Capítulo 12.
Rachel.
Olhei para o meu reflexo no espelho pelo milésima vez conferindo se estava tudo certo, estou usando um vestido lilás com alças largas, um discreto decote do jeito que eu gosto, desce soltinho da cintura até o meio das coxas, meus cabelos cacheados estão soltos, passei apenas um batom rosa com um gloss por cima, calcei um sapato de salto e estava pronta. Não sei por que eu estava tão nervosa para encontrar o Leo hoje, peguei minha bolsa e fui pra cozinha ver se tinha pego todos os ingredientes.
Alguém bateu na porta enquanto eu pegava as coisas que estavam na geladeira e acomodava tudo em uma bolsa ecológica.
- Boa noite doutora. – Ouvi a voz grave e profunda de Leo soar da sala.
- Boa noite, entre. – Layla falou. – Não precisa me chamar de doutora.
- Tudo bem.
- A Rachel está na cozinha, pegando as coisas para vocês irem. – Ouvi ela falar. – É por ali. – Me virei para pegar a sobremesa que eu tinha feito.
- Oi. – Ouvi sua voz atrás de mim.
Me virei vendo ele vestindo uma calça jeans azul, uma camiseta branca que contrastava com sua pele e tênis nos pés, seus cabelos soltos em volta do rosto, ele estava ainda mais lindo vestido daquele jeito, mas eu senti falta de ver seu peito. Coloquei a sobremesa sobre a bancada e me aproximei dele.
- Oi. – Falei vendo o seu olhar correr por meu corpo.
- Você está ainda mais linda. – Senti minhas bochechas esquentarem, não sei porque eu fico tão tímida com ele.
- Você também está. – Baixei os olhos e toquei seu braço o ouvindo ronronar.
- Você está pronta? – Voltei a olha-lo.
- Sim, estou. – Me afastei. – Você leva isso. – Lhe entreguei a sacola. – Isso eu levo. – paguei a travessa.
- O que é essa sobremesa? – Perguntou curioso. – Não é pudim. – Espiou a travessa em minhas mãos.
- Não, é pavê de abacaxi, você vai gostar. – Disse sorrindo. – Espero que goste.
- Se você fez eu vou gostar. – Sorriu mostrando seus dentes pontudos.
- Já vou indo Layla. – Falei pegando minha bolsa na sala.
- Tudo bem, divirtam-se. – Ela me abraçou. – Cuide da minha irmãzinha. – Falou olhando pra Leo.
- Com a minha vida. – Ele disse em um tom sério.
- Gosto assim. – Ela piscou pra mim antes de nós sairmos.
Desci com ele até o jipe estacionado na frente do prédio, ele colocou a sacola no banco de trás do carro e segurou a travessa enquanto eu subia, me esfregando assim que eu estava de cinto passado. Deu a volta no carro e sentou atrás do volante dando a partida.
- Como foi seu dia? – Puxei assunto.
- Foi normal, chequei os animais, ajudei um dos habitantes da zona selvagem com uma situação. – Não falou do que se tratava e eu também não perguntei. – E fiquei esperando a hora de te buscar. – Quase engasguei com o olhar que ele me lançou. – E o seu?
- Normal também. – Olhei para a estrada a nossa frente. – De manhã eu fui no escritório para resolver umas pendências, almocei no hotel. – Ele rosnou. – Depois voltei pra casa pra preparar a sobremesa que ia trazer hoje, resolvi fazer essa esperando que você goste.
- Certeza quer eu vou gostar. – Ele disse animado. – Você é boa cozinheira.
- Obrigada. – Parou o carro em frente a sua casa e nem tinha percebido que já estávamos ali.
- Entre primeiro. – Abriu a porta da frente e a segurou aberta pra mim.
Entrei com ele vindo logo em seguida, fui direto para a cozinha e tomei a liberdade de guardar o pavê na geladeira, percebi que não tinha mais pudim, me virei em sua direção.
- Você já comeu o pudim inteiro? - Indaguei surpresa.
- Comi. – Começou a tirar os ingredientes da sacola. – É bom demais.
- Você é muito guloso. – Ri.
Tirei meus sapatos, prendi meu cabelo com um elástico que estava em minha bolsa, deixei a bolsa sobre um banco em frente a bancada e lavei as mãos prontas pra começar, ele também já tinha se livrado dos sapatos.
- Você quer me ajudar?
- Quero sim. - Me garantiu.
- Ótimo, lave as mãos, pegue uma tábua e comece a picar os pimentões e as cebolas
Ele apenas assentiu e foi fazer o que eu pedi, tagarelei a maior parte do tempo enquanto cozinhávamos, ele ria e concordava comigo, falando de vez enquanto. Ver ele todo forte cortando legumes é uma visão muito sexy, na verdade eu duvido que algo que esse homem faça não seja sexy, afinal de contas ele exala sensualidade. Me abaixei perto dele e ouvi seu ronronado profundo, levantei rapidamente e ele me olhava com chamas nos olhos, como se fosse me devorar, eu estava pronta para ser consumida caso ele tentasse.
Com a sua ajuda rapidamente a lasanha estava no forno a salada pronta e a carne assando. Nos sentamos nos bancos em frente a bancada enquanto esperávamos a comida ficar pronta.
- Você não gosta de sapatos? – Puxei assunto quando seu olhar sobre mim ficou ainda mais intenso.
- Não, eu detesto. – Ele olhou pros pés. – Aperta, é muito melhor ficar sem eles.
- Te entendo, realmente é bom ficar descalço.
- Também não gosto de usar cueca, elas apertam. – Ele falou me fazendo pousar os olhos no volume entre suas pernas. – É muito melhor fica sem ela principalmente quando o tecido é mais macio. – Forcei meus olhos a olhar para cima, focando em seu rosto.
- Realmente roupa íntima aperta, eu não gosto de usar sutiã, gosto de deixar meus seios livres. – "Pelo amor de Deus Rachel o que você está fazendo desgraça?"
Ele olhou intensamente para o meu colo rosnando, não foi algo que me deu medo, era mais sexy e eu podia jurar que ele iria me atacar a qualquer momento. Senti uma pontada no meu sexo ao encarar o olhar predatório direcionado a mim.
- Acho que a carne ficou pronta. – Cheiro da carne invadiu a cozinha e eu não queria que passasse do ponto.
- Eu pego está quente. – Se levantou rapidamente pegou um pano e tirou a carne do forno.
- Ótimo, está perfeito pra você. – Tirei um dos bifes grandes e deixei o outro. – Pode levar esse de volta ao forno.
- Você gosta da sua carne mais passada. – Ele comentou colocando no forno.
- Gosto ao ponto pra menos. – Falei voltando a sentar. – É que o seu ponto pra menos é muito pra menos. – Sorri.
- Em Mercile nos alimentavam com carne crua. – Se sentou ao meu lado. – As vezes me davam pequenos animais inteiros dizendo que como eu era mais animal devia comer como um.
- Meu Deus. – Levei a mão a boca sentindo meus olhos ardendo. – Deve ter sido horrível o tempo que viveu lá.
- Foi sim, tenho as marcas pra provar. – Seu tom era sombrio.
- Eu sinto muito querido. – Me levantei o envolvendo com os braços e pousando meu rosto sobre seu abdômen.
Ele ronronou quando passei minhas mãos por suas costas e braço e o acariciando e me apertou ainda mais contra seu corpo quente e forte. Na posição que estávamos eu de pé no meio de suas pernas pude sentir seu pau pressionado contra a minha barriga e sentir ele ficar ainda mais duro enquanto eu me mexia. Me afastei e voltei a sentar, ele me olhava atenta e intensamente, de um jeito que fez minhas bochechas ficarem coradas.
- Então, você aprendeu o que gosta e o que não gosta de comer depois que foi liberto? – Falei qualquer coisa pra fugir da minha timidez.
- Sim, depois que fui liberto eu pude experimentar tanta comida. – Ele sorriu. – Decidir o que gosto e o que não quero nunca mais provar como espinafre. – Fez uma careta.
- Eu também não gosto de espinafre. - Fiz uma careta.
- Pude ver o nascer do sol. - Sorriu distante.
- Deve ter sido tudo uma novidade.
- Foi sim, e eu estava feliz demais.
Quando a comida ficou pronta levamos tudo para a mesa e nos servimos para começar a comer, como eu sabia que Novas Espécies não gostam de bebida alcoólica levei refrigerante para a gente tomar.
- Espero que esse ronronado tenha sido porque você gostou da minha comida. – Falei o ouvindo fazer barulho ao colocar um pedaço de lasanha na boca.
- Com certeza foi. – Falou quando engoliu. – Isso é a melhor coisa que eu já comi. – Sorri com o que ele disse.
- O segredo é temperar a carne e o molho especial. - Expliquei.
Seguimos comendo e conversando sobre várias coisas, ele repetiu dizendo que estava ótimo, todo o momento ele elogiou a minha comida e os sons que fazia diziam com que os elogios fossem ainda mais sinceros. Depois que terminamos de comer, tiramos a mesa e ele lavou toda a louça suja recusando a minha ajuda e fomos para a sala, sentamos perto um do outro e quando eu cruzei as pernas ele ronronou.
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Rezem para eu ter tempo de editar que sai mais hoje.
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