Capítulo 18
There's nothing more dangerous than a boy with charm
He's a one-stop shop, makes my panties drop
He's a sweet talkin' sugar coated candyman
_ Candyman, Christina Aguilera
▪▪▪
Segunda-feira
À
s 5h20 da manhã, eu acordo ao som maravilhoso e despertante de meu despertador. Dormi muito mal, estava toda apreensiva e ainda estou pelo que aconteceu. Não sei dizer bem o porquê, a gente se beijou e ainda se beija e eu nessa bobeira, mas aí começo a imaginar mil coisas na minha mente e me bate um medo.
Queria que a Segunda não tivesse chegado, assim não teria de lidar com todos os meus "super" problemas de adolescente. Estava desejando desde ontem que o mundo acabasse. Mas apenas posso esperar que tudo dê certo.
Para fazer tudo dar certo, na minha mente, minha pessoa deveria desviar dele em todos os lugares. Decidi que só ia entrar na sala assim que o professor de cada aula entrasse, assim eu poderia dar a desculpa de que não podia conversar.
Quando a aula acabasse, correria para o banheiro, e ficaria enrolando lá por um longo tempo. Não iria nem almoçar para não correr o risco de esbarrar com ele. Por fim, no final da aula eu viraria o Bolt e iria para casa. Ele nem ia conseguir me ver.
Essa era minha meta da semana. Facinha de cumprir. Bom, eu esperava.
Decidi me arrumar para a escola, nada na vida é de graça, então vamos a luta! Vesti minhas roupas, calcei meus sapatos e peguei minha mochila. Sai de casa com o pé direito para dar sorte. Tinha esperanças que desse tudo certo.
Bom, sou um pouco dramática e minhas expectativas sempre tombam para o lado negativo. Às vezes é inevitável.
Fui o caminho todo da minha casa a escola mentalizando a frase "Vai dar tudo certo. Eu posso, eu quero e eu consigo lidar com isso".
Assim que cheguei à escola, comecei a colocar meu plano em prática. Estava perto da sala, quando o vi chegando, então "evaporei". Me escondi em um canto e fiquei olhando, vi o professor entrando na sala e logo fui atrás. Entrei na sala olhando para o chão, assim não faria contato visual. Senti que ele estava me olhando, mas foi em vão, porque euzinha, em hipótese alguma, levantaria o olhar.
Me sentei e pensei "ufa!", mas acho que foi rápido de mais. A vida às vezes, na verdade muitas e na maioria das vezes, gosta de fazer o contrário do que a gente quer. No meio da aula, o professor de história disse que faríamos um trabalho em dupla. Fiquei tensa na hora.
Quem é tímido sabe como é a sensação.
Sem que tivesse tempo de pensar, alguém trouxe sua carteira para meu lado e se sentou. Meu coração mudou de pulsação na hora, então já sabia quem era. Estranho de mais, a gente nem vê se realmente é a pessoa, mas já sente e reconhece quem é pela energia.
Olhei para o lado e ele estava lá, em toda sua magnificência me olhando e sorrindo. É ele tinha sacado que eu estava fugindo. Coloquei minhas mãos em meu rosto e me afundei na cadeira. Ele riu um pouco e disse:
— Não precisa ficar tímida. É normal isso acontecer.
— Ahhh, nem fala. Você topa fingir que nada aconteceu?
— Tá bom, combinado!
Mesmo dizendo isso, depois que todas as aulas se passaram e ele decidiu que iria embora comigo, no meio do caminha ele soltou:
— Mas me diz aí, o que você tava falando sobre mim com sua amiga?— ele perguntou sorrindo, parecendo muito feliz por estar me zoando.
— Você prometeu, seu CHATO! — choraminguei.
— Calma! Apenas estou curioso — ele respondeu rindo de mim.
— Mas eu não vou te responder se você perguntar qualquer coisa sobre isso — falei decidida.
— Ah, não! Eu mereço saber. Quer dizer que eram coisas ruins?— ele perguntou com uma expressão triste.
— Não! Não era nada disso. Era bom, eu só tava querendo mostrar sua foto — depois que eu disse é que fui pensar, estou parecendo o Epimeteu.
— Viu, não foi muito difícil né?
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