Um
Olá, amores!
Estou chegando aqui com o primeiro capítulo dessa short. Espero que gostem e tenham uma boa leitura!
Até lá embaixo.
Harry Potter estava cansado aquilo, realmente estava.
Desde o ensino médio, sempre havia um grupo persistente de alfas atrás dele, encarando suas roupas como um convite nojento, mesmo que não o fossem. Harry apressou os passos, correndo tanto quanto suas pernas curtas o permitiam, sentindo sua cauda felpuda balançando atrás de si, suas orelhas brancas baixas na cabeça. O ômega precisava aceitar que estava um pouco perdido, ele não estava há muito tempo na faculdade e, consequentemente, não sabia onde tudo ficava, ainda.
Sendo assim, Harry apenas se embrenhou entre os corredores, olhando freneticamente para os lados, à procura de algum lugar para se esconder, ouvindo as vozes dos alfas que o seguiam. O gatinho entrou pela primeira porta que encontrou, não percebendo as pessoas ali de primeira, mas com receio demais pelos alfas que corriam atrás de si para se importar de verdade.
O ômega simplesmente fechou a porta e correu por entre os presentes, ignorando seus olhares confusos, então se escondeu atrás do maior, que tinha um corpo largo o bastante para que ninguém o visse. Harry tirou a mochila rosa das costas, abraçando-a apertado, então encolheu o corpo o máximo que podia e ficou ali.
O alfa que usava como escudo tinha um perfume delicioso de gengibre, que estava chegando a si de maneira moderada, como se fizesse aquilo propositalmente, para acalmá-lo. Estava funcionando, porque seu coração desacelerou um pouco e Potter suspirou, regulando um pouco de sua respiração. O ômega segurou a própria cauda, mantendo-a parada. Harry prendeu a respiração ao ouvir a porta sendo aberta, mas se forçou a ficar quieto, esperando.
"O que vocês querem?" O alfa-escudo questionou com voz séria e rouca, que enviou um arrepio por sua nuca e sua cauda. Potter teve de se conter para não ronronar.
"Estamos procurando uma vadia." Um cara respondeu, a voz pingava veneno. "Um ômega vestido como uma bonequinha, cauda e orelhas brancas. Vamos, Malfoy, ele é uma delícia. Para onde ele foi?"
"Não faço a menor ideia do que está falando. Nenhum ômega passou por aqui, vão embora."
"Tsc." O alfa invasor debochou. "Você é um filho da puta, Malfoy. Vamos, gente."
Malfoy. Harry ponderou sozinho sobre aquele nome. Todos os ômegas que entraram ao mesmo tempo que ele na universidade receberam um aviso rápido e certeiro sobre Draco Malfoy: ficar longe dele. A fama do alfa era notória, mesmo para os estudantes mais velhos. Não que ele fizesse o tipo que fodia todo mundo e depois dispensasse; não, Draco era o alfa bonito e assustador que deixava a todos com medo, embora Harry não soubesse por quê.
"Eles já foram, princesa. Você pode sair daí."
A voz de Malfoy soou novamente, suave e gentil, um quê de divertimento nela. Hesitante, Harry se levantou, dando a volta e ficando de frente para Draco, que olhava para si de uma maneira diferente da que os outros alfa fizeram. Ele colocou a mochila nas costas novamente, sentindo as bochechas ardendo, não conseguia olhar diretamente nos olhos alheios.
"Hm, obrigado por não me entregar." Harry disse baixo, com a cauda entre as pernas e um sorriso pequeno nos lábios.
"O que aconteceu, princesa?" O ômega ergueu os olhos, finalmente vendo o rosto do mais velho. Draco tinha o cabelo loiro claro, quase branco, era liso e chegava aos ombros largos. Seus olhos eram azuis, quase cinzas, com pupilas na vertical finas; Harry conseguiu ver, quando o alfa moveu a cabeça, algo em sua pele, como escamas negras que se destacavam na cútis alva. "Princesa?"
"Eu..." Harry hesitou, apertando as mãos em punho. O gato olhou para os lados, enfim prestando atenção nos outros três alfas ali, que não pareciam muito interessados na conversa. "Não foi nada, na verdade. Eu estava passando, um deles assobiou, eu não dei atenção, então eles correram atrás de mim." Ele deu de ombros. "Não é como se fosse a primeira vez que eu passo por isso."
"Entendi." Malfoy suspirou, seus olhos não se desviaram de Harry nem por um segundo. O alfa sorriu, então se inclinou para frente, segurou sua mão e deixou um beijo nos nós de seus dedos, deixando-o bem surpreso. "Isso não é forma de tratar uma princesa como você, não é?"
"Ah, obrigado." Potter puxou a mão, dando um passo para trás. Agora ele entendia porque todos diziam para ficar longe de Draco: ele se movia lentamente, olhava de forma profunda e não deixava os pensamentos transparecer em seu rosto. Era uma serpente se preparando para dar o bote. "Você é muito gentil."
"E o que um ômega tão bonito fazia, antes de ser perseguido pelos alfas maus?"
"Eu estava procurando um lugar para estudar. Então, se puder me indicar um lugar, eu vou embora."
"Quer fugir tão rápido." Draco arqueou as sobrancelhas, sorrindo largo. "Por que não fica por aqui?"
"Não, eu realmente preciso encontrar..."
"Você pode estudar aqui." O loiro foi rápido em rebater. "Uma princesa bonita como você não vai ficar segura sozinha, hm? Fique aqui com a gente. Se eles voltarem, não vão fazer nada. Não comigo aqui."
"Parece uma oferta generosa, mas não quero incomodar. Você está aqui com seus amigos e..."
"Ah, não se preocupe com a gente, ômega." A única alfa mulher falou, chamando a atenção de Harry para ela. Ela tinha o cabelo preto curto e olhos ferozes, mas amorosos, as orelhas de lobo no topo de sua cabeça se mexiam animadas. "Não precisa ter medo de nós, juro que somos legais. E Draco não morde. Bom, não muito, e só se você pedir."
"Pansy!" O loiro rosnou, mas dava para ver que era brincadeira. "Não ligue para ela, princesa, ela adora falar besteira." Draco pigarreou. "Aqueles dois são Goyle e Blaise."
"Olá." O gato disse baixo. "Eu sou Harry. Harry Potter."
"É um prazer, princesa." Draco pegou sua mão novamente, deixando mais um beijo sobre ela. "E qual a sua resposta?"
Mesmo que ainda relutante sobre aquilo, Harry assentiu, aceitando a oferta. Alfas que brincavam uns com os outros e eram amigáveis eram melhores que alfas que tentavam tocá-lo contra sua vontade. Sendo assim, Harry sentou na cadeira perto de uma mesa mais ao canto. Aquela não era uma sala de aula, era mais como uma sala de estudos, com mesas longas e prateleiras com alguns livros de cálculo.
Harry se sentia estranhamente tranquilo, o perfume de gengibre deixava seu ômega interno à vontade e ele imaginava que estava ronronando baixo, contendo seus pensamentos, que insistiam na vontade de aninhar e descansar. Um rangido o fez levantar o olhar do livro, então seus olhos captaram a imagem de Draco sentado perto da janela, com um cigarro na boca e um isqueiro em mãos. Logo veio a fumaça e Potter se pegou pensando que era uma bela imagem, o alfa parecia um príncipe de gelo solitário. Ele queria pintar aquilo.
Os olhos claros de Draco se voltaram para si e Harry rapidamente desviou o olhar, sentindo o rosto pegar fogo e encolheu os ombros. O resto da tarde passou tranquila, os alfas não voltaram a aparecer e as risadas e conversas do grupo lhe deixaram mais tranquilo. Estava chovendo, quando decidiu ir embora e é claro que o gatinho não tinha um guarda-chuva.
Harry se encolheu ao ser atingido pelo vento frio. Seu vestido branco era muito curto e de tecido fino, mesmo seu casaco rosa não era adequado à temperatura. Ele se encolheu mais, ficando surpreso quando um casaco quentinho e perfumado foi colocado sobre seus ombros. Draco estava ao seu lado, com um guarda-chuva em mãos e direcionou-lhe um sorriso de lado; o casaco do alfa tinha seu cheiro. Sem dizer uma palavra, o loiro abriu o guarda-chuva e enlaçou sua cintura com um braço, então começou a andar; Harry apenas o acompanhou, sem ter muita escolha, até que estavam parados perto de um carro verde-escuro que parecia muito caro.
"Venha, princesa." Draco abriu a porta. "Vou te levar para casa."
"Ah, eu agradeço, mas não é necessário. Eu posso ir de ônibus."
"Com essa chuva? Não mesmo. Vamos, eu juro que é apenas uma carona. Não quero que você pegue um resfriado."
"Obrigado."
Então Harry entrou no carro. O perfume de gengibre estava forte ali e o ômega inspirou fundo; Draco logo estava atrás do banco do motorista e os dois estavam em movimento. Harry guiou o mais velho até chegar em sua casa, ponderando se era uma boa ideia que o alfa soubesse onde morava. Não é grande coisa, Harry tentou se convencer, é apenas uma carona. Ao chegarem, ele tentou devolver o casaco, mas Draco fez pouco caso, apenas o deixando ir com ele.
Enquanto observava o veículo se afastar, Potter apertou o casaco entre as mãos, suspirando profundamente. Os olhos celestes estavam em sua mente, tão penetrantes, que Harry acreditava que poderia sonhar com eles, à noite. O gato tinha entendido porque deveria se manter longe, porque seria muito fácil para Draco se enroscar nele e depois partir seu coração; ele não voltaria àquela sala, daria um jeito de devolver aquele casaco de outra forma.
Ω
No dia seguinte, Harry estava na sala novamente. Merda, ele não deveria estar ali, mas a ideia de estar perto do cheiro de Draco de forma direta era extremamente convidativa. Harry abriu a porta, sendo recebido por um sorriso preguiçoso de Draco, que tinha um cigarro aceso entre os dedos. O ômega sorriu pequeno e entrou, trazendo o casaco do outro nos braços, sua mochila pendurada nas costas.
Ainda chovia, seria um final de primavera chuvoso, então ele estava preparado. Naquele dia, Harry estava com uma camisa quentinha de lã marrom e uma saia xadrez marrom, seus fiéis tênis nos pés. O gato se sentou perto de Draco, deixando o casaco preto sobre a mesa, antes de pegar os materiais e tentar se concentrar. Repentinamente, Harry sentiu que Draco estava perto, muito perto, suas mãos estavam ao lado das dele, sobre a mesa; o ômega sentiu a respiração perto de suas orelhas, que se mexeram involuntariamente.
"História da arte." Draco disse lentamente, Harry encolheu os ombros. "Combina com você, princesa."
Princesa... A forma como o alfa falava aquele apelido soava tão íntima, Harry gostava daquilo, ao mesmo tempo que tinha receio. O que Draco pretendia, falando daquela forma? Potter se perguntou se, na verdade, Draco achava que ele realmente era uma garota. Muitas pessoas tinham essa impressão, por causa da forma como ele se vestia, sua cintura fica e o cabelo em corte chanel. Ele não o era, no entanto, Harry não era nem um garoto, nem uma garota, ele era... apenas Harry.
"Eu não sou uma princesa, Malfoy." Foi o que Potter respondeu.
"Você é, ômega. Uma linda princesa de perfume de lavanda." Draco sussurrou.
"Não sou uma garota." O gato soltou de uma vez, sentindo o mais velho se afastar. Harry não deveria se sentir decepcionado, mas se sentiu, porque sabia que nunca despertaria o interesse de qualquer alfa tão impressionante outra vez. De repente, Draco virou a cadeira com força, deixando Harry de frente para ele. O ômega soltou um grito assustado. "O que está fazendo, Malfoy?"
"Draco, ômega. Para você, eu sou Draco." O alfa sorriu. "E eu não me importo se você não é uma garota, eu não achei que fosse."
"Não? Então, o que achou?"
"Que você fosse uma princesa." Draco deu de ombros. "Não precisa ser uma garota para isso. Precisa?"
"Acho que não." Harry desviou o olhar, suspirando derrotado.
"Então muito bem. Você é uma princesa."
Draco sorriu como se tivesse recebido um prêmio, seus olhos assumindo um tom mais escuro e as escamas sobre sua pele ganharam mais destaque. Harry queria tocá-las. Ele não percebeu que realmente o fazia até ouvir a risada soprada do alfa; o gato tentou recuar a mão, mas Draco agarrou seu pulso e a manteve no lugar. Com a permissão muda, Potter continuou a tocá-lo, explorando lentamente até se dar por satisfeito.
"O que achou?" A voz rouca do alfa saiu cheia de expectativa.
"É como se você tivesse jóias na pele. Você é um dragão?"
"Não." Draco riu e Harry se sentiu envergonhado pela pergunta. "Mas fico lisonjeado, embora ache que dragões não existam."
"É claro, foi uma pergunta estúpida."
"Não foi. Eu sei que minha espécie é difícil de se encontrar. Sou uma mamba negra."
"Isso é bem diferente."
"As pessoas costumam achar assustador." Draco se aproximou, perigosamente perto. "Eu tenho presas e sou imune a venenos."
"Oh." Então era isso que mantinha a todos longe. "Você não parece perigoso para mim, Draco."
"É porque eu não sou perigoso para você, princesa. Só para os alfas que tentarem fazer alguma coisa com você."
"Porquê?"
"Porque é a coisa certa a se fazer. E porque ninguém pode tocar em uma princesa tão bonita e se safar."
Harry se ouviu ronronando pela resposta. Draco afagou seu cabelo com a mão, passando os dedos pela base de sua orelha esquerda, deixando seus sons mais altos; o que Draco soltou não foi exatamente um rosnado, estava entre um grunhido e um sibilar baixo, que deixou seu ômega interno completamente derretido. O som da porta sendo aberta foi ouvido, mas Potter estava muito concentrado no carinho que recebia para se importar.
Ⲁ
Draco Malfoy mantinha um sorriso no rosto, enquanto afagava uma das orelhas do pequeno gatinho entre suas pernas. Harry ronronava de olhos fechados, deixando a cabeça tombar contra seu peito, enquanto uma xícara de chá quente estava entre suas mãos. Estava chovendo mais uma vez, então ele e os amigos colocaram uma pequena mesa no chão e montaram um ninho improvisado com os cobertores que mantinham na sala, para usar no inverno.
Draco jogava cartas com os amigos, um cigarro estava entre seus lábios. Durante as duas últimas semanas, Harry estava passando as tardes com eles, escondendo-se dos alfas filhos da puta, que Draco mataria se tocassem no lindo gatinho. Ele tinha ficado fascinado pelo mais novo desde a primeira vez que colocara os pés naquela sala, vestido como uma verdadeira princesa, apesar do medo que estava sentindo. E tinha aquele perfume... ah, o perfume; o cheiro de lavanda era tão suave e convidativo, Malfoy queria apenas enfiar o rosto na curva do pescocinho pálido e ficar inspirando aquele cheiro diretamente de sua glândula aromática.
Ele não o faria, apesar de querer muito.
A serpente tinha aprendido rapidamente que Harry não fazia o tipo arisco, ele era mais como um gatinho manhoso, que adorava receber afagos, depois de se esforçar. Desde o dia em que o fez pela primeira vez, Draco sempre repetia uma rotina que estabelecera sozinho, mas que Harry não pestanejaou: ele esperava o ômega terminar de estudar, então se sentava o chão e trazia o menor para entre suas pernas, então fazia carinho em suas orelhas brancas.
Harry apenas ronronava e derretia em seus braços, então os dois conversavam por horas. Nessas conversas, Draco descobriu que o gatinho gostava de pintar, que morava com os padrinhos, porque os pais viviam no interior, que sua cor favorita era azul-piscina, que ele adorava cookies de chocolate e que preferia assistir desenhos animados a séries. Não era nada demais, visto de fora, mas Draco ficava cada vez mais fascinado, sempre que Harry lhe contava mais alguma coisa sobre si.
Draco puxou mais uma carta e descartou um, parando com o carinho por um tempo, mesmo que o menor não tenha parado de ronronar baixo. Ele viu o ômega tomar mais um gole de seu chá, então puxou um pouco de nicotina, tirando o cigarro da boca com os dedos e soprou a fumaça para cima. A porta da sala foi aberta e Goyle apareceu, sendo seguido por um ômega ruivo, com orelhas e cauda de esquilo, que pareceu assustado ao ver Harry entre suas pernas. Draco arqueou uma sobrancelha.
"Hazzy!" O ruivo chamou, então Harry endireitou o corpo e sorriu ao olhar para o outro, deixando a xícara sobre a mesinha, antes de se levantar.
"Ron-Ron." O ômega correu, abraçando o amigo. "Você voltou! Senti saudades."
"Eu também, Hazzy. Mamãe mandou doce de abóbora para você."
"A tia Molly é sempre um amor." Harry pigarreou, chamando a atenção dos alfas, ele tinha as bochechas rosadas e um lindo sorriso no rosto. "Pessoal, esse é o meu melhor amigo, Rony. Ron-Ron, esses são Draco, Pansy, Blaise e Goyle."
"Olá."
Draco disse, tentando soar cordial. Rony lhes deu um sorriso nervoso, segurando o braço de Harry. O ruivo puxou o gato para um canto da sala e o alfa estava fingindo que se concentrava no jogo, olhando para suas cartas, embora estivesse atento às palavras sussurradas entre os dois ômegas, que não estavam sendo tão discretos como achavam.
"Hazzy, o que está fazendo aqui?" Rony questionou alarmado.
"Hm, tomando chá e estudando. Nesse momento, é mais o chá." Harry respondeu, soando tranquilo.
"Harry, você sabe que aquele é o Draco Malfoy, não sabe?"
"Eu sei."
"Então o que está fazendo aqui? Hazzy, todo mundo avisou para ficar longe dele. Ele é perigoso."
"Ele não é." Harry o defendeu, sendo tão enfático que deixou Draco surpreso. "Aqueles alfas da recepção de calouros estavam me seguindo de novo. Draco me protegeu, ele... mantém os outros afastados."
"Então está usando ele como escudo?"
"Acho que está mais para um cavaleiro de armadura." Harry sussurrou tímido e Draco sorriu, sibilando com orgulho de si mesmo. "Ele me leva para casa e garante que os alfas fiquem longe de mim. Draco é bom, Ron-Ron, não é perigoso."
"Tudo bem." Rony suspirou. "Mas se ele fizer alguma coisa com você..."
"Ele não vai." O gatinho garantiu.
"Princesa, seu chá está esfriando." Draco chamou, ouvindo o som abafado dos passos de Harry, que estavam cobertos apenas por meias, já que seus sapatos estavam perto da porta. O ômega se sentou novamente entre suas pernas, pegando sua mão e colocando-a perto de sua orelha direita, claramente pedindo por carinho. "Que princesinha mimada." Ele soprou uma risada.
"Você não pode ficar me mimando e depois reclamar que ajo como uma princesa, Draco." Harry se defendeu.
"Está certo, ômega."
"Ron, você quer chá?"
"Seria ótimo, Hazzy." O ruivo sorriu. Harry nem teve tempo de se mover, porque Blaise já estava de pé, pegando uma xícara e colocando chá para o ruivo, que tinha olhos arregalados para seu amigo. "Obrigado."
"Disponha, ômega."
Draco arqueou uma sobrancelha, porque seu melhor amigo nunca – nunca – tinha sido tão prestativo assim com um ômega, mas ele também notou os olhos claros do ômega brilharem com aquele gesto e ouviu a risadinha baixa de Harry, assim como seu sussurro de E eles são tão perigosos. Draco apenas sorriu, voltando a fazer carinho em Harry, que se recostou contra seu peito e terminou de tomar o chá.
As salas de estudo da Birmingham City University eram usadas de forma coletiva pelos alunos. Mas aquela era de uso exclusivo de Draco e seus amigos; o vice-reitor acabou concordando com alguns professores e alunos que era melhor mantê-lo afastado dos demais, porque Draco tinha uma força desconhecida e era 'venenoso', então era melhor manter os demais seguros. Isso fazia o alfa revirar os olhos, ele não era realmente perigoso, mas era melhor deixar os outros acreditassem que era, porque era menos complicado assim.
Draco não se importava que as pessoas tivessem medo dele, o que importava era que seus amigos não tinham e, é claro, que Harry também não tinha. Cavaleiro de armadura. Malfoy ponderou sobre aquelas palavras por alguns segundos. Bom, se Harry era uma princesa, Draco não via problema algum em ser seu cavaleiro protetor, manter o lindo gatinho protegido em seus braços, para que nenhum alfa além dele possa pensar em tocá-lo.
E Draco garantiria que Harry fosse apenas seu ômega.
E foi isso, borboletas!
Espero que tenham gostado do primeiro capítulo. Não se esqueçam de comentar bastante e de deixar seus votos, porque ajudam bastante. Sigam-me nas redes sociais (sempre me acham como Sanmonnio) e não se esqueçam de seguir a equipeBS, que são minhas meninas. E para deixar um aviso aqui, talvez esse ano eu comece a postar histórias originais, em outro perfil, vocês leriam?
Por hoje é isso, até a próxima.
Amo vocês!
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