Capítulo 29

Eu quero segui-la aonde ela for
Penso nela e ela sabe disso
Eu quero deixá-la assumir o controle
Porque toda vez que ela se aproxima, sim

Ela me atrai o suficiente para me manter imaginando
Talvez eu deva parar e começar a confessar
Confessar, sim

Oh, eu tenho tremido
Eu amo quando você enlouquece
Você tira todas as minhas inibições
Amor, não tem nada me impedindo
Você me leva a lugares que destroem minha reputação

_ There's Nothing Holdin, Me Back, Shawn Mendes

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Capítulo 29: Erros e arrependimentos

Felipe

Não sei definir bem o que estou sentindo por ela, apenas sei que é algo bom, me faz bem e que ela é uma pessoa incrível. Fui completamente otário quando disse aquelas coisas. Não vou culpar meus amigos pelas palavras que saíram de mim.

Às vezes somos meio babacas e acabamos magoando as pessoas ao nosso redor. Sempre fiquei com as meninas apenas querendo curtir o momento, sem levar nenhuma delas a sério. Quando comecei a ficar com Ana pensei que seria algo rápido que logo mais não me importaria, mas com o tempo fui gostando dela cada dia mais, e agora eraa difícil não pensar nela.

Não sei o que estava acontecendo comigo, apenas alguns meses atrás, talvez sejam anos, eu gostava da Amanda, na minha visão e em meus pensamentos era dela que sempre gostei ou amei, não sei ao certo. Ela teve que ir embora com a família dela pra Alemanha, o pai dela tinha conseguido um trabalho, na hora em que ela soube e me contou parecia que o mundo tinha desmoronado ao nossos pés, choramos muito. Não queríamos ficar separados de jeito nenhum.

No início da mudança dela foi bastante difícil. Fiquei triste por meses, mas com o tempo me acostumei com a falta dela, às vezes me questionava se gostava dela mesmo ou não, mas ela era meu único referencial do que era ter um sentimento amoroso forte por outra pessoa. Juntos tivemos nossa primeiras experiências: primeiro beijo, primeira vez e primeiro amor.

Mantemos contato até hoje, claramente não como antes. Nem penso mais nela, apenas se alguém fala dela ou algo do tipo. Se me lembrar dela não fico balançado ou  triste como antes.

Talvez a intensidade fosse devido a idade que tínhamos, com 15 anos as coisas são mais intensas, a gente pensa que tudo deve ser como queremos, que as pessoas de quem gostamos não tem permissão de irem embora. Não sei se quando ela voltar esse ano meus pensamentos e sentimentos em relação à ela continuarão os mesmos. A única certeza que tenho no momento é que a Ana mexe comigo, e muito.

Não consigo parar de pensar, de olhar e de querer sentir nossas peles e lábios juntos. Ela tem um magnetismo incrível. Não sei como as pessoas não percebem o quanto ela é cativante e única. Na verdade sei um pouco, a timidez  à atrapalha muito, mas gosto dela do jeitinho que é. Amo quando ela perde a timidez e me puxa para junto de si, quando me diz o que quer, quando faz o que tem vontade sem se importar com nada.

Depois do que aconteceu na escola: ela ter ouvido toda aquela conversa que tenho até vergonha quando penso nas coisas que disse. E vi como ela ficou, não só ela, eu também, sinto me um canalha que não a merece. Talvez não mereça mesmo, mas agora que ela me deu uma segunda chance, não pretendo jogar fora.

Conversei com a Marina quando tudo aconteceu e ela me xingou muito, me chamou de muitos nomes que não devem ser pronunciados. Ela sempre foi minha melhor amiga,  desde pequenos, sempre juntos. O Davi também, mesmo com tudo que a gente disse, sei que ele é uma pessoa boa que só precisa evoluir um pouco por dentro, assim como eu.

Conversei com ele também, sobre como estava me sentindo com tudo que tinha acontecido e ele disse que a gente tinha vacilado feio dessa vez, me pediu desculpas e disse que queria pedir pra Ana também, ele estava realmente arrependido e se sentindo culpado, me disse também que me ajudaria no que fosse preciso pra que a Ana voltasse a conversar comigo. Ele fez, pediu para o professor deixar a gente no mesmo grupo e na minha casa me disse quando ela estava sozinha. Meu pai também me ajudou muito,  sempre tivemos uma relação aberta e amigável, então quando contei para ele sobre todo o ocorrido, ele se lembrou do dia em que nossas famílias se encontraram no restaurante. Quando terminei de contar ele disse que chamaria todos os amigos dele do encontro de todos os anos para trazerem suas famílias, depois disse que no dia tudo ficaria por minha conta, pois a oportunidade já tinha, apenas faltava fazer acontecer agora. Agarrei com força todas as ajudas e finalmente consegui dizer tudo que sentia. Felizmente ela me perdoou.

Poder beijá-la novamente, mas acima dela tudo ter ela comigo me deixava feliz e em paz. Ela é  minha paz. Fico triste de não poder ficar junto dela a todo instante, por exemplo, na escola, mas entendo que ela sofreu com minha palavras e ainda lembra delas. Queria tanto ter o poder de fazer ela esquecer de todas as coisas que a machucam, que a afligem.

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