Nervos á flor da pele
Rosalie Cullen
Os dois caíram...
- ROSE!!! -Lydia me chama.
- O QUÊ?!!!
- Você ta bem?
Não respondo.
- Rose? -Allison me chama.
- Não acredito que o Derek morreu por minha culpa.
Continuo a dirigir, pois estamos seguindo o ônibus, onde todo o time está indo para um torneio.
- Não ta perto de mais?
- Depende, Allison. -Respondo. - Você está aqui só pra seguir o ônibus?
- Deveria se afastar. -Me aconselha.
- Eu sei o que to fazendo. -Falo fria.
- Você está só vigiando o ônibus ou o namorado? -Lydia pergunta.
- Lydia!!! Tudo isso só começou quando ele veio bater na minha porta.
- Pra quê?
- Ele veio e devolver uma ponta da minha flecha que eu perdi no colégio e tivemos uma conversa.
Eu, Boyd, Damon, Derek, Peter e Cora estamos tentando criar um plano pra encontrá-lo.
- Eu sei onde eles estão. -Scott entra no loft.
- No mesmo prédio que os Argent. -Derek fala. - Sabemos.
- Eu e Damon seguimos os gêmeos. -Falo.
- Então querem que vocês saibam.
- Ou provavelmente não tão nem ai. -Peter fala.
- O que é isso? -Pergunta se referindo aos papeis na mesa.
- Não é óbvio? -Damon pergunta. - Os mirabolantes estão mirabolando. Tracciando un colpo a sorpresa.
- Só uma que falava italiano já tava bom. -Peter reclama.
- Vão atrás deles? -Scott pergunta.
- Amanhã. -Derek responde. - E você vai ajudar.
Continuo os seguindo.
- Estão um andar à cima deles, na cobertura, bem em cima da Allison.
- Matar eles primeiro? Esse é o plano? -Scott pergunta.
- Pegamos eles desprevenidos. -Boyd fala.
- Por que o plano padrão é sempre matar? Da pra tentar inventar uma coisa que não implique matar todo mundo?
- Você não cansa de ser levemente moral, né? -Meu irmão pergunta.
- Não que eu discorde. -Peter fala.
- Eu sim. -Cora se intromete. - Precisamos desse moleque pra quê?
- Esse moleque ajudou a salvar a sua vida. -Derek fala. - E você sabe que não da pra gente ficar esperando que eles comecem.
- Essa é a sua "briga de irmãos"? -Damon pergunta.
- Me faz lembrar quando eu joguei o Tyler pela janela, por ter me acordado. -Falo.
- Ele caiu de três andares. -Damon fala sorrindo. - Aquilo sim foi bom de assistir.
- Vamos atrás do Deucalion. -Cora repete. - Só dele.
- Se cortar a cabeça da cobra, o corpo morre. -Boyd fala.
- Só que não é uma cobra, é uma hidra, e todos são alfas ali. -Peter fala.
- Sabe o que acontece quando Hércules corta uma das cabeças da hidra? -Pergunto.
- Crescem mais duas no lugar. -Scott responde minha pergunta.
- Alguém tem feito o dever de casa. -Peter fala com aquele sorrisinho de deboche no rosto.
- Diz ai. -Lydia pede à Allison. - Essa coisa de não perder ele de vista é literal ou mais uma regra geral?
- Por quê?
- Ta quase sem gasolina. -Ela fala essa última parte pra mim.
- E se a gente parar? -Allison pergunta.
- Vamos perder eles. -Falo.
- Você sabe pra onde vão.
- Você não viu o que aconteceu.
- Eu sei quem começou. -Retruca.
- Foi o que Aiden contou pra você?
- Aiden? Espera ai, foi por isso que você me convidou pra essa voltinha, Allison? Meu Deus!!! Vocês estão vigiando eles e a mim.
- Não tem nada entre você dois. -Allison fala.
- To passada com a insinuação.
- Nada? -Pergunto.
- Nada. -Lydia nega.
- E não foi nada aquilo que a Cora pegou você fazendo?
- Foi.
Rimos.
Todos os carros pararam.
Ele o empurrou até a borda, o segurou pela camisa e o emburrou para baixo, mas ele caiu junto, antes de eu conseguir segurá-lo.
Alguns buzinaram, irritados.
- Eu não sei mais o que fazer. Eu tento fazer eles me ouvirem, falo pro Derek que todos vão morrer. -Scott fala.
- Como se salva alguém que não quer ser salvo? Como vamos impedir eles? -Pergunto.
- Não impeçam eles. -Sr. Deaton fala pra mim e Scott. - Liderem eles.
- Parece que teve um acidente com um trator lá na frente. -Allison fala olhando o celular.
- Vamos chegar atrasados. -Lydia reclama.
Meu celular começa a tocar e coloco no viva-voz.
Lydia: Oi Stiles, a gente ta entrando no cinema, pegando pipoca, sabe?
Stiles: Eu sei que vocês estão atrás da gente. Olha só, o Scott ainda ta ferido.
Allison: Como assim "ainda"? Não ta curando?
Stiles: Não, ta até piorando, já que ta ficando preto.
Eu: Qual o problema dele?
Stiles: O problema dele? Por acaso eu sou doutor em licantropia?
Eu: Temos que tirar ele do ônibus.
Lydia: E levar ele pra onde?
Allison: Tem um posto ali na frente, pede pro Treinador parar.
Stiles: Eu já tentei.
Allison: Convence ele.
Stiles: Por acaso conhece esse cara?
Eu: Espera que eu to indo ai.
Desligo.
- Allison, vem pra direção. -Falo. - Eu vou até lá.
Saio do carro e Allison vem pro meu lugar.
Ando até o ônibus e abro as portas, que foi coisa fácil.
- Rose? -O Treinador olha pra mim e todo mundo faz o mesmo.
- Oi, Treinador.
- O que faz aqui?
- To indo pro tornei. -Sorrio.
Vou até o fundo e me sento entre Stiles e Scott, com todo mundo meio sem entender o que eu to fazendo.
- Pede pra ir no banheiro. -Falo pro Stiles. - Se não der, inventa algo.
Ele levanta e vai até o Treinador.
- Treinador, 5 minutos pra ir no banheiro, a gente ta aqui há uma 3 horas...
Ele apita.
- São 100km até a próxima parada....
Apita de novo.
- Segurar por horas não é bom pra nossa...
Apita.
- Você sabia que nossa bexiga...
Apita.
- Treinador...
Apita.
- Isso é...
Apita.
- Deixa eu falar, cara!!!
Apita.
- Volta pro seu lugar, Stilinski!!! -Ele manda.
- Ta bem!!!
- E Gerold, de olho no horizonte. -Ele manda por causa dele estar enjoado.
Stiles faz cara de quem teve uma idéia.
- E ai, Gerold? -Pergunta se sentando ao seu lado. - Tudo bem, cara?
Ele da aquele sorriso.
7 minutos depois...
O garoto vomitou no ônibus e obrigou todo mundo a sair dele.
As duas chegaram com o meu carro. Allison e Stiles ajudaram Scott a ir até o banheiro. Levantaram a sua blusa e deu pra ver a parte que não cicatrizou preta.
- Por que você não falou nada? -Pergunto.
Lydia, Stiles e Allison olhavam assustados.
- Foi mal. -Pede fraco.
- Se você não tivesse tão fraco, eu ia te bater. -Ameaço e puxo os outros pro canto.
- Eu nunca vi nada parecido. -Falo.
- Chamo uma ambulância? -Stiles pergunta. - Temos que agir logo.
- E se for psicológico? -Lydia pergunta.
- Tipo somatoforme? -Pergunto.
- Oi? -Stiles pergunta.
- Uma doença física causado por algo psicogênio. -Explico. - Ta tudo na cabeça dele.
- Na cabeça? -Pensa. - Por causa do Derek. Ele não permite se curar porque o Derek morreu.
- E o que a gente faz? -Allison pergunta.
- Costuramos ele. -Falo.
- Talvez ele só precise acreditar que ta se curando. -Lydia completa.
Preparamos tudo.
- Ele precisa de outra camisa. -Allison fala já que é ela que vai costurar. - Cadê a mochila dele?
-Vou buscar, eu detesto agulha mesmo. Só não demora, que o ônibus pode sair a qualquer momento.
Meu celular vibra.
Preciso de você
-Derek
Ele não morreu...
- Eu preciso ir. -Falo.
- Por quê? -Stiles pergunta.
- Assunto de família. -Minto.
- Vai, sei como é. -Allison fala.
- Qualquer coisa é só me ligar.
Saio de lá correndo e abasteço meu carro no posto que ali tinha.
Começo a dirigir a mais de 100km/h.
Quanto mais eu dirijo, mais me vem à lembrança de nós nos encontrando com Deucalion e seu bando no shopping abandonado, ele me querendo na sua alcatéia, Derek me defendendo quando tentaram me pegar, a fecha que surgiu do nada, a briga, a morte do Derek...
1 hora depois...
Depois de conseguir voltar correndo com tudo pra Beacon Hills, fui direto por loft do Derek e subi, logo encontrando o mesmo quase inconsciente na porta e cheio de machucados feios. Passo meu braço por ele.
- Quer ir pro hospital? -Pergunto.
- Não, sem hospital.
- Você é bem pesado, sabia?
Consigo levá-lo até sua cama, onde ele cai de olhos fechados.
- Derek? -Chamo. - Derek?
Ele abre os olhos.
Rasgo o que sobrou da sua blusa, pois já estava totalmente rasgada e consigo ver os machucados que não cicatrizaram.
- Meu Deus!!!
- Ta muito ruim? -Pergunta fraco.
- Na verdade, o "meu Deus" seria pelo seu físico inacreditável se não fosse o fato de estar sangrando sangue preto igual o Scott.
Ele fecha os olhos.
- Derek? Você não ta morrendo, né?
Ouço seus batimentos e suspiro aliviada.
-Não foi bem isso que eu imaginei com a mensagem.
Depois de alguns minutos...
Eu estava olhando a cidade pela janela, quando Derek acorda e se senta na cama.
- Quer mesmo fazer isso? -Pergunto quando o vejo tentando se levantar a cama.
- Preciso achar os outros. Acham que eu morri.
- Eles estão bem. -Ele me olha. - Eu tava com eles quando me chamou.
Suspiro.
- Mas talvez isso seja bom. -Falo. - Sabe quantos personagens na literatura usam uma morte falsa a seu favor? Tipo Os Miseráveis, Um conto de duas cidades, Romeu e Julieta... Eu to lendo de mais.
- Eles precisam saber.
- Tem idéia de quanto está horrível? Você parece uma ferida gigante aberta e eu nem sei se você não ta dando uma de "Rose" e voltando dos mortos.
Me abaixo na sua frente.
- Quer meu sangue? -Pergunto. - Talvez se cure mais rápido ou que eu procure um quite de primeiros-socorros, que eu sei que não tem.
- Normalmente eu não preciso.
- Então vai fazer da maneira normal.
- Eu me curo com o tempo. -Fala. - Você não deveria estar aqui ainda.
- Por que não? -Pergunto.
- Porque não me conhece, não sabe nada sobre mim.
- Talvez eu saiba que tenho sentimentos por você.
To ficando mais melosa que o Scott e a Allison!!!
- Não devem ser bons. -Fala. - Todos ao meu redor, se machucam.
- Eu já me machuquei antes.
- Não assim.
- Como? A pessoa que você amou morreu? A família toda morta? Matando pessoas? Quer mesmo discutir sobre isso?
Ele me beijou e seus machucados foram cicatrizando...
NOTA DA AUTORA:
Olha o OTP de vocês aí...
#atualizacãodequarentena
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top