Manhã Tenebrosa

Há uma escuridão dentro cada um de nós mas cabe a nós trazê-la à tona. E isso, Victoria logo descobriria.

" Ela corria em desespero, em meio a densa escuridão. Mas não sabia ao certo do que estava fugindo. A noite era de lua cheia, no entanto, por causa das arvores ao seu redor não se dava para ver. Seu coração estava acelerado, o ar rareava em seus pulmões. mas algo a mais estava a incomodando, talvez o fato de suas mãos estarem molhadas mas não de água ou suor. Era um líquido viscoso e de cheiro forte. Ela então para atrás de uma grande pedra, e se utilizando da pouca luz do luar, ela olha para suas mãos e se assusta ao ver que o líquido era sangue".

Victoria acorda assustada com o som do despertador. ela estende a mão e desliga o objeto. Ao passar as mãos em seu rosto, ela se assusta e senta na cama, encarando seus dedos com espantos.

Ela suspira aliviada ao constatar que tudo não passou de um sonho, suas
mãos estavam limpas, como quando se deitará na noite passada. Quando tinha acabado de chegar de viagem.
Tudo agora seria diferente, uma nova
vida a aguardava, novos amigos,nova
escola.

A única coisa que jamais mudaria, era o fato de sua mãe enfeitar seu quarto como quando ela tinha sete anos.

Os ursos de pelúcia ao pé da cama, sua penteadeira branca as cortinas de renda que combinavam com os lençóis floridos.

As vezes ela sentia como se não tivesse crescido.

Victoria se levanta e segue para o banheiro. Ao retirar sua roupa ela entra no box, ligando o chuveiro em seguida.

A água quente escorria por sua pele, levando para longe a sensação de frio, deixada pelo pesadelo. O suave aroma do shampoo de morango invadiu seus pulmões. Trazendo conforto. Ela massageou lentamente seus cabelos cumpridos. Se entregando ao conforto do banho matinal. O vapor se espalhou pelo ambiente. Ao terminar ela segue para a pia, e abre o compartimento do espelho, apanhando em seguida sua escova e a pasta, escovando seus dentes ao terminar, ela fecha o pequeno compartimento novamente, e segue para o quarto.

Mas o que ela não reparou, era que seu reflexo no espelho não se movia, ele se mantinha parado a observando.

Victoria apanhou sua roupa no armário, se vestindo em seguida, mesmo achando a escolha um tanto exagerada, para seu primeiro dia de aula.

Ela escovou os cabelos pretendo em um coque frouxo no topo da cabeça.

Ao descer as escadas e passar entre o pequeno labirinto das caixas de papelão. Ela chega a cozinha.

Sua mãe lavava alguns utensílios na pia de mármore branca. Enquanto, seu pai lia o jornal sentado no canto superior da mesa redonda onde estava posto um delicioso café da manhã.

O cheiro do pão quente sobre a cesta, fez o estômago de Vic protestar. Ela se sentou apanhado o mesmo, e cortando ao meio para passar a margarina.

A mãe se virou para ela, com um sorriso, e depositou um copo de vidro ao seu lado.

- Bom dia, filha. - A mulher de cabelos negros a cumprimentou.

- Bom dia, mamãe. - Vic lhe retribuiu o sorriso. E se dirigindo ao homem a sua frente, concluí. - Bom dia, pai.

- Bom dia. - Ele responde sem abaixar o jornal.

Nem sempre o pai dela foi frio assim. Vic se lembrava dos dias em que ele a tratava como filha. Quando criança ele a ensinou a andar de bicicleta na antiga praça da cidade onde viviam. Ou quando jogavam bola. O sorriso genuíno que ele tinha ao ver os desenhos com que ela o presenteava nos dias dos pais.

Ela se perguntava o que tinha feito de errado, para ter perdido o afeto que antes seu pai tinha por ela.

- Você dormiu bem? Vic. - A mãe a chamou, fazendo a desperta de seus pensamentos.

- Sim. - Ela beberica o suco de laranja, sentindo o doce citrico descer pela garganta.

- E teve algum sonho? - A senhora perguntou receosa.

Mesmo Vic achando estranha a pergunta, respondeu:

- Sim. Sonhei que fugia de alguém e... - Ela se calou ao lembrar do sangue e dos corpos. Sentindo novamente seu corpo arrepiar.

- E? - A mãe dela a encorajava a dizer.

- E...

- Helena! - A voz grave do pai de Vic se fez notável. Levando as duas a olhar atônitas para ele. - Já chega.

Helena forçou uma toce, e voltando a atenção para filha, disse:

- Filha. Porque não vai buscar sua bolsa, para sairmos.

Vic entendeu que ambos teriam uma conversa, para qual ela não era convidada. E como sempre obedeceu.

Deixou a cozinha e foi rumo a sala. Porém, parou ao lado da porta em um canto escondido, para ouvir o que seus pais diriam.

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Aqui está o primeiro capítulo. Me digam o que acharam dele. Espero seus comentários.

Bjss. :-)

Ps: não revisado.

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