Na nossa vida há sempre um momento em que começamos a retirar conclusões sobre nós próprios, as nossas atitudes, qualidades, defeitos e acerca daquilo que construímos durante o tempo que nos foi concedido para viver. Uma delas é que caminhar sozinho não é uma opção. Podemos ter maior concentração em determinados aspetos, menos distrações e sermos felizes à nossa maneira. Contudo, sem um porto de abrigo, um lar, um ombro amigo, um colo ou uma mão, nada terá sentido. Vejamos: alguém pode ser sucedido na vida, ter um excelente emprego, muito dinheiro, uma grande casa… Todos os luxos possíveis. À partida será feliz, certo? Então e com quem é que essa pessoa vai partilhar a sua felicidade se vive sozinho, não fala com a sua família e só tem inimigos? Pois é, nem tudo é um mar de rosas. Podemos concluir então que os bens materiais são apenas acessórios à vida. Aquilo que é mais importante são as âncoras que nos prendem e nos impedem de ficar à deriva num mar tenebroso em que se pode tornar a vida. A principal que existe é a família.

Esta representa o mais forte pilar colocado na casa em construção que é a nossa vida. Por mais que sejam aqueles que caiam, este mantém sempre a casa de pé, ainda que se torne muito difícil em algumas situações.

Por vezes, a existência deste pilar é colocada em causa, quando se cometem atos impensáveis. Quando alguém é preso ou se contamina com substâncias ilícitas, torna-se complicado conseguir o perdão da sua família. Há sempre alguém que o ajuda, mas se se repetir, tornar-se-á ainda mais difícil restabelecer a confiança que foi depositada.

No fundo, a família é a base de tudo, já que nos transmite o que não se aprende nos livros ou na televisão: os valores e os princípios. Para além disso, funciona sempre como uma rede que nos protege da queda e nos ajuda a voltar à nossa normal atividade.

Portanto, por maior que seja o medo, a vergonha, o orgulho, a tristeza, o sucesso ou o luxo, devemos sempre escolher a nossa família, visto que estes nos vão dar sempre o impulso necessário para recomeçar, caso tenhamos errado neste teste que é a vida.