Forbidden Fruit

A família é o elemento mais importante que existe de entre vários que fazem parte do nosso quotidiano e da nossa história. Como tal, deve ser respeitada e encarada como algo sagrado. É este agregado populacional que nos recebe no seio do seu ninho acolhedor, que nos protege dos predadores das ruas, que nos ensina a lidar com as situações menos felizes da selva em que nos tentamos inserir e a sobreviver nela e nos presenteia com algo indispensável: amor.

Esta dádiva nem sempre tem o significado que é suposto, ou seja, assume proporções que são vistas como inaceitáveis. Digamos que as pessoas cedem e provam o fruto proibido; acabam por se envolver quando a tentação se sobrepõe às leis da física e do bom senso. No final dos seus atos de loucura, o arrependimento pousa sobre o horizonte das suas mentes à medida que o silêncio reina entre dois corpos que têm um campo magnético tão forte como o laço que os deveria realmente unir. A despedida até ao próximo encontro familiar, que por certo será constrangedor, é a medida mais eficaz que estas encontram de momento. A solução é fácil de obter, mas será que é saudável para ambos? A resposta é claramente não. Isto é o mais correto a fazer para não destabilizar o excelente ambiente familiar que se criara.

Depois desta atitude, seguem-se as noites em claro, inquirindo-se acerca do porquê de estarem unidos pelo nome que carregam e pelo sangue que corre pelas suas veias; chorando pelo facto de não poderem ter mais momentos de carinho, amor e ternura; sentindo o duro nó que se criou com o vazio deixado pela cara-metade e pela carência do seu precioso toque.

Tudo isto só será resolvido se o risco for uma opção. Há que lutar por aquilo que mais desejamos, ainda que não seja visto com bons olhos. É certo que existem várias pessoas contra o casal mas aquilo que os une é mais forte do que qualquer conjunto de animais que se juntam para atacar duas presas indefesas. Se realmente gostam delas, irão aceitar a sua decisão e dar-lhes a corda que necessitam quando estiverem prestes a cair no abismo do preconceito da sociedade. Caso isso não aconteça, há que manter a cabeça fria e pensar como a águia faz ao escolher qual a melhor peça para apanhar: de forma inteligente e racional, de maneira que o amor sobreviva num mar de olhares discriminantes e esta ponte que os une familiarmente seja destruída para dar lugar a uma outra com maior significado e felicidade.

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A/N: Olá a todos :) Espero que estejam a gostar de todos os textos que eu publico e que se deixem levar pela magia das palavras. Eu sei que ainda não tinha feito nenhuma nota, mas queria agradecer-vos pelas quase 2k leituras, pelos votos e pelo apoio.

Como já repararam tenho uma nova capa que foi feita gentilmente pela @babi_moreirag. Mais uma vez muito obrigada pelo teu tempo e pela tua simpatia.

Espero que tenham gostado e que continuem a acompanhar os meus textos.

Bjs, M.

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