Capítulo 42
De vez em quando penso nos momentos em que estávamos juntos
Como na vez em que você disse que se sentiu tão feliz que poderia morrer
Eu disse a mim mesmo que você era certa para mim
Mas eu me sentia tão sozinho em sua companhia
Mas aquilo era amor e isso é uma dor que eu ainda me lembro
Você pode ficar viciado em um certo tipo de tristeza
Como resignação até o final, sempre o final
...
Agora você é apenas um alguém que eu costumava conhecer
...
De vez em quando penso em todas as vezes que você me ferrou
Me fazia acreditar que era sempre algo que eu tinha feito
Mas eu não quero viver desse jeito, analisando cada palavra que você diz
_ Somebory that I used to know, Gotye ft. Kimbra
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Capítulo 42: Alemanha
Caminhamos por toda a escola a procura da irmã dele. Por fim, a encontramos na parte do jardim da escola, assim que nos viu, percebi que ela focou nervosa. Ela se despediu das amigas e começou a caminhar ao nosso encontro.
_ Clara, a Ana me mostrou as mensagens que você enviou. O que é que você estava pensando?_ ele falou todo sério.
_ Eu não falei nada de mais!_ ela disse meio estressada.
_ Quer ler junto comigo então?
_ Não precisa!_ ela disse cruzando os braços em uma pose defensiva_ não pensei que você fosse ficar magoada, me desculpe!
_ Ok!_ falei apenas isso, porque pela expressão dela, ela não estava dando a mínima_ Felipe vamos ?
_ Ok! Em casa eu converso com você_ ele falou olhando seriamente no rosto da irmã. Virando-se para mim, disse:
_ Vamos!
Então fomos embora dali. Não ia adiantar nada ficar dizendo milhões de coisas pra ela, sendo que nem ligando estava. Melhor nem deixar render essa situação, apenas espero que ela não continue com isso.
_ Tá tudo bem, Lipe, sério mesmo! Mas acho legal você conversar com ela em casa
_ Claro que preciso conversar com ela. Quero saber o que ela queria mandando aquele tipo de mensagem
Não resolvemos quase nada, mas o clima melhorou bastante depois, parece que as coisas aliviaram. O mais importante é nós nos desculparmos, os outros a gente pode lidar depois. Fiquei tão mais tranquila que nem notei a presença da Amanda o resto das aulas. Acho que o Felipe por perceber minha insegurança, decidiu não ficar conversando com ela nem nada do tipo.
Quando a aula acabou fomos embora juntos. A melhor parte foi que nem falamos nada sobre os incidentes recentes, fomos como normalmente acontecia, dizendo e fazendo palhaçadas. Ele foi até minha casa comigo, já na porta ele disse que depois que conversasse com a irmã dele, me legaria pra falar como foi.
Entrei em casa, troquei de roupa e fui assistir "Garota Mimada", um dos meus filmes preferidos. Ainda bem que consegui assitir à ele todo sem me preocupar com mais nada, somente quando ele acabou decidi checar minhas mensagens. O Felipe tinha me enviado algumas mensagens dizendo que a irmã dele disse que fez tudo de momento, porque ela tinha ficado tão feliz com a chegada dos avós e da Amanda. Achei meio vago e certamente ela deu uma desculpa qualquer para ele parar de questionar.
Decidi relevar e fingir que nada aconteceu, esperando que ela nunca mais faça isso. Se ela fizer, nem sei como vai ser. Melhor deixar as águas do rio seguirem seu percurso natural.
Deitada na cama e olhando pro teto, percebi que minha visão de que a irmã dele era legal não é mais a mesma. Acho que nunca mais vou conseguir vê-la com os mesmos olhos. É horrível a sensação de descobrir que quem você achava ser legal, ser uma completa ilusão. Um borrão de achismos.
Agora minha cara de tédio para ela seria inevitável. Não vou querer nem conversar com ela direito mais. Posso estar sendo exagerada, mas não vou sentir confiança nela e prefiro não ficar forçando nada. Talvez ela mesmo não queira conversar ou ter uma relação de amizade comigo, porque a preferida dela chegou.
No outro dia, na escola, passei perto dela e ela nem me quis me cumprimentar e logo entendi como seria a partir de agora. Desejei profundamente que os pais dele e dela continuassem os mesmos. A rejeição deles seria muito forte.
O bom é que quando estou com ele nada disso me vem a mente e me esqueço completamente de tudo. Ele me mantém atenta à ele, à todos pequenos sinais. Amo observá-lo e descobrir novas coisas para amar.
Ontem, quando voltávamos da escola, falei que queria ir no parque perto de onde estávamos para me sentar na grama e beber água. Depois de ter bebido à água, me sentei e ele resolveu deitar sua cabeça em meu colo de olhos fechados. Comecei à admirar o cílios dele, o rosto com inúmeras pintas, impossíveis de contá-las. Quando descobri que elas habitavam quase o corpo inteiro dele, me vi mais apaixonada.
Nunca pensei que fosse ser o tipo de pessoas que admira pintas. Nem que fosse admirar os cílios de alguém. Mas tudo nele e fascinante.
Enquanto ele estava deitado, comecei a passar minhas mãos pelo cabelo dele. Descobri que gosto muito de fazer isso, e quando vejo que a expressão dele de contentamento ou a pele arrepiada fico encantada. Ele virou seu corpo, colocando sua cabela em minha barriga e passou seus braços em volta da minha cintura. Percebi que ele estava meio sonolento quando disse baixinho, beijando minha barriga.
_ Amo você, An!_ assim que ele disse, percebi que ele estava dormindo em um sono leve e mesmo ele não ouvindo, falei.
_ Amo você também, meu amor!
Resolvi deixar ele dormindo. Ele parecia tão cansado. Quando estava dando quase 30 minutos e eu já estava meio cansada de ficar ali atoa, resolvi acordá-lo.
_ Amor... Acorda!_falei, enquanto balançava os ombros dele, mas ao invés de acordar ele falou com uma voz parecendo de choro.
_ Me deixa dormir mais um pouco... Eu tô cansado_ ele disse com a emburrada, parecendo um bebê chorão. Comecei a rir, mas nem assim ele acordou.
_ É sério Felipe! Acorda!_ Dei um tampa no braço dele que acordou na hora, todo perdido. Fiquei com dó dele e acabei me desculpando.
_ Desculpinha, amor! Fiquei aqui quase meia hora com você dormindo.
_ Chata! Isso que dá relaxar com você mexendo no meu cabelo_ ele disse emburrado. Achei uma graça à expressão dele de sono.
_ Não fica assim não, bebê. E já estava na hora de acordar mesmo, o Sol tá quente e sua pele fica toda vermelha. Agora, levanta pra eu poder me levantar também!
Ele se levantou. Estendi minhas mãos pra ele puxar. Fiquei de pé e o abracei, colocando minha cabeça virada de frente para seu peito cheirando-o.
_ Hmmm, que cheirinho bom!_ falei e levantei minha cabela para olhá-lo mostrando meu sorriso.
_ Hmmm, que fofa você é!_ ele exclamou e me deu um beijinho no nariz. Logo depois começou a me beijar_ Agora, vamos! An, você podia ir lá em casa hoje_ ele sugeriu e como meu humor estava ótimo, respondi:
_ Simmm, eu vou!
Peguei minha mochila e a dele no chão. Entreguei a dele e entrelacei sua mão à minha, então puxei ele, começando à andar. Fomos chegar na casa dele um bom tempo depois, não sei se foi o Sol ou quê, mas fiquei muito lerda depois, dizendo um monte de palhaçadas que ele ficava rindo.
_ O Sol só pode ser uma droga, proque isso não é normal_ falei, gargalhando, enquanto ele olhava rindo de minha lerdeza.
_ Só você mesmo!
Quando chegamos na casa dele, fomos comer alguma coisa e em seguida subimos pro quarto. Depois de meia hora ali, quietos em um silêncio confortante, comecei a querer provocá-lo. Subi em cima dele e começei a beijá-lo e vi que ele gostou muito da ideia.
Fiquei tranquila, porque sabia que os pais dele chegariam apenas às 14h30 como ele havia dito. Da primeira vez tínhamos ido com mais calma e com menos fogo, mas agora que eu já tinha superado meu medo, as coisas foram tão intensas. A minha primeira vez sempre vai ser a experiência mais intensa, porque era algo desconhecido e que me dava medo e foi tudo tão incrível e com quem amo que nunca vai ser superada. Mas dessa vez não fiquei com medo ou nada do tipo, nem com vergonha do meu corpo, foquei apenas no momento, em viver aquilo tudo.
Quando acabamos, aproveitando que estavamos à sos, fomos tomar banho juntos. Um banho cheio de beijos, carícias e mãos bobas. Quando acabamos, vesti minha roupa novamente, porque os pais dele já estavam quase chegando e não queria ser surpreendida. Ele vestiu uma bermuda de moletom e ficou sem camisa, e confesso que ficou difícil desviar meus olhos do corpo dele, com músculos naturais, na medida certa. Poderia ficar por horas olhando o corpo branco e cheio de pintas dele.
Quando os pais dele chegaram, já estavamos tranquilo e quietos. Eu estava na varando do quarto dele, sentada no chão quando a mãe dele apareceu na porta. Ele estava deitado na cama, jogando no celular. Dei graças à Deus. Ela deu deu boa tarde pra gente, um beijo na cabeça dele e veio em minha direção e me abraçou, enquanto dizia:
_ Ana, que bom que você veio aqui de novo! Menina, me desculpe por não ter te ligado. Eu e o Lion vimos que você não estava, falei pras "crianças" te avisarem. Fiquei sabendo o que a Clara fez e tive uma conversa bem sincera com ela. Me desculpa tá? !_ acreditei no que ela disse. Os pais dele desde que me conheceram foram legais comigo.
_ Tá tudo bem! Fiquei chateada na hora, mas agora passou. Sério mesmo
_ Agora, você e o Felipe vão ir lá em baixo comigo. Os pais do Lion querem te conhecer há um bom tempo!
_ Ok!
Fiquei meio nervosa. Sempre que vou conhecer algum que nunca vi, fico tensa. Descemos as escadas e quando chegamos lá, vi os avós do Felipe. A avó e o avô são altos, loiros, bem loiros na verdade e com olhos azuis que chamam atenção. Percebi que o tom de azul dos olhos do Felipe são do mesmo que o avô, com cores indefinidas e que cada hora parece uma cor. O pai do Felipe e mãe também tem olhos azuis, mas nada tão único quando o do Felipe e do avô.
Fiquei encantada com eles. Toda vez que sei que a pessoa é de outro país fico fascinada. Fico imaginando como deve ser a vida dessa pessoa em outro lugar dessa imensa Terra, e quando essas pessoas começam à falar em seus idiomas me dá vontade de ficar horas e horas ouvindo elas falarem, mesmo sem entender nada.
Fiquei toda saltitante, pedindo para eles falarem em alemão. Eles ficaram muito felizes quando viram que eu estava bastante interessada na cultura deles. Pedi para eles me falarem sobre como é na Alemanha, os costumes. Perguntei para quais lugares do Brasil elas já tinham ido e mais um monte de coisas. O legal é que eles me responderam com boa vontade e entusiamo.
Eles disseram que me amaram e que eu tinha que ir conhecer a Alemanha com eles. Fiquei animadona com a ideia. Eles disseram que nas férias de julho eu poderia ir, já que a família do Felipe também iria. O pai do Felipe até me disse que era pra mim ir mesmo, que até conversaria já com meu pai se eu topasse e também falou que pagaria tudo.
Fiquei meio insegura, mas dentro de mim fiquei: VOCÊ TEM QUE IR !. Falei que se meus pais deixassem eu iria. O Felipe ficou todo animado e fiquei feliz por ele querer que eu vá. Mesmo que faltassem quase 7 meses, dentro de mim havia um poço de animação.
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Olás!
Votem e comentem muito. Obrigadaaa!
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