35 - Não aguento mais
"Todas as noites, todos os dias, que tal pela vida toda?
Sim, eu sei o que eles dizem, e está tudo bem
Porque estou aqui para ficar, nos bons e maus momentos
Amor, você me deixa no espaço e você é minha, sim
Bem, me chame de louco
E as pessoas dizendo que estamos indo rápido demais
Mas eu estive esperando, e por uma razão
Não há voltas
Porque você me mostra algo que não posso viver sem
Eu acredito, eu acredito, eu acredito
Quando você me abraça, é como um paraíso na Terra
Eu acredito, eu acredito, eu acredito"
-I believe
Jonas Brothers
— Continue assim querida, está indo muito bem! -A fisioterapeuta diz pela milésima vez.
Embora eu entenda que ela só está querendo me ajudar, toda essa positividade está me irritando.
Minha perna ainda dói muito e mesmo sabendo que preciso fazer esses exercícios para voltar a andar corretamente, há dias em que não suporto a dolorosa corrente de eletricidade que percorre meu corpo ao movê-la.
E pensar que quando tirar esse maldito gesso do braço, terei que passar por tudo outra vez. Droga.
Eu precisei proibir Nick de entrar comigo nas sessões de fisioterapia, porque cada vez que eu gemia de dor ou reclamava baixinho, ele ficava tão desesperado que por pouco não me arrastava para fora da sala para não voltar nunca mais.
E estou me arrependendo amargamente. Pelo menos se ele estivesse aqui dentro, eu poderia segurar a sua mão para me distrair lembrando de como seus dedos fazem maravilhas dentro de mim.
— Aguente só mais um pouquinho, estamos quase terminando. -A mulher indica com a voz doce e faço uma expressão torcida.
— Sempre diz isso, mas acabo ficando por pelo menos uma meia hora. -Resmungo apertando os dentes para conter a dor.
Ela apenas ri sem confirmar nem negar minha afirmação.
Como tinha previsto, sofro por mais alguns minutos até que finalmente sou liberada xingando até a sua terceira geração, mesmo sabendo que ela não tem culpa de nada.
Junto minhas coisas apressada e jogo tudo dentro da bolsa para ir embora. Me despeço da fisioterapeuta com um aceno rápido e cruzo a porta procurando Nick com o olhar pela sala de espera.
Ele me encontra facilmente e ao me ver, caminha até parar do meu lado.
— Como foi hoje? -Beija minha testa e segura meus dedos entre os seus.
— Maravilhoso, quase dormi. -Debocho irritada e Nick ri divertido.
— Falta só mais uma semana e você estará livre.
— É, mas aí eu vou retirar essa porcaria -levanto o braço engessado — e terei que fazer fisioterapia para ele também.
— Ei, vai passar rápido, prometo. -Seu olhar impotente me desarma por completo e abraço o seu corpo musculoso.
— Você tem razão, amor. Agora vamos, que estou morrendo de fome.
Seguro a muleta com força e rumamos até o estacionamento.
Nick me ajuda a sentar no banco do passageiro antes de dar a volta e ir até o lado do motorista.
Droga, como odeio depender de todos para qualquer coisa, por mais que eles me digam que não é nenhum incômodo.
Mesmo assim, sinto falta de dirigir, de sair quando me der na telha e não ter que ficar pedindo ajuda até mesmo para tomar um simples banho. Embora, quando é Nick quem se encarrega dessa tarefa, não tenho nada do que reclamar.
Sorrio sentindo meu corpo esquentar.
Para me distrair, converso com meu motorista particular durante todo o caminho até o apartamento. Ele me responde vagamente enquanto presta atenção no trânsito e cada vez que paramos em um semáforo, seus olhos se prendem nos meus e me observam de uma maneira estranha, quase misteriosa.
Me sinto tentada a perguntar se está tudo bem, mas o medo dele me dizer que está cansado de toda essa merda e que não quer mais isso para a sua vida, me deixa muda.
Sinceramente eu não o julgaria se ele escolhesse me deixar. Não é fácil ter que aguentar meu mau humor todos os dias por conta dessas dores irritantes.
Há momentos em que nem eu me aguento, para falar a verdade.
Minutos se passam e estacionamos na entrada do meu edifício.
Caminhamos lado a lado até o elevador e quando estou prestes a entrar, o telefone de Nick começa a tocar sem parar.
— Me dê um segundo, é a Debby. -Explica deslizando o dedo na tela e levando o aparelho até o ouvido. — Alô? Sim... acabamos de sair, estou na sua casa agora... não... oh merda, tinha me esquecido! Tudo bem, em vinte minutos eu chego aí.
Nick desliga o telefone com a testa enrugada.
— Aconteceu algo? -Seguro seu queixo atraindo-o para perto de mim.
— Sim... quero dizer, não. -Seus olhos fitam meus lábios e ele me beija antes de continuar a falar. — Um cliente muito importante tem hora marcada para daqui a pouco e eu simplesmente omiti essa informação da minha memória. -Explica em um suspiro desanimado. — Não vou poder ficar mais tempo com você hoje, amor. Me desculpe.
Seus olhos pairam sobre mim e sorrio compreensivamente.
— Ei, é o seu trabalho! Você não pode largar tudo apenas para ficar olhando para minha cara feia. -Brinco e ele aperta minhas costas, me atraindo para ainda mais perto do seu corpo.
— Eu poderia ficar o dia todo olhando para você e jamais me cansaria. -Sussurra contra os meus lábios.
Sinto aquele velho frio na boca do estômago e sorrio inclinando a cabeça para trás.
Deslizo os dedos pela sua bochecha até o queixo e respiro profundamente.
— Assim fica difícil resistir a você, sabia? -Cochicho pensativa e ele levanta uma sobrancelha desafiante.
— E quem te disse que é para resistir? -Encosta a testa na minha outra vez e solto uma risadinha tímida. — Mais tarde eu volto para vermos um filme ou algo assim, ok?
Concordo com a cabeça e ele espera que eu entre no elevador para então se afastar.
— Te amo, babaca! -Grito quando as portas estão quase se fechando.
De repente ele volta correndo e suas mãos se interpõem entre elas, impedindo que terminem de se fechar. Seu rosto aparece na minha frente me arrancando uma gargalhada sonora.
— Ficou maluco, por acaso? -Indago sem deixar de sorrir.
— Sim, por você! -Declara. — Também te amo, Olívia. Nunca duvide disso. -Beija minha boca uma última vez, como se quisesse reafirmar o que acabou de dizer.
— Jamais. -Murmuro decidida. — Agora é melhor você ir para o estúdio. Não é bom deixar um cliente importante esperando. -Empurro seu corpo porta afora e ele me lança um beijo no ar antes de se afastar até se perder de vista.
Volto a apertar o botão para o meu andar e assim que as portas se apertam uma contra a outra, encosto a cabeça na parede fria tentando não surtar sozinha.
Não faço ideia de em que momento eu e Nick ficamos assim tão... apaixonados um pelo outro.
O único que sei, é que não quero que isso termine jamais.
Nem bem chego no estúdio e minha vontade é voltar imediatamente para o apartamento de Liv e abraçar seu corpo para não soltar.
Ainda mais quando o tal cliente importante é um homem milionário que ama ostentar sua riqueza sem medida e em certo ponto, sua conversa se resume em quantos carros ele possui ou em quantas camas diferentes dormiu na última semana.
Não que eu esteja reclamando, já que ele só confia em mim para adornar sua pele e não reclama ao pagar o preço por isso.
Porque sim, eu não cobro barato pelo meu serviço.
Digamos que sou bem conhecido na cidade e isso tem suas vantagens. Além de claro, o fato de que Angel basicamente me recomenda para todos os seus amigos lutadores, o que funciona como um puta marketing para a Bad Blood.
Passarão mil anos e eu ainda serei agradecido a esse cara por todo o apoio que ele me deu, mesmo não tendo nenhuma obrigação de fazer isso.
Ainda lembro de uma das vezes em que era um adolescente rebelde e cheguei bêbado na sua casa para conversar com Jhonny sobre a merda que era o meu pai e Angel se sentou comigo pacientemente, me deu um sermão sobre ser alguém na vida e depois me garantiu que eu nunca estaria sozinho.
Ele foi mais um pai para mim do que o idiota do Stefan.
— Ei cara, está aqui ainda? -A voz grossa do homem deitado na cadeira chama a minha atenção bem como seus dedos estalando bem próximo do meu rosto.
Chacoalho a cabeça para voltar a me concentrar no meu trabalho e ele me devolve um sorriso torto.
— Apostaria um milhão de dólares que você deve estar perdidinho por um belo par de pernas. -Levanta uma sobrancelha convencido.
Solto uma risada rouca e nego com a cabeça.
— Não seria nem louco de entrar em uma aposta que sei que perderia. -Suspiro.
Coloco mais um pouco de tinta na caneta e continuo delineando o desenho que ele escolheu para hoje. Mais uma mulher seminua.
— Espero que ela sinta o mesmo, caso contrário, está ferrado.
— Quanto a isso, acho que não preciso me preocupar. -Sorrio ao lembrar das palavras que Olívia gritou de dentro do elevador. — Nós estamos saindo há algum tempo. -Explico com tranquilidade e de repente, me pego contando toda a nossa história para o cara que escuta tudo em silêncio.
Nem nos meus sonhos mais loucos, eu imaginei que algum dia, Liv e eu seríamos um casal. Durante tanto tempo a desejei e me convenci de que ela jamais sentiria por mim o que eu sinto por ela.
E saber que finalmente estamos juntos é... maravilhoso.
Amo cada parte dela. Seu sorriso travesso quando quer me provocar. Seus olhos e a forma em que brilham quando ela está fazendo o que ama, como tatuar ou desenhar.
Os lábios carnudos que se contorcem graciosamente quando ela está concentrada.
E o seu corpo perfeito, feito à medida para mim.
Eu sou dela por inteiro. Com meu corpo, coração e alma.
E esses últimos dias só serviram para confirmar ainda mais o que sinto pela garota que me tira do sério na maioria das vezes, mas ao mesmo tempo, me traz paz e felicidade.
Quero ficar ao seu lado vinte e quatro horas por dia, beijá-la a todo instante.
Que seu rosto seja o último que eu veja antes de dormir e o primeiro ao acordar.
Já passa das oito da noite e Nick ainda não apareceu. Ele me garantiu que viria mais tarde, mas até agora, nada.
O garoto sequer me mandou uma mensagem para dizer o que está acontecendo, se está tudo bem ou para avisar se não poderá vir no final das contas.
Argh.
Estar apaixonado é irritante às vezes.
Jogo o telefone em cima da cama de qualquer jeito e me levanto com cuidado.
Coloco um pijama qualquer e vou até a cozinha para ver se tem algo para comer.
Estava esperando Nick para ver se ele queria pedir uma pizza ou qualquer outra coisa, mas preciso de ter algo no estômago para poder tomar os remédios para dor.
Faço um sanduíche de presunto e queijo e esquento água para um chá.
O apartamento está vazio, exceto por mim, é claro.
Meu irmão saiu sem dizer para onde e meus pais estão em um jantar beneficente. Eles insistiram para que eu fosse junto, no entanto, sei que não seria uma boa companhia nesse estado.
Ultimamente não ando sendo uma boa companhia de nenhuma maneira.
Quando não estou na fisioterapia, tenho que ficar deitada a maior parte do tempo, pois não aguento andar. Me limito a desenhar e criar algumas tatuagens, mas isso só me deixa ainda mais estressada pois de uma forma ou de outra, também sinto saudades de fazer o que mais gosto.
Por falar nisso, será que Nick vai me deixar voltar a tatuar quando eu tirar o gesso? Por mais que não tenha quebrado o braço que uso para desenhar, mesmo assim, preciso dele para trabalhar.
Droga.
Estou ferrada em todos os sentidos.
O microondas apita e dou um pulinho de susto. Tinha esquecido dessa porcaria.
Coloco um sachê de chá de menta dentro da xícara e movo a colher lentamente, a água adquirindo o tom esverdeado e o cheiro picante me fazendo respirar profundamente.
Me sento em um dos bancos vazios e bebo o líquido fumegante sem deixar de pensar na minha vida e no giro inesperado que ela deu nos últimos dias.
De todas formas, sei que devo agradecer por pelo menos estar viva.
Existem muitas pessoas que não tiveram essa sorte...
Termino de comer rapidamente e limpo tudo antes de voltar para o quarto. Meu pai nunca gostou de bagunça e tanto eu quanto Jhonny crescemos acostumados a também ser assim. Me deito outra vez na cama e resgato o celular esquecido em cima do colchão.
Ao desbloqueá-lo, noto três ligações perdidas de Nick e uma mensagem no aplicativo.
"Amor, estou de ida até a sua casa, chego em dez minutos." -Demônio Tatuado
Franzo o cenho contrariada e estou prestes a responder para ele nem se preocupar em vir, quando a campainha toca chamando a minha atenção.
Me levanto com o coração pulsando rápido dentro do peito e caminho a passos lentos e dolorosos até a porta.
Giro a maçaneta sem nem me importar em me certificar de quem se trata. Ao ver Nick parado do outro lado, cruzo os braços inclinando a cabeça e levanto uma sobrancelha desconfiada.
— Oi amor... -ele diz acanhado e demoro alguns minutos para perceber a correia na sua mão e Bailey sentada pacientemente ao seu lado.
— Ora, mas o que temos aqui! -Me abaixo com certa dificuldade e faço carinho no seu pescoço. A cachorra desfruta da carícia com um sorriso canino e balança o rabo animada. — Como você está, meu amorzinho? Sentiu saudades de mim? -Pergunto com a voz aguda. Dou vários beijinhos na cabeça e ela lambe meu rosto tão animada quanto eu.
É engraçado como sempre usamos essa voz ridícula para falar com animais.
Mesmo assim, não ligo. É o mínimo que eles merecem.
— E eu? Não vou ganhar um beijo também?
Levanto o olhar e dou de cara com Nick me observando atentamente.
— Quem não dá sinal de vida, não ganha beijo. -Murmuro chateada.
— Liv...
— Você sumiu o dia todo, nem para mandar uma mensagem para avisar se viria ou não. Te esperei para jantar comigo, mas precisava tomar meus remédios, então tive que comer sozinha. -O aborrecimento na minha voz é evidente e ao contrário do que pensei, Nick abre um enorme sorriso e segura minha mão, me ajudando a ficar de pé.
— Você fica tão linda quando está brava. -beija meu rosto. — Eu não vim antes porque estava fazendo algo muito importante. -Continua deslizando a mão pela minha cintura e perco a compostura por alguns segundos.
— Se você diz... -dou de ombros.
Ele nega com a cabeça.
— Não vai me convidar para entrar?
Seus lábios se curvam em um sorriso divertido e faço uma careta como se estivesse cogitando a ideia de deixá-lo entrar ou não. Nick espera agitado enquanto eu demoro mais tempo do que o necessário para lhe responder.
— Ok, mas só porque veio com essa belezura. -Aponto para Bailey. — Vamos.
Seguro seus dedos e caminhamos até a sala a passos lentos, como nos últimos dias.
Nos sentamos no sofá e encosto no seu peitoral.
Respiro fundo, seu perfume amadeirado me relaxando pouco a pouco.
Bailey sobe ao meu lado e se deita com a cabeça em cima da minha perna. Seu gesto é tão delicado, como se ela soubesse que estou machucada.
E talvez assim seja.
Dizem que os animais têm um sexto sentido para essas coisas.
— Afinal de contas, o que era esse algo tão importante que não te permitiu me ligar a tarde inteira? -Indago depois de vários minutos em silêncio. — Fiquei preocupada, caramba.
Nick puxa uma longa respiração e sinto seu coração se acelerando através do seu peitoral musculoso.
Me afasto do seu corpo e encaro seu rosto com medo.
Será que aconteceu alguma coisa?
Bailey se remexe brava com ser incomodada e passo os dedos pela sua orelha em um pedido de desculpas.
— Liv eu... -ele coça a garganta e se endireita no sofá — eu não aguento mais isso.
Oh não.
Eu sabia que iria cansar de mim cedo ou tarde, ainda mais toda quebrada do jeito que estou.
Engulo em seco e me preparo para o pior.
— Quero que venha morar comigo. -Nick solta de repente e arregalo os olhos assustada.
— O-o que diabos está me dizendo?
Engasgo com a minha própria saliva e ele dá batidinhas leves nas minhas costas.
— Isso mesmo que escutou. Eu não consigo vir com frequência até o seu apartamento e não gosto nada disso. Quero poder cuidar de você e ao mesmo tempo não deixar o estúdio de lado. Se você estiver por perto, posso fazer as duas coisas.
— M-mas eu... droga, eu não quero ser uma carga Nick.
— Como pode pensar uma coisa dessas, Olívia? Você nunca será uma carga! Eu... droga, eu te amo como nunca amei ninguém e quero que venha morar comigo exatamente por isso. -Seu olhar se prende ao meu e fico hipnotizada pela sua beleza e segurança que me passa nesse momento.
Não sei o que responder. Por um lado minha vontade é gritar que sim aos quatro ventos, mas por outro, sinto medo do que isso possa significar. Será que não estaríamos indo rápido demais? Será que uma vez que eu esteja na sua casa, invadindo a sua privacidade e bagunçando ainda mais o seu mundo, ele não vai perceber que cometeu um erro e me mandar voltar para casa?
— Ei, olhe para mim. -Pede segurando meu queixo e percebo que tinha virado o rosto involuntariamente. — O que quer que esteja maquinando nessa sua cabecinha linda, pare por favor. -sorri. — Eu não tomei essa decisão de uma hora para outra, Liv.
— É que... é um passo gigante para nós dois. O que as pessoas vão pensar? -Murmuro nervosa.
— E daí? Eu quero você comigo, todos os dias, o tempo todo -ele encosta a testa na minha. — Não estou nem aí para o que vão pensar ou dizer, o único que me importa é você, meu amor. Eu... me desculpe, eu não deveria te pressionar dessa maneira - se afasta e esfrega o rosto com ambas mãos. — É só que não quero mais fingir que você não é o meu mundo.
Por um milésimo de segundos o tempo para e tudo o que enxergo na minha frente é um homem que está tão perdido por mim, quanto eu estou por ele.
Levo os dedos até o seu queixo em uma carícia delicada e um sorrisinho tímido escorrega pelos meus lábios. Meu corpo inteiro se incendeia com a ideia de morarmos juntos e um arrepio sobe pela minha coluna até o pescoço.
Nesse momento sei que antes mesmo de perceber, a decisão já estava tomada.
— Sim, Nick. Eu aceito ir morar com você.
NOTA DO AUTOR
Aeeeee chegou cap novo pra vcs surtarem mais um pouquinho kkk
Não pude postar ontem por motivos de: fui pro cinema e nao deu tempo
de acabar o cap hahahahaha
Ele ficou meio comprido, mas tá valendo.
Espero que tenham gostado,
Não se esqueçam de votar e comentar!
Amo vcs 🥰
Bjinhosss BF 🖤🖤🖤
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