[CAPÍTULO 10]
Medo ou fascínio?
Jimin não soube dizer qual sentimento prevaleceu quando ele e Jungkook foram para dentro do que parecia ser um bordel. Mas não era um bordel. As paredes eram incrustadas com tijolos antigos, embora a decoração fosse ousada e moderna. Uma forte luz avermelhada estava iluminando os corpos masculinos e dançantes sobre as mesas.
O lugar estava, em sua maioria, cheio de homens. A maior parte deles bebia e conversava entre si, enquanto o restante desfrutava de um espetáculo de dança — que não chegava a ser striptease. Jungkook parecia conhecer perfeitamente o local, pensou Jimin, uma vez que ele andava pelo salão como se o caminho já estivesse impresso em sua cabeça.
Ele alcançou uma cabine próxima e comprou duas fichas. Jimin ainda estava enfeitiçado com o lugar, observando tudo com um surpreendente interesse. Ele nunca tinha estado em uma boate como aquela, ainda mais sabendo quem era o público alvo.
Quando Jungkook disse que conhecia um lugar adequado para eles, Jimin nunca imaginou que ele estaria falando de uma boate específica para homens, algo que não parecia se encaixar exatamente no que eles pretendiam fazer. Em claras palavras, Jimin esperava estar em um motel, não um clube.
– Venha comigo, Park. – Jungkook o chamou de repente.
Jimin se virou para segui-lo instantes depois, passando por uma massa de homens que assistiam a um espetáculo de dança sensual. Ele escaneou a passagem por onde estava sendo guiado e observou uma sequência de portas alinhadas, todas fechadas. Jimin olhou para trás, não vendo ninguém além do segurança que vigiava a passagem por onde eles passaram.
– Que lugar é esse? – Jimin perguntou quando dobrou o corredor à direita.
No entanto, Jungkook não respondeu. Jimin pegou um vislumbre de objetos eróticos quando dois rapazes mergulharam para dentro de uma das portas. Ali, no entanto, ele soube exatamente para onde estava indo.
Jungkook se moveu para perto de uma porta, e então Jimin pôde vê-lo enfiar uma chave na fechadura. Quando a porta deslizou aberta, Jungkook disse:
– Nosso quarto.
Jimin curvou os lábios em um sorriso malicioso, em seguida escorregou os pés para dentro do cômodo. Ele deu uma olhadinha ao redor do quarto e enxergou um enorme espelho estendido ao longo da parede, móveis decorativos, acessórios para o sexo, um pequeno sofá acolchoado no canto e uma cama. As paredes do banheiro eram transparentes e o lugar cheirava a velas aromáticas.
Era possível ouvir o barulho distante da música tocando no clube e o coro de pessoas ovacionando. Jimin se virou quando escutou a porta se fechar e foi surpreendido pelas grandes mãos de Jungkook em seu quadril. Ele estava com um sorriso frio no canto superior dos lábios, o que fez o coração de Jimin martelar mais rápido no peito.
– Está na hora de aproveitar a noite. – disse Jungkook através de um murmúrio.
No momento seguinte, Jungkook capturou a boca dele com a sua e o beijou fervorosamente. Jimin fez um pequeno ruído abafado, podendo ser facilmente confundido com um gemido suave, e então fechou suas mãos em torno do pescoço de Jungkook.
Enquanto se beijavam, Jungkook começou a conduzi-lo na direção da cama, fazendo Jimin recuar os pés na mesma proporção. Ambos caíram sobre o colchão, Jimin, no entanto, ficou por baixo. As ações de Jungkook foram ousadas, suficientes para deixar o outro encantado, mas não surpreso.
O cômodo estava mal iluminado, mas ainda foi possível ver os ofuscantes olhos de Jungkook quando ele cortou o beijo para encará-lo. Tudo ficou distorcido de repente. Jimin não queria interromper os beijos, mas permitiu que ele definisse o ritmo.
– Espere um segundo. – informou Jungkook, saindo de cima dele.
Jimin continuou onde estava, observando-o caminhar em direção a uma prateleira de vidro que apoiava alguns itens. Jungkook recolheu um frasco de lubrificante e duas embalagens de camisinha. Sua atitude arrancou um sorrisinho de Jimin, que lambeu os lábios quando o viu retornar.
Antes de Jungkook colocar os itens sobre a cabeceira, Jimin o trouxe pela barra do casaco, o fazendo cair, novamente, sobre o seu corpo. Ele não deu a mínima para as embalagens que despencaram no chão, apenas focou em beijar Jungkook, que acabou rindo de seu súbito puxão.
As pernas de Jimin deslizaram ao redor da cintura de Jungkook enquanto suas mãos trabalhavam em arrancar o casaco dos ombros dele. Jungkook terminou de se despir com a ajuda de Jimin, que o deixou apenas de cueca. Os curiosos olhos do rapaz foram para os músculos da barriga do motoqueiro. Seu corpo era belo e desenhado, porém castigado por cicatrizes.
Jimin desejou enterrar seus dedos em cada gominho evidente, apenas para ter o prazer de sentir a pele dele com as suas próprias mãos. Jungkook deslizou sobre ele e começou a beijar o seu pescoço. Jimin acabou mordendo o lábio inferior numa tentativa de conter um gemido e então fechou os olhos.
Ele sentiu o seu pescoço ser chupado selvagemente, ao ponto de deixá-lo tonto de prazer. Jungkook parecia ganancioso em suas ações e isso estava fazendo Jimin entrar em um estado de delírio. Enquanto trabalhava sua língua em Jimin, Jungkook desceu as mãos até a bainha da blusa dele, decidido a arrancá-la de seu corpo.
Se vendo livre de sua blusa, Jimin estremeceu quando sentiu um par de mãos frias apertando sua cintura. O toque era firme e preciso. Ao mesmo tempo que mantinha as mãos na cintura dele, Jungkook também trabalhava em descer os chupões para as regiões não tocadas por sua língua.
Jimin podia sentir o calor da carnalidade de seus lábios finos, bem como a umidade de sua saliva em contato com a sua pele. Em resposta, agarrou os cabelos pretos entre os dedos e os espremeu, mostrando-lhe que estava gostando.
– Jungkook...
Jungkook colocou a sua mão contra a boca carnuda dele e então o encarou.
– Não diga nada ainda.
Jimin continuou encarando-o como se os seus olhos estivessem vidrados. Após o seu discreto gesto de confirmação, Jungkook deslocou sua boca ao longo do corpo dele, começando, primeiramente, pela clavícula, depois o peito, em seguida o umbigo, cada toque se tornando indiscutivelmente mais quente. Sem dúvida, Jimin estava começando a ficar ansioso para o que viria a seguir.
A pele de Jimin cheirava a hidratante importado, sua carne era macia e delicada, muito diferente do corpo de Jungkook. Ele não possuía cicatrizes, nem marcas de brigas, isso fazia o motoqueiro ter a impressão de que estava tocando em seda. Essa desigualdade se tornava ainda mais fascinante quando ambos faziam os seus corpos entrarem em contato.
Com as mãos livres, Jungkook apalpou o cinto afivelado na cintura de Jimin e o desatou em instantes. Ansioso, o rapaz se apoiou nos cotovelos para assisti-lo abrir o zíper de sua calça. Como suas panturrilhas estavam fora da cama, não foi tão difícil remover a peça de roupa.
Após um momento, Jungkook se pôs de pé e o chamou com um gesticular de dedo. O outro sentou-se inquieto para descobrir o que ele faria a seguir. Desse modo, Jungkook se aproximou e pegou o queixo dele sem o seu convite. Em reflexo ao seu gesto provocativo, Jimin umedeceu a boca.
– Hoje você tem que ser o que eu quero que seja. – Jungkook ordenou em um tom intimidador. – A minha vadia.
Naquele momento, o coração de Jimin começou a bater depressa, principalmente quando ouviu a última palavra. Ele não podia negar que ficava excitado toda vez que ouvia palavras sujas, ainda mais vindas de Jungkook, que fazia quaisquer palavras se tornarem mil vezes mais irresistíveis ao serem ditas.
Jungkook o avaliou com fascínio enquanto escutava a sua respiração lenta. Jimin, por outro lado, tentou controlar a salivação de sua boca por chupá-lo. Ele não queria cortesia, queria ser fortemente fodido sobre aqueles lençóis vermelhos. E, claramente, Jungkook compartilhava desse mesmo desejo.
Ciente disso, Jimin colocou uma mão atrás da coxa dele e o puxou para perto. Ele pegou um vislumbre do pau de Jungkook chutando a cueca e aquilo intensificou ainda mais a sua vontade de chupá-lo. A julgar pelo sorriso cafajeste no rosto do motoqueiro, Jimin soube que ele também estava esperando por isso.
– Me deixe te amarrar. – Jimin pediu através de um sussurro.
– Não. – quando ele respondeu, não pôde deixar de acrescentar: – Eu quero segurar a sua cabeça enquanto estiver me chupando.
Uma fornalha acendeu dentro de Jimin, deixando-o mais quente que o momento anterior. Ele poderia arrancar a cueca de Jungkook agora mesmo e começar a chupá-lo com sua língua, mas não queria apressar as coisas e antecipar o êxtase. Por isso permitiu que Jungkook assumisse o controle.
Se vendo no comando, Jungkook gesticulou o queixo na direção de sua própria cueca, deixando que Jimin entendesse a mensagem. Captando-a perfeitamente, o rapaz tocou os dedos no interior do cós, sentindo uma suave espessura de pelos em seus dígitos, quase que imperceptíveis. Olhando-o enquanto fazia isso, Jimin o observou reprimir a sugestão de um sorriso.
Em instantes, Jimin estava de joelhos diante dele, abaixando aquele pedaço de pano que até então o impedia de contemplar o corpo de Jungkook por inteiro. Quando finalmente o fez, seus olhos ficaram cheios de expectativas. Sem poupar tempo, então, Jimin tocou o pau dele com uma das mãos e o sentiu rígido como uma rocha.
Jungkook embalou a cabeça de Jimin na mão e apertou os seus cabelos. Aquele gesto o fez entender que deveria partir para o próximo passo. Com isso, Jimin abocanhou o pênis dele lentamente, o que provocou um forte puxão em seus cabelos. Jungkook fechou os olhos e soltou um suspiro, especialmente quando Jimin esfregou a língua ao longo de seu pau.
Seus lábios estavam quentes naquela noite, Jungkook sentiu, e igualmente molhados. Ele parecia ganancioso enquanto engolia o seu pênis com fervor, exercendo movimentos contínuos com a cabeça. Jimin abriu mais a boca para facilitar a passagem à medida que recebia constantes puxões no cabelo.
Jungkook deu algumas estocadas em sua boca, fazendo-o prender a respiração. Ele não estava emitindo nenhum barulho até então, Jimin observou, mas seus suspiros eram maravilhosos demais para serem ignorados. Apenas aquela reação já o estava deixando extasiado.
Senti-lo mover o quadril em direção à sua boca foi o suficiente para Jimin perceber que precisava ir mais fundo. Foi então que ele decidiu usar ambas as mãos para firmar o pau de Jungkook na direção certa e utilizou a língua para trabalhar na pressão. Sua atitude surtiu efeito, pois o seu motoqueiro deixou escapar um gemido grave.
Jimin queria ouvir palavras obscenas enquanto o devorava, mas Jungkook não parecia ser o tipo de homem que gostava de falar durante o ato, ele tinha uma preferência peculiar por demonstrar satisfação através de ações. Então, toda vez que Jimin sentia os dedos dele espremendo os seus cabelos com força, isso o fazia perceber que estava indo bem.
Disposto a provocá-lo, Jimin retirou o pau dele de sua boca e começou a massageá-lo com a mão lentamente. Jungkook não disse nada, mas o olhar que ele lançou na direção de Jimin dizia que ele estava pronto para entrar na brincadeira. Ainda de joelhos, Jimin devolveu o olhar dele conforme o masturbava, podendo sentir o quão excitado ele estava.
As mãos de Jimin eram macias e pequenas, mas ele estava conduzindo-as com precisão. Uma parte de Jungkook achou graça disso, enquanto a outra parte parecia estar sob o peso de um feitiço. O intenso calor das carícias de Jimin começou a consumir o corpo de Jungkook por inteiro, fazendo-o ofegar ruidosamente.
Percebendo isso, no entanto, Jimin voltou a engolir o pau dele com devoção, arrancando um gemido rouco da garganta de seu motoqueiro. Jungkook inclinou a cabeça para trás após experimentar a cinesia gostosa da língua de Jimin ao longo de seu pênis. Era possível sentir a umidade de sua saliva, o arranhar de seus dentes na região da glande e o som excitante das sucções.
Jimin parecia cheio de urgência em seus movimentos. Agora que o estava ouvindo gemer com mais frequência, o rapaz não tinha intenção de parar. Ele soube, assim que olhou nos olhos de Jungkook, que o seu autocontrole não duraria muito tempo.
Perdendo a resistência, Jungkook empurrou a cabeça de Jimin contra o seu pau, o suficiente para tocar a garganta dele. Ele continuou repetindo esses movimentos até a sensação ficar mais forte. Uma fina camada de suor começou a se formar em sua testa enquanto ele reforçava a sensação de pré gozo.
Quando percebeu que estava muito perto de gozar, Jungkook recuou a cabeça de Jimin e começou a se masturbar rapidamente. Ele possuía mãos grandes e uma força que chegava a fazer Jimin ansiar por um tapa. Por um momento, imaginou como seria maravilhoso sentir um tapa daquele sujeito estranho e terrivelmente gostoso.
Jungkook parecia ser o tipo de homem que usava a força para o próprio benefício. Isso não significava dizer que ele tinha intenção de coagir as vontades de Jimin, mas poderia transformar uma ação dolorosa — tapas, mordidas e puxões de cabelo — em prazerosa, o que fosse, de fato, da preferência de Jimin.
Quando os movimentos de Jungkook ficaram mais rígidos, Jimin abriu a boca para receber os espirros de sêmen e em instantes foi surpreendido pelos jatos fortes. Algumas gotas respingaram em seus lábios, então ele as varreu com a ponta da língua, tendo a honra de sentir o gosto de Jungkook.
Após gemer uma última vez, a respiração de Jungkook assumiu um ritmo mais lento, ainda sendo possível sentir os espasmos do orgasmo em suas pernas. Seu pau estava lambuzado com a saliva de Jimin e com o resto de seu sêmen.
Jungkook o segurou pelo queixo, devagar, e o ajudou a se levantar. Com o rosto salpicado por esperma, Jimin limpou-o com o dedo e então o deslocou à própria boca, chupando-o. Jungkook pareceu enfeitiçado com o que estava vendo, como se pudesse visualizar perfeitamente os lábios dele em torno de seu pênis.
– O que vai fazer comigo agora? – Jimin perguntou, inclinado a provocá-lo.
– Me deixe te mostrar.
Sentindo-se atiçado, Jungkook o agarrou pelo quadril e o trouxe de encontro ao seu corpo. Jimin soltou um gemido com a força do movimento e então percorreu os dedos até a carne de seus ombros. Sua cueca estava começando a se tornar um incômodo, mas antes de pensar em uma solução para esse problema, Jungkook encontrou o caminho até a sua boca.
Apesar de o beijo ter se tornado selvagem, brusco e impaciente em instantes, o encaixe continuou perfeito. Jimin não perdeu a oportunidade de deslizar as mãos para a bunda de seu motoqueiro, sentindo o toque macio daquele músculo membrudo.
Jungkook tinha um corpo atlético, tatuado e cheio de cicatrizes, o que, de certa forma, chamou a atenção de Jimin, que possuía um físico menor, mais baixo, menos corpulento e livre de marcas, exceto aquelas que Jungkook deixou em seu pescoço.
Com um impulso não muito brusco, Jungkook jogou o corpo de Jimin na cama, fazendo-o cair de costas no colchão. O rapaz sorriu com aquilo, mas este sorriso rapidamente se transformou em uma expressão de ansiedade quando Jungkook girou o seu corpo, deixando-o de barriga para baixo, e beijou fervorosamente as suas omoplatas.
Trilhando os beijos ao longo de sua espinha dorsal, Jungkook cessou-os quando alcançou o elástico da cueca. Ali, portanto, enfiou uma mão entre o tecido e a pele de Jimin, arrancando um gemido suave de seu parceiro, que remexeu o quadril para que Jungkook removesse a peça.
Ouvindo o seu silencioso pedido, Jungkook finalmente arrancou a cueca dele para fora de seu corpo, deixando as suas nádegas desnudas. Jimin deitou a cabeça no colchão enquanto aguardava ansiosamente os próximos passos de Jungkook, que já havia premeditado tudo.
– Abra as pernas. – ele ordenou.
Jimin obedeceu às suas ordens sem contestar, plantando os joelhos na cama na tentativa de facilitar as coisas. Jungkook se agachou para ficar do mesmo nível que ele e umedeceu a boca quando olhou para o seu alvo. Em instantes, Jimin sentiu a respiração quente de seu motoqueiro se aproximando de sua pele, mas de repente ele parou como se quisesse provocá-lo.
De repente, um músculo molhado penetrou a entrada de Jimin, fazendo-o espremer os lençóis da cama com suas unhas. Ele arqueou o pescoço quando Jungkook acelerou os movimentos circulatórios com a língua, arrancando, sem muito esforço, gemidos constantes de sua garganta.
Parecia loucura pensar que semanas atrás ele tinha sido salvo de um carro desgovernado e agora estava transando com o mesmo cara que o socorreu. Namjoon diria que isso é liberdade sexual. Hoseok, no entanto, diria que ele havia perdido o juízo.
Jungkook parecia tão confiante em seus movimentos que Jimin mal conseguia se concentrar em outra coisa que não fosse as chupadas. Ele estava com tanto tesão que chegava a sentir os próprios ossos tremerem. Gostaria de pedir a Jungkook para que ele o fodesse logo e alimentasse o seu maldito desejo, mas sabia que isso daria ao outro uma vantagem.
Ainda insaciado, Jimin segurou os cabelos de seu motoqueiro com uma das mãos e pressionou a cabeça dele contra as suas nádegas. Jungkook firmou o quadril dele com ambas as mãos enquanto sentia-o rebolar devagar contra o seu rosto. Quando a sensação de prazer aumentou, Jimin não conteve os gemidos.
– Não para... – ele suspirou.
Jungkook usou dois de seus dedos para penetrar a entrada de Jimin, não se importando muito se estavam secos ou não. No entanto, isso não pareceu incomodar o outro, que se contorceu de prazer quando sentiu a presença dos invasores. Jungkook possuía longos dedos, mas ainda eram insuficientes para o alvo que Jimin tanto desejava que ele acertasse.
Ele rebolou contra os seus dedos em busca de mais contato, mas Jungkook o provocou diminuindo a cadência de seus movimentos. Jimin gemeu de frustração, não suportando mais engolir o seu orgulho. Ele queria pedir para que Jungkook acelerasse as investidas, mesmo sabendo que muito provavelmente ele já estava esperando por isso.
– Jungkook – ele o chamou baixinho. – Não me faça implorar... Por favor.
– Eu quero que você implore, gatinho. – disse. – Me implore!
Jimin espremeu os lábios, não querendo dar a ele o controle desejado, embora não pudesse negar que ele ficava insuportavelmente gostoso quando usava da autoridade. Jungkook girou os dedos lentamente na sua cavidade anal, ciente de que em poucos instantes Jimin se renderia.
Bingo.
– Por favor... – Jimin resmungou. – Faça isso logo.
Com um sorriso malicioso, o seu motoqueiro penetrou novamente os dígitos, dessa vez com mais força e velocidade. Jimin se contorceu por inteiro, quase convicto de que suas defesas tinham se quebrado em milhões de pedaços. Jungkook conseguia ter uma agilidade com os dedos que o deixava tonto de prazer.
Jimin empinou a bunda, cavalgou nos dedos dele e empurrou seu corpo para trás, mas nenhuma das tentativas fizeram Jungkook acertar o alvo. Ele estava consciente de que apenas os seus dedos não eram suficientes para aquilo, mas, obviamente, não deixava de ser uma forma — torturante, por sinal — de alavancar a busca pelo orgasmo.
Jimin voltou a agarrar os seus cabelos, confiante de que fazer um pouco mais de pressão resolveria o seu problema. Ele continuou a rebolar o quadril à medida que a língua de Jungkook continuava a dançar em seu interior juntamente com os dedos.
Quando o seu alvo foi acertado repentinamente, Jimin agarrou-se aos lençóis e arqueou as costas, gemendo o nome de Jungkook mais alto do que gostaria. Ciente de que ele estava aguardando um segundo golpe, Jungkook cessou os movimentos propositalmente, divertindo-se com as suas lamúrias de frustração, e então se levantou.
Por um instante, Jimin se flagrou sozinho e com a respiração acelerada. Quando olhou sobre o ombro, enxergou o seu motoqueiro virado de costas. Ele estava pesquisando algo na prateleira, o que deu a Jimin tempo para recuperar o fôlego.
Para ser honesto, Jimin gostaria de gritar para ele "O que está fazendo!? Volte para a cama e me coma!". Mas ao invés disso ele se permitiu observá-lo em silêncio.
Quando Jungkook retornou, Jimin finalmente pôde ver o que estava em suas mãos: uma venda vermelha e um vibrador. A julgar pela escolha dos objetos, Jimin suspeitou que ele tinha pensado em tudo antes de levá-lo até aquele clube. Jungkook parecia saber exatamente do que Jimin gostava na hora do sexo.
– Feche os olhos. – Jungkook ordenou.
Jimin fez exatamente aquilo que lhe foi ordenado. Aquele que estava em pé envolveu a venda em seus olhos e deu um nó nas extremidades. Agora Jimin não podia enxergar nada, embora quisesse continuar admirando o abdômen trincado de seu motoqueiro.
No instante seguinte, um par de mãos correu ao longo de sua bunda, acariciando-a antes de aplicar um tapa. Jimin mordeu o lábio inferior numa tentativa falha de controlar o sorriso. Houve outro estalo e mais outro, fazendo-o gemer manhosamente.
Um barulho peculiar ecoou pelo cômodo e então Jimin percebeu que vinha do vibrador. Ele se preparou para a chegada do aparelho antes de Jungkook enfiá-lo lentamente em sua entrada. Jimin se contraiu um pouco e fez uma careta de dor, mas a sensação de incômodo rapidamente se foi quando o estimulador alcançou a sua próstata.
Uma forte sensação de prazer o consumiu, principalmente quando a velocidade aumentou, fazendo-o gemer — ou gritar — uma sequência de vezes. Um sorriso dissimulado ergueu-se no canto esquerdo da boca de Jungkook, que se acomodou no sofá ao lado para poder assisti-lo em silêncio.
Jungkook umedeceu a boca por ver Jimin estremecer as pernas e chiar de tesão. Aquela cena contribuiu para as suas fantasias. Então ele segurou o próprio pau e começou a se masturbar enquanto regulava a velocidade do aparelho no controle que estava em sua outra mão.
Jimin estava tão lindo em sua posição de gato que Jungkook não teve intenção de desviar os olhos em nenhum instante. No momento em que os seus gemidos se tornaram mais agudos, Jungkook se sentiu atiçado a intensificar os movimentos em seu pau, como se para compartilhar do mesmo prazer.
– Jungkook... – ele sussurrou entre um suspiro e outro. – Mais rápido.
Sorrindo em provocação, o motoqueiro desligou o aparelho e de repente o corpo de Jimin parou de tremer. Ele sofreu alguns espasmos temporários, em seguida despencou na cama. Jungkook fez um barulho de negação e então disse:
– Ainda não acabamos, Park. – o rapaz mordeu a boca para conter a ansiedade. – Venha aqui.
Dito aquilo, Jimin removeu o vibrador de dentro dele e puxou a fita de seus olhos. Virando-se, ele observou Jungkook massageando lentamente o seu pênis enquanto o encarava à distância. Jimin deslocou-se para fora da cama com um pouco de dificuldade, tentando não demonstrar que ainda estava tremendo pelo momento anterior.
Assim que o alcançou, ajoelhou-se entre as suas pernas, mas Jungkook balançou a cabeça para os lados enquanto sorria.
– Você está muito faminto, Park. – disse ele, entretendo-se. – Eu não disse que você podia tirar a venda.
– Eu quero te olhar enquanto você me fode.
O sorriso no rosto de Jungkook alargou-se.
– Então levante-se e sente no meu pau.
Antes de Jimin o obedecer, ele recolheu a embalagem de camisinha e o frasco de lubrificante que haviam caído inicialmente. Jungkook rasgou o plástico com os dentes e envolveu a película em torno de seu pênis. Ele passou um pouco de lubrificante por cima para facilitar o processo de penetração.
O controle que estava nas mãos de Jungkook foi lançado sobre a cama, deixando-as livres para que ele as usasse na cintura de Jimin, que foi suavemente puxado para perto. O rapaz abriu as pernas, colocou os joelhos em cada lado de Jungkook e montou no seu colo.
Eles ficaram se encarando até Jungkook começar a introduzir o pau em sua entrada. Jimin firmou os braços em seus ombros e resistiu à vontade de entortar o rosto em desconforto. Quando finalmente sentiu-se engolindo o pênis dele por inteiro, Jimin começou a cavalgar lentamente.
Jungkook foi domado por uma sensação frenética e ferina, fazendo-o segurar o rapaz pela cintura para ajudá-lo a quicar com mais precisão. Ele sentiu uma corrente esmagadora e terrivelmente boa em suas veias, especialmente por ver o seu membro aparecendo e desaparecendo dentro de Jimin.
Aquela visão era pornográfica, suja, deliciosa e quente demais.
Os cabelos de Jimin estavam bagunçados e uma fina camada de suor cobria parte de sua testa, permitindo que alguns fios ficassem grudados. Jungkook passou a penetrá-lo com mais força, apenas para senti-lo arranhar a pele dos seus ombros. Seu falo estava sendo sufocado pelas paredes internas de Jimin, que continuava a gemer "não pare!" a cada golpe.
Era perceptível que Jimin estava sentindo um pouco de dor durante a penetração, no entanto isso não o fez parar de cavalgar. Muito pelo contrário, as investidas se tornaram mais bruscas, rápidas e certeiras.
O encaixe era perfeito.
O barulho excitante de suas carnes se chocando poderia se tornar uma melodia erótica para o ouvido de muitos. Jimin quase urrou quando Jungkook acertou sua próstata. Isso arrancou um pequeno sorriso perverso do motoqueiro, que não perdeu a chance de capturar os lábios dele.
Ali, portanto, eles se beijaram com fervor, urgência e desejo.
Longos minutos se passaram até que ambos ficaram ofegantes durante o beijo. Jimin foi o primeiro a se separar dele com lágrimas de tesão nos olhos. Sua ereção estava pulsando em busca de alívio, mas Jungkook não o autorizou a usar as mãos, então ele continuou a choramingar, sentindo partes de seu corpo tremerem.
Com um pouco de impulso, Jungkook o colocou de costas no sofá e logo sentiu seu quadril ser abraçado pelos tornozelos de Jimin, que revirou os olhos após ter a sua próstata surrada mais uma vez. Ele não perdeu a chance de arranhar as costas de Jungkook, tampouco de segurar a sua bunda para dar mais impacto às estocadas.
Àquela altura do campeonato, Jimin descobriu que Jungkook era um homem de poucas palavras, mas cheio de ações precisas. Ele sabia exatamente o que fazer e onde tocar.
Com uma das mãos livres, Jungkook segurou o seu pescoço, enforcando-o, mas ele não usou a força, apenas desejou passar autoridade. Jimin fez um discreto movimento com a cabeça, aprovando aquela atitude e desejando ser tocado por ele em todas as partes de seu corpo.
Eles estavam suados, eufóricos e cheios de vontade. Jimin mordeu o lábio inferior com tanto apetite que arrancou sangue de sua carne. O líquido vermelho escorreu pela lateral de sua boca, atraindo os olhos do motoqueiro àquela direção.
Vendo-o tão dependente de seus toques, Jungkook chupou o líquido, agora em seu queixo, e em seguida o beijou. Ele enterrou a língua na boca de Jimin lentamente, fazendo-o sentir o gosto metálico do sangue. No entanto, o beijo não durou muito.
Jimin sentiu-se como se estivesse delirando, especialmente quando Jungkook acertou sua próstata. Após localizar o seu ponto sensível, Jungkook continuou golpeando aquela região sem piedade.
Em resposta a essas investidas, Jimin rasgou suas costas com as unhas e gemeu sem parar. Lágrimas saíram de seus olhos castanhos. Bastou algumas estocadas a mais para que Jungkook gozasse dentro dele, embora o esperma não tivesse atravessado a película da camisinha.
O gemido que ele soltou quando atingiu o orgasmo poderia ser o toque de despertar do celular de Jimin. Era grave, rouco e malicioso. Mesmo depois de alcançar o ápice, Jungkook prosseguiu rebolando dentro dele, dessa vez um pouco mais lento.
Ele segurou o pau de Jimin e começou a masturbá-lo como havia sido suplicado a fazer desde o início, podendo ouvir a vibração de seus gemidos contra a palma da mão que o enforcava. Seus movimentos eram tão rápidos quanto o motor de um vibrador. Ele podia sentir aquele membro duro pulsando entre a sua mão, implorando para liberar toda a porra.
Em instantes, Jimin curvou a coluna quando atingiu o clímax, espirrando jatos de esperma para a sua própria barriga. Jungkook lambeu a sua barriga suada, varrendo todos os respingos de sêmen enquanto Jimin ainda estremecia de prazer. Durante o orgasmo, ele espremeu os cabelos de Jungkook com as dobras dos dedos.
A respiração de Jimin, antes urgente e desregulada, começou a ficar lenta e equilibrada. Depois disso, Jungkook tirou o seu pau de dentro dele, sentindo-o sujo de porra, e também soltou o seu pescoço. Jimin continuava imóvel e ofegante, ainda experimentando a sensação selvagem de segundos atrás.
Seu corpo tinha ficado mole e suas pernas trêmulas, mal conseguia se mover direito. As paredes internas de sua intimidade ainda latejavam, mesmo que a umidade do lubrificante tenha suavizado a dor na hora do ato.
– Isso foi insano. – Jungkook falou depois de um minuto de silêncio.
– Você foi ótimo. – Jimin adicionou sob a sua respiração. – Eu poderia fazer sexo com você a vida toda.
– Não é uma má ideia.
Eles se encararam por um longo tempo, então Jungkook se levantou e ofereceu sua mão para que Jimin se apoiasse. Ambos estavam sujos de esperma, mas aquilo não era um problema para eles no momento. Jungkook não seria o cavalheiro que o levaria até o banheiro para se lavar, mas também não tinha intenção de parecer um brutamonte que estava apenas interessado em fazer sexo.
Pensando nisso, ele recolheu as suas vestimentas e ofereceu sua camisa para o rapaz, que olhou para a peça com um sorriso pequeno no rosto. Ser gentil o manteria por perto, apesar de ter o costume de largar os seus ficantes após gozar dentro deles.
– Vista-se – disse Jungkook. – E vá para o banheiro. Eu vou depois de você.
Jimin pegou a camisa que estava estendida em sua direção e cheirou o tecido. Aquele perfume amargo que ele tanto se lembrava invadiu as suas narinas, fazendo-o encarar Jungkook por cima da roupa.
– O seu perfume...
– O que tem?
– É o meu favorito. – acrescentou. – Eu comprei um desse quando viajei para Veneza. Você também já esteve lá?
Eu estou por toda parte, Park, pensou em dizer, mas ao invés disso ele sorriu, um pouco nervoso demais, e então limpou uma faixa de suor da testa. Antes de o responder, ele o agarrou pela cintura e beijou o topo de sua cabeça, tentando desviar o interesse dele para os seus carinhos.
– Ganhei de presente. – ele mentiu, não sabendo dizer se o tinha convencido. – Eu também ficaria surpreso de ver um zero à esquerda como eu comprando um perfume caríssimo.
– Eu não quis te ofender...
– Shh – ele beijou seus lábios lentamente. – Não diga nada. Vamos tomar um banho e então podemos conversar sobre qualquer coisa.
Jimin balançou a cabeça para os lados, surpreendendo-o.
– Eu quero que você me acompanhe até lá. – Jungkook continuou em silêncio, encarando-o. – A nossa noite ainda não acabou, não é mesmo?
Jungkook sabia exatamente o que ele estava propondo e isso o deixou enfeitiçado. Eles tomariam banho, obviamente, mas isso não significava que não poderiam transar dentro do box.
Com isso em mente, Jungkook o pegou no colo em um movimento súbito, fazendo-o entrelaçar as pernas ao redor de sua cintura nua, e então o carregou para o banheiro enquanto beijava-o com fervor. Seus corpos suados ficaram tão grudados que nem uma nesga de ar era capaz de atravessar.
No momento seguinte, eles entraram no banheiro sem se importarem em deixar a porta aberta e foram direto para o chuveiro. Jimin não dava a mínima se chegaria atrasado na empresa ou se estaria com muitas dores no corpo no dia seguinte, ele só desejava uma coisa: ser fodido a noite toda por Jungkook.
▸▸◂◂
Oi meus amores, como vocês estão? Achei esse lemon bem fraquinho, mas segue o baile. Não vou falar muito hoje pq to muito cansadinha :(
Espero que tenham gostado do capítulo, deixei algumas pistas no meio do caminho (pode apostar que sim rs) então prestem muita atenção.
Beijos de luz e até a próxima att!! <3
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