um sonho em quebec
Lianny pov
Estava na sala assistindo TV com meu pai, que apesar de cansado sempre me fazia companhia, era sábado a noite e não precisávamos acordar cedo no dia seguinte, então resolvemos assistir a um filme, acabei não aguentando até o final e peguei no sono.
Acho que estava sonhando pois estava em um local diferente do que estava acostumada, a cidade parecia coberta de neve, o que confirmava a minha suspeita de que estava sonhando. Resolvi vagar um pouco pelo local e ver se descobria algo, pelo que eu vi em uma placa não muito longe dali eu estava em quebec acho, pois até em meus sonhos eu sou disléxica
-Lianny
ouvi alguém chamar,uma mulher pelo visto. Viro a tempo de ver uma mulher com um longo vestido branco e uma bela trança negra que lhe caia sobre o ombro.
Acordei ofegante, aquele sonho, aquela mulher, algo nela me chamava a atenção, ela parecia tão familiar, talvez fosse só coisa da minha cabeça, mas algo me dizia que não seria a última vez que eu sonharia com ela.
Fui lavar o rosto e em seguida fui para cozinha, mal atravessei a porta e fui recebida com um cheiro de bacon recém preparado. Sentei me a mesa e papai me olhou com aqueles seus olhos caramelo, que infelizmente eu não herdei,"você tem os olhos da sua mãe" dizia ele sorrindo sempre que eu fazia esse comentário , e o que mais eu tenho dela?" Eu tentava puxar assunto, mas ele fazia uma cara de tristeza e me perguntava qualquer outra coisa, claramente mudando de assunto.
-no que está pensando minha querida?-pergunta papai interrompendo meus pensamentos.
-nada de mas- pois sabia que ele trocaria logo de assunto.
Queria comentar sobre o meu sonho, mas não queria estragar aquela refeição, pois tinha a impressão de aquela conversa prometia.
-pai?- perguntei ao terminar.
-sim, filha?- disse papai
-essa noite tive um sonho estranho- comecei a falar - sonhei que estava em quebec.
Nessa hora papai fez uma cara estranha, como quem se depara com algo inesperado, deu uma torce de leve e se levantou para ir a pia da cozinha.
-quebec?- perguntou num tom de voz estranho.
-e não foi só isso- completei- havia uma mulher.
Ao ouvir isso ele deixou cair algumas coisas que segurava.
-e como era essa mulher?- perguntou.
-não vi muito bem o rosto dela- disse- mas ela usava um longo vestido branco, e tinha um má trança negra que...
- ...lhe cai sobre o ombro- completou ele.
-o senhor a conhece?!-perguntei assustada- quem é ela?O que ela...
-desculpa filha mas vou precisar sair agora para repor o que está faltando antes que o mercado feche- disse me interrompendo e saindo logo em seguida, me deixando sozinha com as minhas várias perguntas.
Fiquei ali, sozinha, tentando conter a raiva que crescia no meu peito, detestava quando ele fazia isso, fugia das minhas perguntas.
Voltei pro meu quarto e deitei na cama, afim de organizar tudo o que se passava na minha mente, desse jeito nem percebi quando adormeci.
Estava em um bosque, um bosque coberto de neve, sem dúvida estava em em quebec outra vez, estava observando a paisagem quando ouvi alguém se aproximar, virei e vi aquela mulher outra vez, porém, eu podia ver melhor suas feições, e pude reparar no quão linda ela era. A pele extremamente branca assim como a neve que nos rodeava, os olhos era o que mais mexia comigo, eles eram escuros como café, e me lembravam os olhos de alguém.
-suas respostas estão mais próximas do que você imagina- disse ela.
-qual o seu nome? Quem é você?- perguntei desesperada.
-você saberá logo- respondeu ela.
-logo quando?-perguntei. Mas foi tarde demais, ela já tinha sumido.
Acordei um pouco atordoada, aquela mulher, eu sabia que a conhecia de algum lugar mas não conseguia lembrar de onde, resolvi ir no banheiro lavar meu rosto, após um tempo me olhando no espelho, me veio um turbilhão de pensamentos à cabeça, várias coisas começaram a se encaixar na minha,a cor da minha pele, extremamente branca assem como a da mulher em meus sonhos, e os meus olhos, não, só podia ser coisa da minha cabeça, aos poucos fui desembaraçando meus cabelos e fui fazendo uma trança por cima do ombro.
-você tem os olhos da sua mãe- lembrei de meu pai falando.
-agora tudo faz sentido- falei comigo mesma. Aquela mulher, agora eu sabia da onde eu a conhecia. Aquela mulher era a minha mãe.
《《《《《《《◇◇◇》》》》》》》
Estava caminhando pela rua quando vejo passar uma grande moto preta ao meu lado, parecia querer chamar a minha atenção, pois passou bem devagar, mas o que me chamou a atenção foi o fato de um dos pneus da moto está faltando um pedaço, chegava até a me lembrar um pac-man.
Não entendia porque , mas a cada passo que eu dava eu me sentia mas atraída por aquela mulher na moto, ao chegar próximo a esquina ela parou e procurou algo em seu bolso, quase corri até ela, mas eu me contive, quando eu cheguei perto ela saiu, dessa vez não foi devagar, agora mas do que nunca senti vontade de correr atrás dela, mas seria inútil. Quando me aproximei do local onde ela estava, só havia uma pequena tira de papel, eu a peguei e vi que tinha algo escrito:
A vingança é um prato que se come frio
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espero que estejam gostando
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