Capítulo 1. Jungkook safado
BEM VINDES À KISS U!
Avisos importantes:
➼ Fanfic está concluída. Por que aparece em andamento? Para ver se o wattpad não derruba por considerar ter sexo e pouco enredo (é, meus doces, eles baniram as pwp). Espero que essa tática funcione se não terei que retirar a fic daqui;
➼ Narrado por Jimin e inspirado na minha vida e na de algumas amigas ficwriters;
➼ Mantenho idade brasileira nos personagens para evitar confusão;
➼ Conteúdo +18 pelo sexo em meio ao romance, não me responsabilizo por menores de idade lendo;
➼ Reforço que esta é uma estória fictícia, nada condiz com a realidade dos membros do BTS, qualquer semelhança é mera coincidência e é uma obra sem o intuito de ofender;
➼ Nunca esqueça que um autor se dedica muito para fazer os capítulos, então se você gosta das obras dele, não deixe de demonstrar apoio votando e comentando pois traz uma alegria sensacional, além de incentivá-lo a continuar.
➼ Esta fanfic está disponível apenas no meu perfil no wattpad, para sua segurança leia apenas no próprio site ou pelo app!
Boa leitura!
Atenciosamente, SweetNaminnie.
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Capítulo 1 - Jungkook safado
Assim que cheguei em casa fui direto para meu quarto, joguei a mochila em qualquer canto e deitei em minha cama. Finalmente teria um bom descanso.
Eu estava exausto pois na noite anterior fiquei acordado até quatro da manhã, mesmo sabendo que precisava acordar cedo naquele sábado e cumprir meu horário no trabalho das sete às duas e meia da tarde. Tudo porque eu estava no auge da inspiração e não é sempre que minha imaginação se encontrava a mil, logo aproveitei o momento para terminar o último capítulo de uma estória - com "e" mesmo, afinal, é fictícia - feita por mim e continuar uma outra.
Eu sou ficwriter. Escrevo sobre a relação amorosa que existe na minha cabeça do shipp que aprecio e em cada enredo minimamente planejado eles são e se envolvem de um jeito diferente. É muito bom!
E eu sei que não tenho a obrigação de atualizar nos dias que planejei, que eu tenho responsabilidades maiores, mas eu gosto de seguir os combinados com meus leitores pois a minha dedicação é grande, principalmente com as coisas que amo fazer e eu amo escrever.
Então por volta das nove da noite, após finalizar mais uma, notei que era dia de atualizar outra e me coloquei a escrever, desfrutando de toda a empolgação e acabando por dormir tarde. Às seis e dez, meu despertador tocou e levantei para começar mais um dia.
Minha rotina é dar os remédios ao meu pai - se deixasse por sua conta ele esquecia -, me arrumar, tomar café e pegar a condução chegando sete horas em ponto na loja ou às vezes sete e meia se houvesse imprevistos. Ainda que parecendo um zumbi e com uma dor de cabeça chatinha, conseguia trabalhar e retornar para casa no fim do expediente.
Então vem meu momento favorito: dormir até às seis e meia da noite. Ao menos isso me dá uma boa despertada para continuar meus afazeres que inclui escrever mais.
Sabe, eu gosto das fantasias que minha mente cria a todo instante. Gosto mais ainda de criar cenários, de dar vida aos personagens onde cada um tem um estilo e uma personalidade diferente, de fazer cenas e mais cenas acontecerem, e trazer as pessoas para conviver com eles em um universo diferente da realidade onde tudo é possível. Isso me satisfaz mais que um copo d'água num dia seco.
E eu pensava em continuar meus estudos, aprofundar em tudo o que fosse preciso para futuramente me tornar um cara experiente e, quem sabe, um autor famoso que passa horas em seus próprios devaneios, trabalhando com o que ama, ganhando dinheiro para poder viajar, obtendo as mais diversas inspirações de pessoas e cidades maravilhosas que vir a conhecer, sendo feliz... Seria uma ótima vida.
Mas enquanto esse dia que mais parece um sonho não chega, eu me contento em ser um pequeno amador em um site, que batalha todos os dias na vida e também batalha para conseguir um tempinho a mais para suas criações.
Eu nunca fui exigente ou ganancioso, escrevo para quantas pessoas forem. Sejam duas ou vinte mil, eu sempre tive o mesmo prazer. Até porque esse era um hobby. Um passatempo que se tornou minha paixão, por mais que às vezes eu esquecesse disso e me cobrasse demais.
Mesmo que não conseguisse me dedicar vinte e quatro horas como gostaria e que perdesse um tempo ao qual eu poderia focar para conquistar meus objetivos pessoais mais rápido; mesmo que não ganhasse remuneração e vivesse na correria para conseguir atualizar porque, querendo ou não, eu tinha uma vida fora das minhas fantasias onde devo cuidar de mim, do meu pai doente, da casa, dos meus estudos e trabalho; mesmo que perdesse noites de sono ou encontros com meus amigos, ainda sim eu fazia o que amava e era feliz desse jeito.
Tudo começou com uma brincadeira há alguns anos atrás. Meu amigo me mostrou dois rapazes que os fãs juravam ser um casal e disse sobre a história que estava por trás deles e à noite eu me peguei pensando sobre. Os dois realmente tinham uma boa amizade e também uma química maravilhosa. Ela era como a que eu sonhava ter com o crush do ônibus, ou da padaria, ou da biblioteca, enfim, várias opções que no fundo eu sabia que nunca dariam certo. Todavia, eu tinha fantasias com cada um deles. Então pensei: por que não encaixar uma delas ao shipp que já tem um quê de que vai dar certo e realmente fazer dar certo entre eles?
As cenas fluíram na minha mente e mais ainda quando as digitei. No fim mandei para meu amigo só para mostrar: olha aí o casal que você curte em um romance.
Hoseok simplesmente enlouqueceu. Disse que eu levava muito jeito pra isso e pediu que eu fizesse uma fanfic maior. Como meus dias até então eram monótonos - eu passava a maior parte deles olhando para as paredes do meu quarto depois de ler um bom livro ou terminar mais uma série - aceitei. Foi mais por consideração a ele pois não tinha muita vontade de compartilhar meus devaneios com ninguém.
Assim passei dias escrevendo em um pique impressionante. Surpreendi por estar indo bem e me senti cada vez mais empolgado, o que me fez diminuir muito minha noite de sono - quando dormia também era imaginado os personagens -. E no dia que terminei, adorei o resultado final. Ficou incrível. Parecia que eu havia achado um talento.
Mandei o documento contendo a história para Hobi e no outro dia ele veio na minha casa, abriu meu notebook, entrou em um site de estórias das mais variadas, abriu uma conta com o codinome "chimminie", publicou e me entregou o aparelho dizendo que a partir daquele momento eu era o seu autor favorito.
Eu achei aquilo um exagero e eu acreditava não precisar de ninguém fora ele lendo minhas paranóias, mas não me deletei da plataforma. Lá no fundo eu queria saber se as pessoas gostariam do que fiz, do jeitinho que eu gostei, ou se eu só estava me iludindo por ego ou pela bajulação do meu melhor amigo.
Eu recebi várias críticas positivas, a maioria realmente gostou, então eu pensei que já que não tinha nada pra fazer, por que não postar a segunda? E depois dela vieram outra, outra, outra e outra. Passei a ocupar meus dias apenas com isso. Quando fui ver, havia viciado em escrever, tanto quanto as pessoas estavam viciadas em ler.
Óbvio que ao chegar em determinado momento eu percebi que estava exagerando em passar tempo sem comer, sem dormir, sem ir à escola, apenas para ficar quase vinte e quatro horas na frente do meu computador. Me dei conta que minha vida não era só escrever, ainda precisava crescer muito para chegar a esse ponto. Eu era apenas um garoto próximo a maioridade que precisava começar a focar em suas responsabilidades, ainda mais depois do pai adoecer. Tive que por isso na minha cabeça e na dos meus leitores sempre ansiosos por mais para então começar a diminuir o ritmo. Porque era fato que a vida não parava e também sem saúde eu não iria a lugar algum.
Pois bem. Eu sou grato ao incentivo de Hoseok, afinal, a escrita me trouxe muita coisa boa. Me trouxe ótimas notas na escola por estar em constante desenvolvimento; sabedoria pois passei a observar ainda mais as pessoas e situações ao meu redor sempre aprendendo algo novo - usando minhas descobertas em algum momento de meus enredos -. Também trouxe alívio após um dia estressante; me fez perceber o quanto posso evoluir e o quanto posso ser feliz fazendo o que amo. Além do mais, me trouxe a certeza de um sonho ao qual quero conquistar e trouxe pessoas maravilhosas que são os leitores que me acompanham, aos quais eu possuía um carinho inexplicável e gigantesco.
Eu ficava imensamente feliz ao receber algum comentário dizendo o quanto eu deixei o dia de alguém mais leve ou divertido ou, em uma das minhas passagens, as ajudei a perceber algo que servia de conselho, ensinamento. Eu gostava de saber disso. Gostava de ajudar cada um, o quanto podia, seja em qualquer coisa. Gostava também das inúmeras amizades sensacionais, mesmo que virtuais, que havia feito através das minhas estórias. E amava alguém em especial que no primeiro instante já me fez enlouquecer, tanto virtual quanto pessoalmente.
O nome dele é Jeon Jungkook. Codinome "babbybunny". O leitor mais peculiar e incrível que tive o prazer de conhecer. E que está me obrigado a escrever essa história. A nossa história.
Em um dia de semana qualquer, me sentei em frente ao computador, abri o word e adentrei o documento que desejava, lendo onde havia parado - ainda que já soubesse pois possuía ótima memória com as estórias - para dar continuação. Chegou a hora em que todos esperavam: o lemon. O desenrolar do capítulo na minha mente foi bacana, só bastava digitá-lo. Acreditava que seria uma surpresa para todos o casal ir pra cama mais rápido do que o esperado, mas vez ou outra eu curtia surpreender meus leitores.
Demorei horas, afinal, não conseguia escrever ligeiro, eu realmente achava que demorava. No entanto, era uma demora precisa e eu tinha paciência pra isso.
Precisava pensar, por em prática, mudar alguns detalhes, parar para comer, ir ao banheiro ou afins e ler tudo de novo para voltar a continuar com coerência. Se travasse tinha que sair - talvez por dias -, me distrair porque assim, sempre, de repente, algo surgia em minha mente. Para só então conseguir terminar, revisar fazendo algumas alterações, preparar para postar, revisar novamente e finalmente publicar. Podia dar algum erro na estrutura quando eu passasse de uma plataforma para outra e eu ter que fazer mais alterações também. Nessa onda, se tivesse com tempo, demorava um dia todo ou dependendo do caso uma, duas, talvez três semanas se me encontrasse muito atarefado ou com algum bloqueio criativo.
Seja como fosse, eu sempre me dedicava em cada mísero parágrafo e no fim ansiava ter reconhecimento por isso. Dessa forma, quando recebia comentários e curtidas eu ficava extremamente feliz. Eu dizia a mim mesmo que não tinha que me preocupar com eles, menos ainda com hate, e de fato não eram coisas que me preocupavam. Só que conquistar elogios por algo que você se empenhou tanto não tem preço. Satisfaz a alma. Não dá para negar, eu sou assim, me encho de alegria com as mínimas coisas e detalhes da vida.
As pessoas foram gentis e deixaram seus comentários animados, acabando por me fazer rir sozinho pelas críticas positivas e os dramas básicos sobre as cenas. Em certo momento, fiquei distraído lendo os surtos de Hobi e me assustei com o barulho típico de mensagem.
@babbybunny diz: VOCÊ É A MELHOR AUTORA DO MUNDO! O FINAL DE BUTTERFLY FOI SURREAL, A ATUALIZAÇÃO DE THE TRUTH UNTOLD FOI LINDA E AGORA BOY WITH LUV, QUE CAPÍTULO QUENTE! E, AAAAAH, MUITO TOCANTE! QUANDO EU TE CONHECER VOU ENCHER SUA BOCA DE BEIJO SÓ POR VOCÊ EXISTIR!
Meus olhos se arregalaram e eu disparei a rir pensando se deveria responder a esse quase-assédio ou não.
Como eu sempre respondia todo mundo, sem exceção, até as pessoas inconvenientes que me atacavam gratuitamente ou exigiam que eu mudasse detalhes sendo que a fic é minha e as que exigiam atualização sendo que nunca me apoiavam no decorrer dos momentos da fic.
Portanto, eu resolvi falar com aquele alguém.
@chiminnie diz: Obrigado pelo elogio ^^. Mas o que te faz pensar que eu sou uma garota?
@babbybunny diz: Não é? Perdão, é que a maioria são e você nunca deixou claro. Eu gosto de garotos também. Posso te beijar todinho?
@chimminie diz: Você é uma pessoinha bem safada, né?
@babbybunny diz: Eu? Mas foi você quem acabou de postar uma obra de arte considerada um pornô perfeito. Eu até fiquei duro. Não estou mentindo. Quer ver?
@chimminie diz: Obrigado, mas não. E isso só prova o quão safado você é. Já sobre mim... Na vida real eu costumo ser bem mais retraído, ao menos quando não tenho intimidade o suficiente para mostrar um lado do Chim que poucos conhecem.
@babbybunny diz: Me mostra?
@chimminie diz: Você é audacioso. Não somos íntimos para você poder me conhecer mais afundo, desculpa.
@babbybunny diz: Oh, mas eu gostaria bastante de te conhecer bem fundo.
@chimminie diz: Safado!
@babbybunny diz: "O que te faz pensar que eu sou um garoto?"
@chimminie diz: Você disse que ficou duro, mocinhas tem pau agora?
@babbybunny diz: Algumas sim, né.
@chiminnie diz: Sim, é verdade.
@babbybunny diz: Sabe, eu te acho sagaz e precioso de demais. Quando eu vou poder te conhecer? Eu sou apaixonado pelo que você escreve! Eu te acho incrível! Casa comigo?
@chimminie diz: Hahaha obrigado ♡. Tecnicamente, acho que você está conhecendo. Quem sabe, depois de provar ser confiável e merecedor da minha companhia, a gente não possa pensar em um possível casamento?
@babbybunny diz: *-* você é perfeito! Pqp! Não sei quanto tempo desejei te dizer isso.
@chimminie diz: E não disse até agora por que?
@babbybunny diz: Eu pensei que você não ia me responder...
@chimminie diz: Eu sempre respondo. Eu gosto de conversar, de me sentir próximo aos meus leitores, até quando são safados como você :p
Nesse tempo todo, nesses quatros anos que escrevo, nunca chegaram a esse nível comigo - geralmente só elogiavam meu trabalho, não davam em cima de mim - então eu fiquei com um pé atrás, mas ao mesmo tempo minha intuição dizia que ele era inofensivo. Daria um voto de confiança.
@babbybunny diz: Não existe serzinho mais atencioso *-*. Mal te conheço e já admiro tanto...
@chimminie diz: Hahahaha. Eu não curto conversar por aqui, fica travando pra mim. Pode me passar seu número?
@babbybunny diz: Claro que sim!
Foi assim que tivemos nosso primeiro contato e já no terceiro dia estávamos conversando por vídeo chamada.
Eu não costumava fazer amizades tão rápido, sou bem desconfiado pois havia me decepcionado várias vezes com alguns relacionamentos, mas ele parecia confiável, fora que era um rapaz divertido. Eu poderia estar sendo idiota mais uma vez, porém, algo lá no fundo me dizia que não, por isso, resolvi dar o benefício da dúvida.
Admito que fiquei surpreso ao perceber que nosso DDD - número ao qual identifica a cidade - era o mesmo mas resolvi ignorar, afinal, moramos em uma cidade grande, impossível estarmos perto, não é?
No início fiquei sim meio retraído, não queria falar muito da minha vida, nem nada, só que com o passar o tempo fui me soltando, até porque passamos a nos falar todos os dias. Coisa que raramente acontecia com as minhas amizades virtuais visto que cada uma pessoa tinha sua vida e era complicado conversar sempre. Entretanto, com ele parecia tão fácil. Eu podia ainda não saber mas estava amando nosso contato e era ótimo desvendar cada vez mais sobre ele.
O nome do babbybunny era Jeon Jungkook, ele era dois anos mais novo que eu, tinha dezoito anos e conversava bem, era inteligente e não tinha nada de infantil - apesar de ser uma fofura ou às vezes se mostrar bastante mimadinho -. Ele era engraçado e bem safado, eu me sentia constrangido quando o mesmo dizia determinadas coisas, porém, buscava lidar da melhor forma que possível. Ainda estudava e morava com suas mães, elas o adotaram quando pequeno e ele as amava imensamente.
Eu lhe contei que a poucos dias entrei para a faculdade onde ia começar a cursar letras e literatura - uhul! -. Também disse que trabalhava em uma loja de roupas masculinas - a qual me dava uma renda extra quando eu posava como modelo - e que perdi minha mãe a poucos anos por conta de um acidente de carro. Morava com meu pai que, desde quando foi diagnosticado com câncer, fez todos os procedimentos necessários e vinha precisando de maiores cuidados. É, a vida tem suas partes ruins, mas meus pais me ensinaram a nunca perder a esperança e a alegria.
Contamos um ao outro sobre nossos gostos musicais, programas preferidos, comida favorita, dentre inúmeras coisas. Era interessante o quanto éramos tão diferentes mas ao mesmo tempo tão iguais.
Acabamos nos conhecendo melhor e, sem querer, eu me apeguei muito a ele. Tanto ao ponto de apresentá-lo ao meu pai pelo celular ou conseguir dormir só depois de vê-lo e desejá-lo boa noite, recebendo o seu "dorme bem". Realmente, eu sempre dormia bem.
Eu estava gostando cada vez mais tanto da aparência quanto da personalidade dele e, de repente, percebi que estava cheio de afeto por Jungkook. De uma forma que nunca aconteceu antes. Era estranho pra mim estar o admirando demais e babando por ele, todavia, eu gostava. Eu gostava de muita coisa nele pra falar a verdade. Menos quando começava a me elogiar sem parar ou comentar sobre minhas estórias pois isso me deixava sem jeito, eu nem conseguia responder obrigado de tão tímido, porém, acredito que meu sorriso já dizia tudo.
Outra coisa que me deixava tímido era o fato de Kook garantir que beijaria muito minha boca - mais ainda depois de vê-la -. E eu sei que tenho uma boca carnuda e sexy, mas ele tinha mesmo que ficar comentando? Ele sabia que eu ficava constrangido recebendo elogios, inclusive, já havia me falado mil vezes o quão eu ficava fofo assim - não era nada prejudicial, só eu sendo bobo -, então no fim acredito que fazia de propósito só para me ver corado. No entanto, se não o fizesse isso, admito, sentiria falta.
As coisas entre nós foram evoluindo até nos tornarmos melhores amigos. Ou melhor: soulmates. Era como ele gostava de falar.
E Jeon queria de todo jeito saber em qual parte da cidade eu morava, qual era meu endereço e quando podia marcar de me visitar. Eu vivia fugindo do assunto pois tinha um medo idiota de lhe encontrar e acabar dando um ataque cardíaco porque, além de não entender muito bem o que sentia, acreditava que não saberia lidar com ele pessoalmente. O mesmo não entendia isso então nos dias seguintes resolveu me dar gelo. Não comentou em nenhum dos capítulos que postei, sequer no que havia uma dedicação a ele. Não respondia nenhuma das minhas mensagens, nem aceitava minhas ligações. Eu queria poder afirmar que aquilo não importava, porém não era bem assim.
Como disse antes, havia me apegado a ele. Jungkook era meu soulmate, ao qual fazia meu coração bater forte e o estômago revirar de nervosismo, logo, ele fazia muita falta.
Dias depois, após uma sonequinha no meio da tarde, postei o início de uma das fanfics mais significativas para mim: Promise. Preparei um drink com morango, dei o remédio ao meu pai e retornei ao meu quarto, lendo os comentários recém postados dos meus leitores tão amorosos.
Eu fiquei imensamente feliz e grato por terem gostado da ideia do novo enredo. Mas, no fundo, eu aguardava o aparecimento de usuário em especial que sabia que não ia aparecer tão cedo. Suspirei, focando em me divertir respondendo a todos, esquecendo momentaneamente de certo alguém que insistia em invadir minha mente e bagunçar meu coração.
Minutos mais tarde ouvi uma mensagem, esperançoso, capturei meu celular rapidamente, mas era o Hoseok.
|Você vai mesmo ao festival de livros que terá na faculdade amanhã?
|Ainda pergunta? Claro que vou.
|Eu quero te apresentar alguém.
|Seu namorado misterioso?
|Sim!
|Finalmente!
Conversamos sobre diversas coisas aleatórias, pois entre amigos é sempre assim, você começa a falar de livros e quando vê está falando de raízes de plantas ou prostitutas, sempre nada haver. E mais tarde fui preparar o jantar.
— Quando você vai parar com isso? Eu não sou uma criança, posso fazer as coisas. Consigo cozinhar pra nós. — resmungou Jaehyun, o senhor meu pai.
— Definitivamente, não. O seu caso de anemia não passou e sua imunidade ainda está fragilizada, tem que descansar ao máximo e o senhor sabe muito bem disso. Mesmo assim, caso lhe deixasse fazer a comida, faria coisas que não pode ingerir como vem feito em todos esses anos. Não queremos piorar seu estado, certo?
— Eu sei me cuidar.
— Ora, não seja um bebêzinho teimoso. — me virei apertando suas bochechas, recebendo uma careta por isso.
Meu pai sempre foi desleixado com tudo, nunca se importou com nada, principalmente depois que a mamãe se foi. Quem cuidava da casa inclusive era uma diarista e quando ela não vinha era eu, mas agora que está mal ele insiste em dizer que pode fazer as coisas. Acho que se sente impotente por estar fraco e não conseguir fazer muito, não sei. Ainda bem que sou mais teimoso e insisto sempre em cuidar dele da melhor forma possível.
— Eu quero ser útil. — cruzou os braços.
— Então senta aí para me ajudar a cortar os legumes. E, por favor, não se corte.
— Você nunca vai parar de me tratar como criança? — fez um biquinho, indo fazer o que eu pedi.
— Uhm... — fingi pensar. — Não. — ri de mais uma careta direcionada a mim.
No final foi bem divertido cozinhar com ele. Meu pai nem parece um homem feito de cinquenta e dois anos e sim uma grande criança daquelas bem mimadas. Isso se torna engraçado pois contradiz com sua aparência e responsabilidade adulta.
— Pai? — chamei após desfrutarmos do que havíamos feito.
— Sim? — me olhou com seus olhos cansados por ter ido trabalhar hoje com tia Kiki mesmo que eu insistisse que dava conta de cuidar de nós sozinho.
— Eu me sinto meio sem jeito a respeito de uma pessoa. Já se sentiu assim? Com vergonha até de olhar pra alguém? Mais ainda quando vocês brigam por algo que você sabe que deveria ceder?
— Sua mãe, ela era muito vergonhosa. — sorriu. — Não podia segurar sua mão que suas bochechas queimavam. Mas com o tempo foi percebendo que era algo a se deixar de lado, principalmente comigo já que tínhamos muita intimidade. E sobre a briga... Mesmo envergonhado, querendo manter o orgulho ou seja lá o que for, um lado sempre tem que ceder. Estar disposto a dar o primeiro passo estando certo ou não é bom porque se não vocês nunca irão se resolver. Um conselho: diálogo é tudo.
— Eu sei... — suspirei. — Às vezes sinto que quero afastá-lo só para evitar parecer um idiota. — confessei. — Quando isso vai passar?
— Que bobeira. Basta enfrentar. Ainda mais quando é alguém importante. Não tem porque ficar acanhado, apenas haja normalmente. Vocês são amigos, certo? — assenti. — Então deixe claro ao Jungkook que ele é o motivo de todas suas reações. Mostre que às vezes se sente, age estranho ou parece um idiota porque gosta dele. Ele vai gostar de saber.
— C-como assim? Por que citou ele? — meus olhos estavam saltados. — E-eu não gosto dele. Não nesse sentido. — disse rápido, nada certo de minhas palavras.
— Você escreve tanto sobre romances e não sabe identificar um? — perguntou, sorrindo.
— Não me assuste assim, pai.
— Não tem porque ficar assustado. É simples. Na verdade, eu já esperava por isso. Você fica tão feliz conversando com o Jungkook e tão triste longe dele.
— Mas... Mas... — eu não sabia nem o que dizer pois aquilo era verdade.
— Eu te conheço, Jiminnie. Você está com medo de admitir porque teme esse sentimento, sempre teve receio com o desconhecido e suas decepções amorosas atrapalham. Mas não tem porquê ficar assim. Ele gosta de você também, dá pra ver no olhar. — meu coração estava quase saindo pela boca ao ter essa chuva de verdades jogadas na minha cara.
— Como isso aconteceu? — ri, nervoso. — A gente nunca se viu cara a cara. Por que diabos eu me apaixonaria virtualmente? Ele é novinho também, nem faz meu tipo.
— Não faz? Ele é lindo e um amor de pessoa, Jungkook faz o tipo de qualquer um. E você sabe muito bem que gosta dele porque, mesmo estando longe, ele é bom para você, ele te ouve, ele mostra que se importa e, além do mais, ele sempre foi todo caidinho por você! — sim, eu sei. Estou ciente disso há um tempo, mas é complicado admitir. — Relaxa, filho. Essas coisas são assim, acontecem quando a gente menos espera.
— Eu gosto do Jungkook — minha voz quase não saiu ao finalmente dar de cara com meus verdadeiros sentimentos. — Eu gosto do Jungkook! — consegui dizer em voz alta. — Como não percebi antes?
Me senti um idiota completo. Quer dizer, eu sabia que as sensações eram diferentes quando estava com ele, porém nunca quis pensar o motivo pois isso de fato me deixava receoso. Eu escrevia muito sobre paixão, mas a verdade era que não sabia o que fazer quando sentisse uma. E essa não eram aquelas bobinhas que tive e às vezes me fizeram me meter em furadas, era maior, real, quase que palpável.
Agora me encontrava em choque ao perceber que sentia todos os sintomas que várias vezes detalhei e nunca notei, como: a ansiedade pra falar com ele, a alegria em vê-lo, a calmaria em conversar por horas, o nervosismo estranho meu estômago, a timidez excessiva diante dos elogios, a saudade quase dolorosa. Também, o coração sempre acelerado, os suspiros, os olhares, os sorrisos. Só não fazia ideia de como não havia notado que a forte vontade que possuía de tocá-lo e abraçá-lo iam além de amizade. Eu quero fazer isso de forma mais intensa como amigos não fazem, eu quero beijá-lo e amá-lo em meus lençóis.
Por que tive que me enganar esse tempo todo fingindo ser só mais uma amizade? Ah, é. Por conta de malditos problemas passados que deveriam ficar somente lá: no passado. Todavia, agora que eu sei, vou enfrentar minhas inseguranças e me entregar a esse sentimento porque acredito que não há nada melhor, mais bonito e libertador que o amor.
— Você passa muito tempo em suas fantasias imaginárias que esquece que o amor acontece na vida real. E ainda por cima tem medo de vivê-lo, tanto que o ignora. Não faça isso. Não o perca por bobagem.
— O senhor está certo. — me lembrei que ele havia sumido, logo agora que eu o queria com toda minha força. — Ah, que complicado. — deitei a testa na mesa.
— O que, meu bem? — acariciou meus fios rosados.
— Estamos brigados, lembra? Eu não quis contar onde morava porque estava com medo de não saber lidar com sua presença, estava confuso e não sabia como reagir, então Kookie está me ignorando agora.
— Pelo jeito você gosta mesmo de um drama, né? — brincou. — Faz como nas suas estórias, você sempre arruma um jeitinho de fazer o casal se acertar, é só pensar em algo.
— Oh. — a ideia veio rápido em minha mente. — Eu já sei o que fazer! Obrigado por abrir meus olhos, pai. — me levantei, indo até ele, lhe dando vários beijos estalados na bochecha, o fazendo rir.
Naquela noite demorei a dormir. Fiquei lembrando de todos nossos momentos juntos, desde sua primeira mensagem, a nossa grande amizade se fortalecendo, até a última discussão.
Eu realmente estava apaixonado e era incrível me sentir assim. Também fiquei ansioso demais pensando no que pretendia fazer. E, de manhã, me levantei animado. Em compensação me senti no tédio total na faculdade durante aulas que corriam como uma tartaruga. Depois que passaram, voltei a ficar empolgado, saindo rapidamente e indo direto para uma livraria.
Comprei o livro que desejava, escrevi minha desculpa na capa e no caminho de volta para minha casa adquiri um pouco de coragem para mexer em suas redes sociais em busca de seu endereço. Quando o encontrei, quase morri. Jungkook morava no bairro ao lado! Era surpreendente o fato de termos nos conhecido na internet e nunca termos nos esbarrado por aí. Esse destino muitas vezes é estranho. Porém, longe de mim reclamar.
Embrulhei o presente, caminhando nervoso até a residência, o deixando na caixa do correio e saindo ligeiro para não ser pego no flagra.
Retornei ofegante pelo tanto que corri, mas com um sorriso no rosto. Espero que meu pedido de desculpas funcione. Enquanto isso, vamos para mais um dia de trabalho!
Trabalhei com a cabeça na lua, ou melhor, em Jeon. Meu chefe fez o favor de me liberar mais cedo pois era bonzinho e sabia do festival que teria naquele dia e o quanto era importante pra mim.
Devidamente arrumado, peguei o celular ao qual deixei carregando e, nervoso, olhei todas minhas redes sociais para tomar mais um pouco de coragem. Após uns minutinhos de enrolação, abri o app de mensagens. Meu coração parecia uma escola de samba ao ver que Jungkook havia se pronunciado. Abri a conversa imediatamente, encontrando uma foto sua, chocado, segurando o livro original de "O morro dos ventos uivantes", outra dele muito feliz e então suas mensagens.
|VOCÊ NÃO FEZ ISSO! Eu estava querendo esse livro a décadas! Hyung... Eu estou tão emocionado que me faltam as palavras. E que bonito sua letrinha!
Sorri ao vê-lo na próxima foto, mostrando a capa onde escrevi: "Me desculpe. Não precisamos levar algo simples tão adiante. A única coisa simples, porém, incrivelmente demais, que devemos levar adiante - se possível para a vida toda - é nossa amizade. Gosto de você. Portanto, este é um livro especial, para alguém especial."
|Não precisava gastar dinheiro comigo, eu ia te desculpar... Só estava passando por umas coisas aí. Mesmo assim, obrigado! Eu estou muito feliz! Quero te beijar por isso também!
|Pelo visto, quando nos encontrarmos, terei um combo de beijos.
|Não duvido hehe. Como você mandou esse livro?
|Mistério u.u
|Não seja assim.
|Peguei seu endereço na localização do instagram. Agora preciso ir, vou sair com meu amigo.
|Então boa tarde! Ele ainda aperta sua bunda? Não deixa, ok? Eu tenho ciúmes. Até mais ♡
|Bobão. Boa tarde e até ♡
Era impressionante como passamos dias sem nos falar e ainda sim tudo parecia igual. Sorri. Ele gostou, ele ficou feliz, e eu mais ainda!
Alguns minutos depois me encontrei com Hoseok na porta da faculdade onde teriam as atividades do evento. Seu namorado e o amigo dele não haviam chegado ainda, com certeza atrasariam, então ficamos andando pelo local, vendo exposições de autores iniciantes, recebendo autógrafos de alguns regionais - quase infartei ao ver os meus favoritos lá - e no fim paramos no local de jogos para tentar ganhar como prêmio algum livro ou qualquer coisa interessante.
— Vou buscá-lo, Suga está perdido. — informou. — Não jogue sem a gente.
— É muito tentador. Vou esperar na biblioteca que será melhor. — ele assentiu, dizendo que não demorava.
Fiquei andando entre as enormes prateleiras, contemplando as incríveis obras que tive o prazer de ler e outras que ainda não li mas gostaria.
Logo Hobi veio todo feliz na minha direção trazendo consigo um rapaz muito bonito, da minha altura, cabelos claros assim como ele por inteiro, sério, sua pele, seu sorriso, era tudo branquinho, o que destacava já que usava preto da cabeça aos pés. O oposto do meu amigo que era todo colorido. Uma combinação inusitada mas muito linda. É por essa e outras razões que eu acredito que os opostos se atraem.
— Jiminnie, esse é o Yoongi-hyung. — o abraçou pelo pescoço.
— Prazer em te conhecer. — dei a mão em cumprimento.
— Igualmente. — a apertou. — Hoseok fala muito bem de você. Pretende ser escritor?
— Se tudo der certo, eu quero publicar livros e viver disso, sim.
— Desculpe o atraso, Suga hyung. — uma voz soou atrás deles e eu tive a impressão de conhecê-la.
— Eu perdi o ônibus. — quando eles se afastaram, exibindo um garoto alto, de cabelos pretos, vestindo uma calça de moletom e camiseta larga, eu quase gritei. Só não o fiz por estar surpreso demais e talvez um tanto paralisado.
Eu não esperava vê-lo logo hoje. Mal havia me acostumado com a ideia de que estava gostando dele mais do que deveria e que morávamos pertinho... Mas o destino é mesmo estranho. Talvez bizarro!
Seus olhos pousaram em mim, tudo ao redor sumiu, parecia que existia apenas nós dois ali e um coração extremamente acelerado, quem sabe dois. Ele sorriu, deixando aparente as ruguinhas em seus olhos e os dentinhos salientes, ajeitei o óculos - não gostava muito de usá-lo, mas havia sumido minhas lentes - pensando o quanto ele era ainda mais lindo pessoalmente.
De repente, Jeon empurrou levemente nossos amigos, caminhando até mim, me agarrando e colando seus lábios aos meus. Meus olhos saltaram das órbitas, meu coração bateu frenético e minhas mãos tremeram de nervosismo. Pude ver ambos os rapazes de queixo caído, resolvi fechar os olhos para aquilo ser menos estranho.
Acredito que era para ser somente um selinho, só que eu gostei demais da sua boca, queria provar mais de sua textura e do seu sabor, então levei uma das mãos a sua nuca ao passo que procurava sua língua e a enroscava na minha em um carinhoso gostoso.
O beijo foi mais breve do que gostaria, mas deu para sentir bem o gosto de Jungkook. Tão viciante que eu ainda ansiava por mais.
— Esse foi por você existir. — murmurou, sorridente, logo me tomando em outro beijo envolvente e prazeroso. — Esse por você ser um ótimo autor. — repetiu o ato. — E esse pelo presente, igualmente tão especial quanto você. — me selou, então afastando. — E aquele por você ser um cara fica para mais tarde. — piscou.
Oh, ele está se referindo sobre quando nos conhecemos? Ele realmente ia me beijar todinho? Olha que estou a bastante tempo sem algo a mais que aceito de prontidão. Pode ser aqui e agora ou isso seria atentado ao pudor?
— Você é louco. — o empurrei, ajeitando meuspl óculos.
— Eu acho que você percebeu isso desde o início, hyung.
— Tá... O que diabos foi isso? — questionou Yoongi.
— Lembra do meu ficwriter favorito que eu sempre conversei e bajulei? — ele assentiu. — É o Jimin-ssi. Eu só estava cumprindo minha promessa que era beijá-lo quando nos encontrássemos.
— Oh, então você é o famoso babbybunny? — perguntou Hoseok.
— Famoso?
— Jimin fala de você o tempo inteiro. — o fuzilei com o olhar.
— Fala é? — ergueu a sobrancelha, sorrindo insinuante pra mim.
— Eu quero ganhar livros. — desconversei, indo para os jogos.
Eu pensei que o clima entre nós seria estranho quando nos conhecêssemos pessoalmente, mas não foi nem um pouco. Ainda que tivéssemos nos beijado várias vezes na frente de todos os presentes, estava tudo na mesma. Eu me mantinha sendo eu mesmo. Jungkook também. Devo dizer novamente que ele é todo engraçadinho, alegre e inteiramente lindo! Só restava saber se continuava safado.
Chame de seca ou tesão em observar o quanto ele é gostoso de pertinho, mas eu queria saber. Também ansiava por mais beijos daqueles e para que ele cumprisse a promessa de me beijar todinho.
O engraçado é que ele pensa que eu sou todo tímido. O que fará ao descobrir que está enganado? Ao conhecer o Chim que eu disse da primeira vez que conversamos? Porque o que me faz ficar constrangido é interagir quando ainda não conheço a pessoa ou quando me elogiam demais, só que agora ele é meu amigo, entre amigos não existe vergonha alguma quem dirá soulmates, além de podermos juntar o fato de que nossa intimidade é grande e meu desejo por ele está alcançando níveis maiores ainda.
— Jungkookie, vamos comprar um refrigerante? — propus assim que ele ganhou o livro que queria. Eu, graças aos céus, mais cedo tive a mesma sorte.
— Vamos, hyung.
— Ei, casal! — chamei os rapazes que estavam trocando carinhos, sentados num sofá que havia ali. — Vamos tomar algo. Cuidem das nossas coisas!
Caminhei ao lado de Jeon, me sentindo um pouco nervoso pelo o que estava cogitando fazer, mas era um nervosismo bom. Como quando eu iniciei o namoro passado e me pegava com ele, o ex, nos cantos dos lugares. Fazer isso com Jungkook parecia bem melhor. E era o que, naquele instante, eu pretendia.
— O que você quer? — perguntou ao pararmos em frente a máquina de bebidas.
— O que quero beber não tem aí. — mordi o lábio.
Acho que por não estar acostumado com esse meu lado mais descarado ele ficou confuso. Oh, ainda irei te surpreender muito, Jeon. Existem muitas versões do Jimin e eu quero que você descubra todas, além da sonhadora que ama escrever e a reservada do dia a dia.
Segurei sua mão, é um pouco maior que a minha - não pude deixar de notar que elas se encaixam bem - indo em direção contrária.
— Aonde estamos indo, hyung? — olhei para o garoto, lhe dando um sorriso cafajeste, rapidamente entrando com ele pro banheiro e trancando a porta. — O que você... — não o deixei falar, o puxei pela camiseta, o beijando.
Eu demonstrava todo meu desejo, logo envolvendo sua língua na minha de forma sensual e gostosa. Ele correspondia com igual vontade, me apalpando os ombros.
O empurrei fazendo seu quadril se chocar contra a pia enquanto chupava e mordia seu lábio. Jungkook subiu uma das mãos, passando pela minha nuca e adentrando meu cabelo, já sua boca focou em devorar a minha com prazer.
Pela intensidade que usávamos, seu corpo pendeu para trás e eu tive que segurá-lo firmemente junto a mim. Que tesão! Era ótimo estar me amassando com ele assim, acariciando seu corpo e sendo acariciado de volta, o beijando com fome e sendo devorado.
No entanto, não demorou para que Jeon murmurasse, iniciando uma fala entre um selar e outro: — Hyung... Não quero fazer nada aqui... Vamos... Vamos embora.
— Tudo bem. — me afastei um pouco, podendo olhá-lo. Não contive, toquei nossos narizes em um beijinho de esquimó porque ele estava todo gracinha com alguns fios de cabelo fora do lugar e a boca vermelhinha. — Meu pai vai chegar tarde hoje, quer ir pra minha casa?
— Pode ser. — mordeu o lábio, entrelaçando os dedos aos meus. Eu assenti, saindo dali de mãos dadas com ele, sem me importar com as pessoas nos olhando torto.
Geralmente sou solto assim quando tenho um bom tempo de namoro, porém com Jungkook a sensação que eu tinha era de poder ser livre e fazer o que quiser.
— Acha que devemos avisar o casal sensação? — perguntei.
— Não. Eles estão ocupados demais namorando. Depois mandamos mensagem.
— Tá bom. Só espero que não roubem nossas conquistas de hoje. — ele sorriu, concordando comigo.
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