21 - Dor.

Lena criança acima !!

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Voltei com mais um cap pra vocês ! 

Esse cap é praticamente todo focado no passado de Lena, não tem ele por completo aqui...seria chato se eu colocasse tudo de uma fez, mas vocês já vão saber e imaginar muito bem o que aconteceu com ela e do por que ela é assim.

Votem e comentem sobre o que acharam, sei que muitos queriam saber sobre o passado dela.

Temos um pov da Kara no final, apenas para introduzir o próximo cap que já lhes digo de antemão...é melhor ficarem preparados, não é uma simulação, to falando serio que é melhor ficarem preparados, coloquem colete e um capacete....negócio vai ser feio.

Desejo boa leitura a todos !

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POV LENA.

Flashback.

Meu pai grita bem a frente do rosto de minha mãe, enquanto ela retruca de forma contida como de costume, não entendo do por que ele está gritando, o que eu fiz de errado afinal? Parece que tudo o que eu faço não o agrada, ou será que tudo que eu faço está errado? Ele sempre me bate por ser diferente, mas esse não deveria ser algo bom? Por que ele quer tanto que eu seja igual a eles, igual a Lex, sendo que Lex nem se quer faz o que ele realmente quer, ele só obedece calado como um cão adestrado, eu não sou diferente, eles que são iguais !

- Ela fez o que achou ser certo ! Ela só tem seis anos ! - MInha mãe gritou e me olhou de forma doce, talvez querendo me acalmar no meio dos gritos, mas então por que continuam gritando? Odeio pessoas dramáticas, quem se importava com aquele ser? Por que ele está tão irritado. - Ele estava machucado, ela só acabou com a dor dele. - Minha mãe falou mais baixo, notando que meu pai caminha pela sala de forma impaciente.

- Uma garota normal chamaria o pai Lilian. - Ele começou a falar e eu o encarei, mas ele nem se quer teve a coragem de me olhar de volta. - Ela esmagou o passaro com uma pedra e ficou cheia de sangue...- Ele continuou a dizer e finalmente me olhou, me senti pequena diante de seu olhar, um que me julga, me repreende e me condena. - Como se fosse natural ! - Ele gritou e levou a mão até meu rosto com força, meu corpo foi jogado no chão, meu rosto começou a arder após a dor inicial.

- Estais louco Lionel ! - Minha mãe gritou e os ouvi voltar a gritar novamente, ele está equivocado em achar que me tornaria normal o chama-lo, ele teria feito a mesma coisa afinal, nada mudaria, no entanto, minha mãe também está equivocada, eu não matei aquele passáro por querer poupa-lo da dor que estava sentindo, pois eu causei aquela dor nele, eu o retirei do ninho, eu quebrei suas asas, mas por que? Eu ainda não compreendo o porque. 

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Eu pensei que conseguiria ficar sem fazer coisas estranhas, ser uma criança normal como meu pai queria que eu fosse, mas eu não entendo o conceito de normal, as crianças na minha idade são totalmente leigas as coisas a sua volta, não se importam com acontecimentos grandes e nem buscam prazer em coisas que lhe deixariam mais felizes, eles só gastam seu precioso tempo brincando, e fazendo seus pais gastarem dinheiro com coisas desnecessárias que logo irão jogar fora, ao olha-las, eu sinto apenas nojo de ser intitulada uma criança. 

Mas meu pai não estava satisfeito com minha forma de agir ou pensar, ele me odiava, dava pra ver em seu olhar, sempre me julgando e me criticando pelas costas, mas eu o amo, então nunca lhe quis fazer mal, nunca senti raiva dele por ter pensamentos diferentes, todos tem esse direito, mas isso mudou quando ele me internou em um estranho convento de freiras, minha pobre mãe não pode fazer nada, e se convenceu que era o melhor pra mim para aliviar a mente pesada que iria lhe afligir após me abandonar no horrível lugar.

Após um mísero dia naquele lugar eu pude perceber do que aquilo se tratava, elas pretendiam me curar de algo inexistente, como tentam fazer com LGBT's, para começar eu pensei em ficar quieta e seguir as ordens do lugar, mas quando minha rotina foi montada, eu percebi que não poderia fazer aquilo, havia sessões de espancamento, afogamento, elas nós torturavam e nos finais de semana todos eram submetidos a uma sala fria e vazia, e passávamos os três dias lá, eu comecei a me adaptar a maioria das torturas, e graças a elas comecei a perceber que vejo beleza na dor. 

- Você nem parece sentir alguma coisa ! - A freira gritou em meu rosto ao me parar na escada, ergui meu olhar para seu rosto, já estou aqui a um ano e conheço bem as freiras, todas gostam se sentir superiores aqui dentro. - Nas sessões você nem se quer se mexe, fica assistindo a dor dos outros como se a sua não importasse...- Ela continuou a dizer e eu permaneci em silêncio a observando. - Pessoas como você nunca saberão o que é amor ! - Ela terminou e eu arregalei os olhos, como eu não saberei o que é amor? Eu, diferente de todas elas sei que há beleza em qualquer sentimento, até na dor. 

Eu amo minha família, apesar deles me abandonarem em um lugar como esse, amo meu irmão, apesar dele vir me ver todo final de mês e me torturar como essas malditas freiras, eu amo minha mãe apesar dela ignorar o fato de que me torturam nesse lugar como um animal, e eu amo meu pai, mesmo ele me abominando como o próprio diabo, como se não se importasse com minha existência, e por mais incrível que pareça, eu amo a dor por me lembrar todos os dias que estou viva, se sentir feliz seria tedioso, sem contar que a felicidade é baseada em momentos, não é um sentimento real.

- Você...- Comecei a dizer abrindo um sorriso maldoso para ela que franziu o cenho. - Nem se quer sabe o que é sentir ! - Gritei e a empurrei, e a observei descer escada a baixo, não esbocei nenhuma feição surpresa ou arrependida, fiz por que deveria ser feito, se ela sobreviveu é por que é forte o suficiente para aguentar a dor, e a dor irá molda-la para sempre, mas irá eleva-la para ser algo maior, não que ela vá entender algum dia. 

Para a infelicidade de muitas, a irmã Malia não sobreviveu a queda, fui castigada de todas as formas que conseguiram, no final da semana meu corpo doía como nunca antes, minha feição devia estar horrível após tantas sessões de afogamento, mas não havia feito nenhuma careta de dor, nem mesmo soltado um gemido sofrido, isso deixou as freiras em um estado de fúria tão grande que elas recorreram a ajuda de um padre de confiança, e foi a partir daquele dia...

Que eu conheci a verdadeira dor.

Flashback Off. 

Central City - Porão da Casa do Lago. - 17:45

A dor é inevitável, não há como escapar dela, mas tem como escapar da felicidade, então sabemos quem é superior entre os dois, a dor faz parte da vida, enquanto a felicidade são apenas momentos dela, a felicidade é apenas momentos em que você se sente bem, provavelmente ao lado de alguém de quem gosta, mas não dura pra sempre, logo ela acaba e o vazio aparece. e ela se torna uma lembrança, e quando você se lembra daquele momento, você fica feliz novamente, isso é felicidade. 

- Não lute contra a dor, se permita senti-la...- Falei dando a volta no corpo do eletricista, agora com o anús completamente arrombado, pênis arrancado e com o corpo cheio de queimaduras elétricas, ele treme e tem espasmos, não que eu me importe, sua dor é fascinante de se testemunhar, ainda mais para alguém como eu, que a idolatro, mas infelizmente não posso mais senti-la, única forma de sentir dor agora é ferindo a única coisa que ainda amo. - Vocês dois já pagaram por seus pecados e os confessaram. - Falei e virei a cabeça para o segundo ali. 

Ele me dá nojo, não está mais conseguindo parar de vomitar após tanta bebida ingerida, o sangue no chão indica que a garrafa de cerveja que o fiz engolir caco por caco, fez bem o seu trabalho, os dois chegarão no pico de sua dor, não estou totalmente desapontada, eles aguentaram até aqui, já é alguma coisa, sentiram e puderam desfrutar da dor, algo na qual apenas suas vitimas foram expostas, minha sentença está cumprida, agora vem o momento do adeus.

- Foi divertido brincar com vocês. - Falei e ergui a faca em minha mão, cortei a corda que prende seus pés  e seus corpos caíram no chão de forma inerte, não tem forças para se mover, a dor os impede de fazer tal coisa, se tivessem mais vontade de viver, poderiam se erguer e tentar escapar, mas a dor os mudou, os transformou por dentro, agora a única coisa que desejam é morrer, se aliviar, é isso que a dor faz, e algo destruidor e ao mesmo tempo belo. - Comida tá servida ! - Falei e assobiei, logo ouvindo os passos afobados de meus cachorros. 

Sai andando de forma lenta, os três passaram por mim sem nem se quer notar a minha presença, o cheiro de sangue os entorpece e os chama, mas não ouvi nenhum grito cortar o ambiente, apenas sons de meus cachorros mastigando, eles estão aliviados, desabafaram, colocaram para fora seus segredos mais sujos e sofreram por isso, mas agora podem descansar em paz, se libertarem daquilo que mais temeram dês do momento em que escutaram meus passos, a dor. 

Agora posso ir para casa satisfeita com essa noite revigorante. 

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Central City. - Mansão El. - 18:24

POV KARA.

Minha aventura com Jess foi realmente excitante pra mim, claro que o incomodo que sinto no ombro é irritante, mas a vadia que o fez teve o que mereceu, mas ainda me sinto intrigada pelo fato dela estar lá dentro, provavelmente foi um plano bem pensado, eles não teriam como ter certeza de que entraríamos na casa, mas lá estava ela ao nosso aguardo, uma pena que a armadilha deles saiu pela culatra, me pergunto se a policia os pegou ou se conseguiram sair de lá, de qualquer forma o tiro foi bem no centro da barriga, ela irá precisar de um hospital. 

Então em minha opinião, ou ela morreu ou ela foi para um hospital, claro que se ela realmente foi para um hospital o seu parceiro a abandonou, ele não correria o risco de ser pego tão facilmente, ele deve estar se roendo de raiva neste instante, pois falhou em algo simples, até por que ele tinha uma arma de fogo, bom, nosso reencontro é inevitável, gosto de coisas inevitáveis, tal como a morte, muitos a temem sem necessidade, sendo que a maior beleza da vida é a morte, ver uma alma partindo é a coisa mais bela que se pode ver, infelizmente poucos compreendem isso. 

- Obrigada. - Agradeci ao uber e prontamente me retirei do carro, eu havia ido a farmácia comprar o necessário para fazer um curativo em meu ombro e limpar o machucado de Jess, ela se ofereceu para ir, mas pedi para ela ficar de olhos atentos no noticiario e tentar contato com minha mãe, não pensei em ligar pra Lena, até por que ela ignorou minhas mensagens durante a tarde toda, não sei exatamente o que aconteceu, mas não sinto um bom pressentimento, algo ruim está por vir. - Jess? 

Chamei pela minha mais nova dupla, eu e Jess nos saímos muito bem juntas hoje, não que eu não ache que Lena não se sairia bem, mas Lena age sozinha, sempre deixou isso bem claro, temos ideologias diferentes, eu não tenho paciência para tortura, o que me deixa feliz é ver alguém morrer, ver sua alma partir, ouvir seu ultimo suspiro, claro que gosto de matar de formas diferenciadas, mas pra que demorar tanto para matar alguém? A dor faz parte da vida, vejo ela em todos os lugares, não é novidade pra mim, mas Lena é um tanto quanto obcecada por ela, não a critico, mas é por esse motivo que nunca formamos uma dupla como eu e Jess fomos hoje. 

Fechei a porta da frente com o cenho franzido ao não obter respostas de Jess, a casa também está silenciosa, ela não está assistindo o noticiário como eu pedi, e me recuso a acreditar que ela foi dormir sem me esperar, estávamos conversando animadamente antes de eu ter que ir a farmácia, foi agradável e tenho certeza que ela acha o mesmo, será que o assassino nos seguiu?. Caminho em passos silenciosos até a sala, onde Jess se encontrava quando sai, a cada passo meu estômago fica mais inquieto, cheguei na porta e franzi o cenho ao encontrar a silhueta feminina bem conhecida por mim sentada na poltrona. 

- Procurando sua nova melhor amiga querida? 


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Sim, Lena sempre foi meio estranha, mas não era pra tanto, o pai dela quem a fez ser quem é hoje.

Lena ama a dor, e tortura as pessoas pelo fato de que ela não a sente mais, mas ainda quer tê-la em sua vida ! Como assim? Simples, Lena sofreu dando, fisicamente e psicologicamente que sua mente se desconectou da dor, ela não sente mais dor física, espero que entendam. 

Os cara sem comidos pelos pitbull : Amém      ( Medo da Lena. )

Pov Kara como eu avisei, não teve nada demais, porém mostrei um pouco da ideológia dela sobre a morte e do por que ela e Lena não trabalham em conjunto como Jess fez com ela, apenas se ajudam em outros termos, são de certa forma ideologias similares, mas com propósitos diferentes...

Lena tá na mansão El e não parece muito feliz....Já devem saber o que vem no próximo, mas a questão é....o que Lena fez com Jess?

Até a próxima, não esqueçam de votar e comentar.


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