Capítulo Oito

Zack Whitlock:

— Lídia, quer começar? — Pai São falou, e a mulher assentiu.

— Melhor mesmo, e ainda faço meus netos me conhecerem. — Lídia falou e se sentou no braço do sofá. — Agora, vou contar a verdade. Você, Scott, é de uma antiga raça, os titãs. Para ser exato, você é um mestiço de titã e humano. Isso aconteceu porque seu pai veio para a dimensão humana e conheceu aquela mulher da sua mãe e teve você. Seu pai é da dimensão dos Titãs, Titanias, e veio conhecer o mundo humano, mas ele nunca mais voltou ou deu sinal de vida.

— Até agora, eu imagino. — Scott falou, olhando para o pai, que estava sem graça. — O que fez você vir até aqui?

— Seu pai me chamou usando um encanto. — Lídia falou. — E quando cheguei, ele me contou que suspeitava que Jacob estava grávido!

— Como é possível? Pai Jacob é um homem. — Levi falou.

— Querido, os titãs têm o dom de fazer seu parceiro, independentemente do gênero, ter uma criança. Conheço titãs que já tiveram filhos com vampiros que deveriam ser estéreis. — Lídia falou, e Levi fez uma cara de puro choque. — Enquanto conversava com Gabriel e Jacob, um encanto me invocou.

Da roupa que ela usava, tirou uma moeda vermelha, que é o símbolo da nossa alcatéia no submundo.

— Recebi a mensagem do marido do líder dessa Alcatéia, dizendo que precisava da minha presença. — Lídia falou. — E no seguinte momento abri um véu entre dimensões pra cá, e Gabriel e Jacob vieram junto! Chegamos na entrada da Alcatéia e informei quem eu era, e eles nos trouxeram até essa casa.

— Agora, sobre a marca da Lua. — Pai São falou. — Tanto os titãs quanto os lobos, ou outras espécies, estão ligados, e acho que você sabe o que isso quer dizer quando alguém com essa marca surge no mundo.

— Sim. — Scott falou. — Rol falou que ouviu da antiga Alcatéia que, quando a deusa Luna faz essa marca em um ômega, ele terá o papel de mudar alguma Alcatéia em risco de acabar, e se o deus do sol estiver envolvido, eles marcam um ômega e alfa que estão destinados a serem parceiros eternos.

— Está certo. — Lídia falou. — E como pode ver, você é o tal ômega, e imagino que o alfa seja seu filho, não é, Sao?

— Sim! — Falei e mostrei a marca do sol em meu pulso. — Mas não podemos ser predestinados.

Meu coração dou a proferir essas palavras, mas minha mente tem que estar em ser o melhor futuro líder da mina alcateia.

— Por que não? — Lídia perguntou.

— O que te interessa os assuntos do meu filho não querer um mundano como predestinado? — Pai Ridard falou. — Não se incomode com nossos assuntos!

— Querido, é a vontade dos Deuses. — Pai São falou calmamente e se levantou do sofá, virando-se para meu pai Ridard. — Não podemos ir contra isso.

Só vi quando a mão de meu pai Ridard iria acertar o rosto do pai São.

— Chega! — Lídia falou, e um brilho roxo surgiu da mão dela, que fez a mão de meu pai Ridard parar no ar a centímetros do rosto do pai São. — Imagino que é algo bem sério, para você agredir seu parceiro. Não irei deixar você agredir ele, comigo aqui. Afinal, só existe uma coisa que detesto: violência!

— O que sabe sobre mim! — Pai Ridard falou rosnando. — Nada, sua vagabunda gigante!

Os olhos de Lídia brilharam em roxo, e meu pai Ridard voou com tudo para trás, batendo na parede.

— Olha como fala comigo! — Lídia falou. — Sou mais velha que você e sei mais técnicas de morte do que você! Já tive inimigos piores que você, e não vou deixar que fale comigo de qualquer maneira.

— Ora sua... — Com um movimento, meu pai voou pra fora da casa, batendo na porta e a quebrando, e Lídia foi atrás.

Todos levantaram, e fomos atrás deles dois.

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Só vi os olhares das pessoas surpresas ao verem meu pai todo machucado e cuspindo sangue.

— Diga algo, cachorrinho. — Lídia falou irritada. — Não pense que tenho medo de um Alfa. Já enfrentei muitos dos seus.

— Sua vadia. — Pai Ridard falou. — Acha que não haverá volta quando me soltar do feitiço.

A mão de Lídia brilhou em um brilho roxo mais escuro, e meu pai começou a ser prensado contra o chão.

— Lídia, pare. — Falei. — Peço desculpas por meu pai e por minha alcatéia.

Lídia me olhou, e seus olhos eram frios.

— Você pode ser um Alfa lúpus e o escolhido do deus sol. — Lídia falou. — Mas não terá meu respeito nem perdão. Seu pai sabia no que estava se metendo ao me ofender. Afinal, meu nome é bem falado no submundo!

O corpo de Lídia brilhou em roxo, e seu tamanho aumentou para cinco metros. Ela usava uma coroa e uma armadura. Reconheci-a em sua forma de titã, a rainha dos Titãs e a guerreira titânia.

— Assim que ele me ofendeu, ganhou uma poderosa inimiga! — Lídia falou. — E sei qual é o problema, a Alcatéia Wolflord. Perguntei para ver se iria precisar de ajuda, afinal, sou titânia, a guerreira e estrategista.

Todas as pessoas a olhavam impactadas, pois sabiam que ter a Titânia como inimiga era o pior.

— Nós nos desculpamos. — Pai Sao falou, ajoelhando-se, e todos na Alcatéia seguiram o seu exemplo. — Pedimos o seu perdão, não foi intenção do meu marido te ofender dessa maneira.

Vi que alguns alfas que tínhamos na Alcatéia não gostaram disso, pois, como sabemos, os alfas são muito orgulhosos e não se submetem a algo que não seja o líder de sua Alcatéia.

— Mãe, esqueça isso. — Gabriel falou. — Só vamos embora, os meninos estão bem.

— O Rol não! — Scott falou. — Ele ainda está bastante incapacitado.

Ouvimos um uivo vindo da entrada da Alcatéia, e dois lobos surgiram, um de pelo castanho e outro de pelos alaranjados. Surpreendentemente, eles se transformaram em humanos sem estarem nus ou com as roupas rasgadas.

Os lobos eram uma garota e um homem, este último com uma expressão séria.

— Híbridos de lobos e bruxos — comentei, e o homem misterioso revirou os olhos.

— O que nos entrega a cor da pelagem ou usar roupas assim que nos transformamos em humanos — ele respondeu irritado. — Mas somos híbridos de lobos e uma bruxa. Vou nos apresentar, sou Carmuel Sojeff, e essa é minha irmã, Tri Sojeff!

A garota fez uma reverência, parecendo divertida.

— O que vieram fazer aqui? — perguntei. — Estamos no meio de algo muito importante no momento.

— Viemos atrás do beta que foi atacado mais cedo por um Alfa lupus — explicou Tri. — E se não nos deixar ajudá-lo, ele irá morrer em alguns instantes, pois seus curandeiros não têm o que é necessário para curá-lo.

Ela fez um movimento com a mão, e uma flor prateada e laranja surgiu.

— Essa flor vai ajudá-lo — disse Tri. — Aquele Alfa lupus tinha um veneno muito perigoso em suas garras.

— Como sabem disso? — Scott perguntou. — Não estavam aqui mais cedo!

Tri sorriu misteriosamente.

— Não posso revelar meus segredos — respondeu. — Mas se não nos deixar usar a flor, ele irá morrer.

Titânia interveio.

— Qual o preço? — indagou. — Sei que não usariam uma flor rara sem pedir algo em troca!

— Por enquanto, nada — disse Tri, e seu irmão a olhou irritado. — A escolha é de vocês.

Scott encarou a garota, e eu fiz o mesmo.

— Salve o Rol — Scott pediu, segurando minha roupa. — Por favor, leve-a até seus curandeiros!

Assenti sem pensar duas vezes e fui fazer o que Scott pediu. Mas por que pensei "meu Scott"? O que estou pensando?

Corri em direção ao local onde os curandeiros estavam cuidando de Rol. Ainda estava me sentindo confuso com meus próprios sentimentos, mas agora não era o momento para pensar nisso. O importante era garantir que Rol fosse salvo.

Quando cheguei ao local, os curandeiros estavam trabalhando freneticamente para tratar as feridas de Rol. A presença de Tri e Carmuel Sojeff chamou a atenção de todos. Eles se aproximaram com a flor prateada e laranja, e os curandeiros ficaram inicialmente desconfiados.

— O que é isso? — um dos curandeiros perguntou.

Tri explicou brevemente sobre a flor e como ela poderia ajudar a neutralizar o veneno do Alfa lupus. Os curandeiros, vendo a situação crítica de Rol, concordaram em tentar o tratamento com a flor.

Enquanto eles aplicavam a flor, Tri e Carmuel observavam atentamente. A tensão no ar era palpável, pois todos estavam torcendo para que o tratamento funcionasse.

Depois de um tempo que pareceu uma eternidade, Rol começou a mostrar sinais de melhora. Sua respiração tornou-se mais regular, e a cor voltou ao seu rosto pálido. Os curandeiros retiraram as feridas restantes e aplicaram uma pomada curativa.

Tri sorriu, satisfeita com o resultado.

— Ele vai ficar bem — ela anunciou.

Scott respirou aliviado, agradecendo profundamente a Tri e Carmuel pelo salvamento de Rol. 

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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