‪quando eu era criança, a palavra "morte" me fazia sentir arrepios e calafrios só de ouvi-lá. tinha medo da morte, é um fato. porém, alguma coisa mudou com o passar dos anos. não sei se foi porque eu amadureci, ou percebi que é inevitável para todos os seres que habitam nesse planeta, mas durante um período de tempo na minha vida, essa palavra virou comum no meu vocabulário. não sei o que me mudou, mas a morte sempre estará presente, pois a cada milésimo de segundo, adivinha? a gente tá morrendo! na minha concepção, temer algo assim é temer seu futuro, e eu entendo que cada pessoa tem seu pensamento e sua opinião e que talvez estão em um momento da vida delas muito bom para morrer, etc e tal, mas eu não estou. eu não estou bem. acho que, se minha hora chegar, nesse exato momento, não implorarei para ficar. por que eu ficaria se a única coisa que eu faço é viver uma vida na qual ninguém nem me procura para saber como foi meu dia, ou me chama para comer ou dar uma volta? para não ficar injusto, eu até mando mensagem mas apenas desculpas esfarrapadas chegam como notificação. eu prezo por contato humano como ninguém, e como azar não ganho algum. e, além disso, eu sou um espírito livre e vivo em lugar onde eu não consigo ser eu mesma. eu quero ser eu mesma e fazer as coisas que eu admiro. ‬
se a morte chegar antes, é um obstáculo. mas, é um obstáculo que eu não vou me preocupar.