Music

Vivemos num planeta em que diversas pessoas coexistem. Todas elas são diferentes: têm personalidade própria, reagem de forma diferente nas mais complexas situações, têm opiniões que colidem, podem falar línguas diferentes e não se entenderem, contudo existe algo que as une: a música. Alguém que não goste deste elemento vital à vida humana, não sabe o que é viver, nem tem noção das milhares de sensações que esta nos transmite. 

Esta é polivalente em todos os sentidos: sabe como nos alegrar, confortar, emocionar, solucionar problemas, motivar e colocar um sorriso na cara. De que forma é que algo tão abstrato tem a capacidade de nos colocar em diversas situações em tão pouco tempo? De facto, a música tem o poder de nos deixar presos a ela e a tudo o que esta carrega. Parece que tudo para e não há nada à nossa volta, como se estivessemos sozinhos sentados junto a um descampado a ver o pôr-do-sol e não damos pela longa passagem do tempo ou quando mergulhamos na imensidão do mar e perdemos a noção do resto. Isto acontece devido ao facto de nos identificarmos com elas e nos revermos como se aquela fosse a história da nossa vida. Por essa razão é que é tão importante. Acaba sempre por nos indicar o caminho para o topo e nunca para o fundo do poço.

A música conta histórias de vida que, apesar de terem apenas 3, 4 ou 5 minutos, parece  que duraram anos. Muitas vezes, são as dos outros que estão a ser retratadas, mas 80% das vezes são as nossas,  porque a vida é algo incerta e obriga-nos a passar pelas maiores dificuldades. Quando ela toca no rádio ou aparece na nossa playlist e está a ser reproduzida, somos tomados pelas ondas sonoras e dançamos, cantamos ou então limitamo-nos a murmurar a letra , praticando o famoso playback.

Já imaginaram o que seria daqueles que fazem dela um negócio? Neste momento teriam um emprego entediante, perguntando-se a si mesmo o que fizeram para merecer tal calvário e pensar em 1001 maneiras de sair da situação em que estavam inseridos, ainda que nenhuma seja viável, já que têm medo de falhar. Iriam acabar perdidos nas escuras florestas da frustração e nunca seriam reconhecidos por aquilo que realmente amam e têm talento.

Pois é, a verdade é que não conseguimos viver sem ela, é um dos componentes do ar que respiramos; a água que nos saceia a sede; o cobertor que nos aquece o corpo, a alma e o coração... No fundo uma forma de vida.

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