Não estava previsto
Rosalie POV
- Não posso deixá-los lá, Stefan!!!
- Eu to aqui com você agora!!!
Eu acordei com um toque nas minhas costas.
- O que foi, Rose? -Derek acorda.
- Eu tava sonhando. Foi tipo um sonho dentro de outro sonho.
- Um pesadelo, Rose?
- Pera ai, Derek, você nunca me chama de "Rose".
- Rose, volta a dormir.
- Acorda, Rose!!! -Falo pra mim mesma. - Isso não é real. Isso não é real!!!
Gritei!!!
Damon entrou no meu quarto com Elena atrás.
- Calma, Rose. -Damon pede. - Foi só um sonho, calma.
Os dois me abraçam e meus batimentos cardíacos voltam ao normal.
Pela manhã...
Depois do incidente durante a madrugada, eu comecei a me preparar para a aula e me troquei.
Peguei as chaves da minha moto, tipo a do Ethan e Aiden, e desci até a cozinha onde Damon e Elena estavam.
- Você ta bem pra ir?
- To. Depois, se quiser, podemos ir ver as coisas do casamento.
- Claro, vou adorar fazer isso com a minha cunhada preferida.
Saio de casa e vou pro colégio.
Encontro Scott correndo na escada e paro ele, junto de Stiles.
- Ta tudo bem? -Stiles pergunta.
Assenti.
- Você não ta bem não, Scott.
- Eu to bem.
- Não ta não. -Falo. - Ta acontecendo com vocês também. Tão vendo e ouvindo coisas, né?
- Como sabe?
- Porque ta acontecendo com os quatro. -Lydia fala, chegando com Allison.
Dentro do colégio...
- Quem diria que não é mais a louca? -Lydia fala se divertindo com os nossos problemas.
- Não somos loucos. -Allison fala.
- Alucinações? Paralisia do sono? É, vocês estão bem.
- Nós morremos e voltamos à vida. Tem que ter um efeito colateral. -Scott fala.
- A gente cuida um do outro, ta? -Pergunto. - E Lydia, para de se divertir com isso.
- Com o quê?
- Para ou eu vou rasgar sua garganta. -Ameaço e ela engole em seco.
Dentro da sala de aula...
- Bom dia a todos. -O novo professor fala. - Sou o Sr. Yukimura. Estou assumindo o lugar do professor de história anterior. Eu e minha família nos mudamos pra cá há três semanas e a essa altura, já devem conhecer minha filha, Kira. Ou talvez não, já que ela nunca falou de ninguém da escola. Nem levou ninguém lá em casa por sinal.
Uma garota com um estilo bem legal abaixou a cabeça na mesa e fez barulho, o que fez todos olharem pra ela e a mesma dar um sorriso tímido.
- Enfim, ali está ela.
No armário do Stiles...
- Talvez a gente precise de mais tempo pra voltar ao normal. -Scott sugere.
- É, só não esquece que a gente apertou o botão de reiniciar um farol sobrenatural pra criaturas sobrenaturais. -Stiles fala.
- Tem uma chance de as coisas nunca voltarem ao normal. -Falo.
Stiles está com dificuldade em abrir o armário, então eu e Scott prestamos atenção na conversa da Kira com seu pai.
- Pensei que quisesse fazer amigos. -Ele fala.
- Mas não assim.
- Disse que queria que te vissem.
- Posso por fogo em para me verem.
- É, ai você morre.
- Exato.
Ela olha pra nós e desviamos o olhar.
Não sei o que deu em mim, mas meus olhos se tornaram azuis e os de Scott vermelhos.
- Cara, os olhos de vocês tão brilhando. Parem!!! -Stiles fala.
- Não consigo. -Falo.
- Abaixem a cabeça.
Ele colocou os braços em torno de nossos pescoços e fez um escândalo enorme até conseguirmos entrar uma sala vazia.
- Stiles, fica longe da gente. -Mando.
- Calma!!!
Scott faz com que suas garras cresçam e ele as aperte contra sua mão, fazendo sangrar.
Comigo foi parecido, agora eu tenho quatro presas, duas de lobisomem e duas de vampiro. Eu cravei minhas unhas no meu pulso, que sangrou, e eu consegui voltar ao normal.
- A dor nos torna humanos. -Falo.
- Não é coisa da nossa cabeça. -Stiles fala. - É real. Ta ficando difícil pra mim também. Não são só pesadelos, são sonhos em que eu realmente acordo de tanto gritar e na maioria das vezes eu nem tenho certeza se eu vou conseguir acordar.
- Como assim?
- Eu to tendo o mesmo que o Stiles. -Falo. - Eu acordei gritando e o Damon e Elena me acalmaram.
- Sabe como sabemos se estamos num sonho? -Stiles pergunta. - Em sonhos a gente não lê, nos últimos dias eu to com dificuldade de ler, não consigo por as letras em ordem.
- Nem agora? -Scott pergunta.
- Não. Rose?
- Eu tenho que achar algo que me mostra que eu não to no mundo real.
- O que é?
- O Derek. -Eles me olham. - Ele nunca me chama de "Rose", é sempre do "Rosalie".
No quarto do Scott...
Já é noite e eu estou conversando com ele e Isaac.
- Bem na cabeça? -Pergunto.
- Não acertou por pouco e ela repetiu a mesma coisa: que ta vendo a tia. Seja lá o que ta acontecendo com você, mas ta piorando. Se eu não estivesse lá, a Lydia estaria morta.
- E tava fazendo o que lá? -Scott pergunta.
- É... Ah...
Scott o arremessa contra a parede do corredor, porque eu sei que o Isaac ta ficando com a Allison.
- Meninos, qual é? -A Sra. McCall pergunta lá de baixo. - Essa casa não tem poderes sobrenaturais de se curar!!!
Na manhã seguinte...
Stiles escreveu um monte de palavras mandando ele acordar enquanto estava "dormindo" na aula de economia.
Agora estamos eu, Scott, Stiles, Isaac, Allison e Lydia sentados em uma mesa lá fora.
- O que acontece com uma pessoa que teve uma experiência de quase morte e volta vendo coisas? -Todos olham pra mim.
- Não me olhem assim. -Mando. - Eu sou imortal. É como daquela vez em que eu morri por causa do Gerard. Minha alma ficou vagando até eu conseguir encontrar o corpo, mas dessa vez não foi como se eu tivesse morrido por uma estaca no coração ou um pescoço quebrado.
- E agora não conseguimos dizer se é real ou não. -Stiles lembra.
- E tem visões assombradas por um parente morto. -Allison fala.
- E sonhos assombrados pelo ex-namorado e o namorado. -Falo.
- Os quatro estão aprisionados, porque estão loucos. -Isaac fala.
- Pode pelo menos tentar ajudar, por favor? -Stiles pergunta.
- Eu passei metade da minha infância preso em um freezer, então ajudar é uma novidade pra mim.
- Você ainda usa essa história?
- É, ainda uso sim!!!
- Oi, oi. -Kira fala quando se aproximou de nós. - Foi mal. Eu não pude deixar de ouvir o que estavam falando e eu acho que talvez eu saiba do que estão falando.
Todos olhamos pra ela.
- Tem uma palavra tibetana pra isso... -Interrompo.
- "Bardo".
- O que é isso? -Stiles pergunta.
- O estado entre a vida e a morte.
- E como você se chama? -Lydia pergunta daquele jeito dela.
- Kira. -Scott responde e olhamos duvidosos pra ele. - Ela faz história com a gente.
- Tão falando de bardo no budismo tibetano ou indiano? -Lydia pergunta.
- Os dois. Não importa. -Falo. - Senta ai.
Ela senta do meu lado.
- Mas tudo que estavam falando, tudo isso acontece no bardo. -Kira fala.
- Ai tem os estados progressivos onde podem ter alucinações, pode ver ou escutar. Podem ser visitados por divindades pacíficas ou raivosas. -Falo.
- Divindades raivosas? O que seria isso? -Isaac pergunta.
- Demônios. -Nos duas falamos juntas.
- Demônios. -Stiles repete. - Por que não?
- Esperem. -Allison pede. - Se existem estados progressivos, qual o último.
- A morte, você morre.
À noite, na clínica...
- Parece que o subconsciente ta tentando se comunicar com vocês. -O Sr. Deaton fala.
- E como eu falo pro meu subconsciente usar uma língua que eu entenda? -Stiles pergunta.
- Lembra como eram os gestos? A localização e os movimentos das mãos?
- Entende disso? -Scott pergunta.
- Eu sei um pouco. -Falo.
- Eu também.
Stiles faz os movimentos.
- Quando. -Começo a traduzir. - Porta.
- "Quando uma porta não é uma porta" -Sr. Deaton juntou as palavras.
- Quando ta entre aberta. -Scott responde.
- Ta brincando? Uma charada? Meu subconsciente ta me dando uma charada?
- Não necessariamente. Quando vocês quatro mergulharam na água, quando passaram da inconsciência pra um tipo de supraconsciente, basicamente abriram uma porta em suas mentes.
- Então essa porta ainda ta aberta? -Pergunto.
- Entreaberta.
- Uma porta entre nossas mentes. -Stiles está chocado.
- Eu disse que era arriscado
- E o que a gente faz? -Scott pergunta.
- É difícil responder.
- Eu conheço esse olhar. -Stiles fala pro Sr. Deaton. - É o olhar: "Eu sei muito bem qual é o problema, mas não faço idéia de como consertar".
- Mas uma coisa eu sei. Ter uma abertura dessas na mente não é nada bom. Cada um precisa fechar essa porta e o mais rápido possível.
Saímos de lá e fomos pro estacionamento.
- Pai, ta fazendo o que aqui? -Stiles pergunta quando o Xerife desceu do carro.
- To aqui porque preciso de ajuda. Na verdade, sua ajuda. -Ele aponta pra mim e Scott.
- Por quê? -Scott pergunta.
- Porque há 8 anos uma família quase inteira morreu num acidente de carro. Uma menina chamada Malia nunca foi encontrada e as provas me fazem pensar que um lobisomem pode ter causado o acidente e ter levado o corpo. Se puderem de algum jeito sentirem o cheiro, me ajudarem a achar o corpo, pode ser a pista que falta.
- E se tiver sido um lobisomem? -Stiles pergunta.
- Ai tem alguém ai fora que matou uma família inteira, alguém que precise ser pego.
No dia seguinte...
O Xerife está na casa da pai da tal Malia e eu, Stiles e Scott vamos entrar sem ele ver, como o plano.
Entramos.
Cheiramos uns bichinhos de pelúcia, mas...
- Só sinto o cheiro de um animal. -Falo.
- Que animal?
- Cachorro.
Olhamos para o grande cachorro preto que está rosnando pra nós.
- Oi, totó. -Stiles fala. - Se livra dele. -Fala pro Scott.
- Eu?
- É. Faz os olhos brilharem, qualquer coisa. Seja o alfa.
- Não tenho controle.
- Olha só, cara, vai ter que tentar alguma coisa.
Scott tentou passar a mão nele, mas o bicho começou a latir muito e o pai da garota gritou para ele calar a boca, mas não parou.
Meus olhos brilharam azuis e o "Apollo" parou e saiu do quarto.
- Isso é ser alfa. -Stiles fala.
- Não sou mais alfa. -Falo.
- Tenta isso. -Ele entrega um livro pra nós. - Alguma coisa?
- Só o cheiro do cachorro.
Vimos um porta retrato com o desenho de duas meninas, então Stiles tirou uma foto com o celular dele.
Na estrada...
Stiles parou o jeep atrás do carro do Xerife e descemos.
- Sinto muito. Não conseguimos cheiro nenhum.
- Tudo bem, foi uma péssima idéia. Eu só mexi na ferida daquele coitado. Não deveria ter trazido vocês aqui. Mas valeu pela ajuda.
Ele sai.
- Não tem um monte de casos não solucionados? -Scott pergunta.
- Tem, mas esse ele acho que pudesse resolver agora.
- Por que agora?
- Ele quer conseguir solucionar mais um enquanto é o Xerife.
- Como assim? -Pergunto.
À noite...
Scott abre a porta do quarto do Stiles, quando estávamos estudando.
- O que foi?
- Nós três. Vamos sair e achar um corpo. Um cadáver.
Na floresta...
- Se o meu pai estiver certo, tem outro lobisomem que não conhecemos.
- Eu sei. -Falo.
- E se por acaso serem trigêmeos que viram um monstro de três cabeças? Eu realmente não to no clima.
- Nem eu. -Scott concorda. - Principalmente por eu não ter controle da minha transformação.
Ouvimos um uivo de coiote, mas Stiles se assustou e fez Scott derrubar seu celular numa poça cheia de água.
- Foi mal, cara, mas é porque eu tenho pânico de coité. Eles sempre parecem um bichinho indefeso que de repente mata.
Scott pega o celular e por sorte ele ainda está funcionando.
- Encontramos. -Stiles fala apontando a lanterna pro resto do carro.
- Por que não retiraram? Não faz parte das provas? -Pergunto.
- Deve ser porque da muito trabalho rebocar. Olha isso.
Ele aponta pras marcas das garras de um animal.
- Foi um lobisomem. -Scott fala.
- O que é aquilo? -Pergunto e tiro uma boneca de dentro do carro.
Estou com fome.
A boneca macabra fala e nós tomamos um susto.
- Acabei de ter um mini infarto. -Stiles fala, com a mão em seu coração.
Ouvimos um rosnar.
- Stiles. -Chamo. - Me fala que ta vendo aquilo.
- To vendo. ESPEREM!!!
Ele grita, mas eu e Scott saímos correndo atrás daquilo. Lá na frente tinha uma espécie de penhasco, mas nossos olhos brilharam e pulamos. Assim que levantamos nossas cabeças, vimos um coiote.
Quando viu a cor dos nossos olhos, os o animal se tornaram azuis.
- Malia? -Pergunto e ela sai correndo.
Na minha casa...
Faz dias que e to tentando falar com o Derek, mas ele não responde, principalmente agora que é urgente. Mesmo assim, mando mensagem.
Derek, me liga
É urgente
Preciso de ajuda
Liga logo...
NOTA DA AUTORA:
Dedico este capítulo a todos aqueles que estão com as férias terminando está semana e não sabem se as aulas vão voltar ou não.
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