Capítulo 23


Capítulo 23

Rô o pegou no segundo em que ele entrou no camarim, gritando e aplaudindo animadamente. ‒ Oh meu Deus! Porra! Caralho!

Maurício ficou vermelho, seus sentidos formigando com adrenalina e a emoção de se apresentar. ‒ Eu fiz isso, porra, eu fiz!

‒ Sim, caralho! ‒ Roberta aplaudiu. ‒ Se troca e vai até o bar. Vou pedir alguma coisa pra você!

Um drinque se transformou em vários, e Mau ficou surpreso com quantas pessoas o procuraram para elogiá-lo por sua performance. Ele continuou procurando por Caio, mas não o via desde que a dança terminou. Ele desapareceu, deixando Maurício ansioso para saber o quanto estava ferrado.

Dante veio parabenizá-lo também e encarou Rô com saudade, enquanto eles dividiam um brinde. Os clientes começaram a diminuir quando o clube se prepava para fechar, a banda arrumando as malas, também. Maurício estava zumbido alegremente, ligeiramente bêbado.

Esta noite tinha sido fantástica.

A última equipe estava se preparando para sair e a maioria das luzes estavam apagada, exceto os globos que ladeavam o fundo do palco e os néons do bar. Dante teve que pedir arrego quando Roberta começou a preparar as bebidas, deixando os dois sozinhos.

‒ Você acha que pode fazer isso pelo menos três vezes por semana? ‒ Roberta riu. ‒ Porque merda, querido. Eu nunca vi meus clientes reagindo com tanto entusiasmo.

‒ Eu posso tentar. ‒ Mau riu de volta. ‒ Preciso perguntar ao seu irmão primeiro para ter certeza de que está tudo bem. Porra! Seu irmão. Não é assim meia-noite. São três da manhã. Porcaria. Você sabe onde ele está? Ele voltou para casa?

Rô sorriu como um gato, batendo no telefone. Elu sorriu, os olhos passando rapidamente por uma mensagem antes de olhar para Maurício. ‒ Oh, ele está por perto ‒ disse inocentemente. ‒ Só tinha alguns negócios para cuidar... Mas já voltou.

‒ Já voltou? Onde?

Roberta pigarreou dramaticamente, apontando para o palco.

Sacudindo a cabeça, Maurício engasgou quando viu Caio ao lado do piano, segurando uma garrafa de champanhe e duas taças. Ele usava um terno de três peças, como sempre, impecável. Ele sorriu, pousando o champanhe e acenando para Mau com uma curva do dedo.

Roberta cantarolou alto, muito satisfeite consigo mesme ao dizer: ‒ Mmmmm, bem, espero que se divirtam! Tenho certeza que te vejo em breve. ‒ Elu deu um grande abraço em Maurício e beijou sua bochecha. ‒ Mmph. Você realmente fez muito bem, querido. Boa noite!

‒ Boa noite ‒ disse Mau, seus olhos voltando a Caio esperando pacientemente por ele no palco. Ele correu de volta para trás das cortinas, ansioso e rápido, mas de repente desajeitado, uma vez que estavam cara a cara novamente.

Ter cantado e dançado na presença de Caio parecia tão íntimo, quase espiritual, e o ar entre eles parecia carregado com um tipo de energia diferente do habitual. Ele sorriu docemente para o gângster, olhando o champanhe. ‒ Estamos comemorando?

‒ Oh, temos muito o que comemorar ‒ disse Caio, colocando as taças ao lado do champanhe. Ele levantou uma sobrancelha astuta, seu olhar escurecendo com luxúria enquanto ronronava: ‒ E também temos que discutir sua punição, é claro.

‒ Punição? ‒ O rosto de Maurício caiu.

‒ Sim, garoto ‒ respondeu Caio, sentando-se vagarosamente ao piano. ‒ Você foi instruído a voltar para mim até meia-noite, e já passou disso agora. Talvez você esteja precisando de outra lição, hum?

Mau engoliu em seco.

Oh droga.

**

Um castigo, Caio havia dito.

O estômago de Maurício estava dançando com ansiedade e excitação, seus quadris começando a se mexer. Ele sabia que tipo de punições Caio gostava de dar e não podia negar o quanto gostava delas também. Mas ainda assim, como isso era justo?

‒ Roberta disse que falou com você. ‒ Mau argumentou teimosamente. ‒ Ela disse-te...

‒ O seu acordo é com Roberta? ‒ Caio disse abruptamente, tirando a rolha da garrafa de champanhe. Ele bufou para Maurício, servindo um copo para cada um. ‒ Não, seu arranjo é comigo. E se eu lhe dou uma ordem, espero que seja seguida.

‒ Mas o show...

‒ Foi incrível ‒ disse Caio, erguendo as sobrancelhas. ‒ Mas ainda me desobedeceu. Falando nisso, já mandei que levassem a estrutura do mastro pra casa. Cantar em público, ok.

O coração de Maurício começou a acelerar, fazendo-o chiar a ponta do tênis contra o chão do palco. O elogio venceu sua frustração. ‒ Você realmente gostou?

Caio acenou para ele, oferecendo-lhe uma taça de champanhe. ‒ Mmm, bem, estamos comemorando, não estamos?

‒ Como você sabia? ‒ Mau perguntou depois de tomar um gole alegre.

‒ Sabia o quê? ‒ Caio rebateu timidamente.

‒ Que eu poderia cantar ou dançar.

‒ Você não é exatamente quieto no chuveiro, garoto ‒ disse Caio com um pequeno sorriso, bebendo seu champanhe lentamente.

Maurício corou. ‒ Então, esse era o seu plano o tempo todo, hein?

‒ Possivelmente. ‒ Caio levantou-se, sua mão repousando suavemente no lado do pescoço de Maurício, o polegar traçando suavemente ao longo de sua mandíbula. – A dança foi uma surpresa, no entanto.

Mau engoliu o champanhe, a cabeça começando a nadar com o toque sedutor de Caio.

‒ Diga-me. ‒ Caio perguntou suavemente. ‒ Você gostou... todo mundo olhando para você?

‒ Sim. ‒ Maurício fechou os olhos. ‒ Mas gostei mais de você me assistindo.

Caio zumbiu com isso, terminando seu champanhe e colocando sua taça em cima do piano. Levou Mau para se juntar a ele, suspirando enquanto olhava por cima de seu corpo magro com fome. Ele começou a abrir lentamente a camisa de Maurício e deslizando-a junto com sua jaqueta.

Com a adrenalina aumentando causado pelo desnudar suave de Caio. Ele adorava como ele o despia, sempre com tanto cuidado e paciência. Observou-o deixar cair às roupas no chão, junto ao banco, tremendo quando as mãos fortes de Caio descansaram nos quadris e apertaram com força.

‒ Como você gostaria de ver seu nome naquele letreiro, hum? ‒ Perguntou Caio. ‒ Talvez eu pudesse assisti-lo cantar todas as noites?

‒ Você está falando sério? ‒ Maurício recuou, piscando de surpresa. ‒ Você... faria isso?

Pegando Mau sem esforço, Caio o colocou em cima do piano. ‒ Eu faria ‒ disse ele, sentando-se no banco entre as longas pernas de Maurício. Ele sorriu maliciosamente, acariciando de brincadeira a panturrilha do seu garoto e acrescentou ‒ Sob certas condições, é claro.

Oh. Claro. ‒ Maurício não pôde deixar desbotar um pouco o sorriso. Ele se perguntou se algum dia seria capaz de provar aqueles lábios perversos. ‒ Então, outro acordo?

‒ Mmhm. ‒ Caio desamarrou os tênis de Maurício, jogando-os no chão com as roupas. Suas meias seguiram depois. ‒ Mas uma coisa de cada vez. Primeiro, há o problema de sua punição, garoto.

Em seguida, Caio começou a desabotoar as calças de Maurício, deslizando-as lentamente por suas pernas. Ele passou os dedos pelas coxas antes de agarrar a barra da cueca e arrastá-la para baixo também. Então ele apertou os joelhos, afastando-os.

Mau sorriu com todo o carinho. Caio o tocava cada vez mais agora. Ele não achava que era o suficiente, empurrando sua bunda até a ponta do piano, os pés balançando nas teclas enquanto tentava se aproximar. Algumas notas espalhadas tocavam enquanto os dedos dos pés tentavam segurar firme, ofegando quando Caio o agarrou.

Passando as pernas de Maurício por cima dos ombros, Caio lambeu os lábios. Mau queria estender a mão e tocar, mas manteve as mãos firmemente no lugar atrás dele. Até agora, isso não parecia um castigo, mas a antecipação era espessa e pesada. Seu pênis estava endurecendo quando se recostou nas mãos e mordeu o lábio inferior ansiosamente.

Caio se inclinou para frente, empurrando os quadris de Maurício acima e passando a língua contra o buraco com um rosnado voraz.

‒ Caralho. ‒ Mau choramingou. Caio lambia e chupava tão docemente que ele estava desmoronando em instantes. A língua de Caio era incrivelmente hábil, deslizando profundamente por dentro e curvando-se tão perfeitamente que as pernas de Maurício já estavam tremendo.

Cantarolando contente, paciente como sempre, Caio esvaziou o buraco de Mau com longas lambidas e beijos ardentes, antes que seus dedos deslizassem suavemente dentro dele. Maurício se abaixou, tremendo quando os dedos de Caio arrancaram os sons mais bonitos dele. Ele logo estava de costas, cavando os calcanhares para trazer Caio mais perto.

Caio se moveu a frente para melhor permitir que sua língua brincasse onde seus dedos pressionavam, as teclas do piano protestando quando ele ficou mais apaixonado, afastando-se para respirar antes de mergulhar novamente. Seus dedos se curvaram, fazendo Maurício gemer alto, o som ecoando por todo o clube vazio.

Ele estava suando, as costas arqueando no piano enquanto Caio o fazia ver estrelas, ofegando e gritando ‒ Deusa... Caio... ‒ Ele avisou sem fôlego. ‒ ... estou perto.

Caio tirou os dedos e colocou a língua de volta ao trabalho, a mão procurando algo em cima do piano. Maurício estava tentando empurrar os quadris contra o rosto de Caio, querendo que sua língua fosse mais profundo, mais rápido, qualquer coisa para carregá-lo do outro lado. Então houve um repentino respingo de líquido frio derramando sobre seu estômago, e ele se ergueu nos cotovelos com um gemido assustado. Ele olhou para Caio com uma mistura de horror e traição desde que o choque da temperatura fria quase matou sua ereção.

Caio estava ocupado derramando o resto do champanhe no corpo de Maurício, rindo alegremente enquanto chupava suas coxas e bolas, lambendo-o com avidez. Mau estremeceu. Seus mamilos estavam duros, e Caio estava deixando seu corpo mais sensível. Ele estremeceu novamente com o quão voraz Caio era, derramando as últimas gotas no pênis de Maurício e lambendo um caminho faminto pelo seu eixo com a língua para persegui-los.

Não demorou muito para que ele estivesse duro novamente, relaxando contra o piano quando Caio o levou de volta para onde estava antes. As mãos dele lutaram para encontrar algo para segurar, arrastando as pontas dos dedos pelos cabelos, enquanto Caio enterrava o rosto entre as pernas. Era difícil acreditar que ele tinha o Scarafaggio entre as coxas. Ele era o rei do submundo de São Paulo, um monstro e um demônio, e estava comendo a bunda de Maurício como se estivesse faminto por isso.

‒ Deixe, por favor... ‒ Maurício implorou, convencido de que pelo menos Caio não tivesse mais champanhe para despejar nele. Ele começou a empurrar os quadris abaixo para ganhar mais atrito, seu corpo tenso em antecipação ao que com certeza seria um orgasmo espetacular. ‒ Por favor, deixe-me gozar, senhor.

‒ Não. ‒ Caio ronronou logo, agarrando a base do pênis de Mau e apertando com força.

O vento foi arrancado dos pulmões, todos os seus sentimentos agradáveis colidindo com uma parede de tijolos. Seu pau estava latejando por ser negado! Suas bolas estavam absolutamente doendo por liberação. Maurício bateu a cabeça no piano, chorando de frustração.

‒ Ainda não ‒ disse Caio com firmeza, afastando a mão quando teve certeza de que seu garoto não gozaria.

‒ Mas... senhor? ‒ Mau tentou, com a voz embargada pela necessidade. ‒ Por favor?

‒ Isso é um castigo, lembra? ‒ Caio o lembrou presunçosamente. ‒ Para lembrá-lo a quem você pertence.

Maurício gemeu com isso, esfregando as mãos no rosto. Estava muito quente aqui, e seu desespero pelo orgasmo era esmagador. ‒ Eu sou seu. ‒ Ele prometeu. ‒ Por favor, sou todo seu.

‒ Prove. ‒ Caio ordenou. ‒ Não goze até eu lhe dizer que pode... não importa o quê. Você apenas ouve a mim. Não Roberta, nem mais ninguém. Você entende?

‒ Sim, senhor. ‒ Mau murmurou, tentando não soluçar. Ele queria ser bom para Caio, mas queria tanto. O desejo de aliviar a pressão entre suas pernas era enlouquecedor, e respirou rapidamente algumas vezes para se acalmar.

Os dedos de Caio estavam circulando seu buraco novamente, ainda não se intrometendo, simplesmente provocando e acariciando. Ele deslizou-os para tocar o topo do pênis de Maurício, enxugando as gotas de pré-sêmen que começaram a escorrer. ‒ Pronto. ‒ Ele elogiou, sentindo que Mau estava relaxando. ‒ Bom garoto.

Ele sorriu com o elogio, o peito inchado de orgulho. Estava indo melhor, poderia fazer Caio feliz. Ele poderia fazer isso. Deixou Caio tocar e acariciá-lo como quisesse, gemendo agradecido quando seus dedos mergulharam de volta dentro dele. Ele estava se contorcendo mais uma vez, as teclas do piano cantando enquanto Caio mudava de ângulo, aproximando-se.

Ele ofegou quando Caio de repente se levantou, as pernas de Maurício ainda em seus ombros, levando seus dedos ainda mais fundo. A cabeça de Mau caiu contra o piano, desejando poder estender a mão e pegar o colete de Caio, sua camisa. Ele queria mais contato, algo mais para uni-los além de seus dedos mágicos que atualmente estavam fazendo seus sentidos zunirem.

Ele podia sentir seu orgasmo crescendo novamente e cerrando os dentes enquanto tentava afastá-lo. Ouvindo o resmungo de Caio, ele olhou para cima e viu um lampejo de dentes quando o gângster olhou para ele. Caio puxou seus belos dedos livres para escorregar em um preservativo, a julgar pelos sons reveladores.

Maurício não sabia de onde vinha o lubrificante, mas o pênis de Caio estava escorregadio e quente, cutucando seu buraco.

‒ Pegue suas pernas, segure-as para mim.

Puxando as pernas para trás, como ordenado, Maurício agarrou-se atrás dos joelhos. Era sujo se exibir assim, com o rosto ardendo quando Caio o olhou com aprovação.

Ele esfregou a cabeça de seu pênis em torno do buraco aberto de Mau. ‒ Lindo... ‒ Ele moveu a outra mão sobre o estômago magro do garoto, o polegar roçando o umbigo enquanto subia para pressionar a palma da mão contra a garganta. Seus dedos começaram a apertar. ‒ Sim?

‒ Sim. ‒ Maurício suspirou, seu corpo não oferecendo resistência.

Caio apertou o suficiente para fazer Mau ofegar, seu pênis empurrando contra ele em uma batida fluida. Lágrimas escorriam de seus olhos enquanto Caio o fodia sem piedade, ele choramingou. Caio estava punindo-o agora, fazendo Maurício chorar e gritar, o estalo brutal de seus corpos estalando como um chicote. Mas, apesar de Mau não poder explicar, a maneira como Caio segurava sua garganta não o assustava.

Ele confiava no gângster completamente, e ele nunca aplicou pressão suficiente para restringir a respiração de Maurício. De alguma forma, ele se sentia seguro, cada sensação cem vezes mais intensa, e ele adorava o quão possessivamente os dedos de Caio se enrolavam quando gemia particularmente alto.

Caio encolheu uma das pernas de Maurício por cima do ombro, inclinando-se sobre ele e transando com longas e profundas investidas. O ângulo era tão bom, muito bom, Maurício lutando para se abaixar e agarrar seu pau, impedindo-se de gozar. Ele doía por toda parte, superestimulado e cru, soluçava alto enquanto se negava a se libertar.

‒ Bom garoto ‒ disse Caio com orgulho. Ele soltou a garganta de Mau, com as duas mãos nos quadris estreitos enquanto trabalhava seus corpos juntos. Seus movimentos eram mais apaixonados agora, menos cruéis, garantindo que todos os sons que saíssem dos lábios de seu garoto fossem um grito de prazer.

Maurício se entregou completamente, sorrindo enquanto deixava Caio movê-lo como quisesse. Caio estava olhando para ele com a mesma expressão admirada que tinha quando via Maurício dançar. Todo o seu rosto estava mais suave, os olhos mais claros e todos os anos de sofrimento se derretiam.

Mau tinha que tocá-lo. Ele tinha. Dedos tremendo, estendeu a mão, traçando levemente sobre a bochecha de Caio. Para sua surpresa, Caio não o retirou. Seus olhos se fecharam no meio do caminho, perdidos em algum lugar, apenas para se abrir um momento depois e olhar Maurício com uma intensidade que o deixou sem fôlego. Ele diminuiu a velocidade até quase parar, mas cada impulso ainda provocava um gemido baixo nos lábios de Mau.

Ainda mais corajoso, Maurício segurou a bochecha de Caio com a palma da mão, sussurrando: ‒ Você é tão bonito.

As emoções que subitamente surgiram no rosto de Caio foram surpreendentes. Mágoa, raiva, indignação, tudo em um flash rápido que deixou seus olhos gelados molhados com lágrimas não derramadas, seus lábios se abrindo como se quisessem falar.

Mas ele de repente congelou, sua cabeça girando para olhar por cima do ombro enquanto sacava a arma debaixo da jaqueta. ‒ É melhor alguém ter morrido!

‒ Bem, espero que alguém morra logo. ‒ Veio à voz suave e perturbada de Francesco, pontuando suas palavras com uma risada alta. Téo estava com ele, ambos olhando de soslaio para a situação espetacular que viram diante deles quando subiram no palco.

**

Olá lobinhes,

que situação. hahahaha. né? 

bjokas e até a próxima att. 

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