Será

🎶Tire suas mãos de mim
Eu não pertenço a você
Não é me dominando assim
Que você vai me entender

Eu posso tá sozinho
Mas eu sei muito bem aonde estou
Cê pode até duvidar
Acho que isso não é amor

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?

Uoh-oh-oh-oh-oh-oh

Nos perderemos entre monstros
Da nossa própria criação
Serão noites inteiras
Talvez por medo da escuridão

Ficaremos acordados
Imaginando alguma solução
Pra que esse nosso egoísmo
Não destrua o nosso coração

Será só imaginação?
Será que nada vai acontecer?
Será que é tudo isso em vão?
Será que vamos conseguir vencer?

Uoh-oh-oh-oh-oh-oh

Brigar pra quê? Se é sem querer
Quem é que vai nos proteger?
Será que vamos ter de responder
Pelos erros a mais, eu e você?🎶

Fernanda sabia que as abordagens educacionais em jardins de infância podiam diferir dependendo se você escolhesse uma pré-escola pública ou privada, mas não drasticamente. As escolas públicas, por exemplo, se concentrarão principalmente em cuidados infantis, socialização e habilidades de desenvolvimento. Os jardins de infância particulares se concentrarão nas mesmas coisas, mas com maior ênfase no desenvolvimento e na preparação dos alunos para ingressar nas escolas primárias. As crianças de escolas particulares também podem ter a opção de começar a aprender idiomas, como o inglês.

Durante uma semana inteira ela ponderou sobre qual devia escolher e com um pequeno empurrão de seu patrão, optou por uma particular não muito longe do prédio no qual estava morando.

Fernanda e Sohee chegaram à escolinha de mãos dadas. Sohee parecia entusiasmada e curiosa sobre o que estava prestes a conhecer.

- Olá, estamos ansiosas para conhecer a escolinha. Sohee, querida, vamos entrar.

- Tia, estou animada! Quero ver como é a escola.

Assim que entraram, uma jovem senhora as esperava.

- Bem-vindas à nossa escolinha, Fernanda e Sohee! Estamos muito felizes em recebê-las aqui. Sou a senhora Bang, assistente da diretoria. O objetivo hoje é mostrar a escola todinha para vocês. Vamos começar pelo pátio, onde as crianças brincam e se divertem.

- Uau, tia, o pátio é enorme! Dá pra fazer muitas brincadeiras legais aqui. Olha aquele escorregador colorido, tia! Posso descer?

- Claro, querida! Pode ir brincar um pouquinho, mas não se afaste muito, tá?

Sohee corre em direção ao escorregador, enquanto Fernanda e a senhora Bang continuam a visita.

- Sohee é realmente muito inteligente, Fernanda. Ela está cheia de energia e curiosidade.

- Ela é uma menina incrível. Já passou por tanto. Espero que consigam se compreensíveis com ela.

-Nossa diretora já deixou a todos cientes a cerca dos acontecimentos que as trouxeram até aqui. Tenha certeza que ela será muito bem acolhida. Agora, vamos conhecer as salas de aula. Temos uma sala especialmente projetada para o jardim de infância.

Fernanda e senhora Bang seguem para a sala de aula. O coração dela ainda estava apertado. Algo a incomodava, porém, não sabia ao certo o que. Sohee logo apareceu atrás das duas e voltou a dar a mão a tia.

- Que interessante! Gosto da maneira como tudo é pensado para o aprendizado das crianças na escolinha.

- Sim, nossa prioridade é proporcionar um ambiente seguro e estimulante para o desenvolvimento delas. E temos professores dedicados que estão sempre prontos para ajudar e incentivar as crianças em seu crescimento acadêmico e emocional.

As tres continuaram andando até chegarem em outras partes da escolinha, como a biblioteca, o refeitório e a sala de jogos.

- Tia, olha quantos livros na biblioteca! Posso pegar um para ler mais tarde?

- Claro, querida! Mas você precisa esperar que eu finalize a sua mateicula, depois vai poder utilizar esse espaço. A leitura é importante para o nosso aprendizado. - Fernanda sorri, orgulhosa da curiosidade e inteligência de Sohee, enquanto continuam o tour pela escola.

- Como conversamos ao telefone, só precisa preencher os documentos que estão nesta pasta, efetuar o pagamento da mensalidade e Sohee pode começar em sete dias. O horário seria integral. Todos os dados estão aí dentro. - Bang disse entregando tudo a Fernanda e depois fez um carinho nos cabelos da criança. - Vamos ser grandes amigas okay?!

- Nossa, estou fazendo muitos amigos grandes. Vou gostar disso. - A menina sorriu, se curvou e começou a saltitar ao lado da tia.

Fernanda se apressou a voltar. Sabia que Taehyung estava em casa e agora mais que nunca queria mostrar serviço.

Taehyung mal saia do apartamento quando estava em processo de criação. Passava realmente horas trancado no estúdio, porém, depois que Fernanda saiu com a pequena, bateu uma imensa vontade de tomar um milk-shake. Podia simplesmente pedir um, mas Yeotan também estava impaciente e isso significava que o pequeno queria sair para passear.

Vestiu um moletom, um boné, colocou sua máscara, arrumou o cachorrinho na guia de maneira confortável e desceu até o grande café que seu prédio possuía no térrio. Fez seu pedido, escolheu uma mesa que possuía um daqueles bancos retrô que muito se via em filmes norte-americanos naquelas lanchonetes dos anos 60. Deixou Yeotan ao seu lado e esperou tranquilo.

- Menino lindo do papai. Não fique latindo. Quando eu terminar aqui, te levo até o parque. - Falou, quando o cachorrinho começou a latir. - Só não podemos ficar muito tempo. Não é bom pra sua saúde. ‐ Deu um agrado ao pequeno. Enfiou a mão no bolso novamente e fez uma careta ao retira-la. - Se ela ver esse tanto de biscoito aqui dentro, vai me matar. Não sei se notou Tannie, mais a Fernanda não tão calma assim.

Falou isso e começou a rir ao se lembrar do dia que sem querer, pilotou o chão que ela tinha acabado de limpar.

Seu milk-shake chegou e Taehyung passou passou apreciá-lo sem se preocuoar muito com as pessoas que estavam a sua volta. Isso prosseguiu até ouvir sem querer o nome de sua nova empregada sendo dito por alguém. Ergueu o olhar e notou que as duas vozes masculinas vinham de dois homens que estavam sentados à sua frente.

- O que descobriu? - O mais alto questionava.

- As informações estão na pasta. Ela ficou desempregada recentemente.

- Se isso for verdade, como é possível que more num lugar como esse?

- Isso eu não consegui averiguar. Lamento.

- Quanto a criança? - Taehyung se remexeu, desconfortável.

- Não tenho certeza ainda. O ideal seria pedir um exame e confirmar.

- Faça isso. Se for ela, tenho direito a guarda. Ainda mais se ela estiver solteira e desempregada.

Os dois homens levantaram-se e Taehyung deu uma boa olhada nos dois, em seguida, pagou pelo milk-shake e cumpriu o que prometeu a Yeotan. Sua cabeça girava com o que tinha escutado.

Fernanda estava completando um mês de serviços prestados e Taehyung se sentia muito satisfeito com sua escolha. Vez ou outra, ela adormecida sobre vários papéis na mesa da cozinha mesmo, por isso, o rapaz criou o hábito de cobri-la quando isso acontecia, já que não tinha coragem de acorda-la. Por vezes, aproveitava para ver no que tanto trabalhava e sempre se surpreendia com as joias que ela criava.

Faz alguns meses que vem trabalhando em seu álbum solo. Taehyung nem escutou quando Fernanda saiu para buscar Sohee de tão atarefado que estava. Ele tinha criado uma boa amizade com a criança e quase todas as noites ambos tomaram sorvete escondidos.

Taehyung esfregou os olhos, levantou-se da mesa de som, espreguicou-se e saiu do estúdio se atirando no sofá, sem perceber que o mesmo estava coberto por uma pilha de roupas recém-arrumadas por Fernanda.

- Ah, droga! Yeotan, guarda segredo pra mim, tá? Eu prometo que vou arrumar essa bagunça! - Falou, olhando preocupado para o pequeno

Por ironia do destino ou não, Fernanda entrou na sala bem nesse momento

- Mas o que é isso, Taehyung? Eu acabei de arrumar essa pilha de roupas! Você não tem o mínimo de cuidado? Eu só sai por alguns minutos para buscar a Sohee.

- Desculpa. Eu estava tão empolgado com a gravação que acabei me jogando no sofá sem nem perceber. Eu prometo que vou arrumar isso imediatamente. - A mulher continuava de braços cruzados o olhando. - Sohee meu amor, ajuda o tio Taetae.

- Não briga, não tia. Olha que carinha mais fofa. - A menina pediu.

- Eu espero que sim! Não é a primeira vez que encontro bagunças assim. Eu preciso que você se conscientize da importância de manter as coisas organizadas.

- Já disse que vou arrumar. - Respondeu alto e complementou num tom mais baixo. - O chefe sou..

- Tua sorte é que paga bem e o Tannie é fofo demais para que me mantenha brava por muito tempo. - Pegou o pequeno no colo e lhe fez um carinho. - Quanto a você mocinha, vá se banhar que vou pedir nosso jantar. Estou cansada demais para cozinhar hoje.

Fernanda foi até a cozinha, deixando ambos sozinhos.

- Mais eu não disse nada. - Disse ele se aproximando de Sohee. - Sua tia tem audição do Super homem por acaso? - Cochichou.

- Da mulher maravilha. - Brincou ela.

Sempre que possível, os três jantavam juntos, um hábito que começou quando Sohee perguntou por que ela era a única criança da escola que não fazia isso. Fernanda achava incrível a afinidade que seu chefe tinha com a sobrinha, então não se opôs quando ele surgiu com a ideia de jantarem como uma família normal.

Hoje tinha sido mais ima dessas noites agradáveis, porém, desta vez, Sohee preferiu ir dormir o mais rápido possível. Seu dia tinha sido muito agitado. Fernanda começou a recolher a mesa e se assustou quando sentiu o braço de seu chefe esbarrar no seu.

- Deve estar cansada também. Eu faço isso. - Propôs ele.

- Você me paga muito bem para que tudo saia perfeito. Agradeço, mas, prefiro faze-lo até o fim.

- Vamos fazer juntos então. - Percebendo que ele não se daria por vencido, Fernanda apenas concordou.

No meio da arrumação, a curiosidade de Taehyung começou a falar mais alto.

- Posso perguntar uma coisa? - Fernanda apenas concordou sem olha-lo. - O que aconteceu com os pais da Sohee? - A mulher parou imediatamente o que estava fazendo e o olhou séria. - Eu sei que sua irmã está presa. Eu estava lá na delegacia aquele dia e vi vocês. Não me entenda mal. Se não quiser...

- Tudo bem. - Fernanda deu um longo suspiro e contou o que sabia. - Quanto ao pai, tudo que sei é que ele não é uma boa pessoa. Não que minha irmã seja, mas, ela pediu que eu a deixasse o mais longe possível dele.

Taehyung tinha mais perguntas agora do que quando tocou no assunto, mas, decidiu se calar, pelo menos, por hora.

- Eu vou deitar. Chefinho! Obrigada por me ouvir. - Fernanda disse antes de se retirar.

A manhã dos três começou agitada. Nanda se arrumou correndo, fez o café para os demais e implorou obra que a sobrinha comesse o mais rápido que conseguisse. Chegaram em cima da hora na escola.

- Deu tempo. Aí, graças graças Deus. Vai lá amor.

- Senhorita! Espere. - Fernanda parou ao ouvir a voz de Bang. - Entregaram isto na escola ontem. Pegue. Leia com atenção. Nós já recebemos uma cópia.

Fernanda abriu o documento e seu queixo caiu.

- Não. Por favor não a deixem ir com ninguém.

- Isso é uma intimação. Não tem muito que a escola possa fazer. No entanto, precisa de um advogado urgente.

A mulher seguiu para casa em uma pilha de nervos. Estava tão nervosa que acabou esbarrando em alguém no Hall do grande prédio. Os documentos que o homem carregava foram ao chão, juntamente com sua intimação.

- Perdão. Eu não queria... - Fernanda abaixou-se e rapidamente começou a catar tudo, até que parou ao ver o nome de sua sobrinha ao lado de outro... Lee. Começou a tremer ao perceber de quem se tratava.

- Senhorita? Esta tudo bem? - Ergueu os olhos e o viu encarando sua intimação. - Já a vi no noutro dia. Trabalha aqui? - Gelada e em pânico, Fernanda não conseguiu responder.

- Meu amor! Você está bem? - Sentiu as mãos quentes de um alguém a erguer e ficou ainda mais chocada quando percebeu que se tratava de seu chefe.

AMOR? DE QUEM ELE ESTA FALANDO?

Sua mente estava uma bagunça. As vozes estavam tão longe que não conseguia diferenciar muita coisa

- Vocês se conhecem? - O homem à sua frente perguntou.

- Não que seja de sua conta, mas esta aqui é minha noiva. Não é mesmo Nanda?


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