ainda faz faculdade? — senhora Jeon perguntou curiosa.
— Estou concluindo o ensino médio ainda.— Park explicou simplista, mas se sentiu inferior ao ouvir uma risadinha da mulher, ele perguntaria qual é graça, apenas relevou.
— Quantos anos você tem? Vinte e seis? Sinto muito te informar, mas está alguns aninhos atrasados, sei lá, uns dez?
— Eu voltei a estudar a pouco tempo, não tive muitas oportunidades na minha adolescência.— ignorou o comentário totalmente desnecessário.
— Eu percebi isso, mora na casa de desconhecidos, não terminou o estudos, tem sequer um plano de vida?
A professora largou a caneta e o papel e olhou bem para a mulher de idade, ela já tinha odiado assim que passou pela porta e a viu na escada, mas agora tinha certeza: — Se a senhora não é uma professora, ou se a senhora não é meu aluno, peço que se retire dessa mesa e não atrapalhe o desinvestimento da minha aula.
— Quem é você para falar assim comigo?
— Quem você e para falar assim com ele? — retrucou para apontando para o Jimin.
— Ajuma, tá tudo bem, não é o primeiro comentário que eu escuto, nem será o último.— Park coloca a mão no antebraço de sua professora realmente agradecido por sua consideração.— Senhora Jeon, estamos no meio de um teste, pode nos dar privacidade? — pediu calmamente.
— Está bem.— ela dá de ombros e sai dali.
Bae soltou o ar, estava nitidamente estressada com a mulher que acabou de sair porta a fora:— Isso foi uma atitude muito madura.
— Nem tanto.— deu de ombros.— Corrige logo isso ajuma, eu quero saber minha nota! — bateu palmas fazendo sua professora rir.
— Tudo bem! — reclama sorridente.
[...]
A professora de Jimin havia ido embora satisfeita com as notas dele, e ele mais ainda, resolveu comemorar junto à Jungkook, na verdade sua comemoração foi os dois sentarem no sofá da sala com todas as luzes apagadas e tomarem sorvete enquanto viam Teen Wolf na tevê.
Enquanto Jeon estava praticamente deitado na parte cumprida de seu sofá, Park se aninhou ficando todo encolhido com o braço esquerdo do moreno envolvendo suas costas, ele estava tomando um pote inteirinho de sorvete, que às vezes colocava na boca do maior.
— Legalzinha essa série aí, né? — Jungkook comentou se entretendo.
— Uhrum.— sua boca estava cheia de sorvete para dizer algo útil.— Cadê a velha, quer dizer, sua avó?
— Foi num brunch com as amigas dela da região.
— Ela tem amigas?
— Uh, parece que eu ganhei a aposta...— comentou, Jimin recuou, ele já tinha planos para quando vencesse.
— Você não entendeu, meu amor. Eu perguntei se ela tem amigas aqui pela cidade, achei que ela morasse longe.— inventou uma desculpa que convencesse Jeon.
— Ela tem amigas, aquelas que tomam chá fraco por que se não morrem do coração.— ele brincou, mas Jimin deu um leve beliscão em seu quadril.
Um pouquinho de silêncio, o maior finalmente teve coragem de falar:— Foram duas vezes.
— Duas o quê? — questionou confuso com a boca reluzente de creme gelado.
— Que você me chama de "meu amor".— ele sorri, Jimin nem sequer havia percebido.
— Ah.— suspirou colocando o pote de sorvete na mesinha de centro e voltando para os braços dele.— Quer conversar sobre isso?
— Isso o que?
— A gente. Dormimos juntos, apelidos carinhosos, estamos abraçados assistindo série enquanto eu coloco comida na sua boca. Estamos agindo feito um casal, caso não tenha percebido.
— E sobre o que vamos falar sobre isso? Não se sente confortável?
— Aí nossa, demais.— fechou os olhos por um segundo, Jungkook ri e aperta ele nos seus braços.
Sabia que estava certo, mas ele não queria parar, nenhum dos dois queriam.
— Não somos um casal, mas estamos agindo feito um.
— Um bem bonitinho, olha só que fofinho, quem passar por aquela porta acha estamos satisfeitos com nossas vidas.— Jeon sorri apontando para a porta bem humorado.
— Eu estou satisfeito com a minha vida.
— Eu também.— concluiu.— Era essa nossa conversa? Concluir que somos um casal encubado?
— Essa conversa é estranha.— Jimin ri, por dentro ele estava preocupado com rumo daquilo, mas quis continuar.— Gosto de abraçar você.
— Gosta? — Jungkook olhou para seu ombro e teve a visão do outro cada vez mais relaxado naquela posição.
Gostou daquilo, um contato repentino e iniciado por Park.
— Uhrum. Quando te abraço me sinto protegido.— relevou, o maior apertou os lábios contendo seu sorriso.— Fala uma coisa que gosta em mim.
— Eu já falei várias coisas.— semicerrou o olhar para o pedido.
— Estamos num momento íntimo, me diga algo que goste na minha aparência, fisicamente falando.— explicou, Jungkook tinha parado na palavra "íntimo".
— Certo. Gosto dos seus olhos, são os olhos mais lindos que eu já vi.
— Jura? Esse aqui é meio inchado por que eu bati a cabeça no vaso quando era pequeno.— apontou para a pálpebra que Jeon já tinha percebido ser um pouco volumosa, mas ainda fofa.— Gosto dos seus lábios, quando te vi pela primeira vez achei que beijava bem.
— E beijo.— se vangloriou.— Sua tatuagem na nuca, ela me distraiu por vinte minutos naquela fila de mercado quando a gente se conheceu, eu não olhava pra nada a não ser ela.
— Jura? Gosta dela? — colocou a mão na nuca.
— Sim, de todas as suas tatuagens. São lindas.
— Obrigado.— deu de ombros.— Seus ombros largos, você fica lindo com todas as roupas que veste, tudo cai muito bem no seu corpo.
— Suas curvas. Cada uma delas. Até da panturrilha.— apontou com a cabeça para a perna de Jimin, que estavam encolhidas no sofá.
— Jura? Panturrilha? Onde você olha quando eu não estou vendo? — ele ri, nunca tinha reparado que todas as suas curvas eram atraentes para alguém.
— Para muitos lugares, eu tenho olhos.— deu de ombros gostando do papo revelador entre os dois.
— Mãos. Gosto da suas mãos. Elas fazem um cafuné muito bom.— admitiu, o maior riu e espalmou a palma da mão direita, que estava livre.
— Gosto do seus olhos.
— Você já disse olhos.
— E volto a repetir...— encarou o menor tão perto de si, os olhos brilhavam, de vergonha, ou de emoção, não sabia, mas estavam lindos.
Jimin semicerrou os olhos e comprimiu o sorriso: — Entendi.
— Entendeu o quê? — conseguiu sentir o sangue ficar frio de nervoso com aquele olhar danado que Park que lançou.
— Você está me seduzindo.
— Você que começou.— o moreno se defendeu.
Jimin suspirou sorrindo, ele estava adorando aquela conversa, queria prolongar até um pouco a mais, e para isso, começou a instigar:— E aí?
— O quê? O que é? — chacoalhou ele querendo saber o significado daquele "e aí".
— Eu quero que você me dê um beijo.— confessou.
— O quê? — recuou para trás surpreso.
— Você mesmo disse que somos um casal encubado, você tem uma boca bonita e com gosto de sorvete de creme, eu quero um beijo.— murmurou olhando nos lábios finos bem próximos ao seu.
— Não acredito. Você quer me beijar! — Jeon ri animado, queria isso a tanto tempo.
Curvou a cabeça para baixo e seu sorriso foi se desfazendo com o passar da tensão, que só ia aumentando entre os dois, eles estavam grudados e o movimento ansioso que Jimin fez causou atrito na roupa dos dois.
Jungkook admirava os lábios do menor formando um bico inclinado em sua direção e com os olhos fechados, achou aquilo extremamente fofo.
— Me beija logo.— começou a achar que estava sendo rejeitado.
— Estou decorando seu rosto no nosso primeiro beijo.
— Anda logo, ele vai continuar o mesmo no segundo.
— Uh, vai ter segundo? — sorriu animado.
— Se você não me der o primeiro agora, você morre, sério.— ameaçou semicerrando os olhos.
Depois de rir um pouquinho, ele começou a aproximar seus lábios e só parou quando eles entraram em contato com o de Park.
A mão de Jimin foi até a bochecha do moreno onde fez carinho sentindo o leve pinicar da barba que ele havia pedido para não fazer. Amou o beijo de Jungkook, era firme e preciso, não tinha um pingo de desleixe, o que não pegava ninguém de surpresa.
Park nunca se sentiu tão desejado num beijo, ou jamais desejou tanto beijar alguém, a boca dele encaixou perfeitamente na de Jeon.
— Aí Jesus, vocês dois disseram que não namoravam! — uma voz vindo do inferno fez os dois se afastarem e encararem a porta, era só a avó do moreno.
— Desculpe, eu achei que estava na minha casa, ah, espera, eu estou na minha casa! — Jungkook não se deixou abalar pela companhia da mulher.
— Você vive de bom humor assim, ou é só comigo? — ela tira seu casaco de pele que Jimin odeia.
— Vou deixar essa pra você adivinhar.— ele iria continuar a provocar, mas assim que o menor bateu em seu peito e o repreendeu com o olhar.— O que vai querer para o jantar, Jangmi?
— Você cozinha bem, pode fazer o que quiser.
— Certo.— ele fez um sinal positivo com a cabeça, assim que a mulher subiu as escadas indo para o que seria provavelmente seu quarto, Jeon apertou o menor em seus braços querendo chamar atenção dele.— Onde estávamos mesmo?
Jimin olhou para ele com um sorriso tímido nos lábios, e deu mais uma olhada no perímetro para ver se estavam sozinhos.— Nós estávamos na metade da terceira temporada, o Scott acabou de se tornar Alfa.— apontou para televisão.
— Você é cruel.— informou mesmo estando óbvio.
— E você está se mostrando um grande safado.
— Nunca disse que não era.— o moreno se defende dando de ombros.
— Sorte sua que eu sou mais que você.— inclinou a cabeça para trás e selaram os lábios novamente, Jimin arranjara agora um novo vicio, e jamais permitiria largar, os beijos de Jungkook eram bons demais para ser verdade, assim como ele todo.
— Quer preparar o jantar comigo? — ofereceu sua companhia, adorava passar o tempo com o menor, principalmente quando cozinhava.
— Quero, assim que eu descobrir qual a ligação dos crimes antigos com o sumiço da Malia.— encarou a televisão querendo se concentrar na série.
— Me rejeitou, tudo bem, posso lidar com isso.— se desfez do contato e arrastou pelo sofá meio preguiçoso até se levantar.— Vou preparar o jantar, se precisar de mim, sabe onde eu estou.
— Tá bom.— pegou seu pote de sorvete e agora ficou deitado no sofá, ainda encolhido de frio.— Espera, tem um negócio na sua boca, deixa eu tirar pra você.— Jungkook inclinou seu rosto para que o menor limpasse a tal coisa, quando rapidamente ele sela seus lábios.— Ah, era só a minha boca mesmo.— deu de ombros sorrindo de ladinho.
— Achei criativo, quantas dessas você tem?
— Muitas.— admitiu e ri um pouco sem graça.
— Depois do jantar você me mostra mais algumas dessas então.— beijou ele mais uma vez e depois finalmente foi para a cozinha cheio de alegria.
Jimin não estava muito diferente, batendo os pés no sofá de couro e até abafou os gritinhos escandalosos com uma almofada.
— Meu Deus por que eu demorei tanto pra chamar ele de amor? Ou dormir comigo? — começou a se questionar e inclinou a cabeça e olhou com dificuldade uma pequena fresta de cozinha e teve a visão de Jeon fazendo alguma de suas mágicas culinárias.
— Jimin, você está aí! — a senhora Jangmi desce as escadas parecendo que queria achar o menor, ele sabia que no fundo tinha uma ponta de ironia, pois ele nem tinha saído do sofá.
— Precisa de mim? — perguntou se sentando no sofá.
— Sim, preciso que me ajude em algo lá em cima.
— Claro! — sorri animado, a única coisa que ele pensava era que estava começando a se dar bem com ela, Jangmi até pediu ajuda!
[...]
Jeon já tinha terminado o jantar, e procurou seu príncipe na sala, mas não achou, então ele apenas gritou "o jantar está feito", mas apenas sua avó desceu.
— Viu o Jimin?
— Ele está ocupado. O que fez para o jantar?
— Bulgogi e kimchi. Pode se servir, eu vou lá ver o que ele está fazendo.
— Tudo bem.— a mulher deu de ombros, Jungkook a ignorou totalmente quando subiu as escadas e caminhou até o quarto de Jimin.
— Príncipe, o jantar...— estava vazio, a luz apagada e nenhum vestígio, o único lugar coerente era o quarto dele mesmo, onde sua avó estava hospedada, quando entrou, a luz estava acesa, mas ele não estava ali.— Park? — perguntou mais uma vez.
— Aqui dentro! — gritou, a voz vinha de dentro do closet, o que fez tudo ficar ainda mais estranho.
Quando ele entrou no closet, viu várias sacolas de papel jogadas pelo chão e logo em seguida Jimin dobrando algumas roupas desconhecidas, ou pendurando.
— O que está fazendo?
— Dobrando as roupas da sua avó.
— Eu acho que não entendi direito.— ironizou agachando ao lado de Park e dobrou algumas também.
— Ela me pediu para ajudar com a roupa.
— E você fez tudo sozinho né? — deduziu sabendo que a mulher estava jantando no andar debaixo.
— É.— deu de ombros.— Mas não tem problema, eu gosto de dobrar roupas.
— Jimin, eu dobro suas roupas.— largou a peça e cruzou os braços.
— Que absurdo, você não dobra minhas roupas! — ficou ligeiramente ofendido.
— Não? Então quem dobra?
— A fada da limpeza.— murmurou baixinho fazendo o moreno rir.— Eu quero fazer isso ok?
— Ela está usando você!
— Ela não é a primeira, mas diferente das outras pessoas, eu tenho algo a perder dessa vez.
— Dignidade? — provocou, Jimin jogou um casaco bem grosso em cima do maior.— Tá, parei. Não precisa fazer isso para ganhar uma aposta.
— Sim, eu preciso, além do mais, quero de verdade.
— Então não vou precisar mais dobrar suas roupas?
— Eu não disse isso — interviu — Você deixa tudo tão magicamente organizado.
— Obrigado, eu acho.— começou a ajudar Park a fazer tudo mais rápido.— Por que não vamos jantar?
— Por que eu preciso terminar isso aqui antes dela voltar e dormir.
— Aí que amizade linda essa que você está construindo.— continuou a provocar até que Jimin bufasse.
— Você quer que eu te bote para dormir no sofá não é? — cruzou os braços, ele estava tentando juntar forças para agradar aquela mulher, até se submeteu a coisas que não fazia nem para si mesmo.
— Não está mais aqui quem falou.— fez sinal de rendição sorrindo, ele até apreciava o gesto de Jimin, mas não aprovava a aproximação dele com sua avó.— Você não ia me colocar no sofá né?
— Não.— confessou fazendo sinal de negação com a cabeça, Jungkook sorri e se inclina para beijar os biquinho do menor.— Não abusa da minha bondade e inocência.
— Podemos ir logo jantar? Você já acabou aqui!
— Pelo amor de Deus, homem! — reclamou fazendo o moreno soltar uma gargalhada presa na garganta.
[...]
Jimin saiu do banheiro secando os cabelos, quando olhou para cama, Jeon estava deitado plenamente no lado esquerdo admirando o corpinho do menor num pijama de cachorrinho.
— Você está fofo.
— Para.— murmurou inflando as bochechas envergonhado e guardou a toalha no banheiro antes de voltar para a cama e se deitar ao lado de Jungkook bem rapidamente.
Eles naturalmente foram se aninhando um ao lado do outro de maneira que ambos ficaram confortáveis na cama.
— Precisamos fazer compras.— o moreno diz, o cheiro do shampoo de Park estava gostoso e doce ao olfato de Jeon.
— Mas já fizemos compras.
— Compras para o feriado.— explicou passando os dedos longos pelos fios molhados e negros do menor.
— Qual feriado? — ajeitou seu corpo de um jeito que sua cabeça inclinasse para olhar Jungkook.
— Chuseok*.— falou como se fosse óbvio.— Não comemora?
— Ninguém contratava garoto de programa nesse feriado. É mais fácil passar em família e comer os primos de segundo grau.— explicou simplista, ele apenas passava dormindo mesmo.
— Só que esse ano você vai comemorar, comigo, em família.— beijou a ponta do nariz achatado de Jimin.
— Em família?
— Eu, você, Yoongi, Tae e Hoseok. Uma família.— quando se deu conta os dois já estavam sorrindo abertamente.— Sua professora me contou o que aconteceu hoje, sabia?
— Que eu tirei nota máxima na avaliação? — perguntou mesmo já sabendo a resposta.
— Sobre a minha avó ter te provocado.
— Ah, não foi nada. Eu estou acostumado.
— Obrigado por não dar bola para ela, mas só aviso que pode ficar um pouco pior.
— Você odeia muito ela.— Park concluiu balançando a cabeça.
Jeon suspirou:— Eu não odeio ninguém. Quer dizer, odeio sim. Mas não ela. Só conheço ela, e às vezes quando olho para ela na minha casa, não sei o que diabos está fazendo aqui.
— Você me deixou trazer.— murmurou se sentindo um pouco culpado por levar Jangmi até a residência.
— Tudo bem, ela ainda vai abrir o jogo.
— Ela vai passar o feriado com a gente?
— Não. Minha família paterna a convidou.
— Achei que ela fosse sua única família.
— Não, eu devo ter alguns tios, meu pai está vivo também.
— Então por que ela insiste tanto em você? — Jimin ficou curioso, afinal, era realmente estranho.
— Por que eu posso não ser o único parente, mas eu sou o único neto, e meu avô comandava uma grande empresa, e ela quer que eu faça isso.— explicou, Park teve a certeza que essas coisas só aconteciam com ele, particularmente ficaria feliz de ter uma empresa para comandar.
— Essa empresa mata bichinhos?
— Sei lá. Acho que não. Talvez. Não sei nada sobre eles.
— Ah.— o assunto parou por um instante, os dois agora estavam se concentrando apenas nas trocas de carícias que recebiam um do outro.
Jimin achava aquilo estranho e, incrivelmente confortante para si mesmo.
— Que tal a gente ir dormir? — Jungkook propôs sentindo-se pronto para afundar naquela cama agarrado com Park.
— Boa ideia.— sorri.— Mas antes, meu beijo de boa noite.— fez um bico nos lábios e apontou na direção do rosto do moreno.
— Ah, mas que menino mais safado.— brincou sorridente ao ver os lábios de Jimin prontos para serem beijados.
— Eu acabei de escovar os dentes, você também. É o momento perfeito para nos beijarmos! — se defendeu dando uma risadinha baixa e sem graça, em seguida os lábios de Jungkook entraram em contato com o seu.
Com o passar do beijo, Jimin sentia que os dois ficavam cada vez mais próximos, como se fosse possível, a mão do moreno que antes só o embalava de forma carinhosa, apertou sua cintura de maneira que o menor soltasse um gemido manhoso entre os lábios.
Depois de trocarem imensas carícias de amor, eles se ajeitaram prontos para dormir, os dois estavam bem confortáveis com o que acontecera recentemente.
— Jeongguk — chamou baixinho com apenas a luz do abajur iluminando o quarto.
— Fala, príncipe.
Acho que você é minha rosa.
— Só queria desejar boa noite.
NAHFKANFNAKDNBSAKDNAHKAND
Eu falei que eles já eram casados.
Eu já disse que amo os diálogos dos jikookinhos de lost boy, juro.
Chuseok: É meio que o dia de Ação de Graças na Coréia, um dos feriados mais importantes e tradicionais do ano. É um agradecimento que eles fazem pela colheita.
Comemorado no dia 15 do oitavo mês lunar, geralmente cai no dia 14, 15 ou 16 de setembro.
Falei que minha fanfic também é cultura, não falei?
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