CHAPTER 4. you don't know how long I waited for this

4. VOCÊ NÃO SABE O QUANTO EU ESPEREI POR ISSO

Ao me analisar pela décima vez no espelho do meu quarto, sorrio satisfeita com o resultado. Meus cabelos estavam amarrados num rabo de cavalo e meu corpo era coberto por um short jeans de cintura alta e uma camiseta transparente, com uma parte mais escura que cobria meus seios. Em meus pés eu calçava uma bota de cadarço com um pequeno salto e minha boca era marcada por um batom vermelho, como sempre.

Assim que recebo uma mensagem de Margot me avisando que já me esperava, desci as escadas rapidamente dando um beijo rápido na bochecha de minha mãe, que assistir um filme não reconhecido por mim.

— Hoje eu quero beber até desmaiar! — Margot disse animada e eu ri, aumentando ainda mais o som.

Pelo que Margot havia me dito, Cassie, Lola e Morgan já esperavam por nós na casa de James. Assim que chegamos, as luzes vibrantes já eram vistas de longe e as pessoas com seus típicos copos vermelhos andavam pelo jardim. Desci do carro e caminhei ao lado da garota negra, entrando na casa e sendo recepcionada por alguns garotos do time de futebol.

— Eu já transei com a maioria desses caras. Não tem mais nenhuma novidade. — Lola reclamou descontente. — Olha só como esses caras do terceiro ano são broxantes.

Olhei para a direção que Lola apontava e fiz careta ao notar um dos garotos da minha sala dançando "sensualmente" em cima da mesa de sinuca.

— Queria transar com o Vince, mas ele só tem olhos pra Ariel. — Foi a vez de Morgan murmurar, também descontente. — Eu não sei como você ainda não caiu nos encantos dele.

— Talvez essa noite eu caia. — Pisquei e ela sorriu cúmplice, levantando as mãos em forma de rendição.

As garotas riram e logo iniciamos uma conversa desprovida de educação sobre os alunos o terceiro ano. Lola tinha razão. A maioria dos caras do terceirão não faziam o meu tipo ou eram muito idiotas para pegar até um bebida.

No momento que começou a tocar Earned It fui rapidamente para a pista de dança sendo acompanhada pelas garotas. Mesmo com o copo vermelho na mão, eu me movimentava sem deixar nenhuma gota de álcool ser desperdiçada. Pouco tempo depois, senti uma mão agarrar minha cintura e olhei para trás para me certificar que era Vince, e não outro garoto indesejado ou desconhecido.

Me virei completamente para ele e coloquei meus braços em volta de seu pescoço, deixando com que sua mão se firmasse ainda mais em minha cintura. Me aproximei do seu ouvido — tendo que usar a velha tática da pontinha do pé — e mordi uma parte que não pegasse seu brinco. Ele respirou fundo e vi ele mordendo o lábio inferior.

Depositei um beijo no canto de sua boca e ele abriu um sorriso sem mostrar os dentes, colocando a mão em minha nuca e me puxando para um beijo. Senti o gosto de bebida alcoólica misturada com chiclete de menta.

— Quer ir pra um lugar mais sossegado? — Questionou, me dando um selinho.

Assenti e ele virou-se, agarrando minha mão e me guiando para subir as escadas. Olhei na direção das meninas e elas me encaravam sorridentes, fazendo um jóinha com a mão. Ri baixo e voltei minha atenção para Vince, que me carregava escada acima.

Ao encontrarmos um quarto disponível, Vince tirou a jaqueta e veio em minha direção. Dava para perceber o desejo em seus olhos, o tesão e a cobiça. Senti meus cabelos sendo soltos e me prontifiquei em tirar sua camisa. Suspirei entre o beijo ao sentir seu abdômen definido entre meus dedos, fazendo com que Vince sorrisse em aprovação. O moreno pegou-me em seu colo e me jogou na cama assim que pôde, ficando por cima de mim e iniciando um processo de tortura até decidir tirar me short e a minha camiseta. Assim que Vince notou que eu estava sem sutiã, pude notar que ele só voltou a respirar quando o puxei para outro beijo.

— Você não sabe o quanto eu esperei por isso. — Falou num sussurro, descendo sua mão até minha intimidade, me fazendo arquear as costas e fechar os olhos.

Na segunda tudo havia voltado ao normal. Domingo Vince havia me mandando uma mensagem me convidando para sair, mas eu havia deixado bem claro que nada mudaria entre nós só porque transamos. Ele respondeu que já sabia, mas um milk shake não era uma anel de compromisso. Eu fui, e acabamos transando em seu carro.

Na primeira aula da manhã, o comunicado sobre o baile de máscaras foi dado. Os convites começariam a ser vendidos no dia seguinte e poderíamos comprar para revender, assim como fazíamos todos os anos. Não era algo que já não era feito.

— O que você pensa em fazer no seu aniversário de dezoito, Ari? — Margot questionou, me fazendo parar e pensar. — Vai ser o mesmo que os outros anos?

— Não. Dessa vez vai ser algo maior. Mês passado eu já havia conversado com a minha mãe. Vai ser uma festa de Halloween. — Sorri, animada com a ideia. — Estávamos organiazando tudo antes do Jeremih ir embora.

— Ele não te ligou nenhuma vez? — Indagou e eu neguei, suspirando. — Que droga, amiga.

— Não era algo que eu já não esperava. Mas, por mim tudo bem. — Dei de ombros e Margot apoiou sua cabeça em meu ombro, fazendo com que eu soltasse uma risada nasalada. — Eu dispenso olhar de dó, Margot.

— Não estou com dó. Só quero dormir. — Retrucou e eu a olhei desconfiada. — Ah, qual é? Você sabe que eu não faço por mal.

Sorri e assenti. O horário de treino estava quase acabando. Lola, Cassie e Morgan ensaiavam um passo que estavam com dificuldade, enquanto as outras garotas tomavam água e descansavam antes da treinadora finalizar o treino.

Assim que o intervalo foi encerrado, voltamos para as nossas respectivas formações e começamos a ensaiar os passos para o jogo de quinta feira, em que a nossa escola ia jogar contra os Silver Warriors, time escolar que ficava nas colinas. Era uma equipe boa, tinha materiais mais acessíveis e um treinador com maior experiência, mas nada que os Steel Lions não pudessem suportar.

Há alguns metros de nós, os jogadores do time também treinavam. Os gritos dos jogadores eram abafados por seus capacetes, mas os xingamentos do treinador poderia ser escutado há quilômetros de distância.

— Você não contou sobre a sua transa com o Vince. — Morgan sorriu ao meu lado, acompanhando-me até o vestiário.

— A transa foi boa, ele é extremamente gostoso e repetimos a dose ontem. — Contei e ela soltou um gritinho animado, fazendo-me gargalhar.

— Você é muito sortuda, garota! — Disse. — Além de tudo, ele é caídinho por você. Sabe o que eu tenho? Inveja!

— Não exagera, Morg. — Murmurei e ela deu de ombros, sorridente.

Tirei a roupa de treino e entrei no chuveiro, dando alguns passos para trás ao sentir a água fervente em cima de mim. Quem conseguir tomar banho numa temperatura como essa?

Tomei um banho rápido, apenas para tirar o suor e não ir fedendo trabalhar. Após o banho, coloquei uma calça de lavagem clara, a camiseta do uniforme a calcei os vans pretos que eu havia vindo para a escola. Peguei minha mochila e me despedi das meninas, caminhando rapidamente até a lanchonete.

Faltava cinco minutos para o meu expediente começar e eu não havia percorrido nem metade do caminho. Mandei mensagem para Joan, pedindo para que ela me encobrisse por alguns minutos e ela logo me respondeu com um emoji de jóia. Suspirei aliviada e voltei a caminhar rapidamente, praticamente correndo. Quando um carro preto começou a andar devagar ao meu lado, senti meu corpo estremecer e meus músculos logo fica tensos.

— Quer uma carona? — Sabe quando você volta a respirar quando nem sentiu que havia parado? Então, foi isso que aconteceu comigo ao notar que quem estava dirigindo era Andrew.

— Pode ser. — Respondi, dando a volta e sentando no banco do passageiro. Eu estava atrasada e uma carona não caia nada mal naquele momento.

Andrew olhou para mim e eu dei um sorriso sem mostrar os dentes. Sweet But Psycho tocava e isso era a única coisa que impedia do silêncio constrangedor tomar conta do espaço. Andrew estava concentrado na estrada e vez ou outra ele passava a mão no cabelo úmido. Havia um corte em sua sobrancelha, hematoma que eu não tinha visto na última vez que nos vimos.

— Você se meteu numa briga? — Questionei curiosa. Ele me olhou sem entender e eu apontei para a sua sobrancelha, fazendo ele negar com a cabeça. — O que aconteceu, então?

— Você nunca parou de ser curiosa. — Murmurou. Aquilo tinha sido mais para ele do que para mim. — Brincadeira com os amigos que não deu certo.

— O que eles fizeram?

— Você faz muitas perguntas. — Falou.

— E você não responde nenhuma. — Retruquei e ele riu, concordando. — Obrigada.

Ao estacionar o carro, me despedi de Andrew rapidamente e entrei na lanchonete, colocando o avental e o boné rapidamente. Andrew estava sentado no balcão sendo atendido por Vince quando voltei. Suspirei e comecei a atender os clientes, fingindo que eu não havia me atrasado.

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