Episódio 8| E Agora Somos Quatro
Nos Quartos do Mentor, Sr. Davenport entra.
“Boas notícias, galera! Tô livre esse final de semana. Sem reuniões, sem conferências. Só dois dias de diversão com a minha companhia,” diz Sr. Davenport, animado.
“Então, sem conferências? Se a gente procurar bem, aposto que conseguimos encontrar uma pra você,” diz Bree.
“Você tá dizendo que não quer passar um tempo comigo?” pergunta Sr. Davenport. “Bem, se ela não quiser, eu vou!” diz Adam do outro lado da sala com Leo.
“E você, Leo?” pergunta Sr. Davenport. “Ah... Big D, eu adoraria, mas realmente não tô a fim,” diz Leo, enquanto Chase e Harper estão no sofá.
Harper finge não ouvir a conversa enquanto lê um livro, e Chase faz uma cara de pena para Sr. Davenport.
“Não se preocupa, Sr. Davenport. Harper e eu vamos passar um tempo com você,” diz Chase, dando um tapinha nas costas de Sr. Davenport.
“Você e quem!?” diz Harper. “Eu vou passar um tempo com você!” corrige Chase.
“Sabe de uma coisa? Tenho um monte de trabalho pra fazer,” diz Sr. Davenport. Chase faz uma cara confusa, e Douglas entra, parecendo chocado.
“Tá tudo bem?” pergunta Harper. “Oi, Douglas. O que aconteceu?” pergunta Sr. Davenport.
“Acabei de receber uma ligação do Daniel,” diz Douglas. “Quem é o Daniel?” pergunta Bree. “Seu irmão!” diz Douglas.
Todo mundo se olha. “Você tá brincando!” diz Harper, impaciente.
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Nos Quartos do Mentor.
“Temos outro irmão?” pergunta Chase. “Nunca contei a ninguém, mas... eu na verdade criei quatro super-humanos biônicos. Adam, Bree, Chase e Daniel,” diz Douglas.
“Por que você dá nomes pros seus filhos em ordem alfabética?” pergunta Leo. “É melhor do que os nomes originais deles, Garoto grande, Garoto pequeno e Não Garoto,” diz Douglas.
“Então, quatro filhos biônicos!? Por quê!? Só por quê!? Pergunto, qual é o seu problema!?” diz Harper. “Ei, esse problema me ajudou a salvar sua vida, senhorita!” diz Douglas.
“Outro irmão, hein? Não seria muito pedir colocar um pouco de gloss labial e cabelo comprido em um dos seus tubos de ensaio?” diz Bree.
“Não consigo acreditar que você nunca me contou. De todas as coisas ruins que você fez, essa tem que ser a pior,” diz Sr. Davenport.
“Eu tive que manter o segredo pra garantir a segurança do Daniel. Ele era só um bebê no dia em que você pegou esses caras de mim,” diz Douglas. “Resgatou,” diz Sr. Davenport. “Roubou!” diz Douglas. “Resgatou!” diz Sr. Davenport. “Roubou!” diz Douglas. “Resgatou!” diz Sr. Davenport.
“Tá bom, entendemos! Vocês dois são péssimos. Vamos direto ao ponto,” diz Leo.
“Depois que Donnie me denunciou, eu sabia que teria que viver fugindo, então encontrei uma família legal que estava procurando adotar. Assim, ele poderia ter uma vida segura e normal, longe de todo o meu caos,” diz Douglas. “Bem, pelo menos você fez uma coisa legal nesse meio tempo,” diz Harper.
“Quantos anos ele tem?” pergunta Chase. “Treze. Ele encontrou alguns registros antigos que me listavam como pai biológico e encontrou meu número de telefone, e aqui estamos,” diz Douglas.
“Entendi, ele quer conhecer o pai dele, assim como eu quis quando encontrei aqueles documentos no meu antigo laboratório,” diz Harper. Douglas acena com a cabeça.
“Então, quando vamos conhecê-lo?” pergunta Bree, empolgada.
“Calma aí. Eu acabei de falar com ele pela primeira vez. Não acho que nenhum de nós esteja pronto pra isso,” diz Douglas. “E o que ele disse?” pergunta Sr. Davenport. “Que ele está pronto pra me conhecer,” diz Douglas, e todos o olham.
“Olha, eu só não sei se estou pronto pra ser pai,” diz Douglas. “Disse o pai para seus três filhos adolescentes,” diz Bree sarcasticamente. Douglas suspira.
“E se acontecer com ele o mesmo que aconteceu com você quando foi conhecer seus pais e ele ficar desapontado...” diz Douglas.
“Impossível! Douglas, naquele dia eu percebi que VOCÊ era o pai que eu sempre quis ter. Não tem como ele ficar desapontado... e sobre ser pai, você sempre foi ótimo pra mim!” diz Harper.
“É diferente. Quando eu te conheci, você já não era mais uma criança, e o peso é muito maior quando o filho é meu!” diz Douglas. “Ai!” diz Harper sarcasticamente, colocando a mão no peito como se tivesse machucada.
“Ah, vamos lá. Deixe-o visitar. Vai ser divertido ter um irmãozinho por perto,” diz Chase.
“Sim, porque Leo é só um cara sem importância que vive na sua casa há anos,” diz Leo, irritado. “Valeu, Leo. Tirou as palavras da minha boca,” diz Adam.
“Por que ainda estamos aqui?” pergunta Leo a Harper, que apenas dá de ombros e balança a cabeça.
“Então... podemos conhecê-lo?” pergunta Bree, empolgada. “Tudo bem. Ok,” diz Douglas. “Sim!” todos dizem.
“Cara, tudo faz sentido agora,” diz Adam. “O que faz sentido?” pergunta Douglas. “Por que você teve que fazer um quarto. Não dava pra terminar com o Chase. Não pode acabar assim,” diz Adam, apontando para Chase.
Ele olha pra si mesmo com uma expressão ofendida, e Harper o abraça, passando a mão no braço dele pra confortá-lo.
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Na área comum.
“Pessoal, ele deve chegar a qualquer momento,” diz Douglas. “Certo. Como ter todos esses pais e irmãos novos tá ficando confuso, eu desenhei uma árvore genealógica; aqui tá o que eu tenho,” diz Adam, segurando o desenho.
“Chase, você é minha esposa,” diz Adam, trocando olhares com Chase, que faz uma cara de desaprovação. Harper olha para o desenho.
“Ah, entendi! Legal! Parece que o Adam fica com a parte complicada e eu fico com a parte divertida então!” Harper pisca para Chase, que faz uma expressão confusa e franzida. Harper dá uma risadinha leve, e ele coça a parte de trás do pescoço, limpando a garganta.
“Eu me pergunto como o Daniel vai ser. Você acha que ele vai ter superforça como o Adam? Ooh! Ou supervelocidade como a Bree?” diz Chase. “Ou ser uma grande decepção como você? Sem ofensa, querido,” diz Adam, dando um tapinha no pescoço de Chase.
“Ah, bem, falando em Daniel, tem mais uma coisinha. Ele não sabe que é biônico,” diz Douglas. “O quê?! O quê?!” pergunta Sr. Davenport.
“Bem, ele tem um chip como vocês três, mas como ele não tem uma cápsula, os biônicos dele nunca foram ativados,” diz Douglas.
“Você não contou a ele que ele é biônico?! Toda vez que você diz ‘sem mais segredos’, aparece outro. E justo quando começávamos a confiar em você de novo,” diz Sr. Davenport.
“Eu não confio nele. Metade dessas pulseiras que ele tá usando são da Tasha,” diz Bree.
“Vocês podem confiar em mim! Ah, mas antes que eu esqueça, como todo mundo acha que Donnie é seu pai, vamos seguir com isso e dizer ao Daniel que vocês são primos dele,” diz Douglas. “Viu? Mais mentiras!” diz Sr. Davenport.
“Claro que não! Harper ainda é apenas uma amiga da família, isso não é mentira,” diz Douglas. Harper bate na mesa. “De novo! Ai!!” diz Harper.
“Mas, de acordo com isso, Harper é minha avó!?” diz Adam.
“Você sabe, eu não sou a única pessoa nesta família que mente. Você nunca contou ao Leo que atropelou a iguana dele e a substituiu por um robô!” Douglas ri. Leo olha para Donald em choque, com a boca aberta.
“Iggy era um robô?” pergunta Leo. “Bem... sim... mas, quero dizer, o fato de você não ter notado, tem que respeitar o design,” diz Sr. Davenport.
Hydraloop chega na ilha. “Pessoal, ele tá aqui,” diz Chase. Hydraloop se abre e Daniel sai.
“Uau! Que lugar maneiro,” diz Daniel. “Oi, amigo. Eu sou seu pai, Douglas,” diz Douglas, com uma risada nervosa.
“Eu sei que essas calças estão largas, mas parece que estou usando uma fralda?” diz Daniel. “Desculpe. Este é Adam, Bree, Chase e Leo, e aquela é a Harper,” diz Douglas, apontando. Harper sorri.
“Oi, garoto! Não se preocupe comigo, aparentemente sou só uma amiga da família,” diz Harper, claramente irritada.
“Bem, o que você queria que eu fizesse, Harper? MENTIR pra ele dizendo que você é minha filha!?” Douglas ri nervosamente. “Haha, é, por que você faria uma atrocidade dessas, né?” Harper sorri sarcasticamente.
Douglas a ameaça com os olhos. Harper dá de ombros.
“Isso pode parecer estranho porque acabamos de nos conhecer
, mas vou te chamar de Danielle,” diz Bree.
“Ok, hora de parar com a farsa da reunião pai-filho e admitir o verdadeiro motivo pelo qual você tá aqui... conhecer seu tio Donald,” diz Sr. Davenport. “Uau. Então eu ganho um pai novinho em folha, um tio e todos esses primos também,” diz Daniel.
“Sim, somos seus primos. É assim que estamos relacionados, né, Adam?” diz Chase.
“Eu não sei. De acordo com isso, eu morri há 35 anos,” diz Adam, incrédulo. “Sério, como você lê isso? É um monte de rabiscos!” pergunta Harper, confusa.
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Nos Quartos do Mentor, Adam está embrulhando um presente barulhentamente, incomodando todo mundo.
“Vai, para com isso! E por que você está embrulhando presentes, afinal?” pergunta Bree.
“São para o Daniel. Tenho que compensar treze anos sem dar um presente de aniversário para ele,” responde Adam.
“Ah, que fofo!” comenta Harper.
Chase se aproxima e pega um chocalho de bebê. “Um chocalho de bebê?” pergunta Chase.
“Ah, esse não é para ele. É para você quando completar treze anos,” explica Adam. Chase faz uma cara de irritação.
Sr. Davenport entra. “Boas notícias. Parece que o Douglas e o Daniel já estão começando a se entrosar,” diz Sr. Davenport.
“Entrosar, né? Meio como você forçou o Iggy a se entrosar com a calçada?” pergunta Leo.
“Não era a calçada. Era a guia. Você andou de bicicleta sobre ele por tipo, um mês,” corrige Sr. Davenport. Leo fica chocado.
“Não posso acreditar que você mentiu para ele todos esses anos. Você é tão ruim quanto o Douglas,” diz Bree.
“É, se vai mentir, faça direito. Todo mundo sabe que uma boa mentira é aquela que nunca é pega!” diz Harper.
“Você já mentiu sobre algo?” pergunta Chase.
“Não, mas se eu tivesse, você nunca saberia,” responde Harper.
“Então você acabou de mentir sobre não mentir?” pergunta Leo.
“Viu? Nunca vai saber!” diz Harper, com um sorriso.
“Bem, Bree, você é a última a falar. E quanto à vez em que você jogou fora aquele casaco que o Adam fez de carne seca?” pergunta Sr. Davenport. Adam fica chocado e deixa o presente cair.
“Você me disse que a Tasha jogou fora,” diz Adam.
“Não, ela não apenas jogou fora. Ela comeu uma manga,” explica Sr. Davenport.
“Você é um monstro!” exclama Adam.
“Sr. Davenport, como você pôde?” pergunta Bree.
“Eu tive que fazer isso. Era a única maneira de parar as pessoas de falarem dos animais de estimação mortos do Leo,” explica Sr. Davenport.
Leo se levanta, chocado. “Animais de estimação? No plural?” pergunta Leo.
“Preciso ir,” diz Sr. Davenport, saindo rapidamente do quarto.
“Em que encrenca eu me meti?” suspira Harper.
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Nos Quartos do Mentor, Adam entra segurando um par de calças de queijo.
“Ei, Adam, eu...” “Desculpe, não posso falar agora. Tenho que vestir minhas calças de queijo suíço antes que você jogue elas fora também,” interrompe Adam.
“Ei, não se esqueça de colocar suas calças de pepperoni,” diz Leo.
“Leo, não seja bobo. Todo mundo sabe que não se usa pepperoni depois do Dia do Trabalho,” diz Adam.
“Devo perguntar sobre essas roupas de comida ou...?” pergunta Harper.
“Eu preciso explicar!! Não tá claro!?”, diz Adam, mostrando as calças de queijo.
“Ah, tá, desculpe, foi uma pergunta boba. Agora está claro por quê!” diz Harper, com uma expressão confusa.
“Olha, Adam, eu sei que você está bravo, mas pode simplesmente deixar isso pra lá?” pede Bree.
“Não! Eu nunca faria algo tão cruel,” diz Adam.
“Mesmo? E aquela vez em que saímos escondidos para o parque de diversões?” pergunta Bree.
“Que parque de diversões? Ah, você quer dizer a vez em que mentimos para o Chase dizendo que fomos numa corrida de treinamento de oito horas,” diz Adam.
“O quê?! Por que vocês não me convidaram... para nenhuma dessas coisas?!” pergunta Chase.
“Viu aquele tom? É por isso,” diz Adam.
“Adam!” diz Harper.
“Ah, vai dizer que você nunca quis um tempo longe dele! Cara, acho que já fiz duas coisas cruéis. Ah, não, três. Tem também a vez em que derreti a bicicleta da Bree,” diz Adam.
“Como é?! Você usou sua visão térmica na minha bicicleta?” pergunta Bree.
“Não. Maçarico,” diz Adam.
Daniel entra. “Oi, pessoal,” diz Daniel.
“Oi!” todos respondem.
“Seria legal tirar umas fotos?” pergunta Daniel.
“Claro. As fotos de rosto estão ali. Cinco dólares se você quiser que eu assine, dez se quiser que eu escreva ‘Seu amigo, Adam’,” diz Adam.
“Certo. Que tal tirarmos uma foto com você dentro de uma cápsula?” sugere Leo.
“Legal. Parece bom para mim,” diz Daniel.
“Tudo bem,” diz Leo. Daniel entra na cápsula e um efeito estranho acontece ao redor do pescoço dele. “Pronto?” pergunta Leo, tirando a foto. “Posso tirar uma foto com vocês também?” pergunta Daniel.
“Claro,” diz Chase.
“Não. Ei, eu ofereci uma foto de rosto. Ele teve a chance dele,” diz Adam.
“Vai!! Para compensar pelas três coisas ruins que você fez!” diz Harper, empurrando Adam.
“Ficaríamos felizes em fazer isso, Daniel,” diz Bree, colocando a mão no ombro de Daniel, o que ativa um barulho, e Leo tira a foto.
“Uau. O que foi isso?” pergunta Bree.
“Certamente não veio do chip biônico que ele não tem,” diz Adam.
“Estou me sentindo estranho. Vou procurar meu pai,” diz Daniel. Ele corre super rápido e bate na parede.
“O que acabou de acontecer?!” pergunta Bree.
“Ah não, acho que ativamos os biônicos dele,” diz Leo.
“Daniel! Está tudo bem?” pergunta Harper, indo até ele.
“Acho que foi a cápsula!” diz Harper.
“Bem, ele definitivamente não pegou o chip de inteligência. Só bateu na parede,” Adam ri.
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Adam está abanando Daniel no sofá, com os outros por perto.
Sr. Davenport e Douglas entram.
“O que aconteceu?” pergunta Sr. Davenport.
“Eu não sei. Estava tirando uma foto na cápsula, e a próxima coisa que eu sei, estava correndo em direção a uma parede,” diz Daniel.
“A cápsula. Deve ter ativado o chip biônico dele,” diz Sr. Davenport para Douglas.
“Eu tenho um chip biônico?” pergunta Daniel.
“Ah... Surpresa!” diz Douglas.
“Espera, então Daniel também tem supervelocidade?” pergunta Leo.
“Não exatamente. Eu te dei uma habilidade chamada replicação de poderes. Você pode absorver as habilidades de qualquer pessoa biônica que tocar. Mas se você tocar outra pessoa, os poderes dela substituem os seus,” explica Douglas.
“Sério? Eu sou biônico?” pergunta Daniel.
“Sim! Você é!” diz Harper, colocando a mão no ombro de Daniel e sorrindo para confortá-lo.
“Por que ele não me contou então!?” pergunta Daniel.
“Bem... é complicado, garoto,” diz Harper.
“Você me disse que nunca descobriu sobre replicação de poderes,” diz Sr. Davenport para Douglas.
“Ah... Surpresa!” diz Douglas. Harper tira a mão do ombro de Daniel e suspira.
“Bom, olha só. Ele mentiu pra você, assim como você mentiu sobre o Iggy e outros. Você é um cemitério de animais de estimação ambulante!” diz Leo.
“Bem, não é tão ruim quanto a Bree ter comido meu casaco de carne seca. Já viu seu casaco ultimamente? Deve ter uma manga faltando,” diz Adam.
“Você comeu meu casaco de inverno?” pergunta Bree.
“E a sua saia de couro. Foi um bufê de roupas,” diz Adam.
“Bem, pelo menos vocês se divertiram no parque de diversões,” diz Chase.
“Não tanto quanto nos divertimos na sua festa de 16 anos,” diz Bree.
“Eu nunca tive uma festa de 16 anos,” diz Chase.
“Sim, teve. Você só não foi convidado,” diz Bree.
“O quê?” pergunta Chase.
“Eu soprei suas velas,” diz Leo.
“Você sabia disso!?” pergunta Chase para Harper.
“Bem, em minha defesa, nem estávamos juntos quando isso aconteceu, então...” diz Harper.
Chase fica surpreso. “Desculpe, amor!” diz Harper, fechando os olhos.
“Não precisa, pode ser a vingança. Lembra daquela faca a laser que você adorava carregar? Você não perdeu, Chase a jogou fora!” diz Adam. Chase arregala os olhos.
“Você o quê!?” pergunta Harper.
“Eu não joguei fora! Ela... quebrou antes disso...” diz Chase, nervoso.
“Você quebrou!? Por que não me disse!?” pergunta Harper.
“Em minha defesa, aquilo era perigoso!” diz Chase.
“E você acha que eu não sabia disso!!” diz Harper.
Eles começam a discutir ao mesmo tempo.
“Com licença! Tenho certeza de que a maior mentira é meu pai não ter me dito que sou biônico,” diz Daniel.
“Sério? Eu acho que a maior mentira é que não somos seus primos, somos seus irmãos e irmã,” diz Adam. Bree, Chase e Leo batem em Adam e ele se dá um tapa na cara. Harper balança a cabeça.
“Você mentiu sobre isso também,” diz Daniel.
“Eu juro, eu estava vindo aqui para te contar a verdade sobre tudo,” diz Douglas.
“Claro, estava,” diz Daniel
, começando a sair do quarto.
“Viu? É por isso que eu não queria que ele viesse aqui. Nunca devia ter deixado vocês me pressionarem para isso,” diz Douglas. Daniel se vira.
“Você nem quer que eu esteja aqui?” pergunta Daniel.
“Claro que... eu só quis dizer...” diz Douglas.
“Bem, sabe de uma coisa? Esquece. Você disse que formamos uma boa equipe. Adivinha? Você mentiu sobre isso também,” diz Daniel, saindo.
“Isto nunca teria acontecido com uma irmã. Só estou dizendo,” diz Bree. Douglas fica chateado.
Harper se aproxima e coloca a mão no ombro dele. “Eu vou falar com ele!” diz Harper.
“Garota, você não precisa,” diz Douglas.
“Eu não gosto de te ver assim... pai!” diz Harper e sai.
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Na praia, Daniel se aproxima de umas pedras e pega uma. Harper chega.
“E aí, garoto!” Harper sorri. “Oi, Harper,” responde Daniel.
“Olha, eu sei que é tudo meio confuso, mas... o Douglas não quis dizer aquilo de verdade,” diz Harper. “Sério? Não parecia assim. Tem mais alguma mentira que eu não sei? Você é minha irmã, por acaso?” pergunta Daniel.
Harper ri. “Não, tipo, eu e o Douglas temos essa relação meio pai e filha, mas...” diz Harper. “Sério? Você o vê como um pai?” pergunta Daniel.
“Sim, Daniel. O Douglas é o melhor pai que você poderia pedir, pode acreditar!” diz Harper. “Ele já mentiu pra você?” pergunta Daniel.
“Sim, ele mente de vez em quando, mas não é por mal. Ele te ama, queria te proteger e, claro, queria que você estivesse aqui. Ele só ficou nervoso...” explica Harper.
“Você precisa dar uma chance pra ele. Pode confiar, você não vai se arrepender porque... do jeito dele, ele é... incrível!” diz Harper. “Uau! Você realmente gosta dele, né?” pergunta Daniel.
“Bem... ele é meio que... meu pai, então... eu o amo!” Harper sorri. Daniel sorri também. “Ele realmente parece um bom pai...” diz Daniel. “Ele é mesmo!” confirma Harper.
“E você é uma boa irmã!” diz Daniel. “O quê?” pergunta Harper. “É, bem, eu sei que você não é, mas... seria legal,” diz Daniel, e Harper sorri.
“É, seria legal...” Harper sorri e olha para baixo, enquanto Daniel joga pedras no mar.
Leo se aproxima. “E aí, galera, o que estão fazendo aqui fora?” pergunta Leo. “Pulando pedras e mandando beijos para aquelas garotas no iate,” diz Daniel, dando um beijo e acenando.
“Ah, aquilo não é um iate. É um barco de camarão, e aquelas garotas não são garotas,” diz Leo. “Ah, entendi,” diz Daniel.
“Eu sei que você está chateado. Mas o Douglas é um cara legal. Não é que ele não quisesse você aqui, ele só não queria atrapalhar sua vida normal,” diz Leo.
“O cara colocou um chip de computador no meu pescoço. Acho que já passamos do normal,” diz Daniel. “É, ele só não sabe lidar com as coisas de outro jeito,” diz Harper.
Daniel continua pulando pedras. “Aqui. Deixa eu te mostrar como se pula uma coisa de verdade,” diz Leo, disparando uma esfera de laser para o horizonte.
“Uau. Que legal! Eu queria conseguir fazer isso,” diz Daniel. “Bem, você pode, se usar sua nova habilidade,” diz Leo.
“Sério?” pergunta Daniel. “Sim, você pode ter qualquer habilidade assim!” diz Harper.
“Aqui. Toque no meu braço. Só não fique impressionado com os músculos,” diz Leo.
“Que músculos?” pergunta Daniel. “É, Leo, o garoto é novo aqui, não é cego!” diz Harper. “Só toca,” diz Leo.
Daniel toca o braço de Leo. “Ok, agora levante a mão,” diz Leo, e uma esfera de laser se forma na mão de Daniel.
“Uau! Que massa. Tá quente. Quente! Quente!” diz Daniel. “Joga!” diz Leo. Daniel dispara a esfera de laser para o horizonte. “Nada mal,” diz Leo.
“É, a minha foi mais longe que a sua,” diz Daniel. “Não é uma competição, Daniel,” diz Leo, defensivo.
“Se fosse, eu ganharia!” diz Harper. “Você nem está na competição, então não tem voz,” diz Leo.
“Cuidado! Você não deve irritar um cara com esses músculos!” diz Daniel sarcasticamente para Harper, e os dois riem.
“Hahaha!” Leo ri falso. “Olha só. Bola curva,” diz Leo, disparando uma esfera de laser curva. “Ah, aposto que eu também consigo fazer isso,” diz Daniel.
“Daniel, não!” diz Leo. Daniel dispara a esfera de laser curva, que rebate e atinge a estrutura atrás deles.
“O que eu fiz?” pergunta Daniel. “Sua esfera de laser rachou o tanque de combustível,” diz Leo.
“Aquele é o hidrogênio que alimenta o hydraloop. Sem ele, vamos ficar presos na ilha,” diz Harper. “Precisamos de ajuda,” diz Leo.
“Vamos encontrar o Adam, a Bree e o Chase!” diz Harper. Ela e Leo começam a se afastar, e Daniel começa a pular para cima e para baixo desesperado.
“O que você está fazendo?” pergunta Leo. “Estou tentando chamar aquele barco de camarão. Quero uma carona para casa antes que meu pai descubra,” diz Daniel, pulando e acenando.
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“Está piorando. Outra rachadura apareceu,” diz Daniel. “A Harper foi buscar o Adam, a Bree e o Chase!” diz Leo.
“Não dá pra você usar seus dedos biônicos para parar o gás de sair?” pergunta Daniel. “Meus dedos não são biônicos. Só meu braço,” diz Leo. “Ah, sério? Isso é meio triste,” diz Daniel.
Harper volta com Adam, Bree e Chase. “Leo, o que rolou?” pergunta Chase. “O Daniel acidentalmente disparou uma esfera de laser no tanque de combustível do hydraloop,” diz Leo.
“Beleza, Daniel, deita aqui. Hora da sua primeira surra biônica,” diz Adam, sentando-se e batendo no próprio joelho.
“A primeira rachadura deve ter deixado oxigênio entrar no tanque,” diz Chase. “Aumentando a pressão!” diz Harper, pensativa.
“Exatamente. Se não pararmos essas rachaduras, aquilo vai explodir e destruir toda a ilha,” diz Chase. “Para de ser tão dramático. São só umas rachaduras pequenas,” diz Leo, enquanto mais rachaduras aparecem no tanque.
“O que vamos fazer?!” pergunta Leo. “Talvez eu possa usar minha visão térmica para selar as rachaduras,” sugere Adam. “Não!” diz Harper. “Esse gás é inflamável,” diz Chase.
“Então, como vamos parar as rachaduras?” pergunta Leo. “Precisamos pensar rápido, a pressão está aumentando,” diz Harper.
“Espera aí. E se fizermos o oposto? Adam, use sua capacidade pulmonar aprimorada para congelar o lado de fora do tanque,” sugere Bree. “Já estou nisso,” diz Adam.
“Rápido! Vai explodir!” diz Leo. Adam usa sua capacidade pulmonar aprimorada para congelar o tanque, mas depois para. “Não está funcionando,” diz Adam.
“Espera. Pessoal, eu posso replicar a capacidade pulmonar dele e dobrar a força?” pergunta Daniel. “Sim!!” diz Harper. “Uh, sim. Sim, você pode. Daniel, toque no Adam,” diz Chase.
Daniel toca o braço de Adam. “Ok, e agora?” pergunta Daniel. “Sopre!” dizem todos. Adam e Daniel usam suas capacidades pulmonares aprimoradas e sopram no tanque.
“Ei, está funcionando. Ah, eu quero replicar poderes,” diz Leo. Adam e Daniel congelam o tanque. “Sim!” todos comemoram e se abraçam.
“Daniel, isso foi incrível. Estou tão orgulhosa!” diz Harper. “Obrigado!” Daniel sorri para ela.
“Parabéns, Daniel. Você completou sua primeira missão biônica,” diz Bree, abraçando-o.
“Isso foi incrível. Eu preciso contar para o meu pai,” diz Daniel, e acidentalmente usa supervelocidade e bate em uma pedra.
“Ei, continue fazendo filhos biônicos, eventualmente você vai conseguir um burro,” diz Adam, e todos olham para ele.
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Nos Quartos do Mentor, “Então, você contou para o seu pai como congelou o tanque de combustível?” pergunta Leo. “Sim, mas talvez eu não tenha contado que fui eu quem rachou,” diz Daniel.
“Esse é meu garoto!” diz Harper com um sorriso orgulhoso. “Mas ele vai ficar realmente bravo, né?” pergunta Daniel.
“É. A menos que ele não descubra,” diz Bree. “Então vamos mentir?” pergunta Daniel. “Ah, claro!” diz Harper. “Parece bom,” diz Leo. “Funciona para mim,” diz Chase. “É meio o que fazemos,” diz Adam.
“Além disso, não é bem uma mentira, é um segredo biônico,” diz Chase, estalando a língua. “Estou gostando da minha nova família,” diz Daniel.
Douglas entra. “Pessoal, uh... podem me dar um minuto com o Daniel?” pergunta Douglas. “Claro. Não queremos assistir a esse desastre,” diz Adam, e todos começam a sair.
“Oh! E Harper...” diz Douglas. Harper para.
“Desculpe pelo que aconteceu antes... Você não é só uma amiga da família, você é minha filha!” diz Douglas com um sorriso tímido.
“Relaxa, eu sei, pai!” Harper sorri para Douglas e dá um sorriso sutil para Daniel.
“É, pai, ela sabe!” completa Daniel. Douglas olha para Daniel confuso.
Harper agarra o ombro de Douglas. “Não estrague isso!” diz Harper e sai.
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Na área comum, Bree entra.
“Pessoal, acho que é hora de esclarecer todas as mentiras,” diz Bree. “É,” diz Adam para Chase.
“Desculpe por não ter te convidado para o parque de diversões, ou para
a sua festa de aniversário,” diz Adam. “Ah, tudo bem, Adam. Eu teria estragado a diversão de qualquer forma,” diz Chase.
“Mas eu deveria ter te contado, ou pelo menos não ter comido o primeiro pedaço de bolo,” diz Harper. “Tudo bem, querida, e desculpe por ter quebrado sua faca de laser e não te contado. Eu sei o quanto você gostava daquilo,” diz Chase, esfregando suas costas.
“Tudo bem, sempre quebrava nas piores horas e eu sei que você tentou, você sempre achou perigoso,” diz Harper.
“Bem... eu só queria te proteger,” diz Chase. “Eu sei,” diz Harper em silêncio e dá um beijo leve em Chase.
“Ei, Adam, desculpe pela sua jaqueta. Fiquei tão mal, fiz para você uns óculos de carne seca,” diz Bree, segurando-os.
“Ah, eu já tenho um par, mas obrigado,” diz Adam. Bree dá uma mordida nos óculos.
Daniel, Douglas e Mr. Davenport entram.
“E aí, pessoal, o Daniel está indo embora,” diz Douglas. “Ei, tchau, Daniel. Foi ótimo passar um tempo com você,” diz Leo.
“Vou sentir sua falta, garoto!” Harper o abraça. “É, cara, você foi o melhor irmão surpresa que já tivemos. Sem ofensa, Leo,” diz Chase, e Leo o encara.
“É, ainda gostamos de você. Só que você é uma notícia velha,” diz Adam.
“Então, eu sei que você precisa voltar para o continente, mas, talvez você possa voltar e visitar em algumas semanas,” diz Douglas. “Ou antes, se eu precisar de uma grana extra,” diz Daniel.
“Você está me chantageando?” pergunta Douglas. “Sim,” diz Daniel. “Esse é meu garoto,” diz Douglas.
“Oh, ei, se você quiser sair só com o tio Donald, é só falar,” diz Mr. Davenport. “Sabe de uma coisa? Eu tenho que ir,” diz Daniel, indo para o Hydraloop.
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