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иαѕϲє υм иονο ℓί∂єя

RANDI! ━ Lenora soluçou enquanto corria para encontrar seu dragão. Assim que ele pousou, ela correu diretamente para ele, gritando seu nome e estendendo os braços. Randi a encontrou no meio, saltando pela areia para levantá-la no ar. Lenora riu em meio às lágrimas, envolvendo os braços em volta do longo pescoço dele. Seus pés mal tocavam o chão, mas ela não se importou. Acariciando suas escamas, Lenora encostou a testa em seu focinho, as bochechas manchadas de lágrimas.

Ele estava tão feliz que abanou o rabo e se levantou sobre as patas traseiras, segurando-a ainda mais alto. Lenora apenas caiu na gargalhada, aninhando-se em seu toque e se deixando envolver em um abraço com seu pescoço, são e salvo, juntos novamente.

━ Oh, eu nunca vou deixar você ir de novo! ━ ela soluçou, deitando a cabeça contra as escamas dele e se acalmando com as vibrações de seus gritos guturais, como se ele estivesse lhe dizendo exatamente as mesmas coisas. ━ Eu prometo, Randi, eu nunca vou deixar alguém como Drago te machucar de novo. Nós vamos ficar juntos.

Randi fechou os olhos e inclinou a cabeça ao toque dela. Ela sorriu, suas lágrimas começando a se acalmar enquanto ela se acomodava, feliz com ele de volta e ao seu lado.

Por toda parte havia reencontros felizes. Os vikings correram para seus dragões, abraçaram-se, riram, choraram. Novos dragões se acomodavam no chão e eram imediatamente bem-vindos por todos os outros, recebendo peixes capturados nas docas. Um grupo de crianças tinha se apaixonado completamente pelos Garrinhas e já estavam brincando de pega-pega no gelo.

Gothi foi cercada por seus Terrores Terríveis. Ragnar riu, pulando nas costas de Pesadelo Monstruoso por trás e dando-lhe uma coçadinha embaixo do queixo. Lenora viu Melequento sendo girado por Dente de Anzol, quase colocando fogo na casa próxima. Novos dragões conheceram seu novo lar, e aqueles que já estavam lá residiam sob a proteção do Alfa, Banguela, o poderoso Fúria da Noite.

Soluço sorriu para seu dragão. ━ Nunca paro de me impressionar com você, amigão, obrigado ━ ele murmurou, fechando os olhos enquanto suas testas se encontravam. Banguela bufou, compartilhando esse momento de silêncio, de tristeza, mas também de perdão. Lenora sorriu enquanto abraçava Randi. Sua risada ecoou quando o Fúria da Noite soltou um gemido gutural e passou a língua bem no rosto de Soluço. ━ Agh! Ah, você sabe que isso não sai! ━ mas ele não podia ficar com raiva. Ele apenas gargalhou quando foi derrubado no chão. Ele estava feliz por ter seu dragão de volta – abraçá-lo e soltar uma lágrima em suas escamas.

Astrid chorou ao encontrar Tempestade, rindo e esfregando a cabeça em suas bochechas escamosas. Seu Nadder agitou suas asas e cauda em excitação. Os três pestinhas Bjornsen correram entre os grupos de vikings diretamente para seus Terrores Terríveis enrolaram suas perninhas em volta do pescoço, cantando uma linda canção. Leo jogou os braços em volta da barriga de Framboesa, tremendo em soluços enquanto sua Espectro Doce o cobria com suas asas, mantendo-o seguro e protegido. Isso era tudo que importava para ele agora. Ele não precisava ser viril – ele só queria ser ele mesmo, só queria saber se Framboesa estava de volta e se sua melhor amiga estava bem.

Lenora foi dispensada por Randi quando ele avistou seus pais. Ela correu para os braços da mãe, que tremia um pouco. Lenora esfregou as costas dela, deixando escapar um longo suspiro enquanto relaxava. Seu pai deu um beijo em sua testa, passando um braço apertado em volta das duas. Ela se afastou, chorosa. Sua mãe segurou suas bochechas, e as duas compartilharam um momento de silêncio. Lenora sabia que ela entendia. Ela beijou sua testa também, como se dissesse: ━ Estou orgulhosa. Eu te amo.

Ela os observou indo em direção aos seus irmãos um de cada vez, verificando cada um deles. Lenora olhou por cima do ombro e riu ao ver Bocão ser esmagado por Resmungo. Perna-de-peixe correu para seu dragão, comemorando, enquanto Cabeça Quente, que estava no meio, estendeu os braços, esperando que ele fosse direto para ela. Ele simplesmente passou direto, sua atenção pela primeira vez, nem um pouco nela. Ele explodiu em murmúrios e gritos de felicidade ao se reunir com seu dragão, o que fez o coração de Lenora inchar.

Quente franziu a testa, cruzando os braços, até Bafo encostar a cabeça no ombro dela. Ela abriu um sorriso e segurou a cabeça dele perto. Arroto cheirou os dois e ela revirou os olhos. ━ Você não! ━ Ele soltou um riso de aborrecimento e se virou para Durão, que o trouxe para o peito protetoramente. Ambos fizeram cara feia para os outros dois. Bafo riu da cabeça do irmão.

Mas havia um dragão que não tinha um cavaleiro para se reunir. Soluço estendeu a palma da mão em direção ao Chifre Estrondoso de Stoico, choroso. O dragão choramingou, e Soluço suspirou, coçando-o sob o queixo para dizer, ━ Eu sei...

Eret se aproximou deles desajeitadamente. ━ Olha, você conseguiu domar o dragão com maestria. ━ Soluço olhou para cima, as mãos caindo enquanto Quebra Miolos cheirava o estranho curiosamente. ━ Você daria um bom caçador, uouuu! ━ O Chifre Estrondoso sentiu um cheiro bom, de conforto, algo familiar. Soluço ficou surpreso ao vê-lo imediatamente se agarrar a Eret, cutucando seu lado para chamar atenção. Seu coração apertou. Como uma Classe Rastreadora, um Chifre Estrondoso era muito intuitivo, eles aprendiam cada cheiro, cada sentimento... para Quebra Miolos agir daquele jeito... devia haver algo em Eret que o lembrava de Stoico.

Eret, filho de Eret, riu nervosamente. Ele sabia de quem era o dragão e estava hesitante em fazer qualquer coisa. Soluço franziu os lábios em pensamento. Ele viu Eret roçar os nós dos dedos nas escamas de Quebra Miolos com cautela. Soluço se viu concordando.

Soluço sabia que se Quebra Miolos podia confiar em Eret, então ele também poderia confiar nele. E daquele dia em diante, Eret se tornou um dos amigos mais confiáveis ​​de Soluço.

━ Olha... ━ Soluço falou, ━ ... o Quebra Miolos vai precisar de alguém para cuidar dele agora.

Eret percebeu o que ele estava dizendo e seus olhos se arregalaram. ━ Eu? ━ ele respirou.

Soluço deu de ombros. ━ Por que não? ━ Foi uma troca casual, mas no fundo, era um profundo peso de confiança em Eret e o ex-caçador assumiu isso com um quadrado de ombros e um conjunto de mandíbula. Ele deu a Soluço um forte aceno de cabeça. Então, ele se arrastou para mais perto de Quebra Miolos e sorriu para ele. ━ Será uma honra.

Lenora deu a Randi outra coçada gentil de seus dedos em seu focinho, sorrindo antes de segurar seu queixo. Ele olhou para ela, grasnando suavemente e batendo seu focinho contra sua testa novamente.

Ela se afastou depois de um momento, olhando por cima do ombro enquanto Soluço conversava com sua mãe. Ele sorriu, e era feliz ━ mas havia aquele peso em suas bochechas, o esgotamento em seus olhos. A queda de seus ombros, uma tristeza que talvez nunca fosse embora, agora. Lenora estava bem com isso.

Não importa o que acontecesse, eles passariam por isso juntos. Isso é o que marido e mulher fazem. Através da escuridão, através das águas turbulentas e sob o calor do fogo, eles se agarravam e ajudavam um ao outro a passar. Lenora estaria lá para ele, não importa o que acontecesse. Eles tinham um futuro. Um futuro de tristezas, brigas, lágrimas, abraços e beijos, sentados perto do fogo e apenas encostados um no outro, felizes na companhia um do outro. Numa casa que agora seria menor, apenas eles. Mas Lenora estava pronta. Ela estava pronta.

Como se soubesse que ela o estava observando, Soluço encontrou o olhar dela. Seu sorriso permaneceu cansado, triste ━ mas havia aquela faísca, aquele amor, e Nora sabia que tudo ficaria bem.

Ela beijou as escamas de Randi antes de deixá-lo em paz, caminhando até seu futuro marido com um pequeno e triste sorriso. Eles se encontraram no meio. ━ Viu? ━ Lenora gesticulou para ele, estendendo os dedos até tocar o couro de seu traje. Ela colocou-o, com ternura, em seu coração. Soluço a observou, a tristeza em seu sorriso se tornando amorosa. ━ Eu disse que estava aqui.

Click!

Os dedos dela rapidamente engancharam por baixo para pressionar a mola e a barbatana do traje dele disparou. Ela caiu na gargalhada ao ver o olhar no rosto dele, orgulhosa e feliz em vê-lo jogar a cabeça para trás e revirar os olhos, ━ Ha, ha, ha ━ Ele soltou sarcasticamente e ela riu entre os dedos. Valka sorriu, divertida com os dois. ━ Você fez isso de novo.

━ Sim, eu fiz.

━ Cheia de gracinhas.

━ Eu sei, sou tão engraçada.

Soluço balançou a cabeça para ela e não conseguiu se conter. Ele avançou e passou um braço firme em volta da cintura dela ━Agora você vem aqui.

A risada de Lenora logo se transformou em um suspiro quando ela foi puxada para tão perto, que ficou vermelha contra o peito do noivo. Seus olhos estavam arregalados, assustados. Soluço sorriu e abaixou a cabeça para capturar seus lábios em um beijo tão apaixonado que fez seus joelhos fraquejarem e suas bochechas queimarem. Ela derreteu em seu toque, os braços subindo lentamente para os ombros sem se importar com a vila ao redor deles. Lenora o beijou com mais força com isso, os braços o puxando para mais perto em volta de seu pescoço.

Houve alguns suspiros. Bocão estendeu a mão na frente do irmão mais novo de Lenora, Leif. Seu gêmeo, Leo, desviou o olhar com contrangimento. Nora acreditou ter ouvido Melequento e Durão comemorando.

Sua mão direita segurava seu quadril, o polegar roçando as bordas de seu abdômen. Lenora desacelerou o beijo, seus braços deslizando para baixo para que seus dedos pudessem subir até a barba por fazer do rosto de seu noivo. Ela sorriu e beijou e Soluço riu, sua respiração soprando em seus lábios. Mesmo agora, ele fazia o coração dela bater forte contra as costelas.

Ele se afastou, roçando o nariz no pequeno dela. Olhando fixamente nos olhos da futura esposa, Soluço sentiu-se o viking mais sortudo do mundo. Ele acariciou os cabelos ruivos dela. Ele sorriu, e ela o recebeu com um lindo sorriso. ━ Eu te amo ━ ele disse suavemente.

Essas palavras ainda a faziam corar. ━ Eu também te amo, Nanico Haddock.

Um cajado bateu em seu ombro. Soluço olhou para baixo, soltando a cintura de Lenora. Gothi se curvou um pouco, sem precisar dizer uma palavra. Seu gesto para a madeira cinzenta ao lado deles foi o suficiente. Soluço respirou fundo, e Lenora apertou sua mão para dizer a ele, você consegue.

Ele sorriu para ela antes de dar um passo à frente. A vila inteira o observou ajoelhar-se diante da anciã. Lenora deu um passo para trás ao lado de sua mãe, seu coração na garganta. Gothi raspou as cinzas da madeira com o dedo. Ela sorriu tristemente para Soluço, e ele assentiu ━ ele estava aceitando seu futuro aqui. Ele não iria fugir. Não mais.

Gothi estendeu a mão e passou a cinza na testa dele. Ela desenhou uma runa de chefe, a runa de um rei. Um governante. Ela lhe deu outro sorriso. Ele franziu os lábios e, com um último suspiro profundo, se levantou.

Bocão caminhou até ele. Ele lhe deu um aceno orgulhoso e um pouco choroso. Soluço inclinou a cabeça, ele mesmo chorando. A troca silenciosa passou e Bocão se virou para a aldeia. ━ O líder voltou para casa! ━ ele anunciou.

A aldeia explodiu em aplausos; um refrão de ━ VIDA LONGA AO NOSSO LÍDER! ━ Até os dragões abriram as asas, rugindo com a cabeça erguida. Banguela disparou um tiro que explodiu em um roxo brilhante no céu, e os outros o seguiram. Lenora assistiu, o coração inchando e um sorriso tão largo nas bochechas que doía. Ela repetiu o refrão suavemente para si mesma.

Soluço olhou para ela, e eles se encararam novamente. Uma mensagem passou entre eles, um acordo mútuo. Ela assentiu, dizendo a ele, sim, claro. Ele sorriu. E embora ele desejasse que seu pai estivesse ali com ele, passando o título para o próprio Soluço, observando-o iniciar uma vida cheia de responsabilidades, finalmente crescer... Soluço sabia que ele estava ali. Ele estava com ele. No céu, no ar, no legado das cinzas que Gothi espalhou por sua pele. Mas o mais importante é que Stoico, o Imenso, estava ali, ao seu lado, nele, em sua alma, em seu coração.

Ele estendeu a mão para a noiva, e ela a pegou. Ele a levou até ele e para fora, para a vila. Seus amigos estavam na frente, a família sorrindo por perto, e o resto ━ seu povo ━ continuava a aplaudir. Mas eles acrescentaram algo mais, agora.

━ AO CHEFE E A CHEFA!

Lenora trocou olhares com Soluço. Ela assentiu para ele novamente, e ele levou a mão dela aos lábios. Nos aplausos, dragões rugindo e a chuva de brasas de cima em sua casa destruída, Lenora sabia que seu futuro estava mais seguro agora do que nunca.

Banguela olhou para eles, e Lenora o coçou atrás da orelha.

Vida longa aos chefes, ela pensou consigo mesma com um sorriso.

PARA AS OVELHAS PASTANDO NOS CAMPOS, um Terror Terrível irritante era comum. Eles sempre mordiam mais do que podiam mastigar, tentando puxar os pobres animais para o ar por sua lã. Mas um Terror era muito pequeno, não tinha força para carregar uma ovelha mais alto do que arrastar seus cascos pela terra.

Mas as mãos voando direto em direção às ovelhas e ao Terror ━ bem, elas tinham uma chance muito melhor.

O Terror Terrível gritou, desesperado para fugir antes que a pobre ovelha fosse arrancada da grama. O alvo pintado em sua lã brilhou intensamente sob o sol da manhã, e ele baliu de puro horror ao ser arremessado para cima. Ele agitou as pernas finas e foi pego, mais uma vez, entre dois irmãos – idênticos em todos os sentidos, especialmente em sua natureza competitiva, determinada e raivosa.

Eles voaram mais alto entre andaimes, pedaços de gelo derretidos e quebrados e vikings trabalhando nos pescoços de um Zíper Arrepiante. As cabeças resmungando ━ se não ignorando completamente ━ os cavaleiros em suas selas. Os gêmeos lutaram pelas ovelhas, uma mão agarrada em cada perna. Cabeça Dura gritou. Ele se recusou a deixar sua irmã pegá-la. Não desta vez ━ ele venceria desta vez.

Mas ela simplesmente arrancou-o dele e jogou a ovelha por cima do ombro na direção de um viking rechonchudo e seu Gronckle. Perna-de-Peixe sorriu. Ele estendeu os braços para pegá-lo.

━ Sim ! ━ no meio brilhou um vermelho profundo e monstruoso. Um viking de cara feia e seu Pesadelo Monstruoso agarraram a ovelha no ar ━ Melequento, Melequento, oi, oi, oi!

━ Melequento! ━ fervia Perna-de-Peixe.

Ele mandou um beijo de volta para Quente e ela jorrou, acenando com um sorriso no rosto. Durão bateu com os punhos, ━ NÃÃÃÃÃOOOOO! ━ ele gritou dramaticamente para os céus.

Melequento riu, descendo e jogando as ovelhas na cesta de Quente e Durão de qualquer maneira. A multidão de dragões e vikings aplaudiu. Eles bateram os pés nas arquibancadas, bateram as cabeças e soltaram faíscas de fogo – a Corrida de Dragões foi apreciada por todos, com certeza. Dragões e Vikings.

Das arquibancadas lotadas, um Chifre Estrondoso verde e vermelho juntou-se a eles em voo, estático com seu novo cavaleiro, Eret ainda tentando entender as cordas em suas costas. Melequento e Dente de Anzol giraram para cima e para baixo na próxima volta.

━ Saia do caminho, Melequento! ━ De baixo da ponte, um jovem ruivo de olhos da cor da marmelada chamado Leo lançou seu Espectro Doce para passar Melequento. Ele esbarrou em Melequento e Dente de Anzol, assumindo a liderança com facilidade.

Ele estava determinado a vencer este jogo. Ele iria vencer este jogo, não querendo mais impressionar a garota de quem gostava sendo alguém que ele não era, mas sendo exatamente quem ele sempre foi. Irritante, às vezes um pouco imaturo e muito travesso, mas bondoso, corajoso e com um futuro brilhante pela frente.

Ele avistou outra ovelha alvo abaixo, perto do hangar, e sorriu. ━ Sim, Framboesa! É isso, é isso!

━ Eu fico com isso! ━ Astrid se lançou e roubou dele antes que seu dragão pudesse envolver suas garras em volta da lã. Ela e Tempestade se lançaram para o céu, enviando um sorriso brincalhão por cima do ombro dela. Ele estreitou os olhos, zombando, e correu para acompanhá-la. Eles entraram e saíram do hangar, passando por Bocão e Valka tirando a armadura de Drago dos dragões que ele colocou sob seu controle. Eles acenaram.

Este é Berk, agora. Um pouco surrada, maltratada e coberta de gelo, mas era um lar. Era a casa deles. Não era mais o segredo mais bem guardado daquele lado de... bem... qualquer lugar, mas isso não importava mais. Claro, estava passando por alguns reparos (mas eles sempre tiveram seu conjunto de muitas e muitas casas novas), e se Stoico estivesse vivo para vê-lo agora, ele provavelmente estaria roxo de fúria. Mas Soluço estava orgulhoso disso. Orgulhoso de sua aldeia, seu lar. Orgulhoso de ajudar a consertar os telhados com Banguela, orgulhoso de treinar os novos dragões que eles tinham em suas praias, orgulhoso de olhar e ver a estátua de seu pai ser construída perto das portas do Grande Salão.

Uau.

Um lampejo de uma trança ruiva passou voando por ele em um poderoso Espectro de Areia marrom e amarelo. Lenora Bjornsen (futura Lenora Haddock) riu do susto dele, sacudindo o cabelo por cima do ombro para arquear uma sobrancelha para ele, provocando. Ela sorriu e mergulhou. Soluço sorriu, franzindo o nariz atrás dela para dizer: Você vai pagar por isso.

E sim, aqueles que os atacaram eram implacáveis e loucos, mas aqueles que os deteram? Ah... ainda mais! Eles podem ser poucos em número, mas defendem uma coisa muito maior do que se opõe a eles. Eles eram a voz da paz. E pouco a pouco, eles mudarão este mundo.

Lenora continuou a rir enquanto passava por sua família no Santuário do Dragão, cuidando dos muitos novos dragões em suas praias. Sua mãe engasgou, chocada ao vê-la correndo e correu atrás dela, sacudindo o punho, mas Nora apenas aplaudiu, empurrando Randi para ir mais rápido. Aqueles que passavam e trabalhavam olhavam para cima para aplaudir e acenar para sua Chefe, abençoando-a e torcendo para que ela vencesse.

Ela mergulhou bem abaixo, passando por Bocão que tirou a poeira da mão e puxou a alavanca para baixo para a ovelha negra. Ela explodiu no ar e Lenora atrás dela. ━ Sim! Vamos, seu monte de areia, vamos ganhar essa coisa,para cima! Para cima! ━ eles subiram atrás da ovelha que gritou, começando a cair de volta. Lenora estendeu os braços para pegá-la.

Houve um rugido e, além deles, surgiram as escamas escuras de um Fúria da Noite. Banguela pegou a ovelha negra segundos antes que Lenora pudesse e ela engasgou. Percebendo, Lenora estreitou os olhos. Ela riu do sorriso pegajoso que Banguela deu e da piscadela atrevida que seu cavaleiro enviou. Lenora balançou a cabeça enquanto Randi gritava, dobrando as asas para persegui-los.

Soluço disparou para as redes e, com um sorriso, saltou da sela. Com as mãos apertadas na lã da ovelha negra, ele pulou os alçapões. Com um grunhido, ele jogou a ovelha na rede pintada de vermelho e roxo, onde ela caiu entre os ganhos de Lenora. Banguela estava lá para pegá-lo do outro lado e eles voaram até a arquibancada. Lenora veio ao lado dele, pousando na plataforma ao seu lado. Ela deu um soco no ombro dele enquanto os outros seguiram o exemplo.

Veja, eles tinham algo que os outros não tinham. Ah, claro, eles tinham exércitos... e armas... e muitas outras coisas. Mas Soluço e seus amigos tinham...

DRAGÕES!

LENORA MAL PODIA ACREDITAR no que estava acontecendo naquele dia. Era Snoggletog, a festividade mais aguardada de Berk, mas, para Lenora, aquele dia tinha um significado muito maior.  Ea tinha certeza que era o acontecimento mais importante de sua vida.

Era o dia do seu casamento e também de sua ascensão como líder da vila. Dois momentos cruciais que marcariam o início de um novo capítulo em sua vida.

Ela estava mais do que nervosa; estava com um frio na barriga que parecia nunca ir embora. Medo de tropeçar em seu vestido e se esborrachar de cara na frente de todos a assombrava. Ela sabia que todos os olhos estariam voltados para ela, especialmente os de Soluço. Mas ela sabia que se caísse, ele estaria lá para ajudá-la a se erguer, sem julgamentos. Afinal, não existia ninguém mais desastrado do que Soluço Horrendo Haddock III (embora ela soubesse que ele não era tão horrendo assim). Seu coração se aqueceu ao lembrar de todas as vezes que ele a apoiou, de todas as batalhas que enfrentaram juntos e das vitórias que celebraram lado a lado.

Lenora olhou mais uma vez no espelho para o vestido branco que ia até o pé. Sua mãe tinha casado com aquele vestido e teve uma bela vida de amor e prosperidade com seu pai, então Lenora esperava que lhe desse alguma sorte.

Através do reflexo, Nora viu sua mãe, Sigrid, se aproximar. Com mãos delicadas, Sigrid depositou nos cachos ruivos de Lenora uma coroa de flores, simples, mas carregada de significados. As flores eram um símbolo de pureza e renovação, um toque final que conferia um ar etéreo à noiva.

Sigrid tocou os ombros da filha e olhou para Lenora pelo espelho, os olhos marejados de emoção. Parecia que iria chorar a qualquer momento, mas havia um orgulho imenso em seu olhar.

━ Você está linda, minha querida ━ disse Sigrid, a voz embargada. ━ Estou tão orgulhosa de você. Hoje é um dia especial, e sei que seu pai está tão feliz em vê-la assim.

Lenora sorriu, sentindo uma mistura de nervosismo e alegria. Ela sabia que aquele momento era mais do que uma cerimônia, era a culminação de uma jornada, uma transição para um novo papel na vida.

━ Obrigada, mãe. ━ Lenora segurou a mão de Sigrid. ━ Eu só espero fazer jus a tudo que vocês me ensinaram.

Sigrid acariciou o rosto da filha, limpando uma lágrima que começava a escorrer.

━ Você já fez, Lenora. E continuará fazendo. Você é forte, corajosa e cheia de amor. Soluço é um homem de sorte por tê-la ao seu lado.

Lenora respirou fundo, sentindo-se fortalecida pelas palavras da mãe.

Sigrid apertou as mãos da filha ━ Nora, eu queria me desculpar por toda a cobrança que colocamos sobre seus ombros aos longo dos anos, mas queríamos que você tivesse um futuro glorioso.

━ Mãe, tudo bem…

━ Não, não está tudo bem… nós focamos muito em você e deixamos seu irmão de lado, ele se sentiu abandonado e nenhuma mãe deveria deixar um filho se sentir assim… me arrependo tanto.

Lenora limpou a lágrima que escorreu pela bochecha da mãe ━ Não dá para mudar o passado,mas pode consertar o presente para ter um futuro melhor… não se culpe tanto.

Os lábios de Sigrid tremeram e Nora a puxou para um abraço ━ Obrigada por tudo, mamãe.

━ Eu que agradeço, meu amor.

Abrace as mães não são apenas mães, mas mulheres que também têm seus próprios arrependimentos e esperanças. Para Lenora, o abraço de sua mãe não era apenas um gesto de amor, mas uma promessa de que, juntos, poderiam superar qualquer obstáculo.

Enquanto soltavam o abraço, ambas sabiam que aquele momento era um novo começo. Com um último sorriso encorajador, Sigrid ajustou a coroa de flores na cabeça de Lenora e deu um passo para trás, permitindo que a filha tomasse seu lugar no centro das atenções.

Ela ajustou a capa branca de pelagem e apertou o buquê e respirou fundo enquanto a porta de sua casa se abria. Lá fora havia muitos dragões enfileirados em um caminho que levaria Lenora até o altar. Ela deu alguns passos e começou a caminhar passando pelos dragões com um sorriso, sua mãe vinha mais atrás.

De longe ela já podia ver a vila reunida, lhe observando e no topo do altar, em frente a nova estátua de Stoico , O Imenso, estava Soluço Haddock. Ele estava com uma coroa de louros, uma camisa branca, calça marrom, uma capa de pele marrom e um sorriso que dizia tudo que ela precisava ouvir naquele momento.

Deuses… ela o amava tanto.

Mais a frente estava Randi, seu dragão e melhor amigo. Ele iria lhe acompanhar o resto do caminho até o altar. Lenora sorriu e coçou o queixo dele.

━ Não me deixe cair… ━ ela sussurrou para ele e ganhou um olhar que parecia dizer: Eu nunca deixaria.

Ela segurou em sua asa e passou pelos diversos vikings que se diziam durões e viris, mas já estavam derramando cascatas de lágrimas, um deles era Bocão e Ragnar, o Horripilante. Lenora riu suavemente enquanto Sigrid ficava ao lado do marido e dos filhos mais jovens. Seus irmãos trigêmeos estavam arrumados com seus capacetes vikings com sorrisos suaves.

Ela passou por seus amigos… sua família. Ainda lembrava quando estava chorando por ter sido chamada de decepção por seu pai e eles apareceram para confortá-la. Naquele dia Lenora entendeu que era amigos e não pessoas que andavam juntas por conveniência. Melequento estava tentando prender o choro, Perna de Peixe sorria acariciando Batatão, os gêmeos loiros estavam com olhares orgulhosos e Cabeça Quente levantou os polegares e Lenora corou ao lembrar da conversa sobre a lua de mel que teve com ela. Leo, sua sósia bem feita, estava de braços dados com Astrid, a donzela mais jovem e durona da ilha. Astrid estava orgulhosa e todos que Lenora conquistou e a ruiva sentia o mesmo de si.

Ao se aproximar do altar, Lenora sentiu uma onda de emoções. Quando finalmente alcançou Soluço, ele segurou suas mãos com firmeza e ternura. Seus olhos brilhavam com amor e determinação, refletindo a jornada que os havia levado até ali. Lenora sentiu uma onda de emoções, desde a alegria até a ansiedade, passando pela gratidão profunda por ter encontrado alguém como ele. Lenora olhou para Banguela que estava ao lado de Soluço e sorriu, ele devolveu com um sorriso gengival e abaixou a cabeça em uma reverência para a nova chefe de Berk. Ela olhou para a estátua de Stoico e sabia que onde estivesse, estava orgulhoso de todos eles.

O círculo central da vila estava decorado com bandeiras coloridas e flores de inverno, simbolizando a união e a nova vida que o casamento traria. Os aldeões estavam reunidos em torno do círculo, ansiosos para testemunhar a união de seus líderes.

Gothi começou a cerimônia, gestos se misturando com os sons dos dragões que sobrevoavam a vila, celebrando junto com os vikings. Ela usou seu cajado para desenhar runas antigas no chão, símbolos de proteção, prosperidade e união.

Gothi desenhou a primeira runa no chão com um pó brilhante. Esta runa simbolizava a proteção dos deuses sobre o novo casal, assegurando que sempre estariam protegidos contra os males.

A segunda runa foi desenhada com grãos e ervas, representando a prosperidade e a fertilidade. Esta runa desejava abundância em suas colheitas, em seus lares e, possivelmente, futuros filhos.

A última runa foi feita com uma mistura de cinzas e água, desenhada no ar por Gothi, simbolizando a união dos espíritos de Soluço e Lenora. Ela passou as cinzas sobre a testa de ambos, desenhando a runa da união que iria selar seu compromisso.

Soluço e Nora se aproximaram um do outro, segurando as mãos. Com olhares intensos e cheios de amor, eles trocaram votos.

━ Lenora, desde o momento em que te conheci, você me inspirou a ser mais forte, mais corajoso e mais verdadeiro comigo mesmo. Prometo estar ao seu lado, liderar nossa tribo com sabedoria e proteger nossa família com todas as minhas forças.

Lenora sorriu mais ainda e começou ━ Soluço, você sempre me mostrou que juntos somos mais fortes. Prometo te amar, te apoiar e caminhar ao seu lado em todos os desafios que enfrentarmos. Juntos, construiremos um futuro brilhante para Berk.

Após a troca de votos, Gothi trouxe um tecido especial, adornado com símbolos e runas antigas, representando a história e a cultura de Berk. Ela pegou as mãos de Soluço e Lenora, unindo-as firmemente. Com cuidado, Gothi enrolou o tecido ao redor das mãos unidas do casal, simbolizando sua ligação eterna e o compromisso de enfrentar todos os desafios juntos, como uma só unidade.

Com o tecido firmemente amarrado em suas mãos, Gothi levantou seu cajado e invocou a bênção dos ancestrais, pedindo aos deuses que guiassem e protegessem o casal em sua jornada. A aldeia, em uníssono, repetiu a bênção em suas próprias palavras, criando um coro de apoio e amor.

Com a bênção concluída, Gothi anunciou o casal como marido e mulher. A vila explodiu em aplausos e vivas, os dragões rugiram em celebração, e o céu foi iluminado por chamas e faíscas coloridas. Banguela e Randi rugiram e alguns dragões levantaram voo, realizando acrobacias no ar, enquanto os outros dragões seguiam seu exemplo, tornando o céu um espetáculo de alegria.

Soluço e Lenora se beijaram apaixonadamente, selando seu compromisso sob os aplausos de seus amigos e familiares. No momento em que seus lábios se encontraram, Lenora sentiu uma onda de calor e amor envolver todo seu ser. Era como se todas as dúvidas, medos e ansiedades tivessem se dissipado em um instante, substituídas por uma certeza inabalável: ela estava exatamente onde deveria estar.

Os aplausos ao redor ecoavam, mas, para Lenora, o mundo parecia ter parado. O toque de Soluço era suave, mas carregava a promessa de um amor eterno e uma parceria que superaria qualquer obstáculo. Ela sentiu lágrimas de felicidade escorrerem por seu rosto, misturando-se ao beijo que compartilhavam. Cada momento, cada emoção parecia convergir para aquele instante mágico.

Lenora lembrava-se de todas as dificuldades que enfrentara para chegar até ali. As noites de insônia, os treinos rigorosos, as batalhas contra inimigos formidáveis e, principalmente, os momentos de dúvida sobre seu próprio valor. Durante todos esses momentos, Soluço estivera ao seu lado, oferecendo seu apoio incondicional e sua compreensão.

Enquanto o beijo se prolongava, Lenora pensou em seu futuro. Pela primeira vez, ela se permitiu imaginar uma vida plena de felicidade ao lado do homem que amava. Ela vislumbrou os dias tranquilos, compartilhando risos e confidências, as aventuras que ainda os aguardavam e os desafios que enfrentariam juntos. A perspectiva de construir uma família, liderar Berk e proteger os dragões ao lado de Soluço enchia seu coração de esperança e determinação.

Quando finalmente se separaram, Lenora olhou nos olhos de Soluço e viu neles o reflexo de seu próprio amor e comprometimento. Ele sorriu para ela, um sorriso que dizia tudo o que palavras não podiam expressar. Era um sorriso de amor, respeito e uma promessa silenciosa de que estariam juntos em todas as circunstâncias, apoiando-se mutuamente.

Os amigos e familiares ao redor aplaudiam com entusiasmo, suas expressões de alegria e orgulho iluminando o momento. Lenora viu sua mãe, Sigrid, com lágrimas nos olhos, sorrindo de felicidade. Seus irmãos, amigos e até os dragões pareciam compartilhar daquele momento único.

Lenora sorriu através das lágrimas de felicidade e voltou-se para Soluço, sentindo-se mais forte e confiante do que nunca. Ali, no meio de seus entes queridos e sob o olhar protetor dos dragões, ela sabia que estava pronta para qualquer coisa.

Com Soluço ao seu lado, Lenora sentia que podia enfrentar qualquer desafio. Juntos, liderariam Berk em uma nova era de paz e prosperidade, mantendo vivo o legado de seus antepassados. Ela segurou a mão de Soluço com firmeza, pronta para embarcar nessa nova jornada como sua esposa e líder.

━ Eu te amo, Milady. ━ Soluço sussurrou, tocando seus narizes em um beijo de esquimó.

━ Eu te amo, nanico Haddock. ━ Lenora respondeu com um sorriso carinhoso, sentindo o calor do momento.

A celebração continuou noite adentro, com danças, músicas e banquetes. As tochas acesas lançavam uma luz suave sobre a praça, onde todos se reuniam para celebrar não apenas a união de Lenora e Soluço, mas também a união de toda a comunidade de Berk. Os dragões voavam sobre a vila em uma coreografia elegante, suas sombras dançando nas paredes das casas.

Lenora e Soluço dançaram juntos, rindo e compartilhando olhares cúmplices. A música animada era tocada por músicos talentosos, e o som das risadas e conversas alegres preenchia o ar. Os vikings, conhecidos por sua bravura e força, agora mostravam um lado mais terno e festivo, celebrando com entusiasmo a nova era que se iniciava.

Ao redor do grande salão de festas, mesas estavam cheias de pratos deliciosos, preparados com carinho para a ocasião. Os convidados desfrutavam dos banquetes, brindando à saúde dos recém-casados e à prosperidade futura de Berk. Bocão e Ragnar, apesar das lágrimas anteriores, agora estavam rindo e contando histórias épicas de suas aventuras passadas. Os trigêmeos de Lenora, com seus capacetes vikings, corriam pelo salão, animados e felizes.

Perna de Peixe, com Batatão ao seu lado, estava imerso em uma conversa sobre as últimas descobertas sobre dragões. Os gêmeos loiros, Cabeça Dura e Cabeça Quente, competiam em um jogo de força, para diversão de todos ao redor. Astrid, de braços dados com Leo, olhava para Lenora com um brilho nos olhos, orgulhosa e cheia de esperança para o futuro.

Lenora se sentia em paz, rodeada por aqueles que amava e que sempre a apoiaram. Ela olhou para Soluço, que estava conversando com alguns anciãos da vila, e sentiu uma onda de gratidão por tê-lo ao seu lado. Ele era mais do que seu marido; era seu parceiro, amigo e confidente. Juntos, enfrentariam qualquer desafio que viesse.

À medida que a noite avançava, Lenora e Soluço se afastaram um pouco da festa, buscando um momento de tranquilidade. Subiram uma colina próxima, de onde podiam ver toda a vila iluminada pelas tochas e o céu estrelado acima. Os dragões voavam em círculos, suas silhuetas recortadas contra a luz da lua.

Eles ficaram ali, em silêncio, apreciando a vista e o momento. Lenora sabia que haveriam desafios, mas também sabia que, com Soluço ao seu lado, poderiam enfrentar qualquer adversidade. O amor e a determinação que compartilhavam eram suficientes para superar qualquer obstáculo.

A celebração lá embaixo continuava, mas naquele momento, naquele lugar, era apenas eles dois, prontos para começar a nova jornada de suas vidas. Juntos, como líderes de Berk e como companheiros, estavam preparados para qualquer coisa que o futuro lhes reservasse.

Exceto a dor da despedida…

Gostaram do ato 2?

Eu os amo tanto 🥰

Fotinhas do Casamento




Spoiler do Ato 3... Alguma ideia?

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