[00:12]
⚠️ cap não revisado
— Podemos conversar? - essas palavras acordam Beomgyu no dia seguinte, minutos antes do alarme do campus tocar.
Se irrita por ser acordado mais cedo exatamente na noite que conseguiu dormir minimamente um pouco, mas não questiona, e no quarto ainda escuro, aceita ouvir o que ele tem a dizer.
— Podemos... - definitivamente, está mais lúcido do que ele na última madrugada.
— Você falou comigo de madrugada? Ou foi um sonho?
Beomgyu reprime um gemido constrangido e pensa muito na resposta para essa pergunta. Pensa mais do que deveria. Ele não se lembra direito? Provavelmente estava acabado demais e pensando no seu travesseiro para recordar qualquer coisa acontecida nas últimas sete horas.
Vai mentir. Vai fingir que aquilo foi um sonho, e aí, suas lágrimas serão em vão.
— ... Não.
— Não falou comigo de madrugada?
— Eu estava dormindo... - se senta na cama e espreguiça, esticando os braços.
— Então o que é isso? - agarra o pulso do garoto com força e puxa sua mão para perto. A mancha da queimadura estava vermelha, nojenta e dolorida, já criando bolhas.
— Eu me queimei.
— Quando? Ficamos juntos o dia todo ontem. Não me lembro de ver você se queimando.
— Fui no banheiro de madrugada - por sorte, todos os seus anos de fugitivo tinham dado experiência positiva em criar histórias em momentos apertados — Tentei ascender uma vela para enxergar melhor, já que você deixa o quarto um breu. Mas a luz da vela não apareceu, mesmo estando acesa, ai eu me queimei com a cera da vela. - as melhores mentiras sempre tem um pingo de verdade.
Em um movimento rápido, Yeonjun levanta a mão que não agarra a destra de Beomgyu e com a ponta do dedo como uma lanterna, faz um pequeno feixe para iluminar o quarto. Aponta para a escrivaninha e acredita na história mal contada ao ver os papeis com cera derretida em cima.
— Você molhou na hora? Em água gelada?
— Um pouco.
— Vamos para a enfermaria - anuncia, mas antes de ter a oportunidade de tira-lo da cama, ele puxa a própria mão de volta e Yeonjun observa com cuidado ele fazendo o membro machucado sumir e regenerar outro.
Isso deixa Yeonjun maravilhado. Então, ele é tecnicamente imortal? Já que se tiver alguma parte do seu corpo machucada, pode só regenerar e tudo continua bem?
Ele acaba refletindo um pouco mais profundamente sobre os poderes de Beomgyu.
— Acho que já te perguntei isso, mas... Você consegue transformar seu corpo em um corpo... De uma mulher?
— Do sexo feminino?
— Sim.
O silêncio. Mais uma vez, o silêncio desconfortante e macabro, já bem conhecido entre os dois. Agora, não tem mais a vantagem de se esconder no escuro que tinham antes, já que seus rostos estão mais do que bem iluminados pela lanterninha que Yeonjun cria no dedo.
— Consigo.
— Legal. Só queria saber.
— Você quer ver, não é?
Quando percebe a proximidade de seus rostos, fica confuso com a conversa que tiveram. Só Beomgyu sabia que não era um sonho. Yeonjun continua na confusão quando o assunto é a última madrugada.
— Quero.
— Mas eu posso? Os supervisores não vão ser notificados pela tornozeleira?
— Não, só eu.
Beomgyu suspira e empurra o corpo dele do meio do caminho para se levantar e ficar de pé perto da cama. A transformação é rápida e singela quando sua altura diminui e os seios aparecem. A cintura marcada continua a mesma, já tinha ela no corpo masculino.
— Isso é muito incrível!
Ele dá uma risadinha desconfortável com o elogio. Não considera exatamente um elogio.
— Posso te beijar? Assim?
Beomgyu franze as sobrancelhas. Sua cabeça trava completamente. Por que? Por que ele estava fazendo isso depois de falar que não o queria? Será que ele pensa que é um sonho porque quando conversaram, acabou falando o que não queria inconsciente já que estava tomado pelo sono e na verdade gostava sim do seu T3?
Mas o que Beomgyu pensa é: porque se sentiu tão aliviado depois de ser recusado?
— Tá. Legal. Pode.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top