Capítulo 22.



Trey falava com Tim Oberto no telefone, depois que eles encontraram o carro em que v estava capotado, examinaram o veículo, havia sangue na janela do lado do motorista, seus sapatos e celular estavam dentro do carro, a porta do lado passageiro tinha estava aberta, tinha mais sangue ali e um casaco, ambos de um macho humano, a bolsa estava do lado de fora ao lado do carro toda revirada. No porta malas tinham várias sacolas com roupas e outros artigos, o coração de Leo se partiu mais um pouco quando ele viu roupas masculinas do seu tamanho dentro de uma sacola, especialmente uma blusa preta, outro dia ela tinha falado que gostava quando ele usava preto.

Depois que revistaram o carro mandaram as informações para a reserva onde Tim acabara de chegar com mais pessoas, estavam procurando um lugar que batesse com os cheiros que eles identificaram no carro, mofo, produto de limpeza, produto hospitalar e algum produto químico muito forte que não conseguiram identificar.

- Tem um galpão abandonado de uma fábrica de inseticida alguns quilômetros ao norte se onde vocês estão. – Tim falou para Trey que ouvia atento. – No lugar funcionava um laboratório farmacêutico que virou uma fábrica de inseticida, mas foi fechada quando o FBI descobriu que a empresa era usada para lavagem de dinheiro.

- Só falta você me dizer que o laboratório tinha ligações com a Mercile. – Trey falou e viu os Nova Espécie ao seu redor travarem o maxilar.

- Não, mas o dono é conhecido por se envolver com negócios ilegais e sempre da um jeito de escapar da lei. – Tim bufou. – Ele também é um anti-espécies conhecido.

- Tudo aponta para o galpão então. - Trey concluiu. 

- Sim, lhe mandei as coordenadas e planta que estava no sistema da prefeitura para o e-mail. – Tim fala rapidamente.

- Vou analisar e partimos em 20 minutos.

Sem dizer mais Tim desliga o telefone. Trey guarda o telefone e caminha rapidamente até o carro, pega um notebook e o apoia no capô do Hammer para acessar os arquivos enviados por seu chefe.

- Tim encontrou um possível lugar. – Ele fala sem olhar para trás porque sabe que todos estão ouvindo. – Um antigo laboratório farmacêutico que virou uma fábrica de inseticida. – Comenta enquanto digita abrindo os arquivos.

- Ligados à Mercile? – Timber pergunta entre dentes.

- Ao que parece não, mas estão ligados à grupos anti-espécie e também foi fechado por ações criminosas. – Analisou rapidamente a planta. – Estou com as coordenadas e essa é a planta. – Ele sai da frente da tela para que os demais possam visualizar.

- Então vamos logo buscar minha fêmea. – Leo falou se encaminhando para o carro.

- Calma. – Brass o interrompeu. – Precisamos de um plano.

- De fato. – Trey começou a falar. – Prefiro ir por terra, não caberiam todos no helicóptero e esperar até que outro seja preparado e venha de Homeland vai levar mais tempo do que ir de carro.

- Mas o helicóptero deve nos acompanhar, não sabemos o estado... – Brass interrompe o que estava falando lançando um olhar  de compaixão para Leo.

- Sim, claro o helicóptero vai nos dar apoio, mas nós vamos por terra. - Trey explicou. - O helicóptero espera a uma distância e vem quando chamado.

Passaram cerca de 10 minutos discutindo o plano, Leo já estava impaciente, não entendia qual a necessidade de tanta conversa, tinham que sair dali o quanto antes e ir atrás de Rachel antes que fosse tarde demais, pensar isso apertou seu peito, mas ele sabia que tinha de se manter focado por ela, se ficasse descontrolado não seria capaz de salvar sua própria fêmea. Tudo o que mais importava no momento era regata-la com vida, se recusou até a pensar na alternativa.

Depois de intermináveis minutos eles saíram, três carros com agentes da força tarefa e Nova Espécie, Leo sentou no banco do passageiro ao lado de Timber e tamborilou os dedos na lateral da porta durante todo o caminho, por mais que o barulho fosse quase insuportável ninguém no carro se atreveu a falar alguma coisa, pois dava para ver em seu rosto e sentir em seu cheiro que ele estava no limite.

O tempo até chegarem ao destino pareceu se arrastar, pararam em uma faixa de floresta um pouco menos de meio quilômetro antes do lugar indicado para evitar chamar atenção, desceram dos carros se dividiram em três grupos, dois com mais pessoas e um menor.

- O galpão tem duas entradas. – Trey falou, o humano já arriscou a vida tantas vezes pelos Nova Espécie que tem seu total respeito. – Eu vou com vocês pela frente. – Falou para o grupo que Leo estava. – Vocês vão pela entrada dos fundos. – Falou para outro grupo, que seria liderado por Brass. – E vocês ficam aqui e pegam quem tentar fugir. – Disse para o grupo menor. – Entendido?

- Entendido. – Responderam em um coro.

- Todos verifiquem os comunicadores. – Brass ordenou.

- Vamos logo. – Leo resmungou.

- Leo você não pode perder a cabeça. – Flirt falou recebendo um rosnado como resposta.

- Vamos. – Trey chamou a atenção de todos. – Ao meu sinal.

Apontou para o grupo que seguiria pelos fundos e os mandou se movimentarem para suas posições, quando chegaram ao portão dos fundos ele fez um gesto para o seu grupo caminhar em direção a porta da frente depois que um dos seus homens atirou na câmera de segurança.

- Agora.

Ao seu comando todos entraram no galpão, era um lugar sujo e fedido que fez o nariz de Leo se contorcer e suas vias aéreas parecer que estavam queimando, tamanho era o mal cheiro. Ignorando o ardor no nariz Leo avançou, na primeira sala não encontraram ninguém, alguns homens apareceram pelo seu caminho, mas ele sequer se deu ao trabalho, o mais importante era encontrá-la.

Foram de porta em porta e nada encontraram até que seu cheiro chegou ao seu nariz vindo de uma porta aberta, ele rosnou e correu até lá onde encontrou apenas uma sala vazia com um colchão e uma cadeira, tinha sangue sobre o colchão e ele não precisou se aproximar para saber que o sangue era dela, o medo de ter chegado tarde demais o sufocou, mesmo o sangue sendo pouco o medo o preencheu.

- Leo. – A voz de Timber o tirou da agonia dos seus pensamentos. – O cheiro dela segue por aqui.

Leo se virou rapidamente na direção apontada e seguiu o cheiro de sua amada que se erguia sobre os mal cheiros do lugar, tinha algumas manchas de sangue no chão, ela estava com os pés sangrando. Desceram por uma escada que era quase escondida, ao fim da escada estava uma porta guardada por  dois homens armados, Trey mandou que se movessem rapidamente, Flirt e Timber se moveram muito rápido quebrando o pescoço dos homens. Um terceiro apareceu pela curva do corredor, mas Leo quebrou seu pescoço enquanto Trey atirava na fechadura da porta, quando eles entraram Leo ficou transtornado.

Rachel estava deitada sobre uma maca, vestida somente com o sutiã, os braços e pernas amarrados afastados, suas pernas arranhadas e cobertas de sangue, um grande ferimento em uma canela e os pés machucados, seu rosto ensanguentado, um pano lhe cobrindo a boca, o sexo exposto. Na sala tinha um homem com uma mancha roxa no rosto que parecia se divertir com a expressão de dor dela, um velho perto de alguns monitores, um homem com uma arma em punho e um mais jovem segurando alguma espécie de instrumento médico pontudo. Foi sobre o último que Leo avançou primeiro, antes que ele pudesse pensar caiu sobre o homem lhe quebrando o pescoço em um movimento rápido e preciso.

Tirou a camisa enquanto os outro cuidavam dos dois homens na sala e de outros entravam pela porta. Caminhou até Rachel e colocou a blusa sobre ela lhe cobrindo, seus olhos assustado focaram nele.

- Calma, você vai ficar bem. – Caminhou e lhe tirou a mordaça. – Eu vim lhe salvar.

- Cuidado atrás de você. – Ela disse com a voz fraca.

Mas antes que ele pudesse se virar um tiro soou e o seu possível agressor caiu atrás dele com um baque alto. Restavam poucas pessoas na sala, a maioria de seus companheiros tinham saído em busca de fugitivos.

- Sério que que além de se deitar com um animal foi um com rabo? – O homem do rosto machucado falou rindo.

- Cale a boca seu nojento. - Rachel falou se esforçando.

Quando o homem fez menção de avançar sobre ela, Leo pulou sobre ele, o atingindo  com suas garras lhe rasgou olhos, pescoço e peito. Quando se levantou estava com mãos e braços cobertos de sangue, olhou pela sala e não viu o velho.

- Onde está o velho. – Claramente ele era o mandante de tudo.

- Trey o está perseguindo. – Alguém falou apontando a direção.

Ele ia seguro pelo caminho, em busca dele mas o olhar de Rachel o parou ela estava assustada e ainda amarrada na mesa somente com sua blusa em seu corpo.

- Saiam. – Leo ordenou.

Sem questionar os homens deixaram a sala, lavou os braços e mais como pôde na pequena pia que tinha ali, voltou até onde Rachel estava parada em choque.

- Vai ficar tudo bem, vou lhe desamarrar. – Falou se aproximando dela. – Por favor não tenha medo, já passou. – Ela somente acenou com a cabeça.

Leo soltou as amarras em seus braços e pés, a ajudou a sentar e depois vestir a sua blusa, examinou seu corpo em busca de mais ferimentos, todo o momento ela o olhava em silêncio. 

- Não tenha medo. - Ele estava com receio de que ela estivesse assustada por seu comportamento. 

- Eu não estou com medo de você meu amor. - Ela tentou sorrir. - Você veio por mim. 

- Eu desceria ai inferno por você. - Ela o olhou com carinho. - Vou lhe tirar daqui. - Ela assentiu. 

A pegou no colo e caminhou com cuidado para fora do galpão, do lado de fora o velho era arrastado por Trey para um carro, assim que seus olhos pousaram no velho Rachel estremeceu.

- Ele não pode mais lhe machucar. – Leo prometeu começando a caminhar na direção que helicóptero havia parado.

- Obrigada. – Ela sussurrou antes de fechar os olhos aninhar a cabeça em seu ombro.

Dentro do helicóptero o caminho até a reserva foi rápido, assim que desembarcou Trisha estava sobre eles, preocupada, fez Leo colocar a mulher ferida na maca e empurrar pelos corredores em direção a uma sala.

- Rachel. – O grito de Layla foi ouvido seguido de seus passos apressados. – Oh Rachel. – Choramingou ao pé da maca.

- Irmã. – Rachel falou.

- Eu.. Eu.. – Trisha interrompeu a colega.

- Layla deixe-me cuidar dela, você sabe que eu preciso tratá-la o mais rápido possível.

Com um aceno Layla se afastou puxando Leo consigo, ela sabia que provavelmente ele não ia querer sair de perto da sua irmã, mas no momento ter o grande Nova Espécie nervoso e assustado dentro da sala de tratamento só ia atrapalhar.

- Eu quero ficar com minha fêmea. – Ele se soltou e começou a andar.

- Se você a ama vai deixar a Trisha trabalhar em paz, não vai ajudar em nada ficar lá dentro. – Ele parou e se virou bufando.

- A minha fêmea vai cuidar bem da sua. – Slade apertou o ombro de Leo o conduzindo para o quarto que Layla indicou. 

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top