ELEONORA
PONTO DE VISTA
flashback
17 de novembro de 1973
Era um dia ensolarado no terceiro ano de Eleonora em Hogwarts, e o calor da primavera convidava todos a aproveitarem o tempo livre. As aulas tinham sido desafiadoras, e ela sentia que merecia uma pausa, assim como seus amigos. Juntamente com Freya e Logan, decidiram que iriam à casa de Hagrid. Eleonora sempre fora fascinada por Hagrid e sua conexão com as criaturas mágicas, e havia rumores sobre um lago encantado nas proximidades, um lugar que prometia aventuras e diversão.
Ao chegarem à casa de Hagrid, a pequena cabana estava envolta por flores silvestres e o aroma de algo cozinhando emanava do interior. Eleonora bateu na porta, e logo Hagrid apareceu, seu sorriso caloroso iluminando seu rosto.
"Oi, Hagrid! Como você está? Podemos ir ao lago? Ouvi dizer que é incrível!" Eleonora pediu, com olhos brilhantes de expectativa.
Mas antes que Hagrid pudesse responder, um grupo de risadas ecoou por dentro da casa. Os Marotos - James, Sirius, Remus e Peter - estavam ali, com as mesmas intenções.
"Ora bobinha, chegou tarde, nós já demos essa ideia!" James exclamou, todo animado.
"Então, parece que todos estão com a mesma ideia!" Hagrid riu, batendo as mãos. "Por que não vamos juntos? É um ótimo dia para um mergulho!"
Eleonora trocou olhares com Freya e Logan, cheios de empolgação e um pouco de nervosismo. Era sempre uma aventura com os Marotos.
[...]
Ao chegarem ao lago, a visão era deslumbrante. A água brilhava como se estivesse coberta de diamantes sob o sol, e as árvores ao redor pareciam sussurrar segredos enquanto o vento passava. Peixes coloridos saltavam na superfície, e o cheiro da natureza fresca preenchia o ar. Eleonora não pôde deixar de sorrir ao ver como o cenário era perfeito.
Freya, no entanto, hesitou. "Eu não sei se quero entrar... e se tiver criaturas estranhas lá dentro?" Ela olhou desconfiada para a água.
Sirius, sempre o provocador, viu a hesitação da loira e, em um impulso, empurrou-a para dentro do lago. "Vai, Freya! A água está ótima!"
Freya gritou enquanto caía, e a reação de Eleonora foi instantânea. "Sirius Black, você não pode fazer isso!" Em um impulso, ela se lançou para empurrar Sirius de volta, fazendo-o perder o equilíbrio e cair na água também.
James, observando a cena, não pôde conter a risada. "Vocês são hilários!" E, sem pensar, empurrou Eleonora, que acabou caindo na água com um splash.
"Ei!" Ela exclamou, emergindo da superfície e sacudindo a cabeça, com os cabelos grudados no rosto.
Remus, vendo toda a cena, não pôde deixar de rir, mas logo tentou ajudar Eleonora a sair do lago. "Vem cá, Nora! Eu te ajudo!" Mas antes que pudesse, Peter, em um momento de travessura, empurrou Remus, que acabou caindo na água ao lado de Eleonora.
Agora todos estavam molhados e rindo. Logan e Freya brincavam de espirrar água um no outro. O lago ressoava com suas risadas enquanto tentavam se equilibrar na água. Eleonora olhou para Remus, que ainda tentava se recompor e segurava a risada.
"Eu não sabia que hoje era um dia de mergulho coletivo!" Remus brincou, com um sorriso tímido, enquanto a água escorria de seus cabelos.
"Parece que estamos todos na mesma situação agora!" Ela riu, sentindo a leveza do momento.
Enquanto os amigos se divertiam, Eleonora percebeu como aqueles instantes eram preciosos. O lago encantado não era apenas uma visão linda, mas também um espaço onde memórias eram criadas, repletas de risos.
dias atuais - 24 de outubro de 1976
Os dias que se seguiram ao beijo com Remus foram um turbilhão de emoções para mim. O momento se repetia na minha mente, como um feitiço que não conseguia ser desfeito. Cada vez que nossos olhares se cruzavam, sentia meu coração acelerar, e um calor inexplicável tomava conta de mim. Fui incapaz de esquecer o toque suave de seus lábios, e a forma como ele me olhou logo após, como se estivesse tentando entender o que havia acontecido.
No entanto, a vida em Hogwarts continuava. A cada aula, a cada interação com os amigos, tentava me manter concentrada. Freya e Logan notaram que eu estava diferente, mas deixei que pensassem que era apenas o estresse das aulas. Eles estavam tão envolvidos em sua própria história de amor que mal percebiam a minha confusão interna.
No começo da semana havíamos sido chamados por Potter para sua festa particular nos Três Vassouras e parece que todo mundo ansiava para essa comemoração como forma de se desestressar dos estudos para os N.I.E.M.s.
E finalmente havia chegado o dia da festa de James. Ele havia organizado uma celebração aleatória e a lista de convidados era digna de uma festa de gala. A animação era contagiante, e a expectativa crescia conforme nos aproximávamos do bar.
Quando chegamos, o lugar estava lotado. O aroma de cerveja amanteigada e comida caseira preenchia o ar. James estava em pé, cercado por amigos, seu sorriso largo e exuberante refletindo sua animação. Assim que nos viu, acenou entusiasmado e veio até nós.
— Eleonora! Venha, venha! — Ele me puxou para o centro da festa. — Hoje é minha festa, e você é a convidada de honra!
Os outros riram, e eu me senti um pouco envergonhada, mas também animada. O barulho das conversas e risadas envolvia tudo ao nosso redor, e logo nos encontramos acomodados em uma mesa redonda, cada um segurando uma cerveja amanteigada ou algo mais forte.
[...]
Conforme as horas passavam, as conversas ficaram cada vez mais animadas. Frank estava contando uma história hilariante sobre um encontro desastroso que teve em Hogsmeade, enquanto Marlene e Dorcas se revezavam entre risadas e comentários sarcásticos. Lily estava ao meu lado, e podíamos sentir a eletricidade da amizade crescendo à medida que todos se divertiam.
Logan e Freya estavam trocando olhares significativos, e percebi que, mesmo em meio à confusão, havia um brilho especial no relacionamento deles. Remus estava mais tranquilo, observando os outros com um sorriso no rosto, e eu não consegui evitar de me perguntar se ele também estava pensando no que aconteceu entre nós.
Após algumas rodadas de brindes e muitas risadas, James sugeriu um jogo de verdade ou desafio para apimentar a festa. A ideia foi recebida com entusiasmo, e todos nos acomodamos em um círculo, prontos para compartilhar segredos e cumprir desafios.
— Eu começo! — anunciou James, com a animação típica. Ele virou-se para Sirius. — Verdade ou desafio?
Sirius, com seu olhar provocante, respondeu:
— Desafio!
— Você tem que dar um beijo na bochecha da primeira pessoa que entrar pela porta — James desafiou.
Com um sorriso travesso, Sirius se levantou e se posicionou perto da porta, pronto para cumprimentar a próxima pessoa que entrasse. Assim que a porta se abriu, todos os olhares se voltaram para a entrada, onde um aluno da Lufa-Lufa passou correndo, sem perceber o que estava acontecendo. Sirius se virou para a mesa, onde um dos garotos estava sentado, e, em um movimento rápido, deu-lhe um beijo na bochecha.
A sala inteira explodiu em risadas, e a tensão do jogo parecia dissipar.
À medida que o jogo avançava, as perguntas e desafios ficaram mais ousados. Freya, ao seu turno, perguntou a Logan:
— Verdade ou desafio?
— Desafio! — ele respondeu, confiante.
— Você tem que fazer uma serenata para Eleonora! — Freya exclamou, e todos riram.
Logan, um tanto sem jeito, levantou-se e começou a cantar uma música romântica, fazendo todos rirem ainda mais. Eu estava com o rosto quente, envergonhada, mas também me divertindo.
Em seguida, quando chegou a vez de Lily, ela perguntou a Remus:
— Verdade ou desafio?
— Verdade — ele respondeu, com um sorriso tímido.
— Qual foi a coisa mais vergonhosa que você já fez em Hogwarts? — Lily perguntou, fazendo todos rirem antecipadamente.
Remus ficou em silêncio por um momento, pensativo, antes de responder.
— Uma vez eu trouxe aspargos mortíferos para matar as ratazanas que contornavam nossas janelas do dormitório, e Yano Ambrose do quinto ano achou que eram balas de goma e tentou come-los.
Todos ficaram em choque, e ele rapidamente adicionou:
— Não se preocupem, foi só um susto. Eu não o deixei comer. Mas tive que o fazer pensar que os aspargos eram para.. soltar meu intestino.
[...]
Chegou a vez de Sirius fazer uma pergunta, e ele olhou para mim com um sorriso malicioso.
— Eleonora, verdade ou desafio?
Senti um frio na barriga.
— Desafio.
Ele me olhou com uma intensidade que fez meu coração disparar.
— Você tem que nos contar qual foi o seu melhor beijo.
Um silêncio se instalou por um momento, e todos os olhares estavam fixos em mim. Eu sabia a resposta, mas tinha certeza de que não podia dizer isso em voz alta. Eu não estava pronta para expor o que sentia por Remus.
Mas o impulso de ser honesta, de não me deixar intimidar, falou mais alto.
— Foi....Remus — disse, sem conseguir conter um sorriso envergonhado.
O impacto da minha resposta foi imediato. Todos começaram a rir e provocar, enquanto Remus corou intensamente, seu olhar se desviando. A sala estava em alvoroço, e a atmosfera era de pura diversão.
Após a risada, a festa continuou animada, mas uma parte de mim estava em conflito. Eu olhei para Remus, que ainda estava corado, e nossos olhares se cruzaram por um breve momento. Havia algo ali, uma conexão que era difícil de descrever, e o que eu havia dito parecia ter mudado a dinâmica entre nós.
O restante da noite passou em meio a desafios e risadas, mas eu sabia que as palavras que saíram da minha boca naquele momento não eram apenas brincadeira. Elas eram um eco do que eu realmente sentia. O que acontecerá agora entre nós? Isso estava prestes a mudar tudo.
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