26 - Decisões importantes
"Talvez seja a maneira como você diz meu nome
Talvez seja a maneira como você joga seu jogo
Mas é tão bom
Eu nunca conheci ninguém como você
Mas é tão bom
Eu nunca sonhei com ninguém como você
E eu já ouvi falar de um amor que acontece uma vez na vida
E eu tenho certeza que você é aquele meu amor"
-Dandelions
Ruth B.
Debby vai embora mais cedo porque tem uma consulta com o oftalmologista, então pelo resto da tarde eu fico sozinha na recepção atendendo os clientes que chegam para marcar hora ou para tatuar e quando terminamos o dia, Nick passa a chave na porta e eu o observo com expectativa. Quero abraçá-lo apertado para lembrar de como é boa a sensação de estar com o corpo colado no seu. Pode até parecer exagero da minha parte, mas se eu pudesse, ficaria assim o tempo todo. Sentir o cheiro do seu perfume, o arrepio percorrendo minha coluna quando ele toca minha pele sem medidas e o sabor dos seus lábios ao me beijar apaixonadamente.
Subimos até o seu apartamento de mãos dadas e ao entrar, Bailey praticamente pula em cima de mim e acabo batendo as costas na parede com o movimento.
Arfo com a dor repentina, no entanto, sorrio mesmo assim e aperto a cachorra como se ela fosse um ursinho de pelúcia.
— Eu também senti sua falta, bebê! -Beijo sua cabeça repetidamente e ela balança o rabo para um lado e para o outro demonstrando a animação ao me ver. Nick sorri divertido não sem se certificar de que estou bem primeiro.
Depois de uma boa sessão de carícias, acompanho Nick até o seu quarto e me jogo na sua cama ricocheteando no colchão macio.
Ele engatinha por cima de mim e para a centímetros da minha boca, o corpo me cobrindo por completo e fazendo o clima esquentar rapidamente.
— E de mim, sentiu falta também? -Pergunta roçando os lábios nos meus e sorrio brincalhona.
— Passamos o dia inteiro juntos, não tive sequer tempo de sentir saudades. -Provoco e ele morde de leve minha bochecha me fazendo gemer sem querer.
— Tem razão... Mas não sentiu nem um pouquinho a falta disso? -Leva as mãos até o cós da minha calça deslizando-a pela minha calcinha e enfia dois dedos dentro de mim.
Ofego com o toque súbito e de repente estou movendo a cintura em busca de uma posição que me faça sentir ainda mais prazer.
— Você é malvado, cara. -Murmuro de olhos fechados. Sua risada rouca penetra meus ouvidos e me arrepio ainda mais.
— E você ama que eu seja assim, não é mesmo? -Sussurra passando a língua pelo meu pescoço e preciso respirar profundamente para não me perder na intensidade das suas palavras e dos seus beijos molhados.
Nick continua me tocando com maestria até que o orgasmo finalmente me atinge e sorrio chacoalhando a cabeça para um lado e para o outro. Somos uma bagunça maravilhosamente quente a ponto de explodir de tesão e para ser sincera, não ligo para isso. Desde que seja com ele.
Retiramos nossas roupas em uma velocidade insana e em questão de segundos ele está dentro de mim, me preenchendo em todos os sentidos e gememos como se nossas vidas se resumissem a esse momento específico.
O vai e vem do seu corpo golpeando contra o meu, produz um eco deliciosamente sensual e uma fina capa de suor se forma, deixando sua pele brilhante, as tatuagens se movendo como se ganhassem vida, lhe proporcionando uma beleza ainda mais surreal.
Nos beijamos com paixão e grito o seu nome como uma prece, rezando para que ele continue e não pare nunca.
— Te amo tanto, Liv... -Nick sussurra ofegante no meu ouvido e meu corpo inteiro se retesa sentindo os primeiros indícios do segundo orgasmo do dia.
— Eu também te amo. Infinitamente. -Murmuro entre um gemido e outro e seus olhos se apertam desfrutando das minhas palavras, saboreando cada uma como se fosse um manjar.
Chegamos ao ápice do prazer juntos e abraço o seu corpo sentindo-o pulsar dentro de mim ao mesmo tempo em que meu interior lateja sugando-o até a última gota.
Fico anestesiada por vários minutos e quando Nick finalmente se levanta e me arrasta até o banheiro, a realidade me golpeia com força e estremeço ao pensar em como tudo o que temos pode chegar a acabar por minha culpa em um piscar de olhos.
— Amor... -suspiro nervosa e seu rosto se vira aguardando que eu termine de falar. — Me promete uma coisa?
Ele franze o cenho ao ficar consciente do meu estado de ânimo.
— Se alguma vez chegarmos a brigar, não termine comigo, ok?
A impressão de que estou sendo infantil me golpeia em cheio, porém à essa altura já não ligo. O único que quero, é me certificar de que ele entenda onde quero chegar.
— Por que está dizendo isso, Olívia? Aconteceu alguma coisa?
A preocupação atravessa o seu rosto e seus dedos apertam minhas bochechas em busca de algum sinal do que possa estar errado.
— Não aconteceu nada, é só que eu sou algo estúpida às vezes e... bem, você me conhece. Só por favor não desista de mim tão fácil, está bem?
— Quando eu digo que te amo, Olívia, estou falando sério. Não esperei tanto tempo para ter você para mim apenas para desistir de nós dois na primeira briga. -Engulo em seco e ele sorri com carinho para a minha reação. — Nossa relação vai ter altos e baixos? Provavelmente, mas ela é nossa. Só nossa. E isso é o que importa.
Encosto minha testa na dele e nesse exato momento, me sinto a pessoa mais feliz dessa maldita cidade.
Meu coração pulsa acelerado dentro do peito e minha garganta se aperta com a vontade de gritar para o mundo todo como eu sou apaixonada pelo homem que está me segurando com tanto carinho e cuidado como se eu fosse uma bonequinha de porcelana.
Seus olhos transmitem todo esse amor que ele assegura sentir por mim e sinto no mais profundo do meu ser que de uma forma ou de outra, independentemente do tempo que levasse, acabaríamos ficando juntos.
— Obrigada, Nick. -Solto de repente e ele me lança um olhar confundido.
— Pelo quê, meu anjo?
— Por ser quem você é.
— Não quero que vá embora... -Nick desliza o nariz pela minha nuca e suspiro me sentindo da mesma forma que ele. Também não quero deixá-lo, mas ao mesmo tempo, tenho que ir para casa.
Preciso descobrir uma maneira de contar o que está acontecendo aos meus pais e me liberar de uma vez dessa sensação de estar colocando tudo a perder. Não posso continuar com essa farsa. Não quando estou morrendo de vontade de poder chegar em casa com Nick e apresentá-lo como meu namorado.
Sei que não vai ser fácil, embora meus pais sejam bastante compreensivos. Eu menti descaradamente para eles, traí sua confiança sendo que eles nunca me proibiram de fazer o que me desse na telha. E isso é o que deixa tudo ainda mais complicado.
— Prometo que amanhã eu venho bem cedo para aproveitarmos um pouco antes do estúdio abrir. -Selo a promessa com um beijo demorado e ele sorri animado com a ideia. Se tem uma coisa que definitivamente amo em Nick, é esse seu fogo que nunca apaga.
Poderíamos ficar o dia inteiro trancados dentro do quarto e ele não se cansaria de mim, bem como eu não me canso dele.
Volto para casa com um sorriso estampado no rosto e no momento em que entro na cabine do elevador, minhas bochechas estão doendo, porém não me importo. Fazia um bom tempo que não me sentia assim e espero que essa névoa de felicidade dure para sempre.
Envio uma mensagem a Nick para avisar que já cheguei em casa e ele responde com uma foto sua ao lado de Bailey deitados na cama com uma expressão triste.
"Estamos com saudades." - Demônio tatuado.
"Eu também estou. Nos vemos amanhã, amor.
Não se esqueça, às seis em ponto estarei aí." -Eu.
Entro no apartamento sem deixar de sorrir e meus pais me recebem com um olhar desconfiado.
— Olá meu amor, como está? -Papai pergunta sorridente.
— Hã eu... estou ótima e vocês?
Mamãe e ele cruzam um olhar estranho, mas não dizem nada.
— Vou tomar um banho, já volto ok?
Escapo até o meu quarto e me tranco no banheiro deixando a água quente escorrer livremente pelo meu corpo cansado.
Eu estou cansada.
Não posso mais fazer isso. Não posso esconder a coisa mais importante para mim dessa maneira.
Está decidido. Até o final de semana, eu vou contar tudo a eles e arcarei com as consequências.
Me seco sem pressa e visto um pijama confortável antes de voltar para a sala. Encontro apenas Jhonny sentado no sofá encarando a tela do celular com certo desgosto.
Me sento ao seu lado e ele demora um bom tempo até perceber a minha presença.
— Vai ficar me olhando desse jeito até que horas? -Resmunga com o cenho franzido.
— Até você me dizer o que diabos está acontecendo e porque parece um zumbi desde que brigou com a sua namoradinha. -Provoco sem medo e ele sorri amargamente.
— Ela não é minha namorada.
— Qual é Jhonny, até quando vai fingir que não está sofrendo por essa garota?
— Até você admitir para os nossos pais que está treinando com Nick e que além disso, vocês dois estão juntos.
— Touché. -Murmuro desanimada. — Quer ver um filme ou algo assim? -Mudo de assunto. Ambos sabemos que essa conversa não vai levar a nada.
Somos dois orgulhosos e é difícil assumir que estamos errados mesmo que a situação esteja estampada bem diante dos nossos olhos. Definitivamente somos gêmeos.
Escolhemos um filme qualquer e fingimos que estamos prestando atenção no que está acontecendo na enorme televisão, quando na verdade, cada um está no seu próprio mundo, pensando em como diabos chegamos a esse ponto crítico das nossas vidas.
Só percebemos que o filme acaba quando os créditos aparecem na tela e ela fica escura de repente.
Me levanto em um pulo e puxo meu irmão até o balcão para poder conversarmos sem correr o risco de sermos pegos pelos nossos pais. Fecho a porta que dá acesso à sala e ele cruza os braços observando a cidade aos nossos pés.
— Vou contar para eles sobre a faculdade. E sobre Nick. -Solto de uma vez puxando uma longa respiração e Jhonny me encara surpreso.
— Tem certeza?
Suspiro resignada. Meu corpo inteiro treme e não sei se é por conta da brisa noturna ou do nervosismo que sinto neste instante.
— Não quero mais esconder que amo Nick. -Confesso envergonhada. Jhonny segura minhas mãos e me aproxima do seu corpo me abraçando apertado como fazíamos quando éramos crianças.
Como senti saudades disso. Me fechei tanto nos meus próprios problemas, que acabei esquecendo dele. De como ele deve estar sofrendo por dentro, mesmo que não queira reconhecer.
— Acho que eu vou passar uns dias na casa do tio Ayden ou da vovó. -Ele solta de repente e me afasto assustada.
— O quê? Por que isso agora?
Jhonny se enrijece enquanto pensa em uma resposta que possa me convencer de que está fazendo o correto, no entanto, consigo ter uma ideia sobre os seus reais motivos para escapar.
— Eu só... preciso de um tempo, Liv. Só isso. -Sussurra com a voz embargada e aperto-o novamente contra mim.
Quem diria que estaríamos tão perdidos simplesmente por estar apaixonados.
— O que vai fazer com a faculdade?
— As provas acabam essa semana, irei assim que fizer a última. -Explica com uma indiferença assustadora. O que fizeram com você, irmão?
Seus batimentos cardíacos estão acelerados e seu peito sobe e desce com força conforme ele respira profundamente.
— Não vou te impedir de ir, mas por favor, me prometa que não vai fazer nenhuma besteira. -Peço preocupada. Seus lábios se curvam outra vez, porém sem nenhuma gota de diversão e um calafrio percorre minha coluna.
— Eu já cometi um erro, Liv, não pretendo fazê-lo outra vez.
NOTA DO AUTOR
Helloooooo sim, capítulo hoje pq estão me azucrinando tanto
nesse grupo do whatsapp, que até ameaça eu tô levando...
Escritor sofre viu. kkkkkkkkkk
Mentira meninas, sabem que amo vcs ❤️
Como puderam perceber, quando as postagens ficam malucas,
só pode significar uma coisa: estamos entrando na reta final da história.
Antes que queiram me bater, calma! Ainda faltam pelo menos uns 9 caps
então vcs ainda vão ter um tempinho para aproveitar esse nosso casal delícia.
Espero que tenham gostado,
Não se esqueçam de votar e comentar!
Amo vcs, 🥰
Bjinhosss BF🖤🖤🖤
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