028; BÔNUS
˖࣪ ❛ VOCÊ E A NOITE
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BONNIE OLHOU PARA as luzes de Natal nas casas enquanto passava pelas ruas de Forks, andando no incrível e luxuoso carro de Jasper. O vampiro estava dirigindo com o curso definido no aplicativo de navegação, graças aos seus sentidos ele não precisava manter os olhos na estrada, então ele podia olhar para a namorada com o canto do olho.
Jasper ainda se perguntava muito sobre sua relação com ela: ele se perguntava porque conseguia perceber as emoções de todos menos as dela, ele também estava curioso porque a garota se sentia tão confortável com o fato de ele ser um vampiro. Mas, acima de tudo, ele se perguntava como havia se apaixonado tão profundamente e desesperadamente por ela em tão pouco tempo.
A humana baixou um pouco o vidro do carro e o ar despenteou seus cabelos loiros com mechas rosa pastel; sua maquiagem sempre com brilho nos olhos mas suave nos demais, ela estava de vestido, meia-calça e casaco. Bonnie parecia algo saído de um sonho, ou de um conto de fadas, ou da imaginação de um artista, ou de um videoclipe, talvez uma obra de arte. Para Jasper Hale, Bonnie Aldrin não parecia ser deste mundo caótico.
Estavam em silêncio e isso não os incomodava, eram aqueles silêncios que não precisavam ser preenchidos de forma incômoda, estavam juntos e isso bastava. Jasper tinha 'fugido' de Maria e de sua família. Sua criadora era extraordinariamente próxima a ele, então suas visitas a Bonnie foram reduzidas a zero para a segurança dela. Maria ainda acreditava que Jasper e Alice estavam juntos e ele realmente não queria deixar claro para ela que não era mais assim, enquanto a mulher que o transformou estivesse mais longe de sua namorada, melhor.
A loira havia planejado um encontro especial para os dois, preparou o jantar e trazia na bolsa o presente de natal que havia preparado com bastante antecedência com a ajuda de Alice antes dela sumir sem deixar rastros. Mas primeiro eles iriam para o desfile de Natal em Port Angeles, que acontecia todo dia 23 de dezembro, o que não era grande coisa, mas no final sempre havia uma queima de fogos que Bonnie adorava desde criança.
Chegaram à cidade, estacionaram o carro e caminharam de mãos dadas entre as pessoas e as luzes de Natal.
— Como está a besta no momento? — Bonnie perguntou ao vampiro, aludindo à sede de sangue que acompanhava Jasper eternamente.
— Dominado. — Jasper respondeu com um sorriso fino. Eles concordaram em sempre falar a verdade caso ele estivesse com sede. Aquele que era considerado o elo mais fraco dos Cullens não era mais, ele havia encontrado uma força desconhecida e tudo graças a Bonnie.
Eles assistiram ao desfile um pouco afastados da massa de gente, o casal encontrou um lugar perto de uma série de árvores de onde tivessem uma boa visão, Bonnie tirou dezenas de fotos e Jasper aproveitou cada momento ao lado da namorada, sabendo que esse tempo, eles seriam os últimos. Jasper permaneceu frio em relação à parada dos Volturi, ele tinha esperança clara, mas sabia que as chances eram mínimas; ele sentia falta de Alice e sabia que ela fugiu porque ela viu algo, algo ruim.
— Ei, os fogos de artifício estão prestes a começar, vamos, temos quinze minutos. — Bonnie chamou sua atenção ao vê-lo tão absorto em seus pensamentos. — Vou levá-lo a um lugar secreto, teremos a melhor vista. — agora era ela quem conduzia o carro até um miradouro onde se viam as luzes da cidade em todo o seu esplendor.
Eles demoraram mais do que o normal para os carros, mas chegaram bem a tempo de ver a primeira série de fogos de artifício explodir no céu. Ela assistia aquele espetáculo todos os anos e nunca deixava de se surpreender ao ver as luzes multicoloridas explodirem e queimarem. Jasper não os via, olhava a garota a todo momento e admirava sua beleza infinita. Ele estava orgulhoso, ela havia sofrido muito na primeira fase de sua vida e agora seu futuro era promissor, tudo o que ela queria fazer ela poderia conseguir.
Mas a incerteza também tomou conta do vampiro, imaginando o que aconteceria quando ela começasse a mudar, quando conhecesse o mundo e suas maravilhas, quando a pequena estrela em ascensão que era Bonnie finalmente brilhasse.
— Meu presente de Natal. — diz Bonnie, voltando ao presente do namorado, entregando-lhe uma caixa cuidadosamente embrulhada em papel preto. O vampiro abre e vê dentro da caixa, uma medalha. — Alice me ajudou a encontrar, planejamos com meses de antecedência e quase não consegui, mas aqui está. Eles enviaram para sua família depois que você desapareceu, eles reconheceram você quando pensaram que você estava morto, eu pensei que você iria querer, Alice me disse que era o maior prêmio naquela época.
Jasper fica sem palavras, mas consegue falar. — É perfeito, não sei como você tornou isso possível.
Bonnie sorriu e abraçou a cintura di loiro. — Por você eu faria o impossível.
Jasper beijou seu nariz frio e sua testa. — Você é incrível, é a melhor coisa que já ganhei.
Os dois assistiram aos fogos de artifício no céu, abraçados e sabendo que aquela noite era deles, só eles e as luzes da cidade.
Quando as luzes se apagaram, Bonnie comeu o que havia preparado para o jantar com o namorado sentada no capô do carro coberta com um cobertor. Eles conversaram sobre os planos de férias da garota e como ela estava animada para ir para Hollywood.
Por volta da meia-noite, Jasper tirou do casaco uma caixinha preta de plástico fino que continha um anel. era um anel simples, mas elegante, de ouro rosado com uma pequena pedra no centro.
— Quero te dar isso, como uma promessa. — começa o vampiro, pegando a mão da humana surpresa. — Não vou desistir, quero ficar com você, não quero te pressionar ou obrigar que me prometa qualquer coisa, só quero saber se existe a possibilidade de no seu tempo, aceitar casar comigo?
A noite presenciou aquele gesto de amor profundo e verdadeiro, mas havia outra pessoa ouvindo, uma pessoa não convidada, alguém que não ia permitir aquela união.
Maria.
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