015

˖࣪ ❛ ESTREMECER
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DAMIAN ESTAVA VOMITANDO todo o álcool que havia ingerido horas antes na calçada do beco que ficava ao lado da casa dos amigos de Bonnie. Que estupidez pensar que o álcool poderia saciar sua sede de sangue; mas a verdade é que gostou da experiência de desligar o cérebro e não pensar nos problemas e nem nos outros.

Depois de se certificar de que seu estômago estava vazio, ela voltou para a rua principal onde o Volvo de Edward estava estacionado com ele e Jasper dentro. Os três vampiros esperaram que Bonnie descesse com suas coisas para voltar para Forks.

Entrou no carro e jogou a cabeça para trás, estava com tanta sede que teve medo de não suportar a presença da amiga em um espaço tão pequeno. Edward sem palavras entregou a ele um cilindro de aço com um canudo. Damian pegou sem poder ver a cara do irmão e foi melhor assim, devia ter ficado furioso com ele.

O recém-criado começou a beber do cilindro e quase gemeu de alegria ao sentir o sangue descer pela garganta. Sentindo-se um pouco melhor, ele olhou para o irmão que havia desaparecido por dias. — Onde diabos você foi?

O empático loiro se vira para olhá-lo e franze os lábios antes de falar: — Eu precisava ficar sozinho.

Os olhos de Damian o encorajaram a continuar falando enquanto terminava de beber todo o sangue. — Alice me deixou e eu não sabia o que fazer. Ela me deixando abalou tudo o que eu pensava que sabia e eu estava com medo de que isso pudesse causar estragos no meu autocontrole, então eu fugi para não machucar ninguém.

— No começo eu só queria ficar sozinho para analisar as coisas, mas quanto mais longe eu chegava de casa, menos conseguia pensar com clareza. Decidi voltar quando entendi que embora, graças a Alice, eu a conheci e pude viver com ela, desenvolvi meus próprios laços com cada um.

— Muito tempo depois de me separar de Maria, eu me sentia quebrado... Como se estivesse danificado e acreditasse que Alice estava me ajudando a me curar.

— Mas tenho certeza que não foi ela ou o amor dela que me fez pensar em uma vida diferente, foi o fato de conviver com pessoas tão quebradas quanto eu que estavam tentando.

Damian o abraçou por trás do banco do passageiro, ele amava tanto aquele vampiro com uma expressão severa mas com um coração de ouro. Jasper sorriu levemente para o abraço.

O homem de cabelo ruivo assentiu e com isso Jasper sabia que a conversa entre eles viria mais tarde. Damian molhou os lábios com a língua e perguntou novamente: — Como vocês nos encontraram?

Jasper foi quem atendeu porque Edward parecia uma panela de pressão prestes a explodir só de ouvir a voz do jovem. — Voltando para a cidade, eu queria com todas as minhas forças ver Bonnie.

Damian ergueu as sobrancelhas e quase deixou cair o cilindro. — Ooh...

— Não é o que você pensa, eu só queria ouvir a sua voz por um momento. Bonnie me faz sentir meus próprios sentimentos quando não sinto os dela, é como um bálsamo no mar opressor de sensações que vivo diariamente. — Jasper Hale admitiu com o rosto envergonhado, seus dois irmãos ficam surpresos ao vê-lo assim, nenhum deles disse nada porque o empata continua falando.

— Lembrei que estava vindo para Seattle e os segui até aqui. Eu não queria entrar em um lugar cheio de gente, então subi no telhado e os observei de longe. Eu estava prestes a descer para falar com você quando peguei o cheiro do estranho que entrou na casa de Bella e Bonnie. Eu o persegui a uma distância segura e pude sentir seus sentimentos, eles não são nada bons. Bonnie é sua cantora, seu sangue canta para ele. Eu podia sentir saudade dele, mas também uma diversão insana assistindo Bonnie, ele está disposto a matá-la, mas não antes de machucá-la.

— Onde ele está agora? — Damian perguntou preocupado, mas Bonnie saindo do prédio com as malas na mão impediu Jasper de falar. O loiro saiu do carro para ajudá-la a colocá-los no porta-malas, deixando Edward e Damian sozinhos no carro.

O vampiro mais jovem morde o lábio nervosamente e limpa a garganta. — E como você me encontrou?

— Alice viu você mordendo o humano e me mandou. — Edward murmurou em uma voz muito baixa e neutra. Damian ficou mais tenso quando seus olhos se encontraram no espelho retrovisor. O olhar do leitor de mentes era tão duro que o mais novo afundou na cadeira.

Bonnie entrou no carro ao lado de Damian e descansou a cabeça nas pernas do recém-criado. Obrigada por me levar e cuidar de mim, pessoal, não acredito que um dos canalhas que me atacaram se libertou e me seguiu até aqui.

Jasper inventou aquela pequena mentira para convencê-la a voltar para Forks.

O carro ligou e Edward acelerou pela estrada. Damian estava acariciando o cabelo loiro de sua amiga e ela logo adormeceu. Quando os três perceberam, Jasper conseguiu falar novamente.

— Em algum momento ele percebeu que eu o estava seguindo e fugiu. Eu o segui algumas ruas, mas perdi o rastro. — respondeu o loiro. — Edward estava procurando por você e quando encontrei Bonnie, sabia que tínhamos que tirá-la da cidade.

— Eu não acho que o recém-criado está vindo agora que sabemos quem ele é. — Edward intervém calmamente. — O nome dele é Riley Biers, eu vi o rosto dele nos pôsteres da pessoa desaparecida na delegacia de polícia de Forks e duvido muito que ele esteja planejando tudo isso, é Victoria.

— Ela está usando isso para não dar as cartas e jogar nos pontos cegos do poder de Alice. — Jasper completa. — Ela o usa como Maria me usou.

— Temos que contar aos outros o que sabemos. — Damian disse olhando para Bonnie, que dormia tranquila e profundamente.

— Bonnie baby, acorde... Estamos aqui. — Damian sacode a garota acordando-a. A casa da humana estava em completa escuridão.

Ela balança a cabeça e boceja sonolenta. — Meus pais e minha irmã não estão aqui, eles foram para Portland para ver minha avó. Eles estarão de volta até a formatura, então se quiserem dormir na sala, podem.

Os vampiros se viram para se ver, isso complicaria as coisas.

— Eu sei, eles são os pais mais irresponsáveis ​​do mundo e convenientemente para a trama não estão nem aí mas confiam em mim porque sou chata o suficiente para dar uma festa. — Bonnie disse carregando suas coisas, mas ela é ajudada por Jasper a deixá-las dentro de sua casa, na sala.

— Preciso ver meus pais. — explicou Damian, encostando-se na porta e mordendo o lábio. — Eles não estão muito felizes.

Os irmãos Cullen e Hale deixaram os amigos sozinhos para se despedir.

— Pelo menos você se divertiu. — Bonnie sorriu maliciosamente e bateu em seu ombro. — Eu vi que você se divertiu com o dublê de Troye Sivan na festa e então não te vi mais. Vocês fizeram sexo?

Damian abre os olhos, ainda maquiado, não sabe o que dizer então balança a cabeça e Edward, que já estava esperando no carro, apertou o volante ao ouvir a conversa.

Jasper percebe e se vira para olhá-lo com irritação. — Isso nunca iria acontecer, ele é jovem e está descobrindo sua sexualidade, o que você esperava? Que toda a sua vida vai esperar para você decidir entre ele ou Bella? Cresça, Edward.

— Eu não tenho que escolher entre os dois, apenas me deixe em paz. — respondeu o leitor de mentes sarcasticamente.

— Engane-se o quanto quiser, irmão, eu sei o que você sente e sei o quanto isso o atormenta. — e assim terminaram a conversa.

Depois de concordar que Jasper seria o único a assistir Bonnie das sombras junto com o lobo de plantão, Quil Ateara, Damian e Edward entraram no carro indo para casa.

Damian não queria sair sozinho com Edward, mas sabia que não tinha escolha. A estrada transcorria em completo silêncio, apenas o barulho do motor e dos pneus no asfalto acompanhando ambos. O curandeiro mal conseguia suportar aquela situação, era melhor ter seu irmão dramático gritando com ele sobre o quão estúpido ele era do que nem mesmo olhar para ele.

Quando ele chega em casa, ele leva uma grande bronca de Esme e Carlisle, Rosalie apenas agradece por ele estar bem e Emmett tira sarro de sua maquiagem nos olhos.

— Sinto muito, mãe, eu precisava sair daqui e foi fácil para mim sair assim. — ele se desculpou com a cabeça baixa.

— O importante é que você está bem, Jasper também. — Esme respondeu calorosamente e abraçou o filho novamente.

— Agora sabemos que Victoria e o intruso se conhecem. — Carlisle disse com os braços cruzados. — Não há dúvida de que ela orquestra o que acontece em Seattle.

— Aquela bruxa não vai parar até que ela mate Bella ou encontre uma maneira de nos machucar. — Rosalie entra na conversa, chateada e preocupada.

— O que me preocupa é que os Volturi querem controlar a situação. — Carlisle disse com um gesto pensativo. — Estou surpreso que eles não o fizeram.

— O melhor será esperar Victoria se mexer, vamos ganhar tempo. — Alice desce as escadas e dá um beijo na bochecha de Damian. — Agora mais do que nunca vou rever cada decisão desse par, não tem como eles escaparem de mim.

Carlisle abraça Esme para confortá-la, Rosalie e Emmett relatam que estão indo para a cabana deles. Alice puxa Edward para fora para conversar e Damian fica sozinho com seus pais.

— Filho, a maquiagem está ótima, mas acho que você deveria tomar um banho. — Carlisle disse com um sorriso malicioso.

Damian sorri da mesma forma e acena com a cabeça.

— Vou caçar com sua mãe, vejo você em algumas horas.

O recém-criado sobe para seu quarto, tira a roupa e entra para tomar banho. Ele se olha no espelho enquanto a água quente sai e graciosamente olha para os olhos com glitter, ele começa a tirar a maquiagem. Entra para tomar banho e quando termina sai com a toalha amarrada na cintura.

Eram quase cinco da manhã, o sol estava para nascer, então ele ficou encostado no batente de sua enorme janela. Pensativo, ele levou a mão direita à boca e não pôde deixar de lembrar vividamente como os lábios daquele estranho atacaram os dele.

Ele não se lembrava de seu primeiro beijo como humano, se tinha sido com uma menina ou com um menino, se tinha sido horrível ou agradável. Mas naquela noite sentira com aquele estranho desejo e prazer, sentimentos que nublaram sua razão a ponto de quase atacar um humano inocente. Ele passou a mão no pescoço e sentiu um formigamento na barriga ao lembrar como o loiro beijava aquela parte do corpo dele, ficou emocionado.

Edward bateu gentilmente na porta de seu quarto, violando seu acordo de não ouvir sua mente ao visualizar como aquele humano de cabelos loiros beijou e tocou Damian e ele retribuiu.

Ele queria vomitar e estava com tanta raiva que ia matar aquele humano.

— Entre. — o mais alto entrou e o encontrou na janela, quase nu apenas coberto pela toalha branca em volta da cintura.

— Obrigado. — Edward murmurou.

— Onde está Alice?

— Ela se foi. — Damian assentiu e umedeceu os lábios, incapaz de evitar a lembrança dos lábios do garoto que o havia beijado novamente.

— Você se divertiu muito enquanto estávamos todos preocupados com você. — o tom magoado de Edward surpreendeu Damian e ele soltou uma risada seca.

— Isso se chama diversão, Edward. — Damian respondeu ironicamente. — Talvez você devesse fazer isso algum dia. Já pedi desculpas por ter ido embora como fiz com quem tive que me desculpar, não farei mais com você.

— Duvido muito que se envolver com um estranho seja divertido.

Merda, pensou o menino.

— Bem, eu gostei, me diverti. — Damian contra-atacou sorrindo e cruzando os braços. — E muito.

Edward estava prestes a explodir contra ele, mas ele respirou fundo. Em vez disso, ele caminhou lentamente até ele.

— Você queria aquele humano? — ele perguntou em uma voz lenta e calma, o que assustou Damian ainda mais que ele não estava gritando com ele.

— Você prometeu não ler minha mente. — o outro acusou com desdém.

— Não era necessário, eu os vi. Eu vi você no meio da pista beijando ele. — Damian empalideceu ainda mais do que já estava e franziu a testa. Ele não falou e Edward insistiu.

— Apenas me responda o que eu te perguntei. — o mais velho dos filhos Cullen estava se aproximando de sua presa como um puma. Damian não percebeu sua proximidade até que foi preso entre a moldura da janela e o corpo de seu irmão adotivo, apenas alguns centímetros.

— Sim... — ele sussurrou em voz baixa. Essas palavras machucaram o ego do leitor de mentes mais do que deveriam, mas ele não desistiria.

— Não é verdade, você não é assim.

Damian riu amargamente. — Eu queria com todas as minhas forças, Edward, eu queria fazer isso, eu estava pronto para qualquer coisa esta noite. Isso me fez sentir sensações que estavam adormecidas há muito tempo.

As palavras do menino fazem Edward perder a pouca estabilidade que lhe restava, ele o agarra pelos ombros e balança a cabeça. Ele sentiu aquele sentimento que identificava muito bem nos lobos em relação aos seus insultos: posse.

— Não acredito em você, essas palavras não podem estar saindo da sua boca.

— Você não acha o que, exatamente? — Damian perguntou irritado. — Que eu não poderia sentir desejo por alguém que não fosse você?

O menino estava tremendo, tanto pela proximidade quanto pela raiva.

— Você não pode se sentir assim sobre ele ou qualquer um, você me ouviu? — Edward disse. Damian olhou para ele de boca aberta, nunca o tinha visto assim, tão chateado e acima de tudo, tão sexy. Sua voz aveludada agora rouca de agitação fazia tremer os joelhos do recém-criado.

— Por que não, hein? Quem vai impedir? — perguntou o recém-criado quase gritando, os cabelos ainda pingando água no pescoço e o outro vampiro notou.

— Porque sou eu que devo fazer você se sentir assim. — Edward respondeu enquanto com seu dedo fino recolhia uma gota que escorreu pela mandíbula de Damian. Aquele gesto simples, aquele contato pele a pele fazia a respiração do menino acelerar sem precisar. Aquele toque que ele desejava tanto, mas não estava disposto a admitir.

— Você? Você faz isso muito mal, não pode beijar Bella por medo de machucá-la, duvido muito que você saiba o que tem que fazer para me fazer estremecer. — desafiou cruelmente. Edward trouxe um lado muito obscuro e visceral para o menino adorável.

— Você é resistente ao contrário dela, posso te tocar como e onde eu quiser. Posso fazer você esquecer aquele garoto idiota e pensar apenas em mim.

A boca de Damian ficou seca, as coisas estavam indo para um caminho perigoso, um que não seriam capazes de parar.

— Não sinto nada quando você me toca. — diz o neófito. — Vamos lá, você pode ler minha mente para provar isso.

— Você é um mentiroso, seu coração não bate, mas eu sinto sua agitação. — Edward o acusou com diversão quando ele baixou seus dedos hábeis para o pescoço dele, colocou o polegar no pomo de Adão de Damian e sua outra mão correu sobre seu corpo magro, mas marcado até atingir a borda da toalha. — Aquele humano fez você se sentir assim?

— Você vai ter que fazer melhor, eu não sinto cócegas. — Damian brincou com seu irmão adotivo.

Sempre tão competitivo, o leitor de mentes pensou divertido.

Edward era teimoso e tinha levado esse jogo muito para o lado pessoal. A mão que acariciava o abdômen do recém-criado desceu até alcançar a protuberância dura como pedra que se projetava da toalha do menino, tanto tempo ele queria fazer isso e nem sabia.

Sem perder tempo, aproximou-se do canto fino dos lábios de Damian e depositou ali um beijo inocente que, junto com as sutis carícias em seu membro, fez com que o vampiro recém-banhado cravasse as unhas em seus ombros, onde o segurava para não cair. A pele de ambos se arrepiou.

— E agora? — Edward perguntou quase gemendo. Os olhos de Damian estavam fixos nos dele e ele abriu os lábios para ofegar para clarear a cabeça, buscando forças para parar a situação. Suas mãos foram para os braços magros de Edward com a intenção de separá-lo dele, mas ele não se moveu um centímetro; as respirações se misturavam à medida que se aproximavam.

O mais alto o tinha à mercê e isso causava estragos no corpo do mais novo. O corpo de Edward estava preso ao de Damian agora contra a janela, que estava praticamente nu, exceto pela toalha que cobria sua ereção.

— Nada... — o homem de cabelos cacheados respondeu, olhando para os profundos olhos negros de Edward, que eram daquela cor de desejo e os dele estariam da mesma forma se não fosse pelo copo de sangue que ele havia consumido algumas horas atrás. Ele olhou para a boca entreaberta de Edward e mordeu os próprios lábios. Aquele gesto fez com que ambos perdessem o controle, não pudessem mais controlar o que ambos sentiam e, entre a fúria e o desejo, aconteceu o que ambos almejavam.

Edward e Damian colidiram suas bocas com uma necessidade que assustou os dois, foi um beijo forte e desesperado que eles nunca imaginaram compartilhar nem em suas fantasias mais loucas, foi um beijo de vida ou morte. Eles partiram para um beijo exigente e até violento, como se recriminassem tudo o que vinham guardando para si durante aquele tempo.

As mãos de Damian apertaram o cabelo de Edward enquanto as mãos de Edward acariciavam suas costas nuas. Não havia restrições, não havia quem os impedisse e, acima de tudo, não havia medo.

Rosnados saíram de suas gargantas e Damian quase gemeu quando os lábios de Edward deixaram os dele e tocaram seu pomo de adão enquanto o homem mais jovem fechava os olhos. O leitor de mentes também beijou veementemente o lugar onde ele havia mordido o jovem quando o transformou meses atrás.

Nenhum deles era especialista na área, mas ambos acertaram em cheio quando um abriu os lábios para receber com prazer a língua do outro. A mordida brincalhona surgiu em determinado momento e para Edward Cullen foi uma experiência e tanto poder beijar assim, sem medo de machucar o parceiro e sem conter o que sentia.

Seus corpos pareciam ter sido projetados para se encaixar perfeitamente um no outro; quando um levantou o pescoço, o outro já sabia que seus lábios deveriam estar ali, estavam perfeitamente sincronizados.

Eles se moveram da janela para a parede e Edward assumiu a responsabilidade de carregar as pernas de Damian ao redor de sua cintura. As mãos do homem de cabelos castanhos tocaram o abdômen duro de Edward e isso o fez pular, mas ele não se separou do garoto, isso foi tão bom. O tímido vampiro telepático beijou os lábios de Damian novamente agora lentamente e aquele beijo provou ainda mais doce para ambos do que os anteriores.

Aquele momento permitiu que eles percebessem que Edward estava sem camisa, o botão da calça desabotoado e Damian nu. Os dois se beijaram novamente com urgência e cientes de que não havia como voltar atrás para o que estava acontecendo.

— Espera... O que estamos fazendo? — Damian perguntou com um suspiro. Edward beijou seus lábios suavemente e tirou o cabelo úmido de sua testa que havia grudado nele, agora eles estavam no chão do quarto com Edward cobrindo o corpo do jovem.

— Eu não sei. — ele admite com a voz trêmula. — Eu não quero parar, mas se você não quiser, eu paro. — Edward junta sua testa com a do de cabelos cacheados, que respira fundo, meditando em suas palavras. — Você... Você me arrasa, Damian, você pode me despedaçar com um olhar, se quiser. Por favor, apenas me dê este momento, vamos descobrir isso mais tarde, juntos.

Damian abre um grande sorriso ao ouvir isso, acaricia a bochecha de Edward e volta a beijar seus lábios, que agora que os havia experimentado pela primeira vez, estava se tornando um vício. A cumplicidade que eles desenvolveram antes reaparece em um contexto diferente, agora mais próximo.

Conforme o sol nascia, os raios fracos que atravessavam as nuvens nubladas e a janela de vidro do quarto do recém-criado iluminavam as costas nuas de Damian e o torso de Edward, ambos envoltos na cama do menino. Olhando para o teto, ele desenhou círculos com a ponta dos dedos nas costas do adolescente iluminadas por mil cristais.

Por um momento parecia que tudo ficaria bem, que nem Victoria nem os recém-criados, nem os Volturi com inveja de sua família, nem Bella Swan com sua aparente obsessão pela imortalidade poderiam prejudicar o vínculo que nasceu entre os dois a partir do momento em que começaram, que se olharam nos olhos.

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