Capítulo 25
Depois que descansamos, nos arrumamos, comemos um lanche e fomos direto para o aeroporto de táxi. Renato ficou sabendo de nossa viagem há alguns minutos atrás e não ficou nada feliz, por saber que até a Dove iria, justamente agora que minha carreira alavancou de novo. Mas como bons amigos, os meninos me defenderam, até o Joel, que nos últimos meses só me esculachou.
..
Já fizemos nosso check-in e estamos esperando nas cadeiras perto do portão de embarque, até chamarem por nosso vôo. As meninas ainda não chegaram, o que me deixa preocupado. Será que a Dove passou mal? Sim, desde que descobri que vou ser pai, minha preocupação com a Dove triplicou, principalmente por não estar perto dela o tempo todo como antes. Qualquer diferença nela, ou algum atraso em alguma coisa, já é motivo pra que eu fique aos nervos preocupados.
- Mandei uma mensagem pra Dove pra saber onde elas estão - Joel me tira dos meus pensamentos - Ela disse que as três estão num engarrafamento enorme.
- A Audrey tá vindo junto? - Rich pergunta.
- Sim. As três presas dentro de um táxi - Joel diz rindo.
Erick e Zabdiel estão com encostados na cadeira, de braços cruzados e boné no rosto pra esconder que estão dormindo, o que é bem visível.
- Acho que vou seguir os dois - Rich diz olhando pra eles.
- To querendo também - digo os olhando - Minha cabeça tá explodindo ainda.
- Eu ficaria surpreso se não estivesse - Joel diz.
Rich solta uma risadinha e se encosta na cadeira e faz como Zabdi e Erick, e em poucos segundos apaga.
- Quando vão saber o sexo do bebê? - Joel pergunta.
- Não faço ideia - digo. - Acho que agora na próxima ultrassom.
- Tá pensando em que? - Joel pergunta e não entendo muito o motivo.
- Como assim?
- Já sabe como vai resolver tudo isso? - ele pergunta - E tudo isso que digo é: se entender com a Dove, contar pro Renato que sua namorada tá esperando um filho seu e que você se sente na obrigação de ficar com ela, mesmo que sua carreira desabe como ele acha que vai, e o mais importante, aguentar sua mãe, que não deve estar nada contente com isso.
- Nem me fale. Minha mãe tá uma sarna atrás de mim.
- O que ela disse?
- Han... Bom, ela acha que a Dove tá me enganando, dizendo que o filho é meu.
- Nossa! Isso é maluquice. - Joel diz - De quem mais poderia ser? - encaro Joel e fico com receio de falar.
- Ela acha que pode ser seu. - digo e Joel arregala o olho. - E que você talvez não queira assumir.
- Que?? Sua mãe me conhece, ela sabe que eu nunca faria isso.
- Eu disse isso a ela. - digo e suspiro - Minha mãe é um caso perdido. Amo muito ela, mas ela já tá exagerando. Ela disse que eu nem devo gostar dessa criança. Isso machuca muito, achei que ela amoleceria sabendo que vai ter um neto.
- Até eu me surpreendi agora - Joel diz balançando a cabeça. - Não sabia que sua mãe era capaz disso.
- Nem eu. - digo - Eu queria ter uma mãe normal, pra variar.
Damos uma risada fraca e Joel bate na minha cabeça. Ainda bem que voltamos com nossa amizade, porque é horrível não poder me abrir com o Joel.
Enquanto conversamos, vemos as meninas de longe na fila do check-in. Nos levantamos e vamos um pouco perto pra ajudá-las com as bagagens de mão.
- Atrasadas - Joel diz e Sofia mostra a língua pra ele.
- Culpe o trânsito infernal de Miami. - Audrey diz.
- Já tava ficando louca dentro daquele táxi - Dove diz.
Elas nos cumprimentam com um beijo na bochecha e Sofia e Audrey acompanham Joel até os meninos.
- Não precisa - Dove diz quando pego a alça da bagagem de mão dela.
- Precisa sim - digo e ela suspira.
- Chris eu to grávida, não doente. Eu posso levar - ela diz.
- Por isso mesmo - digo e pego a mochila do ombro dela. - O que você está carregando nessa mochila?
- Minha câmera e outras coisas - ela diz enquanto andamos.
- Que coisas?
- Curioso! - ela diz e sorrio.
Chegamos até os assentos e quando as meninas se sentam, anunciam que podemos ir para o avião. Entramos no portão de embarque e em poucos minutos estamos dentro do avião. Sentamos todos pertos, mas me sentei junto a Audrey, Zabdiel com Dove, Joel e Erick, Sofia e Richard. Na verdade, eu queria me sentar com a Dove, mas não somos nós que escolhemos nosso lugar.
..
Apertamos o cinto e em pouco tempo o avião decola. Sinto um enjoo enorme por causa disso e uma vontade de vomitar que só por Deus. Zabdiel percebe e segura minha mão enquanto o avião subia. O avião pega a altura correta e respiro fundo.
- Melhorou? - Zabdiel pergunta.
- Não. Acho que vou no banheiro. - digo.
Assim que o piloto diz que podemos andar pelo avião, me levanto rapidamente e saio correndo para o banheiro. Tranco a porta e me abaixo no vaso para vomitar. Coloco pra fora tudo o que preciso, dou descarga, fecho a tampa e fico agachada no chão.
- Dove! - escuto Chris bater na porta.
Respiro fundo, me levanto e abro a porta.
- Tudo bem? - ele me olha preocupado.
- Tudo. É só enjoo mesmo. Pode pegar minha escova e pasta na mochila?
- Claro, eu já volto. - ele se vira e vai para os assentos.
Enquanto isso, fecho a porta novamente e passo uma água no rosto. Em alguns minutos, ele bate na porta e o deixo entrar, e ele fecha a porta. Pego minha escova e escovo os dentes para melhorar meu hálito. Olho pra trás e vejo Chris encostado na parede de braços cruzados me encarando.
- Que foi? - pergunto com a escova na boca.
- Nada. - ele diz e enxaguo minha boca e a seco.
- Nada? - pergunto e me encosto na pia e cruzo os braços.
- Só fico preocupado com esses enjoos.
- É normal, ainda mais dentro de um avião. - digo e ele assente - Não precisa se preocupar com tudo.
- Eu sou assim. - ele diz.
- Eu sei. - digo - Mas numa gravidez, enjoos são normais. Muito normais.
- Ahan - ele fala sem muito ânimo.
O banheiro do avião é pequeno e acho que só estamos cabendo aqui porque somos uns palitos, então estamos pertos um do outro.
- Que foi? - pergunto de novo porque a cara dele mostra que ele quer falar alguma coisa.
- É que.. - ele dá uma pausa e muda o peso pra outra perna.
- É que?
- Você tá mais bonita agora com a gravidez - ele diz e dou risada - Que foi?
- Sério que você tá me falando isso num banheiro de avião? - pergunto e ele ri.
- Você que pediu pra falar - ele sorri.
- Claro, você estava me olhando estranho - digo. - Tava me dando medo.
- Só tava reparando em você. - ele diz e mordo o lábio sorrindo.
Por mais que ele tenha sido um canalha e no fundo eu esteja querendo matá-lo, eu o amo, e tudo o que ele diz já é motivo pra que eu amoleça, porque esse é o efeito que Christopher Velez me causa.
O avião sofre uma turbulência e Chris se desequilibra e vai pra cima de mim. Ele apoia as mãos na pia uma em cada lado do meu corpo pra se equilibrar e respiro fundo com os olhos fechados para tentar controlar o enjoo.
A turbulência dura 1 minuto e quando para, abro os olhos e vejo Chris encarando minha boca com o rosto tão perto que sinto sua respiração pesada. Mal tenho tempo de falar alguma coisa porque ele gruda nossos labios e o correspondo com um beijo leve.
Ele coloca as mãos na minha cintura e gruda seu corpo no meu me fazendo passar os braços no seu pescoço e aprofundar o beijo. Ele anda pra trás e se senta na tampa do vaso e me puxa me fazendo sentar em seu colo. Como eu disse, esse é o efeito que ele me causa e não tem como não o acompanhar.
Ele coloca a mão por dentro da minha blusa e passa a mão nas minhas costas me causando um arrepio insuportável. Ele percebe e sorri, beijando meu queixo e descendo pelo meu pescoço, deixando beijos por ele enquanto afundo minha mão no seu cabelo e fecho meus olhos pra aproveitar a sensação e sem querer deixo escapar um gemido baixo.
Como minha blusa tem dois botões em cima, ele os abre e distribui beijos na região. Ele volta com às mãos nas minhas costas e as desce por dentro da minha calça e aperta me fazendo soltar outro gemido baixo. Ele volta atenção para meu pescoço, trilhando beijos até minha boca novamente. Me deixo levar e rebolo em seu colo pra provocá-lo e ele suspira.
- Você me mata Cameron - ele diz baixo.
Beijo o seu pescoço enquanto ele aberta meu bumbum dentro da calça e me força pra baixo me fazendo perceber mais ainda o quanto ele me deseja, assim como eu.
Acabo lembrando da realidade que estamos no banheiro de um avião e o olho.
- Precisamos voltar - digo e ele faz cara feia. - É sério. Esqueci de onde estamos.
- Nossa, acabou de estragar minha fantasia - ele diz e dou risada.
- Essa é sua fantasia? - pergunto rindo.
- E você acabou de estragar - ele me dá um selinho.
Nos levantamos e ele sai primeiro. Ouço ele dizer pra uma aeromoça que demoramos porque eu não estava bem por causa que eu estou grávida e que fiquei com medo de sair e vomitar.
Pego minha escova e minha pasta saio do banheiro. Passo perto do assento do Chris e ele fica me encarando com um sorrisinho no rosto. Me sento ao lado de Zabdiel e me ajeito.
- Tudo bem? - ele pergunta.
- Tudo. Fiquei com medo de passar mal aqui. - digo e ele sorri. Eles desligam as luzes do avião em seguida - Melhor a gente aproveitar e dormir.
- Por favor - rimos.
Zabdiel se encosta no banco e fecha os olhos e dorme logo em seguida. Eu me ajeito pra dormir, mas fico pensando em tudo o que aconteceu agora pouco e se isso foi meio precipitado, mesmo não tendo acontecido nada. Mas quase aconteceu. Coloco a mão na barriga e fecho os olhos pra dormir um pouco.
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Oi amores, perdão a demora. Mas aí está um leve, leve hot hehe. Me pediram mas ainda não é a hora então pensei em só dar uma atiçadinha nos dois. Relevem se ficou ruim pq eh a primeira vez que escrevo assim.
Não esqueçam os votos e comentários, please.
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