Capítulo 18.
Rachel.
Acordei sentindo o sol tocar meu rosto, me mexi um pouco e levantei os olhos para o macho deitado sob mim, ele me olhava com seus hipnotizantes olhos de ouro líquido, os cabelos um tanto bagunçados, sorri olhando para ele. Como pode ser tão lindo pela manhã meu pai? Isso devia ser proibido.
- Bom dia minha pequena humana. – Passou uma mão em meus cabelos me acariciando.
- Bom dia meu homem leão. – Seu sorriso se alargou.
Ele tocou meu queixo me puxando para si e me beijando do jeito que só ele sabe fazer, me deixando toda molhada, me tirando a sanidade, me deixando nas nuvens, me fazendo sentir única, quando ele começou a puxar o lençol que cobria meu corpo voltei a realidade.
- Alguém pode nos ver pelados aqui. – Falei olhando em volta.
- Se alguém vê você sem roupa eu arranco os olhos. – Disse sério.
- Leo. – Bati em seu peito rindo, mas algo me dizia que ele não estava brincando.
- Ninguém vai aparecer aqui, é a minha área, ninguém viria. – Falou sério. – Ainda mais ouvindo nossos barulhos.
- Certeza? – Perguntei ainda um tanto incerta.
- Absoluta. ‐ Respondeu com convicção.
Não precisei que ele dissesse mais nada, arranquei eu mesma o lençol e montei nele sem o encaixar dentro de mim, me inclinei sobre ele lhe beijando, suas mãos passeavam por meu corpo apertando seios, bunda e coxas. Comecei a me esfregar descaradamente nele, sentindo seu pau bater em minha bunda, ele nos girou ficando por cima e beijou meu corpo até alcançar minha boceta, sua língua traçando toda a extensão antes de se deter em meu feixe de nervos, raspou as presas pelo meu ponto sensível junto com as vibrações dos seus rosnados me levando a loucura.
Tentei fechar minhas pernas tamanho era o prazer, mas seus ombros largos me impediam de fazê-lo, suas mãos calejadas apertavam meus seios estimulando os mamilos enquanto sua língua se movimentava em meu feixe de nervos, puxei seus cabelos quando gozei forte.
- Se apoie nos joelhos e nas mãos. – Sua voz saiu ainda mais grossa e profunda. – Vou montar você por trás. – Sua voz de comando cheia de tesão me deixou ainda mais molhada.
Não respondi apenas fiz como ele disse, não acho que conseguiria responder mesmo que quisesse, estava tão excitada que não conseguia sequer ordenar minhas palavras, me apoiei no joelhos, baixei até ficar com os cotovelos apoiados na madeira da plataforma e empinei meu traseiro em sua direção. Ele apertou minha bunda com as duas mãos e passou uma delas em minha intimidade antes de segurar minha cintura e me preencher com seu membro, eu podia senti-lo tocando em cada parte de mim.
Ele começou a se movimentar dentro de mim primeiro lentamente e a medida que foi ganhando terreno aumentou a velocidade e a força, apoiou uma mão perto das minhas e a outra espalmou em minha barriga descendo lentamente até tocar meu clitóris arrancando um grito de prazer da minha garganta, coordenou os movimentos do dedo com o pau. Quando seus dentes cravaram suavemente em meu ombro gozei sentindo meu corpo todo tremer.
- Leo. – Gritei me libertando.
Ele distanciou a boca do meu ombro e rugiu alto jorrando seu sêmen quente em meu interior, tão alto que meus ouvidos doeram, senti sua língua no local onde ele me mordeu, era estranhamente prazeroso.
...
Enquanto ele preparava o nosso café da manhã eu tomei um banho demorado, lavando qualquer vestígio de sêmen do meu corpo, a água quente relaxou meus músculos que estavam um pouco doloridos, depois que eu me sentia limpa escovei os dentes com a escova que trazia em minha bolsa, penteei os cabelos e voltei para o quarto com escova na mão, ele estava sentado na cama me observando enquanto eu vestia minha lingerie e em seguida colocava uma calça jeans clara e uma blusa de seda azul clara.
- O que foi? – Perguntei guardando minhas coisas na mochila que eu trazia.
- Você tem vergonha de mim? – O jeito inseguro que ele me olhou me desarmou.
- Vergonha de você? – O olhei incrédula. – É claro que não querido. – Me aproximei até colocar minha mão em seu rosto.
- Toda vez que a gente compartilha sexo. – Começou a falar. – Você se lava até meu cheiro sumir da sua pele, então eu pensei que você talvez não queira que as pessoas saibam o que fazemos juntos.
Eu normalmente ficaria chateada pelo que ele falou, por não confiar em mim, por me fazer uma pergunta absurda dessa, mas não é a primeira vez que ele demonstra insegurança, tudo que ele já passou na vida o fez acreditar que sua aparência é menos agradável do que a dos outros Nova Espécie, que por ele ter as características animais mais pronunciadas não vale atenção ou carinho, que é uma aberração, ele não podia estar mais errado.
- Leo querido. – O olhei nos olhos. – Eu não tenho vergonha de você, eu nunca teria vergonha de você. – Tentei transmitir toda a sinceridade que eu sentia em meus olhos, em minhas palavras. – Eu gosto de você, gosto demais, os momentos que estou ao seu lado são os melhores da minha semana, eu realmente tomo banho sempre, mas primeiro porque eu gosto de tomar banho. – Tentei brincar. – Não sairia por aí toda suada e depois vocês têm um faro muito apurado e eu não fico confortável com todos sabendo que eu transei. – Suspirei. – Não tem nada haver com você, é uma coisa humana, a gente não se sente a vontade se todos souberem que compartilhamos sexo.
- Então não sou eu? – Me olha ainda não totalmente convencido.
- Eu juro que não, eu não me sinto à vontade com todos me olhando com cara de "eu sei que você transou". – Ele sorriu brevemente. – Eu não tenho vergonha de você, pensa comigo, eu te levo em casa, saio abertamente com você, já pedi pra virem me deixar aqui, carrego o seu cheiro sempre que vou embora, minhas amigas e irmã sabem onde estou e o que fazemos, eu faria qualquer dessas coisas se tivesse vergonha de você?
- Não. – Ele falou baixo, mas não parecia convencido.
Passei meus braços por seu pescoço me encaixando em seu corpo grande e musculoso ele abraçou a minha cintura enquanto eu me apertava a ele, o beijei rapidamente pensando em como eu poderia fazer para ele entender que eu jamais teria vergonha dele.
- Olha eu ainda preciso me acostumar com essa coisa todos saber que eu transei. – Me afastei um pouco para lhe olhar. – Mas que tal a gente fazer uma coisa?
- O que? – Me olhou com uma sobrancelha erguida.
- No fim de semana ao invés de eu vir pra cá e a gente cozinhar, nós vamos jantar no bar do hotel, podemos dançar um pouco, beber alguma coisa, conversar com algumas pessoas. – Sugeri a ideia que surgiu em minha cabeça.
- Você está sugerindo que a gente apareça junto em público? – Me olhou surpreso. – No lugar e dia mais movimentado da reserva? – Quis confirmar.
- Algum problema? – Ergui uma sobrancelha.
- Nenhum. – Vi um brilho iluminar seus olhos. – Você quer aparecer pra todo mundo comigo. – Abriu o sorriso mais belo que eu já vi e eu tive que me segurar pra não dizer que o amava naquele instante.
- Claro que eu quero. – Olhei em seus olhos. – Você é maravilhoso e vai ser ótimo ver todos nos olhando. – Sorri animada. – Estamos combinados então?
- Sim, sim, sim. – Ele falou me beijando e me virou sobre a cama.
- A gente tem que ir. – Gemi colocando as mãos em seu peito para para-lo. – Tenho que trabalhar.
- Você mesma disse que é a chefe da sessão. – Beijou meu pescoço.
- Tenho que dar o exemplo. – Continuou me beijando. – Leo, assim não vale. – Resmunguei.
- Foda. – Rosnou se afastando frustrado e me pôs de pé. – Vem, eu preciso te alimentar. – Me estendeu a mão.
Peguei sua mão e deixei que ele me conduzisse até a cozinha, onde tinha preparado café da manhã pra mim, acabei derramando mel sobre a minha blusa de seda e eu quase choro por isso, está arruinada, essa porra vai ficar manchada, era uma das minhas preferidas. Depois que terminamos de comer troquei minha blusa por uma camisa de botões preta com bolinhas rosa claro. Ele pegou minha mochila e levou até o carro me levando direto para o trabalho.
- Até depois minha pequena humana. – Falou me beijando com carinho.
- Até meu homem leão. – Sai do carro.
Quando entrei em minha sala, minhas três companheiras já estavam em seus postos de trabalho atarefadas, mas, pararam tudo que estavam fazendo na mesma hora que eu passei pela porta e me olharam, só porque eu estava quase 20 minutos atrasada. Luna puxou o ar enquanto eu colocava minha mochila sobre a mesa.
- Olha só quem voltou com cheiro de macho. – Ela falou rindo. – Safada.
Me virei para encara-la na mesma hora que ouvi Hope sugando o ar e franzindo o cenho.
- Não sinto cheiro de sexo compartilhado. – Ela disse.
- Por que não tem. – Luna se levantou e me cheirou mais de perto. – O cheiro dele está fraco.
- Claro que eu não ia sair por aí cheirando a sexo no meio de pessoas que conseguem identificar o cheiro de longe. – Minhas bochechas esquentaram em um nível que eu tenho certeza que estou parecendo um pimentão.
- Humanos são tão sensíveis em relação a sexo. – Luna balançou a cabeça.
- Cheiro de quem vocês estão falando? – Amália nos olhava curiosa. – Do tal do Leo? – Perguntou sorrindo. – Foi lá que você passou a noite né.
- Quem mais seria minha cara? – Hope sorriu.
- Você estão juntos? – Amália me olhando curiosa.
Eu demorei um pouco a responder, porque não sei o que falar. Estamos juntos? Ainda não definimos um nome para o que fazemos, mas sem dúvida é algo mais do que só sexo, pelo menos pra mim é, e eu tenho quase certeza que pra ele também, o jeito que ele me trata, não faria se fosse só sexo.
- Mais ou menos isso. – Respondi por fim. – Ainda não falamos sobre o que acontece entre nós.
- Entendo. – Ela continuou me olhando. – Mas você está apaixonada. – Cantarolou.
- Estou. – As três deram gritinhos. – Chega. – Reclamei. – Vamos trabalhar que é pra isso que somos pagas.
Me sentei na minha cadeira e liguei o notebook para iniciar meu expediente consciente de três pares de olhos postos sobre mim, tentei ignora-las e dar início ao meu trabalho, a medida que mergulhei em números e estatísticas me distrai das perguntas ocasionais que alguma delas me lançava, fofoqueiras demais meu Deus.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top