Capítulo 26
Yo te espero, no te veo, me enloquezco
Me abandonaste, me mentiste, no te quiero
_ Plastico, JD Natasha
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Capítulo 26: Vespera do Sábado
Sexta-feira tinha chegado e decidi que hoje mesmo teria de falar algo para meus pais. Não gosto de fazer e dizer coisas para as pessoas em cima da hora. Gosto de deixar claro que não posso ou não quero fazer ou ir a algum lugar antes da situação acontecer, logo diria ao meu pai hoje "não vai dar pra mim ir. Tenho milhões de coisas pra fazer" e acho que ele enteria.
Hoje na escola o Felipe estava me olhando às vezes, para não dizer sempre. Garoto chato, apenas digo isso. Fiquei desviando o olhar, não gosto de encarar as pessoas, mas chegou um momento que não deu mais. Olhei pra ele, confesso, mas deixando claro que não queria.
Não queria mesmo, mas quando as pessoas estão me olhando eu sinto, parece um tipo de energia ou sei lá o quê que me faz olhar também. Não dei apenas uma olhadinha, encarei mesmo, mas com cara de quem não estava gostando. E não estava mesmo, pra deixar claro novamente.
Ele começou a fazer umas palhaças com os amigos e amigas dele. Ele ficava me olhando enquanto fazia as brincadeiras. Estava engraçado e acabei quebrando minha pose de menina chateada um pouco.
Não queria rir, mas lá estava eu, sentada em um banco com algumas colegas de classe e ele do outro lado, na nossa frente, fazendo as coisas mais idiotas e engraçadas possíveis. Meu rosto estava com a expressão séria. Não poderia rir de nada, tinha que permanecer séria e não dar bola, então ele ficaria sem graça.
Uma coisa que definitivamente ODEIO é quando estou com raiva de alguém e quero manter a pose e a pessoa começa a tentar me fazer sorrir ou rir. Sempre perco a pose e acabo sorrindo um pouco. Mas como odeio que percebam, fico com uma careta horrível de quem está resistindo e tentando não rir.
Quando ele me encarou sem parar por um tempo, tive que olhar. Nessa hora ele imitou um pessoal dançando e acabei rindo. E o pior, ele viu e sorriu pra mim, e ainda ficou me olhando. Voltei a ficar séria na hora e com a cara mais emburrada ainda. Como assim eu tava dando bola pra ele ainda?! Eu odeio ele, só sorri, porque ele é um idiota engraçado.
Depois que ele viu que conseguiu o que queria, na sala ele soltava toda hora umas palhaçadas e todo mundo ria junto, exceto minha pessoa obviamente. Teve uma hora que não aguentei e quando ele tava perto, virei para minha colega Brenda e disse:
_ Tem gente que ama chamar atenção! Seria mais fácil colocar uma melancia na cabeça de uma vez já que gosta tanto de atenção
_ Ah, para Ana, até que é engraçado! As aulas ficam até mais legais quando alguém diz umas bobagens_ ela disse e pensei "qual é?! VOCÊ TINHA QUE CONCORDAR COMIGO"
_ Só acho que atrapalha o desenvolvimento da turma. Tem gente que tem dificuldade mesmo que ele não tenha e seja muito inteligente_ não queria dizer isso, mas ela poderia desconfiar de algo e falar que era implicância minha com ele por assuntos pessoais.
Pra completar o dia, na aula de Educação Física o professor dividiu a turma em quartetos para fazerem um trabalho dentro da sala sobre algum esporte e que tinha que ser entregue até o final da aula. Com quem fiquei? Se você disse Felipe, sim, você acertou. Além dele e de mim, ficaram a minha colega Brenda e a amiga do Felipe, a Marina.
A Marina não era só amiga não né, é a melhorrrrr amigaaa. Andava com ele pra todo lado, desnecessário. Não é ciúmes, apenas realidade.
Quando ele ouviu com quem ele ia fazer vi que ele ficou todo felizinho, mas também vi o Davi dizendo algo pra ele. Deviam estar debochando de mim. Na hora fiquei pra baixo.
_ Gente, vamos fazer isso logo, porque tô afim de ir embora!_ a Marina, conhecida também como melhorrrr amiga do Felipe disse
_ Não liguem pra ela_ disse Felipe
_ Okok, vamos começar então, porque também quero ir logo pra casa. Ficamos com Vólei_ Brenda abençoada disse
Ficaria ao máximo sem dizer uma palavra, só diria algo quando realmente precisasse.
_ Vamos! Se vocês quiserem eu posso escrever_ ofereci e todos concordaram. Sempre gostei de escrever os trabalhos, além disso eu conseguia escrever reto em folhas sem pauta também sabia escrever rápido e direto a caneta. O que faria com que o trabalho fosse feito rapidamente.
Como fiquei com a escrita, eles dividiram entre si o que cada um pesquisaria. Cada um pesquisou a sua parte, decidimos à organização do cartaz e quem ditaria primeiro. Estavamos em pé ao redor da mesa e nessa hora me arrependi de ter escolhido escrever.
Precisava ficar andando ao redor pra fazer alguns desenhos e escrever em determinadas partes, porque certas posições eram melhores. Quando as meninas ditaram foi tudo normal, mas quando chegou a parte do Felipe, tive que ficar perto dele pra conseguir escrever no espaço que faltava. Ele decidiu que queria ficar bem perto de mim pra ler a parte dele no texto.
Ele começou a ditar o texto com aquela voz rouca dele perto do meu ouvido. Não bastasse ser perto ele tonha que encostar em mim. Então, ele começou a falar com voz baixa, parece que ele fez isso só para que tivesse de olhar pra ele, porque estava à todo custo tentando não ter nenhum tipo de contato com ele.
Como não estava conseguindo ouvi-lo, virei-me em sua direção e disse:
_ Tem como falar mais alto?_ disse olhando em seus olhos e vi que seu olhar estava em meu lábios. Somado à isso, ainda tinha aquela respiração quente vindo em minha direção, chamado minha atenção para a boca dele. Ele voltou seu olhar para meus olhos e ficou me olhando.
_ Claro!
Então ele continuou a ler, dessa vez mais alto, mas muito mais perto também. Como tinha me sentado e ele estava em pé, ele passou seu braço ao meu redor e colocou sua mão apoiada na mesa. Fiquei presa entre seus braços. Sabia que o maldito estava gostando.
Terminamos e era hora de apresentar. Tive que me levantar e ele não tinha saído do lugar de antes, então quando me levantei fiquei com seu corpo encostado no meu. Não queria sentir nada, mas era tão difícil com ele bem atrás de mim. Sempre tinha achado incrível como era incrível a altura dele perto da minha, me sentia protegida perto dele. Todo mundo sempre é mais alto que eu, então ele era um gigante. Amava ter que ficar na ponta dos pés quando a gente se beijava. Tentei pensar em outras coisas para desviar meus pensamentos.
A amiga dele percebeu o que ele tava fazendo e disse pra ele baixinho e rindo, pensando que eu não conseguiria ouvir:
_ Coitada da menina, Felipe! Nem dá uma folga pra ela.
_ Cala boca!_ ele respondeu rindo
_ Tomara que ela não te perdoe, idiota_ ela disse brincando e percebi naquele momento que ela também sabia o que aconteceu. Fiquei chateada, já não bastasse o Davi, agora também tinha ela pra rir da minha desgraça.
Apresentamos o trabalho e finalmente fomos dispensados. Fui embora, doida pra chegar em casa. Fui a primeira a sair da sala quando o professor disse "Bom, por hoje tá bom, turma! Podem ir pra casa ", anjos cantando "Aleluia!" estavam na minha mente no momento.
Cheguei em casa, troquei de roupa e fui procurar pelos meus pais. Encontrei-os na sala de jantar, almoçando. Fiquei nervosa, mas estava decidida de que tinha que dizer algo pra poder ficar em casa. Meus pais não ligavam muito de me deixarem sozinha em casa, eles confiavam em mim, o problema é que era um programa que meu pai gostava muito, então dificilmente ele me deixaria ficar em casa.
_ Mãe, pai!
_ Filhota, vem almoçar_ minha mãe disse
_ Já almocei na escola. Tô sem fome _ na verdade eu não tinha almoçado nem comido nada, estava de dieta, mas se dissesse isso minha mãe surtaria. Ela vivia vendo notícias sobre alimentação e essas coisas, então ela sabia a importância de se alimentar bem.
_ Ma se der fome, você come tá bem?!
_ Ok, mãe! Queria falar com vocês sobre o jantar na casa do amigo do papai, acho que não vai dar pra mim ir, tô cheia de trabalho da escola_ torci para que minha mãe e, principalmente, meu pai entendessem.
_ Mas filha queria tanto que você fosse comigo e com seu pai. É muito importante pra ele!
Fiquei meio triste, sabia o quão importante era pro meu pai que eu fosse. Ele e minha mãe tinham muito orgulho de mim e gostavam de que nós aproveitássemos as coisas juntos, mas eu não queria ir. Meu pai sempre foi um fofo e eu estava sendo uma filha sem coração.
_ Mas Ana, Segunda não vai ser feriado?_ meu pai questionou_ se for, dá tranquilo, você vai ter a segunda e domingo pra fazer suas atividades. Vamos ? Bomq que você conhece o pessoal que estudou comigo
Nem tinha pensado no feriado. Meu pai que era ligado em tudo, datas, números... No final vou ter que acabar indo, se mesmo com o feriado eu não fosse ele desconfiaria ou pior, ficaria chateado por não estar querendo mesmo ir.
_ É. Verdade, vai dar pra ir sim, pai_ respondi com falsa alegria, porqe por dentro eu estava "MERDA" em maiúsculo e em negrito.
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