Lexi P.O.V

  Estávamos todos reunidos no gramado da casa de Stefanie e Sammy, conversando sobre coisas aleatórias, eu estava tão feliz, desde que voltei da França, por conta de estar no último ano, estava tudo muito corrido, meu relacionamento com Keaton estava cada vez pior e melhor ao mesmo tempo, sempre que estávamos juntos, estávamos bem, mas esse era o problema, quase nunca estávamos juntos.

— Então Lexi – Me viro para Hayes, que havia acabado de sentar ao meu lado na rede.

— Então Hayes – Sorri para ele.

— Como estão os estudos? – Bufo ao escutar a pergunta dele.

— Como são os estudos? – Respondo com outra pergunta e ele ri.

— Uma Merda – Responde e eu concordo.

— Assim continuam – Rio e ele nega com a cabeça.

— O último ano é ruim mesmo – ele diz e eu faço uma careta.

— Pior que o inferno, mas ainda sim de todos, é um dos mais fáceis...

— Cachorros Quentes – Stefanie fala trazendo em mãos um prato cheio dos mesmos.

— Refrigerante – Alli aparece logo atrás.

Olhei para Hayes e ele sorria para a cena, fazia tempo, como eu disse, que não nos juntávamos assim, eu gostei de ver o sorriso dele, querendo ou não, Hayes foi o meu primeiro Amor, e é difícil esquecer, mas eu ainda lido bem com isso, meu maior problema é Keaton, não que ele seja ciumento, ele não é, mas Hayes é.

— Eu quero – Hayes levanta saindo do meu lado, que logo foi ocupado por Keaton – EI GAROTÃO, ESSE LUGAR É MEU!

— Hayes, não começa – Keaton resmunga e isso me fez rir.

— É Hayes, não começa – Digo divertida e ele pega um cachorro quente, e senta na cadeira ao lado de Sammy.

— Lexi, você pode sair essa semana? – Keaton pergunta passando seu braço por minha cintura, encostando sua cabeça no meu ombro.

— Acho que sim, se for bem organizado – falo e ele concorda.

— Sexta? Quinta? – Penso um pouco, e ele me olhava atento.

— Sexta, eu acho melhor – Sorrio e ele concorda.

Sinto que estava sendo observada, e me viro para Hayes, ele levantou uma sobrancelha e eu ri revirando os olhos.

— Isso ta muito bom – Sammy disse e Hayes virou o olhar para ele.

— Preciso ir no banheiro – falo me soltando de Keaton e levantando.

Ele apenas concordou e se ajeitou na rede, entrei dentro de casa, vendo Neno, tentando pegar o próprio rabo, e assim que ele percebeu que não ia conseguir, rosnou e se deitou, com uma carinha tristinha, nesse momento toda minha vontade de ir no banheiro passou, fui até o filhote de vira-lata, me abaixando e fazendo carinho nele.

— Por que você ta tristinho? Sabia que morder seu rabo é como eu lamber o cotovelo, quase impossível – falo com uma voz idiota.

Neno latiu para mim e começou a abanar o rabo, como se estivesse se comunicando, ele deu uma lambida na minha bochecha, e saiu abanando o rabo, me virei para onde ele foi e Hayes estava em pé rindo de mim, me levantei, me virando para o mesmo.

— Você é tão idiota falando com o Neno – ele diz ainda rindo.

— Pelo menos eu me comunico com ele – falo e Hayes pega o cachorrinho no colo.

— E ele ainda sim me prefere – Hayes diz e o filhote lambe a bochecha dele – não é mesmo Neno.

Cruzo os braços e rio revirando os olhos.

— E depois eu sou a idiota – falo e ele sorri, largando Neno no chão.

— Mas pelo menos, você é idiota apenas por falar com um cachorro – ele diz e eu o olho confusa – Eu sou idiota por tantos motivos, nem tem como contar nos dedos.

Eu fico o olhando por alguns segundos e então viro meu olhar, para a porta do banheiro aberto, eu poderia entrar la agora e evitar ouvir as coisas que Hayes possivelmente começaria a falar, que eu sei que iam mexer comigo, mas eu não consegui, minhas pernas nunca mexem quando ele começa a falar disso. Uma pergunta rondava a minha cabeça, mesmo que eu ja soubesse algumas respostas, e eu estava segurando para não soltar ela, mas algo foi mais forte do que meu racional.

— E quais são eles? – pergunto e ele ri.

— Quer a lista? – rio e nego – Bom, 99% dela tem a ver contigo.

Fico quieta, olhando para ele.

— Tem certeza que não quer a lista – nego com a cabeça mais uma vez.

— Eu não tenho certeza de nada – falo e então respiro fundo – Só de que eu preciso usar o Banheiro.

Vejo um sorriso crescer no canto dos lábios dele, e então me virei, para ir até o banheiro.

— Sabe Lexi, mesmo depois de tudo, eu ainda acredito, que você é meu destino.