06 - Uma noite e nada mais

Oh, você não significa nada para mim
Não, você não significa nada para mim
Mas você tem o que é preciso para me libertar

-Say It Right
Nelly Furtado

Quem era, gato? -A garota, cujo nome não faço ideia de qual seja, pergunta enquanto se senta ao meu lado.

Suas mãos vão parar em cima da minha perna, os dedos me acariciando lentamente e subindo até minha virilha. Ela abre o botão da calça jeans e enfia uma mão dentro da minha cueca.

— Hum... -Fecho os olhos ao sentir o toque no meu pau, que fica ereto em segundos. Deslizo a língua pelos lábios secos e sinto meus batimentos cardíacos se acelerando com o movimento de vai e vem dos seus dedos ágeis.

— Não vai me dizer quem era? -Insiste beijando meu pescoço e subindo até minha orelha, mordiscando de leve meu lóbulo e um arrepio percorre todo o meu corpo.

— Para ser sincero, não era ninguém da sua conta. -Minha voz sai em um sussurro e escuto um gemido seu contra minha pele.

— Oh, você é um cara misterioso, gosto disso... -Engulo em seco quando ela puxa minha cueca para baixo, liberando-me por completo.

Estou sentado no seu sofá em um apartamento de luxo em uma zona bastante requisitada, graças à insistência de Jhonny por sair e me divertir um pouco. Segundo ele, preciso tirar Bárbara do meu sistema para seguir em frente. O que meu amigo sequer imagina, é de que ela já foi para o esquecimento faz um bom tempo. Mas mesmo assim, resolvi escutar o seu conselho já que preciso me distrair, principalmente para tentar parar de pensar no dia de hoje e depois de passar pelo menos uma hora em uma boate, aqui estou eu a ponto de transar com uma desconhecida, algo que era muito frequente antes de começar a sair com minha ex maluca e agora é quase que um milagre.

De repente, os lábios da morena vão parar no meu pau e sou pego de surpresa quando ela empurra-o para dentro da sua boca sem cerimônia, chegando até a sua garganta sem nenhum esforço.

— Oh Deus... -Jogo a cabeça para trás e um sorriso preguiçoso desliza pela minha boca.

Seguro seus cabelos e giro meu punho fazendo um nó improvisado nos fios sedosos para poder ditar o ritmo que eu quero sem precisar dizer nada. Ela chupa, lambe e até arrasta os dentes na minha pele sensível de uma maneira que me faz revirar os olhos de tesão.

Repetimos o movimento por um bom tempo até que fico entediado e afasto-a para o lado recebendo um olhar curioso, porém carregado de luxúria e desejo.

Agradeço mentalmente o fato dela estar com um vestido tão curto que facilita a minha chegada até sua calcinha de renda. Enfio um dedo, logo outro e logo outro dentro da garota que geme sem parar ao ser tocada tão intimamente. Esfrego seu clitóris e penetro-a sem pressa, fazendo-a delirar de excitação.

— Se continuar assim não vou conseguir me segurar. -Afirma mordendo os lábios, ainda de olhos fechados. Ela toca a si mesma com as mãos, subindo pela cintura até chegar nos ombros e abaixa as alças do vestido, liberando os seios fartos.

Com a mão livre, belisco um dos mamilos, giro e aperto um pouco mais forte do que ela provavelmente está acostumada, no entanto, para a minha surpresa, ela parece gostar desse tipo de dor.

Uma vez que me canso de tocá-la, acabo de retirar minha calça e pego uma camisinha que sempre deixo guardada dentro da carteira para esse tipo de emergência.

Abro o pacote prateado e desenrolo o látex em todo o meu membro duro como pedra sob o olhar sedento da garota ao meu lado.

— Vem aqui. -Exijo com a voz firme depois de me certificar de que o preservativo está bem colocado. A morena me obedece em seguida e se posiciona em cima de mim sem nem pensar duas vezes.

Afasto sua calcinha para o lado com uma mão e com a outra, guio meu pau, penetrando-a de uma só vez, alavancando seu corpo para cima com o movimento repentino.

Ela segura meus ombros em busca de apoio enquanto a empalo tão profundo que minhas bolas batem na sua bunda. Minutos depois, decido mudar de posição e coloco-a de quatro em cima do sofá. Meto por trás incansavelmente, fazendo-a gemer e gritar com a sensação de preenchimento. Puxo seus braços e prendo-os contra as suas costas com uma mão e agarro seus cabelos com a outra enquanto não paro de me mover para frente e para trás fazendo com que ela se mova em sincronia comigo.

— Oh Deus, isso! Quero que enfie tudo dentro de mim! -Ela pede com um gemido que mais parece um grasnido. Faço uma careta de desaprovação sem parar de me mover.

— Cale-se, não quero escutar nenhuma palavra. -Rosno com a mandíbula tão apertada que começo a sentir uma dor na bochecha.

— É que você é tão grande, oh... -Reflete.

Cala a boca! -Solto seu cabelo e dou alguns tapas na sua nádega pelo que ela geme ainda mais.

— Oh, isso! Eu amo ser castigada! Não pare! -Provoca e giro os olhos começando a ficar impaciente. A voz manhosa e irritante me deixando tão desconcentrado que me pego pensando no que outra morena estará fazendo nesse exato momento.

Merda. -Chacoalho a cabeça para dissipar a imagem de Olivia da minha mente e aumento a velocidade das investidas para acabar com isso de uma vez.

Levo um dedo até o clitóris da garota embaixo de mim e esfrego-o ao mesmo tempo em que meto com força até que sinto uma explosão se formando no meu interior, me fazendo liberar todo o meu líquido dentro da camisinha. Continuo masturbando-a até que ela grita pela última vez e desaba no sofá, completamente satisfeita.

— Onde fica o seu banheiro? -Pergunto ao mesmo tempo em que junto minhas roupas espalhadas pelo chão e a garota aponta para uma porta em um corredor sem nem se mexer.

Descarto a camisinha no lixo, me limpo rapidamente e visto a calça me preparando para ir embora. Quando volto para a sala, encontro a morena na mesma posição, com as pernas abertas sem nenhuma vergonha.

— O que acha de um segundo round? -Oferece enfiando os dedos dentro de si mesma e nego com a cabeça.

— Não vai dar. -Digo simplista. — Estou indo embora. -Nem me dou o trabalho de olhá-la enquanto me despeço.

Resgato meu celular e carteira de cima da mesinha de centro e caminho até a porta.

— Gostei da transa de hoje, quando quiser repetir, já sabe onde me encontrar. -Escuto-a dizer segundos antes de cruzar a porta e saio sem responder absolutamente nada, sabendo que é bem provável que nunca mais volte.

Sei que estou sendo um idiota, no entanto, em nenhum instante eu prometi que nos veríamos de novo e a garota parecia estar confortável com isso.

O único que quero agora é ir para casa, tomar um bom banho e tentar dormir um pouco já que o dia de amanhã vai começar mais cedo do que o normal.

Olívia está mais calada do que de costume, o que me deixa levemente preocupado. A irmã do meu melhor melhor amigo não perde tempo em me provocar e desde que ela chegou, às sete em ponto como pedi, até agora, só se dirigiu a mim para perguntar onde estavam as caixas de luvas, já que a que eu sempre mantenho em cima da mesa estava vazia.

— Está tudo bem? -Digo baixinho depois de despachar mais um cliente e ela sacode a cabeça para os lados colocando mais atenção do que o necessário ao limpar a cadeira com álcool.

— Liv, aconteceu alguma coisa? -Insisto, segurando suas mãos para que ela deixe de esfregar o papel toalha que está quase destruído à essa altura.

— Não aconteceu nada, Nick. Só estou cansada e com sono, porque meu mentor me fez acordar cedo por pura diversão. -A rispidez na sua voz me assusta e diverte ao mesmo tempo. Seus olhos estão fixos onde meus dedos tocam a sua pele e me afasto rapidamente como se tivesse sido queimado. — Agora, se me der licença, vou terminar de limpar para que possa atender o cliente das onze.

Murmuro um ok em concordância e saio da sala para deixá-la tranquila. Chego na recepção bem a tempo de ver Pedro passando pela porta com uma enorme caixa nas mãos.

— Mas vejam só se não é o maior tatuador dessa cidade! -Meu amigo me puxa para um abraço e dou uma palmada de leve nas suas costas antes de me afastar. — Então, eu fiquei bastante curioso para saber o motivo desse pedido tão inusual. -Ele levanta a caixa para cima.

Seus olhos varrem o lugar até se deparar com Debby distraída atrás do balcão.

— Ela ainda está solteira? -Sussurra no meu ouvido e solto uma risadinha.

— Você não cansa de ser rejeitado, pelo visto.

Pedro me lança um olhar determinado ao mesmo tempo em que nega com a cabeça.

— Onde quer que coloque isso? -Pergunta fazendo uma careta pelo esforço.

— Por aqui... -Faço um sinal para que ele me siga e caminhamos até o depósito onde guardo todos os materiais que uso para trabalhar. Retiro um exemplar da pele artificial e sorrio em aprovação. Se tem uma pessoa que sabe fazer uma pele ótima, essa é Pedro. O cara é foda.

Conversamos por vários minutos e depois de muita insistência, revelo que as peles não são para mim, e sim para Olívia.

— Oh, então o garanhão quer conquistar alguma garotinha indefesa, é bom ver que o velho Nick está de volta. -Seus olhos brilham com a ideia e soco o seu braço fazendo-o gemer.

— Olívia é qualquer coisa, menos uma garotinha indefesa. -Afirmo e ele parece ficar ainda mais animado. — E eu aceitei ajudá-la apenas porque o seu irmão é meu melhor amigo e não me deixou em paz.

— Oh, não me diga que ela é a irmã do Jhonny? -Suas mãos se unem em uma prece e confirmo com um movimento sutil. — Cara, você está tão ferrado!

— Escuta, eu não...

— Nick, seu cliente das onze já chegou e está te esperando... -Olívia coloca a cabeça para dentro da sala e paro de falar no mesmo instante. Seus olhos se arregalam ao perceber que não estou sozinho e não consigo evitar sorrir ao ver suas bochechas adquirindo um tom avermelhado. — Me desculpe, e-eu não sabia que estava ocupado. -Diz baixinho e antes mesmo que eu possa dizer algo, Pedro se aproxima com a mão estendida para a garota que o observa com a típica expressão debochada.

— Prazer, gata, me chamo Pedro e não precisa se preocupar, já estava indo embora. -Sussurra com um sorriso sensual nos lábios adornados com um piercing de argola.

— Hum... Olívia, e não estava preocupada. -Ela aperta sua mão e ele sorri ainda mais.

— Muito bem, obrigado Pedro. -Me aproximo com os braços cruzados e Olívia revira os olhos. — Tenho que voltar ao trabalho, mas mais tarde te faço uma transferência, ok?

Meu amigo apenas balança a cabeça sem desviar o olhar de Liv que agora está com sua típica pose defensiva.

— Vou te esperar na sala, Nick. -Ela diz antes de escapar de fininho.

Pedro leva uma mão ao coração quando ela desaparece por completo e empurro-o até a saída.

— Acho que me apaixonei outra vez, cara. -Suspira. — Por acaso já deixa estipulado no contrato que só aceita deusas gregas? Porque se for isso, eu quero trabalhar com você, de verdade! -Fica sério de repente e solto uma respiração impaciente.

— Deixa Debby te escutar, aí sim ela não vai querer nada com você. -Provoco sabendo que esse é o seu ponto fraco e quase mijo de rir da sua expressão assustada.

— Débora sabe que meu coração pertence a ela. Pode parar de brincadeira.

— Tranquilo cara, não vou contar para a minha secretária que você se apaixona por cada rabo de saia que vê na sua frente. -Debocho e ele faz um barulhinho estralado com a língua.

— Se eu não te conhecesse muito bem, diria que está com ciúmes da sua pupila. -Replica e não sei o que responder diante dessa afirmação. Graças aos céus, sou salvo por Debby que só falta me arrastar para dentro do estúdio, já que segundo ela, não devo deixar meus clientes esperando.

Me despeço de Pedro antes de voltar para o estúdio e coloco as luvas, máscara e me preparo para mais uma sessão com Jasper, um senhor de quase sessenta anos, mas com a vitalidade de uma criança.

Conversamos animadamente enquanto tatuo mais uma imagem aleatória na pele enrugada e não consigo parar de pensar no fato de que Olívia voltou a ficar calada. Com Billy ela conversou tanto que tive que pedir para que deixassem de falar pois estava ficando distraído, agora a garota está em um silêncio sepulcral e isso também está me distraindo.

O que diabos está acontecendo comigo?

A sessão com Jasper dura mais ou menos duas horas e acabamos bem a tempo para o almoço, como no dia anterior.

Debby, como era de se esperar, vai para casa e fico sozinho outra vez com Olívia.

— Se não tiver onde almoçar, fiz risoto. -Ofereço retirando a máscara e jogando-a no lixo. Caminho até ficar bem perto da garota que se ergue desafiante e respiro fundo sentindo o cheiro cítrico do seu perfume.

— Tenho um compromisso agora, mas obrigada mesmo assim. -Guarda o Ipad dentro da mochila preta de couro. Seus olhos me evitam o tempo todo e sinto que isso está ficando chato.

— Tudo bem, não se esqueça de que abro às duas. -Murmuro e ela concorda antes de sair sem sequer se despedir.

O que deu nessa garota hoje?

Enquanto tranco tudo, não consigo parar de pensar em qual será o motivo desse seu comportamento estranho e repasso tudo o que aconteceu desde que ela foi embora ontem até hoje de manhã quando ela chegou no estúdio. Não consigo encontrar a raiz desse silêncio e decido deixar isso para lá, afinal de contas, vai ver ela só está cansada como disse.

Ao entrar no apartamento, sou recebido por Bailey que pula de alegria e faço um carinho rápido nas suas orelhas e barriga. Ela corre pela sala, pulando em cima do sofá sem parar de abanar o rabo e sorrio com a cena.

Esquento o almoço e como tudo em silêncio, o sentimento de que falta algo perdurando dentro de mim.

Tomo um banho depois de almoçar e deito na cama para tentar descansar um pouco antes de voltar ao trabalho. Estou quase dormindo quando meu celular apita sinalizando uma mensagem nova e me levanto em um pulo para pegar o aparelho imaginando que é alguém importante, no entanto, ao ler o texto na tela franzo o cenho imediatamente desejando não ter aberto o aplicativo em primeiro lugar.

"Precisamos conversar sobre o que você vai fazer com a sua vida, Nicholas. Não pode ser um tatuador para sempre, isso não vai garantir o seu futuro." - Stefan.

NOTA DO AUTOR

Hellooo amores da minha vida, 
Cheguei com capítulo fresquinho pra vcs! 
E hoje teremos Bônus de Perigosa Atração em 

comemoração aos 20k, estejam atentos! 

Não se esqueçam de votar e comentar, 
Nos vemos sexta-feira! 

Amo vcs 😍
Bjinhossss BF🖤🖤🖤

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