Alana - 19


Estávamos na piscina nos divertindo, a festa estava bem animada e já tinham muitos ali que estavam fazendo loucuras, alguns bêbados, estava muito divertido, eu estava me divertindo vendo as pessoas falando besteiras, de tão bêbadas! Cole chegou mais perto de mim e colocou o braço ao redor do meu pescoço.

— A Eliza sumiu em — disse ele.

— Deve estar por aí, conquistando certo alguém.

— Deve ter conseguido — ele disse e riu.

— Você é muito bobo, Cole — falei, rindo agora, com ele.

— Vamos sair e andar por aí? — Perguntou ele.

— Claro — concordei, e saímos da piscina, fui em direção à toalha para me secar e, quando voltei na direção dele, com a toalha na mão, percebi que ele me olhava descaradamente.

— Fecha a boquinha para não babar, ok?

— Você ainda provoca, novata.

— Eu não posso fazer nada se você adorou o meu biquíni rosa.

— Você sabe bem que não é do biquíni que gostei, não é? E sim da dona dele.

— Você é um tarado — disse e me sequei. Quando terminei, entreguei a toalha a ele, que se secou com ela.

— Obrigado — agradeceu.

Fiquei com uma tanga na parte de baixo, e deixei a mostra minha parte de cima, com o meu biquíni. Cole vestiu um short de elástico e ficou sem a camisa.

Quando comecei a andar, senti braços me envolvendo por trás. Cole estava andando atrás de mim, suas mãos estavam na minha barriga.

— Cole! Me solta — reclamei, tentando o empurrar para longe de mim, mas ele se manteve firme, e não saiu.

— Me deixa andar assim com você, novata... Somos amigos, qual o problema?

— Não é o que os outros vão pensar nos vendo assim.

— E desde quando você liga para a opinião alheia?

— É verdade, eu não ligo.

— Então...

— Só não aperta muito ta? Porque às vezes, ainda sinto dor na barriga.

— Tudo bem, novata — disse ele, e continuamos andando assim.

— Para onde estamos indo? — Perguntei, ao perceber estarmos nos afastando da festa.

— Não sei, por aí — respondeu sorrindo.

— Cole! — Gritou uma garota baixinha e encorpada, era loira, tinha os olhos verdes e era muito bonita. Ela se aproximou de nós dois e nos soltamos um do outro. Na verdade, o Cole me soltou. Ele parecia surpreso e nervoso com a presença dela.

— Daniela? — Perguntou ele, os olhos esbugalhados, parecia ter visto um fantasma.

— Eu mesma, quanto tempo, o que está fazendo aqui? — Perguntou a garota, o olhando de baixo à cima.

— Eu é que te faço essa pergunta, você não estava morando com o seu pai na Europa?

— Estava. Resolvi voltar, não aguentei ficar longe da minha mãe e dos meus amigos, depois de dois anos, eu resolvi voltar — disse a garota, olhando sem jeito para ele e então, seu olhar pousou em mim. — Ela é linda, é sua namorada?

Antes que o Cole pudesse responder e dizer que não, eu respondi por ele, bem antes.

— Sim, somos namorados, algum problema? Aliás, quem é você? — Perguntei, me aproximando do Cole, e o abracei por trás, na frente dela. Cole me olhou sem entender nada, mas não me desmentiu.

— Problema nenhum, é só que, estou feliz por você, Cole — disse ela, falsamente aposto.

— Obrigado — respondeu ele, meio estranho.

— Foi bom te ver, eu vou voltar para a festa, até mais, tchau — disse ela e se afastou.

— Quem era ela?

— Minha ex-namorada, por que disse que somos namorados, Alana?

— Sua ex-namorada? Eu não sabia que você tinha uma ex-namorada — quase gritei, espantada com a revelação. Claro que eu sabia que ele já tinha ficado com garotas, mas não sabia que ele tinha uma namorada fixa.

— Pensou o quê, novata? Eu também namoro.

— Sim, mas, namorada? O lance com ela era sério? Por que terminaram? — Perguntei, saber que o Cole tinha uma namorada séria só fez com que eu me sentisse insegura e traída, mesmo que não tenha sido uma traição, pois eu nem o conhecia nessa época e, na verdade, nem temos nada e nem teríamos, por que eu estava me sentindo enganada? Eu, por exemplo, tive um namorado também, por que ele não podia ter uma namorada? Mas a questão era: Por que o Cole nunca tinha me contado sobre Daniela?

— Isso foi há dois anos, Alana, eu namorei ela quando tínhamos doze anos, éramos bem pirralhos, foi a minha primeira namorada, era algo mais infantil, pré-adolescência, foi com ela que dei o meu primeiro beijo também, terminamos porque o pai dela a chamou para morar com ele na Europa e ela foi, aceitou na hora, foi um dia depois que ela completou catorze anos. Por isso terminamos — disse ele, ficando tenso ao se lembrar.

— Doze anos... Muito novos, ela deve ter sido muito importante para você, não é?

— Foi, sim, bastante, o que mais me doeu foi o fato dela ter decidido ir, sem nem ao menos contar antes o que estava acontecendo, aceitou no mesmo momento que recebeu a proposta, pareceu que eu não fui nem um pouco importante para ela, pois nem pensou em mim, não pensou no nosso namoro, ela nem deve ter sofrido com a nossa separação, se é que quer saber.

— Não fale assim, talvez ela sofresse, não sabemos o motivo dela ter aceitado ir. E outra, ela havia acabado de completar 14 anos, que garota da idade dela recusaria ir morar na Europa? Vocês dois eram novos demais para namorar...

— Puro capricho, mas tudo bem, isso já foi, não temos mais nada um com o outro.

— Você ainda gosta dela? — Perguntei, torcendo para ele dizer não.

— Claro que não, você sabe que não.

— Mas você ficou mexido em ver ela de novo, eu percebi.

— Eu não esperava por isso, mas vem cá, por que tanto interesse? Por acaso está com ciúmes? — Perguntou ele, rindo.

— Óbvio que não, sou sua amiga e só estou curiosa.

— Uai, pensei que fosse namorada, por que mentiu para a Daniela?

— Para te ajudar, eu pensei que fosse uma ex-ficante chata, aí disse aquilo, para ver se ela se mandava — menti.

— Sei...

— E aí para onde vamos? Aquela baixinha até estragou os nossos planos — disse, com raiva.

Ele riu e me puxou pela cintura. — Não precisa se sentir ameaçada, novata, eu gosto só de você. A Daniela é passado — disse ele, e sorriu ao me observar babando por ele.

Eu não consegui parar de olhá-lo, ele estava tão lindo. Com o cabelo loiro todo molhado e com os cachos incrivelmente belos. Cole era lindo. Olhei para a boca dele e pensei o quanto eu queria beijá-lo, me lembrei do nosso primeiro beijo no ginásio, eu não esperava por aquilo, eu cheguei até a beijar o pescoço dele, quando aconteceu, que vergonha! Então, fiquei corada só de lembrar, me soltei dele.

— É melhor a gente parar com isso — tentei fugir dos meus sentimentos.

— Você que sabe — ele disse, dando de ombros e andou na minha frente, o segui.

— Espera, seu idiota! — Gritei, andando apressadamente atrás dele.

— Venha novata, me dê às mãos, porque do jeito que você é fresca, terei que te ajudar... — debochou, sorrindo travesso.

— Até parece seu idiota. Eu não sou fresca — resmunguei de volta.

Chegamos a um lago, era lindo. De repente, o Cole começou a tirar o short e ficou só de sunga, fingi não notar e nem reparar tanto, mas fui pega de surpresa com a atitude dele.

— Ei! Está louco? Não entra nesse lago aí não! — Gritei desesperada.

— Entra também, Alana! Está ótimo, vem se divertir.

— E se for perigoso, Cole? Esse lago pode ser fundo, sai daí!

— Está com medo de me perder é? — Perguntou ele, sorrindo torto para mim.

Eu odiava quando ele dava esse sorrisinho torto! Ele ficava incrivelmente lindo assim... Contra a minha vontade, tirei a minha canga e entrei no lago enorme e incrivelmente assustador. Eu morria de medo de entrar em lagos, mesmo eu nunca tendo entrado em um. Lago me lembrava de rio, e rio era algo assustador e perigoso para mim, eu morria de medo de rio, e as duas coisas se pareciam muito, era a primeira vez que eu entrava em um lago e várias cenas de filmes de terror que vi em toda a minha vida, que se passavam nos lagos, começaram a entrar na minha mente, o que fez meu medo aumentar.

— Cole, vamos sair daqui — implorei, enquanto olhava o lago, e o medo de aparecer alguma piranha, cobra, jacaré... Tudo quanto é bicho ruim, que costuma aparecer nesses filmes! Eu não queria morrer, eu acabara de escapar da morte, e morrer naquele momento, estava fora de cogitação! Ele estava bem na frente, nadando, ele se virou para me olhar.

— O que foi, novata? Você está no raso ainda, vem para perto de mim!

— Cole! Vem aqui agora! — Gritei e então comecei a chorar de nervoso. Ele percebeu que eu estava chorando e nadou rapidamente até mim, levou as mãos sobre o meu rosto.

— Por que está chorando, Alana? O que aconteceu? — Perguntou ele, enquanto limpava as minhas lágrimas.

— Tenho medo de lagos, por isso não queria entrar, tenho muito medo, e você me deixou sozinha aqui, além de eu estar com medo de que acontecesse alguma coisa com nós dois, você me deixou sozinha e eu entrei em pânico — contei, tentando não chorar mais. Ele sorriu de lado e me abraçou. — Não precisa ter medo, novata, eu estou aqui com você, eu iria voltar. Jamais te deixaria sozinha aqui.

— Promete que não vai mais me deixar sozinha?

— Prometo, novata, não vou mais me afastar.

— Agora, vamos sair desse lago?

— Tem certeza que você não quer enfrentar esse seu medo e aproveitar, nadando aqui?

— Tenho Cole, eu quero sair daqui.

— Como quiser, então, novata — disse, sorrindo. Ele segurou a minha mão e fomos andando até a margem, nos sentamos em cima do mato, de frente para o lago.

— Aqui está melhor — disse e ri fraco.

— Estou aqui pensando em uma coisa.

— No quê? — Perguntei, olhando em seus olhos castanhos escuros.

— No quanto você é autoritária, valente, rebelde, mimada, fresca e, ao mesmo tempo, ser tão frágil e ter medos bobos, como esse, medo de nadar no lago? Sério, você é uma figura novata. Você é uma mistura de tudo.

— Não são medos bobos, Cole, sabia que o lago é muito perigoso? Várias pessoas morrem dentro deles, e eu não quero me juntar ao clube.

— Não seja boba, Alana. Esse lago aqui não tem perigo nenhum.

— Você não sabe, e eu é que não quero me arriscar — disse.

Ele riu, colocou o braço em volta do meu pescoço e eu deitei minha cabeça no peito dele, me aninhando a ele.

Cole estava molhado ainda, mas eu não me importava, pois eu também estava, e sentir o calor do corpo dele no meu, era a melhor coisa que eu poderia sentir, sem contar, que nos braços dele eu me sentia protegida.

Era como se ele fosse a minha fortaleza, o motivo para eu não me afundar. Ficamos naquela posição por um bom tempo, conversando muito, até que nos calamos e ficamos alguns segundos imóveis, apenas juntinhos. Elese afastou de mim, pensei que iria se levantar para irmos embora dali e voltar para a festa, mas foi justamente aí, que tive uma surpresa.

Ele puxou meu rosto para perto do dele e me beijou. Entreguei-me totalmente aos beijos dele e o correspondi com todo o amor e a paixão que eu havia negado sentir por ele, tantas vezes para mim mesma. Eu não queria admitir que gostava desse idiota, mas a verdade que eu tanto neguei era essa.

Eu gostava muito desse idiota. Demais da conta. Era inexplicável o que eu sentia pelo Cole e, no momento em que nos beijávamos, de frente para aquele lago, eu podia jurar e sentir que eu era a garota mais feliz do mundo, e a mais apaixonada também, eu estava muito apaixonada! Como consegui negar isso para mim por tanto tempo?

Depois de um longo beijo, nossos lábios se afastaram, mas nossas testas continuaram coladas. Ele estava sorrindo, foi a minha vez de sorrir também, ele se surpreendeu com o meu sorriso e levantou a cabeça, fiz o mesmo.

— Não vai me ofender e nem dizer que te beijei à força? Não vai ficar brava e sair correndo bufando de raiva? — Perguntou ele, me olhando atentamente.

— Não.

— Por que não?

— Porque eu te amo, Cole — admiti, ele deu aquele sorrisinho torto que eu tanto amava.

— Está falando sério, novata?

— É óbvio, eu não mentiria com uma coisa assim, seu idiota.

— Você não muda, é grossa até na hora de ser romântica.

— Você também não colabora — retruquei.

— No fundo, eu sabia que você me amava. Só era questão de tempo para perceberisso — ele se gabou.

— Ah... Sabia sim — impliquei e caí na gargalhada, ele foi me deitando lentamente sobre o mato, que me pinicava e muito, mas ficar com ele era tão bom que eu não me importava com esse mato. Segurou o meu rosto e o acariciou.

— Eu também te amo muito, novata — ele disse com ternura.

— Alana — corrigi, sorrindo.

Ele riu também. — Ok, Alana! — Disse, e o lábio dele tocou o meu novamente, e pude saborear com mais calma o nosso terceiro beijo.

Estávamos incrivelmente felizes, tanto eu quanto ele, eu sentia, era nítido, o Cole não sabia esconder seus sentimentos, era mais transparente que água. E eu adorava isso nele. Conversamos deitados um ao lado do outro, com as mãos entrelaçadas.

— Nem acredito que estamos juntos, novata.

— Pois acredite, seu bobo, estamos, sim, quer que eu te belisque? — Perguntei.

— Não! Nem pensar, sua doida! — Esbravejou, espantado.

— Bobo, eu não iria te beliscar — disse, sorrindo.

— Eu poderia ficar aqui, deitado com você, te beijando até o amanhecer do outro dia, mas ainda é tarde de um domingo, e se não voltarmos para a festa, o pessoal vai estranhar e achar que aconteceu alguma coisa com nós dois, não quer a polícia aqui, não é? — Falou, sorrindo maroto.

— Você tem razão. Principalmente a Eliza! Que, se voltou, deve estar preocupada comigo — disse, me lembrando dela.

— Valeu por me descartar — disse ele, fingindo estar ofendido.

— Ah, para seu bobão! A Eliza também gosta de você, mas entre nós dois, eu sou prioridade para ela, e você sabe, não é? — Provoquei.

— Claro, convencida, amigas vêm em primeiro lugar — disse ele.

Ele se levantou e me ajudou a me levantar, coloquei minha canga de volta e ele seu short, e caminhamos de mãos dadas para onde a festa estava acontecendo. Não foi difícil encontrar o lugar de volta, era bem pertinho até.

Senti todos os olhares da festa em nossa direção, muitos nos olhavam assustados, além de estarmos de mãos dadas, nos beijamos em público. Quando nos afastamos, avistei a Bela do outro lado me fitando furiosa.

— Vou pegar um refrigerante para nós dois e já volto, ok? — Disse Cole.

— Claro, amor, vai lá — respondi e sorri. Demos um selinho antes de ele ir pegar o refrigerante, foi só o tempo para a Bela resolver vir me atormentar.

— Então, está com o meu irmão, agora é oficial — disse ela.

— Sim, Bela, é oficial, estamos namorando.

— Pode rir, conseguiu o que queria, usar o burro do meu irmão para me atingir.

— Eu não estou com o seu irmão para te atingir, Isabela. Estou com ele, porque o amo, amo muito, o mundo não gira ao seu redor, querida.

— Eu não acredito, Alana, uma garota como você não se contentaria com o Cole.

— Ah, é? E por que não? O Cole é lindo, legal, inteligente, amigo, fofo, carinhoso, ele é tudo de bom, Isabela. Foram essas qualidades que fizeram com que eu me apaixonasse por ele — respondi, ela me fitava com muita atenção, parecia me analisar.

— Sim, eu não discordo, o meu irmão é realmente tudo isso, principalmente lindo, só que ele não tem uma coisa que você quer muito.

— O quê?

— Popularidade, o meu irmão não é popular como o Micael e outros daquele colégio, e nós duas sabemos bem que você é como eu, ama a popularidade e faz de tudo para estar no topo. Você não conseguirá chegar no topo estando com o Cole.

— Você é muito ridícula, garota, sério, é difícil de acreditar que o Cole seja o seu irmão, ele é tão diferente de você. Eu não sou como você, eu amo o Cole e não me importo com toda essa popularidade de que você está falando. Seeu tivesse que escolher entre ser popular e ter o Cole, eu escolheria mil vezes o Cole, agora vê se não me enche mais — falei, irritada.

— Você não me engana garota, eu vou fazer o meu irmão enxergar que tipo de garota é você — disse ela, me ameaçando, como se eu tivesse medo das ameaças dela.

— Estou morrendo de medo, Belinha — provoquei e ri. Ela fechou as mãos com raiva.

— E eu sei quem pode me ajudar.

— Como é?

— A Daniela, a minha grande amiga e ex-namorada do Cole.

— Sua amiga? — Perguntei.

— Claro! Os dois se conheceram por mim, agora que a Dani voltou, vai ser mais fácil te afastar do Cole, até porque, a Daniela que foi o grande amor do meu irmão, você é apenas uma ilusão na vida do Cole, um desvio, que ele logo, logo, vai esquecer — disse ela, sorrindo com maldade.

— Não se atreva a se meter no meu relacionamento com o Cole, porque se eu descobrir que você fez algo para nos prejudicar, eu juro que acabo com você, garota — ameacei irritada demais só de olhar para o rosto dela.

— Ui, duvido que você se atreva a encostar um dedo se quer em mim.

— Quer apostar, Belinha? Olha, você terá que me pagar depois em.

— Ridícula! — Gritou, e saiu de perto de mim, bufando.

Fiquei preocupada com tudo o que ela falou, ela seria capaz de se meter para nos prejudicar mesmo? Acho que sim, elas que não se atrevam. Cole estava demorando, e nem sinal da Eliza, olhei a hora no celular, eram 17:00 h, foi então que vi vinte chamadas perdidas dos meus pais, a Cassie e o Diego, a Celina e o André! Ops... Tinha duas do Théo.

Bem feito para ele, que pensou que nos proibiria de ir a algum lugar, tinha mensagem também, da minha mãe, perguntando onde nós duas estávamos, claro, que eu não respondi e nem retornei a ligação deles, quando chegássemos em casa ouviríamos uma bronca! Mas isso só quando voltássemos, para que antecipar o sofrimento? Seria melhor adiar mesmo e fingir que os problemas não existiam.

Cole voltou com nossos copos e eu peguei o meu. Quando terminamos de beber, ele me puxou pela cintura e ficamos dançando coladinhos, uma música romântica do Ed Sheeran que tocava, era Kiss me. Os casais da festa estavam todos dançando como nós dois. Cole dançava muito bem, fiquei impressionada, não pisou nem uma vez no meu pé, ficamos dançando juntinhos nos encarando apaixonadamente, com nossos rostos quase colados, ele sorria ocasionalmente, e eu também, nossas testas encostadas, até ele procurar o caminho do meu pescoço, fiquei arrepiada ao sentir o roçar de seu lábio em meu pescoço, foi subindo, até que encontrou minha boca, e iniciamos um beijo lindo e romântico, ao som da música que também já estava terminando.

Mas o clima fofo foi quebrado, quando senti mãos agarrando o meu braço e me puxando para longe do Cole, quando olhei para essa pessoa, vi que era o Théo! O empurrei imediatamente, tentando me soltar dele. — Me solta! — Gritei.

— Solta ela, Théo! — Ordenou André. Então, avistei toda a minha família na festa, eu não esperava por aquilo, não mesmo. Como eu iria imaginar que eles viriam atrás da gente?

Théo me soltou, assim como o seu pai ordenara, e ficou olhando estranho para o Cole. — Achou que conseguiria fugir assim e se dar bem? — Perguntou ele, olhando para mim. O encarei, o desafiando. — Você não tem o direito de me afastar do Cole, como você fez.

Cole se aproximou de mim e colocou o braço ao redor do meu pescoço.

— Théo, pensei que nós dois, fossemos colegas — disse Cole. Théo não respondeu, apenas ficou nos olhando juntos. E nossos pais se aproximaram.

— Eu sabia que você ficaria com ele, você não perde tempo, Alana, mas onde está a Eliza? Nunca foi do feitio dela, fugir e se fugiu foi por influência sua!

— Fugimos juntas sim! Porque vocês todos nos proibiram de vir! — Me defendi, olhando para todos eles.

— Isso não foi certo, Alana, ficamos preocupados e chateados — disse mamãe.

— Não exagerem, foi só uma fugidinha! Estamos bem.

— Onde está Eliza? — Perguntou mamãe.

— Não sei.

— Como você não sabe? Está mentindo! — Acusou Théo.

— Eu não estou mentindo! Eu realmente não sei, ela foi atrás do Micael e não voltou mais.

— Vamos procurar ela, me ajude Théo — disse papai e todos concordaram.

Mas não foi preciso, pois assim que a tropa de elite estava saindo para procurá-la, avistamos Eliza de biquíni azul, toda molhada, agarrada com o Micael apenas de sunga, ambos molhados e cheios de chamegos.

Aquilo seria o fim para a pobre Eliza. Eu já estava prevendo tudo. Ela não tinha nos visto ainda, foi quando Théo, papai e André gritaram juntos: Eliza! A festa toda olhou... Inclusive a Eliza e o Micael, quando ela os viu, arregalou os olhos e se afastou do Micael na hora. Os três foram juntos até ela, e André a puxou pela mão, para longe do Micael.

— Pai! Diego! Théo?

— Vocês duas estão encrencadas — disse Théo, convencido.

Nisso, Celina e mamãe foram até mim e pediram com educação para que o Cole se afastasse de mim, antes que eles voltassem para perto e arrumassem outra cena ao me verem agarrada com o Cole, obedeci, mesmo contra a minha vontade e me despedi com um selinho do Cole, a festa havia acabado, ele me abraçou antes de ir embora.

— Te amo, novata. É uma pena que isso tenha acontecido, nos vemos amanhã na escola, queria tanto continuar aqui coladinho com você.

— Eu também, amor. Eu não acredito que isso aconteceu, mas agora foi mesmo.

Cole se afastou, disse que iria embora, e eu fiquei esperando os três voltarem, segurando a Eliza pelo braço. Machistas mesmo.

Micael tentou interferir e dizer que gostava da Eliza e que estavam namorando, mas os três se recusaram a escutá-lo. Chegaram até mim e soltaram Eliza ao meu lado.

— As duas vão para o carro agora — disse papai e André juntos.



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