Capítulo 30

Estou me perdendo
Tentando competir
Com todo mundo
Ao invés de apenas ser eu
Não sei para onde ir
Estive presa nesta rotina
Eu preciso mudar o meu jeito
Ao invés de sempre ser fraca

...
O espelho pode mentir
Ele não mostra o que você é por dentro
E ele, ele pode dizer que você está cheio de vida (cheio de vida)
É incrível o que você pode esconder (você pode esconder)
Só através de um sorriso

...

Estou descobrindo rapidamente
Eu não vou cair tão cedo
Não hoje
Acho que sempre soube
Que eu tinha toda a força
Para sobreviver

_ Belive in Me, Demi Lovato
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Capítulo 30: Desmaio

Acordei cedo como sempre e fiz a rotina de todos os dias. Acho que todo mundo que acorda cedo tem uma rotina de manhã monótona, nada muda. Hoje para piorar é segunda-feira, o que significa que terei aula de Educação Física. Para mim a aula devia ser apenas uma vez na semana, mas a escola discorda, então toda semana, temos aulas em dois dias.

Como demorei um pouco além do normal me arrumando, consegui tomar apenas uma suco natural de melancia antes de sair. Era até bom, assim minha dieta/regime seguria firme e forte. Estava até vendo os resultados, os ossos da minha clavícula e de minha cintura estavam aparecendo, o que significa que está dando certo todo o sacrifício. Parece que a sensação da fome, faz com que me sinta mais magra.

Isso me ajudava à continuar. Toda vez que ia comer algo, ficava pensando que todo resultado e sacrifício iria para o lixo, então na maioria das vezes, conseguia me segurar. Agora quando me olhava no espelho, ficava me admirando e me sentindo mais bonita do que antes. Gostei da sensação, de me sentir assim. 

Já em frente a escola, dissipei meus pensamentos, focando no real, no agora. Caminhei para sala, me sentei e assisti tranquilamente a todas às aulas. Me sentia mais feliz hoje, mesmo que meu estômago estivesse dando sinal de vida, me dizendo que precisava se alimentar. Parecia que havia um abismo dentro de mim e dentro dele, habitava um mostro que a toda hora ficava dando gritos por comida.

Na horário do intervalo decidi comer apenas uma maçã que tinha levado, mesmo com toda fome que estava sentindo. Parece que a situação piorou! Ao invés da fome passar,  ela tinha aumentado, então decidi encher minha barriga com água. Ela ocupou espaço e pensei que tudo estava bem. Minha amiga Brenda até me perguntou se eu não estava com fome e se queria que ela pegasse algo, mas recusei. A fome não poderia me vencer, eu tinha que ser mais forte que ela.

O sinal bateu e quando voltamos para sala, senti meu corpo meio bambo e fraco. A aula era de história, tentei me concentrar ao máximo nas explicações do professor e  terminar o mais rápido possível a atividade que ele havia passado. Terminei o dever e fiquei quieta, apenas sentindo minhas mãos molhadas de suor, suando cada vez mais, além disso, elas estavam pálidas e geladas. Finquei com medo de passar mal.

Na hora que o sinal bateu, a maior parte do pessoal da sala saíram às pressas. Meu corpo estava ficando cada vez mais pesado, a energia diminuindo, por isso na hora de guardar meu material, guardei tudo calmamente, o menor dos esforços fazia meu braço pesar uma tonelada, além disso minhas mãos tremiam, na verdade meu corpo inteiro parecia tremer. Quando terminei de guardar tudo e pegando minha mochila fui me levantar, minha vista escureceu e senti suor em cima da minha boca. Mesmo sem vee minha face em algum espelho, sabia que estava pálida. Já tinha sentido aquela sensação de pressão abaixando, mas geralmente estava sozinha em casa, especificamente, em meu quarto. 

Na hora que estava indo em direção a quadra, reparei que o Felipe estava ao meu lado. Olhei em sua direção e vi que sua expressão era de preocupação. Então ele me disse:

_ Ana, tá tudo bem com você?  Durante a aula vi que você estava meio aérea e pálida_  ele disse todo preocupado, achei fofo. Então para deixá-lo mais tranquilo, respondi:

_ Tá tudo bem sim. Não precisa se preocupar

Nunca gostei de pedir ajuda ou de dizer que não estava bem. Acho que não gosto de deixar as pessoas preocupados ou talvez seja porque não gosto de ter de dizer como estou. Agora, sempre que alguém perguntava se eu estava bem, automaticamente, respondia que sim, enquanto exibia um de meus muitos sorrisos falsos. Como vi que mesmo tendo dito que estava tudo bem ele continuava exibindo a mesma expressão, falei:

_ É sério!  Tá tudo bem!

_ Ok! Mas se precisar de alguma coisa me fala_ ele disse e me roubou um selinho rápido. Não sei se era por estar fraca ou o quê,  mas não liguei_ Me desculpa, sei que você não quer nada aqui na escola, mais foi algo espontâneo e inconsciente_ Sorri para ele e disse:

_ Fica tranquilo! Dessa vez passou

Então, seguimos juntos até a quadra da escola, onde o professor e a maior parte dos alunos estavam. O professor estava explicando a atividade do dia: correr, pular obstáculos e etc. Em outras palavras: iríamos fazer praticamente atividades que os jogadores de futebol fazem antes de jogar,  um aquecimento. Só consegui pensar "ótimo!  Tudo que eu mais queria estando desse jeito". Para mim,  Educação Física deveria ser em apenas um dia da semana e, o mais importante, deveria ser opcional. Definitivamente, o espírito de atleta não habita em mim.

_ Anda turma! Por que estão parados ainda?! Nesse tempo todo já era para terem dado umas 5 voltas_ só consegui pensar "Coitado dele. Nuca na minha vida".

Todo mundo começou a correr, bom, alguns corriam, outros caminhavam mais rápido fingindo correr, obviamente eu estava inclusa nesse grupo. O professor percebeu e gritou o nome de cada um de nós que estávamos fingindo correr e mandou que começassemos logo. Comecei a correr para que aquilo terminasse logo.

Comecei a correr mais rápido, mas na quinta volta, meu corpo entrou em pane. Parecia um carro quando dá problema no meio de uma estrada e começa a falhar e vai parando lentamente. Me escorei na grade da quadra para tentar sustentar meu corpo, não sei bem como iria fazer isso se eu já estava em 1% prestes a desligar. Nem sentindo meus membros direito estava mais, a última parte que faltava era meu cérebro. Só foi pensar nisso que tudo começou a girar, tentei voltar a andar, mas o que deveria realmente ter feito era ficar sentada no canto. Consegui chegar perto de onde o pessoal estava parando, perto do professor, então comecei dizer olhando para o professor:

_ Acho que eu tô passando mal?_ falei meio querendo que ele me desse a certeza. Olhei em volta, enquanto sentia meu corpo ficando dormente e minhas vistas pretas. Nem dei tempo dele responder ou de alguém falar mais alguma coisa e disse:

_ Tá tudo preto. Acho que eu vou desm..._ meu corpo caiu antes de conseguir dizer algo mais. Senti que o professor conseguiu me pegar no colo, bom, ainda bem que não desmaiei no chão. Consegui pensar, também consegui ouvir a voz do Felipe me chamando.

_ Ana, Ana. Fala comigo. Vamos levar ela pra enfermaria..._ ele dizia tudo rápido com a palma da mão em meu rosto, mas não consegui ouvir mais nada. A escuridão me levou completamente

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Boaaa noitee!

Gente, sofri pra fazer esse capítulo de um jeito. Fiz ele em um aplicativo de notas que já veio no meu celular(um app de fábrica) e foi a PIOR MERDA(me desculpem pelo palavriado kkk) que fiz. Quando tentei copiar ele pra colar no Wattpad, apagouuu e não tinha como voltar igual faz no Word. Tipo, tem a seta de voltar, mas não deuuu. Parei e respirei fundo.

Pensei em até em não publicar o capítulo hoje, mas decidi começar a reescrever. Ainda bem que  lembrei de boa parte, mas fiquei tão triste e indignada, porque a primeira versão era tão especial, e ela evaporou. Quase chorei, mentira kkk não sou de chorar.

🌺 Lição do dia para mim: Escreva no Word ou no Evernote.

➡ Espero que gostem!

💕Não se esqueçam de votar e comentar. Obrigadaa!💕

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