O Ritual de União Lupina II

Jeon Jungkook 

A notícia sobre suas almas se encontrarem sempre que reencarnam foi chocante o suficiente para aumentar o barbudinho das pessoas que assistiam.

— Não entendo a surpresa, vocês já viram o Tae agindo dessa maneira com qualquer outra pessoa? — Yongok questionou com as sobrancelhas arqueadas, aquilo calou todos em Canis e Jungkook sentiu uma vergonha absurda, mas sorriu quando notou que não vinha dele. — Sentem-se, vamos dar continuidade ao ritual. — A Najin pediu e os dois assentiram antes de caminharem até o lugar onde estavam dispostos as almofadas.

Os dois se sentaram sobre os calcanhares, um de frente para o outro, o tecido branco estava esticado sobre o chão como quando faziam piquenique, Hyeri se aproximou deles com a caixa dourada e deixou entre os dois antes de partir, assim como fizeram com os outros casais. Taehyung sussurrou que iriam usar as coisas que compraram, primeiro usariam o óleo de girassol e depois a renda, Jungkook assentiu, ainda se sentia um pouco nervoso, mas o sorriso do alfa não permitia que sensações ruins permanecessem sobre seu corpo. Ao olhar em volta, notou que as tiaras de flores de todos continham duas flores, apenas as deles não tinham, visto que por ser de uma divindade diferente, não tinha uma flor que o representasse, o que o fez se sentir um pouco deslocado. Quando Yongok estava prestes a dizer algo, um piar alto, que chamou a atenção de todos para o céu, onde uma coruja branca enorme voava em direção ao arco, ela carregava entre suas garras duas enormes flores, que foram jogadas em sua direção antes que ela pousasse sobre o arco, ao lado da Águia.

Jungkook segurou as grandes flores que foram jogadas em sua direção e um perfume forte cobriu seu olfato, ao levantar o olhar, notou que Taehyung encarava as flores com o cenho franzido, mas aquilo o fez sorrir, porque era mais do que claro o que aquelas flores significavam. Com um sorriso imenso no rosto, Jungkook se levantou e encarou a coruja, que reconheceu ser a sua tão amada amiga de Presa, uma coruja de penas brancas próprias para aguentar o frio extremo do norte, ela o encarava avidamente com seus olhos amarelados. Se curvou diante dela, pois sabia que assim como a águia que estava ao seu lado, Unàh também os observava através dos olhos de sua amiga e lhe trouxe a flor que o representava, para que seu filho não se sentisse deslocado dentre os outros. Yongok virou-se em direção a coruja e também se curvou, assim como ele tinha feito com a chegada da águia, foi então que Taehyung pareceu entender e se levantou também antes de se curvar em direção a ela.

— Mostrem respeito — Yongok se levantou e olhou para todos que os assistiam. — Unàh veio observar seu filho também.

A coruja virou o pescoço em direção as pessoas, que se curvaram de imediato, ouviu suspiros surpresos e assustados, pois provavelmente aquela era a primeira vez que Unàh se colocava entre eles, lado a lado com Salìk, que também observava todos através dos olhos atentos de sua águia. Unàh resolveu provar por si mesma que ela e Salìk não eram inimigos, que era completamente mentira o boato espalhado que as divindades não poderiam adentrar o território uma da outra, não quando estava diante dos olhos de todos, no território da divindade do sol e ele não parecia se importar nem um pouco com a presença dela. Jungkook encarou a coruja, que levou os olhos em direção a ele piou, o que o fez abrir um enorme sorriso e encarar a flor em suas mãos, que tinha um cheiro bem forte e característico, nunca havia sentido nada igual, ela era bem maior que sua palma aberta, a maior flor que já viu. Estava distraído enquanto olhava para as flores, quando Taehyung pegou um delas e atraiu o seu olhar, ele tinha um sorriso gentil em seus lábios e colocou a flor dentro do bolso de seu paletó, pois ela grande demais para ser colocada na tiara.

— Uma Dama-da-noite — Taehyung disse enquanto encarava a flor e levou o olhar até ele em seguida. — Ela floresce durante a noite e permanece aberta por pouco tempo, é linda, tem um cheiro marcante e é diferente das outras flores, é uma ótima escolha para representá-lo. — Ele tinha um sorriso lindo nos lábios, que fez seu coração acelerar ainda mais.

Jungkook sorriu e fez o mesmo que o alfa ao colocar o caule da flor dentro do bolso de seu paletó, assim os dois usavam as flores que representavam seus lobos. Após voltarem aos seus lugares, com as duas divindades de testemunhas, eles começaram com o ritual, onde Yongok explicava o que deveria ser feito e os casais seguiam suas instruções. O primeiro do passo do ritual consistia em conhecer cada detalhe sobre seu parceiro, então com o óleo de girassol sobre os polegares, Taehyung dedilhou as maçãs de seu rosto com lentidão, depois suas pálpebras, seu nariz e por fim seus lábios, onde seu toque se demorou mais. A cada toque dele em sua pele Jungkook sentia seu coração acelerar ainda mais, a cada palavra em Cünan que Yongok pronunciava, um arrepio gostoso subia por sua espinha, como se sentisse cada palavra, mesmo que não entendesse o significado delas. Quando chegou a sua vez, seus dedos trêmulos seguraram o óleo de girassol com cuidado.

Quando levantou o olhar, encontrou os olhos intensos e vermelhos de Taehyung, ele o encarava com expectativa e com um brilho tão intenso que suas bochechas arderam de imediato. Com seu estômago em caos por conta das incontáveis borboletas alvoroçadas, Jungkook levou as palmas até o rosto do alfa, que não desviou o olhar em nenhum momento, com cuidado percorreu com seus polegares, o mesmo caminho que Taehyung havia feito em seu rosto. Delicadamente dedilhou a pele dele com a mesma devoção que ele ao tocá-lo, seus olhos atentamente decorou cada pequeno traço do rosto do alfa, cada pinta, cada detalhe e quando seus olhos repousaram sobre os lábios dele, os tocou com curiosidade. A maciez dos lábios dele contra seus dedos trouxe um formigamento em sua barriga, por isso levantou o olhar e aquela imensidão carmesim quase o afogou, sua intensidade quase o deixou sem fôlego, tão bonito e tão perigoso, era tentador.

— Agora a consumação — Yongok anunciou e Jungkook viu todos os casais pegarem a renda à sua volta.

Taehyung fez o mesmo ao pegar a renda dentro da caixa dourada, ele a desdobrou e esticou sobre suas cabeças, onde os cobriu com aquele fino tecido costurado a mão por artesãs habilidosas. Ao levar o olhar até Jimin e Namjoon, para se preparar psicologicamente para o próximo passo, o que viu o deixou em pânico, pois todos os casais se beijaram, para “consumar” o ritual lupino, o que fez seu coração já descompassado acelerar de tal maneira que tinha medo que ele parasse. Quando seus olhos arregalados encontraram os de Taehyung, ele demonstrava hesitação, mas tentou tranquilizá-lo ao segurar suas mãos e abrir um sorriso, mas a iminência de um beijo o deixou em estado catatônico, pois não tinha se preparado para dar aquele passo. O alfa sussurrou que estava tudo bem, que não precisava ser de verdade, eles poderiam fingir um beijo se o deixava desconfortável, mas ouvi-lo dizer aquilo lhe causou um incômodo terrível, pois o brilho nos olhos de Taehyung se apagaram com a suspeita de que ele não queria seu beijo.

— Eu posso… — Taehyung começou a procurar alguma alternativa, mas Jungkook colocou o indicador sobre seus lábios, para impedi-lo.

— Não é que eu não queira… — Começou a explicar e desviou o olhar, suas mãos tremiam e o alfa percebeu, já que segurava sua mão. — Eu apenas estou assustado, muito assustado, será a primeira vez desde o… desde que eu consegui fugir, então apenas preciso me preparar psicologicamente.

— Você tem certeza? — Taehyung perguntou com o olhar banhado em preocupação, mas Jungkook assentiu. — Nós não precisamos fazer isso…

— Só… vá devagar — pediu e olhou nos olhos do alfa, que ainda parecia hesitante, mas assentiu.

Taehyung com cuidado levou a mão direita até sua bochecha, onde fez uma pequena carícia. Jungkook fechou os olhos, para tentar conter sua respiração, as batidas de seu coração e a tremedeira, tentou relaxar e focar no cheiro do alfa, o cheiro de café era o suficiente para convencer sua mente que quem estava a tocá-lo não era Minhwan. Com extrema delicadeza Taehyung acariciou seu rosto antes de aproximar os lábios de sua pele, ao contrário do que imaginou, ele não juntou seus lábios, na verdade ele passeou por seu rosto, beijou com cuidado e delicadeza o vinco em sua testa, suas pálpebras, suas bochechas e seu nariz, tudo de maneira tão lenta que o fez sentir cada mínimo toque com extrema intensidade. Aos poucos sua respiração se acalmou e o cheiro de café se intensificou, o calor de suas mãos juntas, suas respirações em conjunto e o toque suave do alfa acalmou as batidas de seu coração, antes de finalmente voltar a saltar em seu peito com força ao sentir o que sua mente tanto desejava.

Os lábios de Taehyung tocaram os seus com um pouco mais de ânsia, o que o fez suspirar de imediato.

A mão direita do alfa o segurou com firmeza, enquanto o polegar dele acariciava sua têmpora e seus lábios se conheciam, os dedos dele em contato com sua nuca fez um arrepio correr por todo o seu corpo. Uma sensação tão avassaladora o tomou que o deixou tonto, sentia-se completo, era como se estivesse tudo em seu devido lugar, era como se enfim houvesse encontrado um lugar ao qual pertencer. Os lábios de Taehyung se afastaram por poucos segundos antes de encontrar o caminho até os seus novamente, com um pouco mais de desejo ele se inclinou em sua direção levemente, para que pudesse aprofundar aquele simples selar de lábios. O beijo em si era a melhor coisa que já havia sentido, sentir a maciez da boca de Taehyung contra a sua era simplesmente a melhor coisa que Jungkook já havia experimentado. Se separaram apenas quando Yongok anunciou o fim do ritual, o que os fez abrir os olhos e notar que os dois estavam imersos naquela bolha de satisfação mútua.

Mas o que chamou a atenção de Jungkook foram os olhos castanhos de Taehyung, que mostravam que suas ações eram completamente conscientes e tomadas totalmente por ele, não sua parte lupina.

Ele o encarava com tamanha admiração que sua vontade era juntar seus lábios novamente, queria abraçar seu pescoço e apreciar seu toque um pouco mais, mas infelizmente tinham pessoas presentes e elas veriam o qual desesperado estava por ele. Jungkook sentia seu rosto arder e seus dedos formigavam com a ânsia de tocar em seu alfa novamente, mas teve que se contentar com apenas aquele selar mínimo de lábios, que não era o suficiente para aplacar o turbilhão de sentimentos que estavam presos em seu peito. Taehyung removeu a renda que estava sobre eles com um sorriso totalmente abobalhado nos lábios, como um adolescente ao dar o primeiro beijo, como se fosse simplesmente a melhor coisa do mundo, o que inevitavelmente fez um sorriso envergonhado surgir em seus lábios também. Os dois se levantaram juntos e notou que todos os casais faziam o mesmo, todos com expressões imensamente felizes.

— Eu tenho uma novidade para contar a todos! — Taehyung anunciou ao segurar sua mão. Todos de Canis assistiam, inclusive os novos moradores. — Graças a minha avó, a Najin Arik, eu sabia que Jungkook era a pessoa destinada a ficar ao meu lado. Por isso, não hesitei em tomar minha decisão.

O alfa encarou Jungkook e o puxou para que ficasse com o corpo quase que colado ao dele, o que o fez suspirar de surpresa antes de sentir ele afastar seus cabelos e expor a todos a marca em sua nuca.

— Jungkook é oficialmente, um membro da família Kim — ele anunciou e houve um coro de gritos de comemoração.

Mesmo que estivesse muito envergonhado, Jungkook virou-se em direção a todos que aplaudiam a novidade, podia ver no rosto de Hyeri e Jimin a felicidade em sua essência mais pura, o restante da família Kim parecia surpresa, mas estavam com sorrisos nos rostos também. Pôde ver de onde estava, Baekhyun virar as costas e correr para longe da multidão, Chen e o outro cachorro — que descobriu se chamar Sehun — correram atrás do amigo, que trombou com todos que estivessem em seu caminho para fugir. Aquilo fez sentir um pouco de dó de Baekhyun, pois mesmo que ele não fosse uma boa pessoa, seus sentimentos quanto a Taehyung pareciam ser sinceros e ver o homem ao qual nutria uma paixão marcar outro ômega, assistir a união dos dois e descobrir que além de tudo eram destinados, provavelmente era terrivelmente doloroso. Tinha medo que aquela dor se transformasse em raiva e tentasse fazer algo contra ele.

— Parabéns Jungkook! — Minho atraiu a sua atenção e sorriu grande em direção a ele, que estava com sua esposa grávida ao lado, que também sorria em direção a ele.

— Obrigada Minho — agradeceu com um sorriso e o alfa comprimentou Taehyung, antes de caminhar até o filho e dar um abraço.

Várias pessoas foram parabenizá-los pela união, até mesmo a professora que estava ao lado de Yuqi quando estava com as crianças, ela parecia um pouco envergonhada, mas suas felicitações pareciam sinceras, o que o fez abrir um sorriso ainda maior. Yongok aproveitou que estava longe do santuário para puxar a orelha de Seokjin, pois ele estava ocupado demais com seus afazeres para visitá-la, ele se desculpou ao abraçá-la e deixar um beijo em sua bochecha, o que pareceu amolecer a “suposta” raiva dela, enquanto Taesu apenas assistia e ria. Taehyung anunciou o final do solstício e o início de uma noite bem agitada, pois depois do ritual todos iriam festejar a formação dos novos casais e isso seria marcado por uma grande festa de comemoração. Jimin animadamente puxou Namjoon pela mão até a praça, onde seria a tão aguardada festa e Taehyung não demorou a fazer o mesmo, ele parecia tão animado quanto o melhor amigo, o que acabou por contagiá-lo também, então o seguiu com bastante entusiasmo para onde quer que ele fosse o levar.

Em poucas horas a festa estava mais animada que a festa das maçãs, havia música, dança e a roda da fermentação, que era um lugar onde todos bebiam vinho e cerveja fermentada, que eram guardadas muito tempo antes do ritual para que pudessem beber os diversos barris de bebida alcoólica que produziam. Jungkook experimentou o vinho fermentado e só parou quando Taehyung disse que ele estava “alegre demais”, não questionou, pois realmente se sentia um pouco tonto e ria para o nada de vez em quando. Dançou ao lado de Jimin, de Hyeri e de Taehyung, se divertiu como nunca naquela noite, as únicas vezes que se sentiu tão alegre, eram quando seus amigos em Presa planejavam fugas noturnas para mergulharem em uma terma de água quente entre as montanhas, onde esqueciam todos os bons costumes aprendidos por seus pais. Alguma pessoas de Canis se aproximavam dele para parabenizá-lo ou fazê-lo participar de alguma brincadeira, dança ou roda de bebida.

Em algum momento da noite, enquanto ria das histórias contadas por um dos guardas de Canis, que quase caia de bêbado em volta de uma grande fogueira, foi tomado por uma visão repentina, o que o fez entrar em alerta de imediato, com medo de ser mais alguma coisa relacionada a Delta. Nunca teve uma visão quando estava rodeado por tantas pessoas, mas não conseguiu focar naquele detalhe, pois outra coisa chamou sua atenção, que foi a visão de sua mão junto a de outra pessoa enquanto caminhavam por um bosque com árvores imensas. A pessoa sequer precisou virar para trás para que Jungkook a reconhecesse, pois só havia uma única pessoa em Canis que o tocava daquela maneira, por isso seu coração acelerou novamente em seu peito assim que Taehyung virou-se em sua direção com um sorriso nos lábios. A visão mudou para a imagem da cachoeira onde se banharam após a festa das maçãs, onde ela havia se tornado um espelho do céu estrelado sobre suas cabeças.

Em sua visão os dois estavam sorridentes e compartilhavam a mesma empolgação, ambos andavam lado a lado com os dedos entrelaçados em volta da cachoeira, onde se sentaram sobre as pedras, retiraram os sapatos e colocaram os pés na água. A visão alternava entre imagens do sorriso de Taehyung, como ele parecia radiante e em seguida de luzes coloridas e faiscantes no céu, como se as estrelas colidissem com um arco-íris e pintasse o céu com as mais belas e diversas cores. Mas então, as imagens mudaram novamente e viu o momento em que os lábios de Taehyung estavam juntos aos seus, enquanto as luzes coloridas iluminavam a noite sobre suas cabeças, mas ao contrário do selar que haviam dado no ritual, aquele beijo era mais intenso, mais íntimo e mais molhado. Sentiu seu coração bater com tanta força contra sua caixa torácica, que temeu que ele pulasse para fora em um rompante.

— Jungkook? — Taehyung o chamou e então seus olhares se encontraram, o que denunciou suas bochechas provavelmente coradas. — O que houve? Está ruborizado. — O alfa tocou suas bochechas e franziu o cenho. — Está muito quente, se sente bem?

Na realidade, Jungkook sentia-se um pouco indisposto, mas não era nada muito preocupante, por isso negou com a cabeça.

— Teve uma visão? — Taehyung perguntou e Jungkook engoliu em seco antes de assentir. — O que viu?

— Vi… umas luzes coloridas no céu — respondeu, sem conseguir evitar lembrar-se do beijo intenso que teriam.

— Ah, você viu a queima de fogos — ele explicou com animação e retirou um relógio de bolso do paletó. — Falta pouco, vamos assistir em um lugar menos barulhento?

A cachoeira onde ele irá me beijar”, constatou nervoso e entrou em um dilema, pois ele queria ir na mesma proporção que temia dar um mísero passo.

Mas havia prometido a si mesmo, que se Taehyung quisesse algo com ele, iria se esforçar para retribuir o máximo que pudesse, então com aquele pensamento em mente, Jungkook respirou fundo e assentiu. O alfa estendeu a mão em sua direção e rapidamente a segurou, os dois então caminharam para longe da multidão de pessoas, em direção ao bosque, onde iriam para a cachoeira que apareceu em sua visão, o lugar onde encontraria os lábios dele novamente. Estava extremamente assustado e ansioso, queria beijá-lo, queria muito sentir a textura dos lábios dele junto aos seus novamente, queria sentir o calor da pele dele  na sua e aquele frio na barriga que sentiu há poucas horas, mas temia que as lembranças ruins voltassem a assombrá-lo. Como esquecer a repulsa, a dor e o medo quando aquele simples ato de juntar os lábios, eram na maioria das vezes, forçados e lhe traziam péssimas lembranças de quando Minhwan o beijava com uma ânsia grotesca, depois de ter ido procurar pelo êxtase dos lábios de outro antes de encontrá-lo?

Suas experiências eram péssimas, dolorosas e traumáticas, mesmo que estivesse muito longe de Presa, ainda podia sentir a frieza das correntes presas a seus pulsos e tornozelos, era como se mesmo que elas não estivessem ali, pudesse sentir o peso delas restringir seus movimentos. Sentia vontade de chorar só de pensar que estava a se privar de viver experiências incríveis, tudo porque estava com medo de reviver as lembranças dolorosas de seu relacionamento com Minhwan. Enquanto caminhava com Taehyung pelo bosque, onde uma vez ou outra um vagalume voava por entre os arbustos e iluminava a floresta junto a lua, que estava cheia aquela noite, ele divagava entre memórias do passado. Suas mãos estavam juntas enquanto caminhavam por entre as árvores e permaneceram daquela maneira até chegarem à cachoeira, não foi uma caminhada demorada ou silenciosa, pois o alfa estava tão animado que o percurso foi regado a conversas e risadas.

O que ajudou a acalmar um pouco de sua ansiedade, pois era impossível não se sentir bem quando Taehyung sorria daquela maneira.

Quando enfim estavam frente a frente com a cachoeira, sua barriga começou a apresentar sintomas estranhos, junto as borboletas que estavam ansiosas por um beijo do alfa, havia também aquele frio do medo de que tudo desse errado, que Minhwan tivesse adentrado tão profundamente em sua cabeça, que estragasse aquele momento. Tentou ao máximo esconder o que sentia, a disfarçar com um sorriso para que Taehyung não notasse ou sentisse seu desconforto, não queria que ele se sentisse mal por algo que não era sua culpa. Assim como aconteceu em sua visão, os dois caminharam por entre as pedras e retiraram os seus sapatos antes de se sentarem, Jungkook observou seus pés submersos na água e sua mente girou em torno do que aconteceria, mesmo que quisesse muito permanecer neutro quanto a suas emoções, não conseguia controlá-las, então apenas respirou fundo e tentou lidar com a enxurrada de sentimentos que havia aberto uma grande fenda em seus pensamentos.

— Você já viu uma queima de fogos? — Taehyung quebrou o silêncio e Jungkook o encarou antes de negar com a cabeça. — É um evento onde nós juntamos pólvora e alguns sais, a receita para os fogos foram entregue a nós por um antigo Najin Arik, que pediu ajuda a Salìk para fazer um sinal, para que assim pudessem avisar seus filhos quando o perigo estivesse próximo, era para ser um sinal de que algo negativo estava por vir. — Ele explicou enquanto Jungkook ouvia atentamente. — Mas com o tempo, os perigos diminuíram e os fogos eram lindos demais para serem associados a uma coisa ruim, então passamos a usá-lo em comemorações.

— Depois de vir para cá, percebi que em Presa eu era privado de apreciar muitas coisas — respondeu e Taehyung o encarou. — Muitas belezas que jamais saberia da existência se você não tivesse me mostrado.

— Eu pretendo mostrar muito mais — o alfa respondeu com um sorriso e Jungkook sorriu também. Taehyung então olhou para seus pés e permaneceu em silêncio por alguns segundos. — Até pouco tempo, eu acreditava que se fizesse bem meu trabalho como líder, em algum momento as pessoas iriam parar de me cobrar sobre um relacionamento. Achei que ter filhotes em algum momento não seria mais importante para eles, o próximo líder não precisa ser necessariamente meu filho, embora seja o que todos esperam, mas… com apenas uma frase sua, de que não se importava com o fato de não poder lhe dar uma descendência, fez com que eu simplesmente não me importasse com o que diriam sobre mim.

Jungkook sentiu seu coração acelerar novamente, pois as palavras de Taehyung soavam como uma declaração e não sabia se estava preparado para ouvir o que ele estava prestes a dizer, mas ainda assim ouviu com atenção.

— Eu percebi que antes eu passava a maior parte do meu tempo dedicado a Canis, a segurança da minha alcateia e a guerra de Delta eram as minhas prioridades, mas desde a sua chegada, eu fico ansioso em voltar para casa rapidamente, pois sei que você estará lá — ele continuou e olhou em sua direção. — Você se tornou, em tão pouco tempo, uma existência tão preciosa, que qualquer outra coisa diante de mim ficou em segundo plano. Sua opinião, sua presença… você se tornou muito mais importante que qualquer obrigação ou escolha minha. — Taehyung olhou para as suas mãos juntas, que ainda não haviam se separado nem mesmo por um único segundo desde que saíram da festa. — Eu me apaixonei completamente por você Jungkook, por tudo o que te compõe e o que te representa, seu sorriso passou a ser o meu objetivo de vida, ser o motivo dele se tornou a razão da minha existência e isso é tão intenso, que eu não consigo conter o ímpeto de fazer qualquer coisa, possível ou impossível, sem me importar com as consequências, para que qualquer sombra de tristeza suma completamente de seus pensamentos.

Dizer que o coração de Jungkook estava acelerado era pouco para descrever, pois tinha certeza que em algum momento, Taehyung seria capaz de escutá-lo bater de onde estava. Quando a primeira explosão de luzes surgiu sobre suas cabeças, ele foi incapaz de desviar o olhar do alfa, pois não existia nada mais brilhante que seus olhos naquele momento.

— Eu te amo Jungkook, como nunca amei alguém antes e certamente como nunca amarei — Taehyung disse com um sorriso tão lindo que sentia que poderia morrer naquele exato momento, pois não se importaria daquela ser a sua última lembrança. — E eu espero que meus sentimentos o alcancem.

Já alcançaram”, foi o que sua cabeça gritou, mas foi incapaz de verbalizar. Sua única reação foi tentar conter seu coração, que quase pulava para fora do peito, mas seus esforços foram inúteis quando a mão livre de Taehyung alcançou sua bochecha e fez uma leve carícia com o polegar.

— Eu quero muito, mas muito mesmo beijar você — ele admitiu e aquilo fez a respiração, que sequer tinha notado que segurava, se soltar de maneira surpresa. — Eu posso?

Sua mente gritava sim, queria muito beijá-lo novamente, por isso assentiu, mesmo que seu coração acelerado indicasse ânsia e ao mesmo tempo medo. Sem demora Taehyung o beijou novamente, com o mesmo desejo de antes, o que arrancou um suspiro de seus lábios quando sentiu novamente a maciez da boca dele contra a sua. A mão que antes estava sobre sua bochecha arrastou-se preguiçosamente por sua pele antes dos dedos dele se embrenharem em seus cabelos e agarrar sua nuca, como havia feito no ritual, o que permitiu que o alfa aprofundasse aquele beijo. Apesar da ânsia, Taehyung parecia se controlar para não assustá-lo, de início eram apenas selares, um seguido do outro, mas no momento que seu lábio inferior ficou preso entre os dentes dele, tudo se tornou imensamente mais intenso. Jungkook suspirou contra a boca de Taehyung, que escorregou a língua de encontro a sua, o que causou um misto de sentimentos e sensações em sua cabeça, pois junto com a excitação, veio também um medo absurdo, pois inevitavelmente sua mente associou aquele beijo a Minhwan.

Taehyung tomava seus lábios com cuidado, seu beijo tinha gosto de novas experiências, mas ao mesmo tempo, carregava um receio de assustá-lo. O beijo do alfa era bom, intenso e fez sua cabeça girar, pois ele mexia com seu corpo de diversas maneiras diferentes, mas tinha uma coisa que o impedia de sentir com detalhes cada sensação gostosa que aquele beijo despertava nele, o medo. Jungkook tentou com todas as suas forças focar no cheiro de café tão próximo a seu nariz, tentou focar no gosto de Taehyung, que era completamente diferente de Minhwan, mas sempre que fechava os olhos era como se estivesse em Presa, refém do alfa que sempre que queria, o forçava as piores experiências que alguém poderia passar. Então não conseguiu conter quando a primeira lágrima escorreu por sua bochecha, em seguida de outras, seu choro não era por conta do beijo de Taehyung ou porque não queria, era de pura frustração, porque ele queria, queria muito aproveitar o beijo de seu alfa, mas a maldita imagem de Minhwan destruía qualquer momento bom que ele poderia ter.

Taehyung então se afastou, o que fez o choro intensificar, pois não queria que ele se afastasse.

— Não foi uma boa ideia, eu não deveria ter… — O alfa começou e Jungkook foi rápido em interrompê-lo.

— Não! — Chorou e abaixou a cabeça, quando notou a expressão entristecida de Taehyung. — Eu posso continuar… só preciso me acalmar.

— Eu posso sentir o seu medo, não quero te forçar a fazer algo que não queira  — ele disse com o cenho franzido, mas mesmo assim Jungkook negou com a cabeça diversas vezes.

— Eu consigo, eu só preciso de um tempo para me acalmar — um soluço irrompeu por sua garganta e agarrou a camisa de Taehyung, com medo que ele se afastasse, que o deixasse. — Eu sei que eu consigo…

— Não faça isso, por favor — a voz de Taehyung embargou e aquilo o deixou pior, porque não queria magoar o alfa e foi exatamente o que fez.

— Me desculpa, por favor me desculpa — chorou e o alfa limpou suas lágrimas.

Jungkook não conseguiu conter suas lágrimas, pois estava frustrado e com medo, nunca havia odiado tanto a si mesmo como naquele momento. A sua frente estava o homem mais incrível que havia conhecido e sequer conseguia controlar suas próprias emoções, havia acabado de machucar a pessoa que o salvou, que havia acabado de se declarar para ele e sequer conseguiu retribuir seus sentimentos, se sentia um lixo, quebrado, o pior dos seres humanos. Após sua crise de choro, Taehyung permaneceu em silêncio, à espera de que se acalmasse, não disse sequer uma única palavra enquanto ele se martirizava em silêncio, mas quando enfim o choro se tornou apenas lágrimas silenciosas em suas bochechas, decidiram ir embora. Enquanto caminhavam de volta para a casa, Jungkook estava agarrado a Taehyung como se ele fosse desaparecer a qualquer instante e quando notou aquilo, o alfa segurou em sua mão.

Em um silêncio completamente desconfortável, os dois foram para casa e ao chegarem continuaram sem pronunciar qualquer palavra, ambos perdidos em seus próprios pensamentos. A cabeça de Jungkook doía muito, como se a culpa a martelasse sem parar, por isso quando se deitou sobre a cama, Taehyung mesmo em silêncio e nitidamente magoado, permaneceu ao seu lado até que adormecesse, pois não deixou que ele partisse, então ele apenas escutou quieto seu choro — quase — silencioso. Na manhã seguinte, Jungkook sentia seu corpo pesado e estava grudento de tanto suor, ainda havia rastros de lágrimas secas em sua bochecha e seus olhos estavam inchados, mas mesmo que seu corpo implorasse para voltar para a cama, levantou-se e decidiu se banhar com água fria. Depois de estar devidamente banhado e vestido, desceu para tomar café, na esperança de que Taehyung ainda estivesse em casa, para que pudessem conversar e explicar o que houve na noite anterior, mas Dahyun o avisou que ele havia saído bem cedo para a patrulha.

Jungkook se conformou com a saída dele quando notou que ele não voltaria tão cedo, então decidiu que iria treinar com Jimin e Lisa enquanto Namjoon estava junto a Taehyung na patrulha, iria esperar para que pudesse conversar com ele quando o alfa estivesse livre. Porém seus planos foram frustrados por um pequeno detalhe: Taehyung o evitava como se encontrá-lo fosse lhe causar dor. Durante sete luas inteiras ele o evitou, mas quando se encontravam ou precisavam fazer algo juntos, ele sempre mudava de assunto quando mencionava o acontecido na cachoeira, mas o que realmente o magoava mais do que notar que ele voltava para casa extremamente tarde para não ter de encontrá-lo, era o fato que ele evitava tocá-lo a qualquer custo. Até poucos dias, andar de mãos dadas era algo comum, cotidiano, uma necessidade, mas depois do que houve, sempre que estavam juntos Taehyung mantinha uma distância “segura” dele. Perto o suficiente para vê-lo, mas longe o bastante para que não pudesse tocá-lo.

Aquilo deixou claro a Jungkook que Taehyung não queria mais se envolver com ele, por isso, parou de tentar se explicar ao alfa.

Os dias que passaram longe um do outro, Jungkook dedicou-se ao treinamento, mas por estar muito disperso, não conseguiu aprender muita coisa. Jimin notou que havia algo estranho, mas se o próprio Taehyung não contou a ele sobre o acontecido, decidiu manter em segredo também, visto que não era um segredo somente dele para que pudesse contar. Ajudou Namjoon a procurar acampamentos ou movimentos de Delta pelas redondezas de Canis, com ajuda da coruja marrom, que virou uma grande parceira de suas aventuras nos céus desde que chegou em Canis. Tentou não demonstrar sua tristeza a Hyeri, que pareceu comprar suas mentiras de que estava tudo bem, mesmo que parecesse que seu corpo logo entraria em colapso a qualquer momento, era como se estivesse em luto. Havia perdido Taehyung, tudo porque não conseguiu manter os próprios sentimentos e emoções sob controle, então tudo o que fazia nos últimos dias era dormir, comer, treinar e sorrir.

Embora não sentisse vontade de fazer nada além de ficar deitado em sua cama o dia inteiro.

— Jungkook? — Seokjin o chamou e aquilo o despertou de sua inércia. — Está tudo bem?

Não”.

— Sim, apenas estou distraído — respondeu e abriu um de seus tão usuais sorrisos falsos. Ele realmente não se sentia bem, mas também não iria fazer nenhum alarde quanto aquilo, tinha outras coisas mais importantes para lidar.

Voltou a encarar as pessoas do conselho, pois estavam reunidos para conversarem sobre novas informações de Delta, todas fornecidas por seus novos habitantes e recém batizados, que lhe deram todos os detalhes sobre planejamentos, locais de acampamento, mas o principal: possíveis locais onde fizeram o plantio das flores usadas para criar a droga alucinógena. Taehyung estava a sua frente, do outro lado da mesa e o encarava com o cenho franzido em preocupação, parecia querer atravessar a sala para encontrá-lo, mas não moveu nenhum músculo, até mesmo desviou o olhar quando seus olhos se encontraram. Os dois quase não conversaram direito nos últimos dias, pois desde que notou que o alfa o evitava e não queria conversar sobre o que houve, decidiu respeitar sua decisão e manteve distância também, mesmo que seu lobo choramingasse toda noite porque sentia falta de seu alfa, mas o que podia fazer quando ele não queria manter-se próximo?

— Eles disseram que as flores crescem sobre as margens de rios, podemos verificar os rios próximos a Delta — Namjoon deu a ideia e todos pareceram concordar, por isso Jungkook assentiu e levantou-se para encarar o mapa a sua frente.

Sua cabeça ainda doía, mas ignorou a dor e focou no que devia fazer, memorizou os lugares onde havia rios e riachos, antes de chamar a coruja, que voou ao seu encontro com rapidez e pousou em seu braço, como havia feito nos últimos dias. Por conta das investigações dos guardas de Canis, havia usado suas habilidades diversas vezes, o que lhe causou o desgaste que sentia, mas jamais negaria ajudá-los depois de tudo o que fizeram por ele, então enquanto fosse útil, faria o possível para ajudar no que pudesse. Jungkook pronunciou as palavras em Cünan, com um pouco mais de fluidez depois de ler um pouco dos papiros que Yongok lhe entregou, sua visão foi tomada pela a da coruja, que voou pela janela da sala e sobrevoou os céus com rapidez. Apesar de amar fazer aquilo, sentiu-se tonto, mas sentou-se sobre sua cadeira novamente e continuou, assim que a coruja chegou até as terras de Delta, algo estranho aconteceu.

— Jungkook! — Ouviu Taehyung gritar e sua conexão com a coruja foi perdida.

Quando voltou a si, sua cabeça girava como nunca e havia também uma pressão agoniante, como tentassem esmagar seu crânio, sequer conseguia ouvir o que as pessoas a sua volta diziam, tudo parecia um eco muito distante e a única coisa que viu antes de tudo ficar escuro, foi Taehyung correr de maneira letárgica em sua direção. Quando despertou, alguém chacoalhava seu corpo e lhe dava leves tapinhas em suas bochechas, após abrir os olhos de maneira lenta notou que estava nos braços de Hoseok, que tinha uma expressão banhada em seriedade e pediu algo a alguém, mas não conseguiu ouvi-lo com exatidão, era como se sua voz viesse de longe, de muitos metros de distância, soava como um leve sussurro em seus ouvidos. De maneira ainda atordoada, viu quando um lenço branco foi colocado sobre seu rosto e Hoseok o manteve ali, enquanto as vozes que antes estavam em algum lugar longínquo aumentavam gradativamente.

— Taehyung! — Ouviu Taesu gritar e ao ouvir o nome do alfa, Jungkook virou a cabeça em direção a voz dele.

Apesar de atordoado e sem qualquer domínio sobre seu corpo, por conta da fraqueza extrema, viu o alfa tentar se levantar a todo custo enquanto seu pai e Seokjin tentavam lhe dar apoio. Os olhos vermelhos do alfa encontraram os seus e então as coisas começaram a fazer um pouco mais de sentido em sua cabeça, pois tudo o que se lembrava era de estar conectado à coruja e de repente sentir uma pressão horrível em sua cabeça. Taehyung então conseguiu se levantar e permanecer de pé sem ajuda, ele tinha o cenho franzido e seu olhar ainda banhado em preocupação se tornou mais intenso, antes de caminhar em sua direção e se ajoelhar para que pudesse observá-lo melhor, foi então que notou que estava deitado no chão com a cabeça no colo de Hoseok. Havia passado mal enquanto procurava pelas flores, há dias seu corpo dava sinais de que precisava pegar leve, que precisava descansar apropriadamente e ignorou, o que o levou ao limite.

— Ele está bem — Hoseok disse assim que o alfa encarou o lenço que estava sobre seu rosto. — Está consciente e reagindo, então pode relaxar, ele só precisa descansar apropriadamente e evitar estresse.

— É culpa minha — Taehyung suspirou e Jungkook franziu o cenho, pois não entendia o que exatamente era culpa dele. — Minha vó disse para eu não deixar que usasse muito suas habilidades porque iria adoentá-lo, mas eu estava ocupado demais com os meus próprios problemas para perceber que estava doente. — Depois de muito tempo, Jungkook viu o alfa chorar, mas pela primeira vez ele era a causa e não de uma maneira boa. Uma atrás da outra, as lágrimas escorreram por suas bochechas. — Me desculpa, eu devia ter notado, devia ter estado ao lado, eu falhei como seu alfa, desculpe.

Jungkook se sentou de imediato, extremamente incomodado ao vê-lo chorar, mas quando o fez, sentiu algo escorrer de seu nariz e ao olhar para baixo, viu o sangue manchar sua camisa branca.

— Aqui, estanque com isso — Hoseok lhe devolveu o lenço e Jungkook encarou Taehyung enquanto usava o tecido para enxugar o sangue. A expressão do alfa estava tão quebrada, que seu peito se comprimiu em dor ao vê-lo tão triste.

A dor e a tristeza não combinavam com Taehyung.

~🐺~

Eu escrevi o ritual imaginando o Jungkook assim:

Sentado em cima dos pezinhos🥺🤏🏻

Eu avisei que esse capítulo não ia ser só flores, não é?

Mas relaxem, os refrescos chegaram, estamos caminhando para o ápice (laço de sangue tá rendendo mais capítulos do que imaginei).

Os próximos capítulos vão ter a boiolagem que vocês tanto queriam❤️

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top