Capítulo 14 - Frio Perpétuo
Ambos andavam em círculos a cerca de dez minutos, haviam chego no último andar da instalação, ali deveria estar o laboratório inteiro, contudo não havia nada, nem ninguém.
── Isso não está certo. ── Nêmesis falou. ── Deveria estar aqui.
── Não estamos vendo algo. ── Edward falou.
A figura sombria de Joseph Kenway surgiu novamente. Edward parou estarrecido no meio da sala enquanto encarava o homem. Joseph sorriu contemplando a face alva de Edward enquanto apontava para o canto de uma das paredes.
── Edward? ── Nêmesis chamou preocupada. ── Você está bem?
Edward meneou a cabeça concordando enquanto encarava o homem que diziam ser o seu pai, ainda que as aparências fossem tão idênticas ele se recusava a acreditar naquilo. Era duro ter de aceitar ajuda daquele homem que para ele era tão desconhecido quanto Nêmesis, visto que ela havia aparecido fisicamente para ele.
Ele revirou os olhos irritado por ter que obedecer aquele homem e seguiu até parede, colocou toda a sua força em uma das pernas e chutou a parede, abrindo um grande buraco através de chutes. Após a poeira baixar, Edward e Nêmesis atravessaram o buraco e se depararam com uma sala cheia de corpos. A sala tornara-se vermelha. Sangue nas paredes, sangue no chão, sangue no teto, sangue sobre os objetos. Nem todos os cadáveres estavam nas posições em que foram mortos, alguns deles pareciam ter sido arrastados pela sala.
Um amontoado de moscas rondava sobre a pele dos cadáveres que ainda estavam frescos. Nêmesis encarou a quantidade de corpos espalhadas pela sala enquanto sondava o local a procura da Sanitatem.
── Tem que estar aqui. ── sussurrou para si mesmo enquanto vasculhava as mesas sujas de sangue.
Edward sorriu ao ver a jovem falando sozinha, porém sua concentração fora furtava pelo eflúvio de sangue. Ele avançou em direção ao local onde o aroma era mais forte e se deparou com uma geladeira branca, ele puxou a porta de metal e encarou perplexo o amontoado de sangue em bolsas de plástico. Ele pegou uma delas com a mão e rasgou o lacre com os dentes, porém foi impedido de ingerir o líquido por Nêmesis que surgiu de repente e rasgou a bolsa de sangue no meio, fazendo com que o líquido rubro e espesso se juntasse com o que já se encontrava no chão. Edward rosnou irritado, cego pela cede que lhe consumia ele ergueu Nêmesis pelo pescoço.
── Edward. ── ela tentou falar.
A jovem não queria ter que reagir, tão pouco seria capaz de apunhalá-lo com a faca que pensava em retirar da perna.
── Não pode beber aquele sangue. ── sua voz saiu esganiçada.
── Por que? ── perguntou entre dentes.
── Está infectado.
A resposta fez com Edward despertasse de seu transe transitório e soltasse Nêmesis.
── Me desculpe. ── ele pediu. ── Estou faminto. ── sorriu.
── Eu imagino. ── ela sorriu. ── Tanto tempo bancando a bela adormecida.
── O que? ── ele perguntou.
── É uma história... ── tentou explicar. ── Esqueça. ── pediu. ── Você entenderá um dia. ── sorriu.
── Parece que preciso me adaptar a anos de informações.
── Não sabe o quanto. ── ela sussurrou. ── É duro fazer uma piada que você não entende.
Edward sorriu e virou-se encarando o lugar. Perguntava-se a todo instante onde aquela Sanitatem poderia estar. Olhou minuciosamente para os diversos frascos de vidros que estavam sobre as mesas, alguns ainda intactos e cheios de líquidos estranhos.
── Acha que ainda está aqui? ── Edward perguntou.
── Tenho certeza que sim. ── respondeu. ── Eles jamais teriam entregue para os Lupi's. ── falou. ── Talvez todos estejam mortos por esta razão.
── Faz sentido. ── sussurrou.
A dor execrável dominou o corpo de Edward Kenway novamente. Correntes elétricas carregadas de sofrimento serpentearam por baixo da pele fria e pálida. Seus dentes rangeram, e seus olhos se fecharam enquanto a poderosa descarga elétrica flanava por seu corpo, suas pernas falharam e seu corpo desabou no chão.
── Edward. ── Nêmesis correu até ele.
A dor fez com que um rosnado tenebroso escapasse de sua garganta, tão horrendo foi o fragor produzido por Edward Kenway.
── Eu, estou bem! ── Edward sussurrou.
Nêmesis meneou a cabeça concordando e se levantou abruptamente, precisava encontrar aquele maldito projeto de cura o mais rápido possível.
── RAIOS! ── praguejou enquanto descontava a raiva nos objetos de vidro sobre a mesa.
Edward que ainda permanecia no chão, apalpou a ferida em estado avançado apertando-a como se pudesse sentir um novo tipo de dor. Virando-se para a parede, Kenway sentiu uma pequena brisa em seu rosto, um sopro gelado que saia de alguma lacuna na parede ao seu lado.
Ignorando por completo a dor intrínseca que percorria seu corpo, Edward levantou-se rapidamente enquanto esboçava uma mínima curvatura em seus lábios. Aquele sorriso significava a esperança de que talvez naquele dia ele não só pudesse vislumbrar o céu como também pudesse reencontrar Lexia Davenport. A sensação corriqueira que o momento lhe ofereceu, aquecia seu peito.
Confiante, Edward usou-se de suas últimas forças para atravessar ferozmente aquele amontoado de concreto. Como já esperado por ele, assim que a poeira do concreto baixou, uma segunda sala lhe foi revelado, estava escura e sombria. Nêmesis e Edward adentraram cautelosamente. Assim que puseram seus pés dentro da sala, as luzes se acenderam revelando uma parede de vidro, que os impediam de prosseguir.
TUM.TUM.TUM.
O martelar frenético de um coração assustado penetrou em seus ouvidos. Edward tombou a cabeça na direção que vinha o som e avistou um homem de pé. Seu jaleco branco balançou quando o homem se moveu para apertar algo sobre a gigantesca mesa de ferro que estava a sua frente. ROBERT. Era o nome que estava anexado em cores douradas sobre o pano espesso do jaleco. Ele ergueu lentamente a cabeça, o medo estava visível em seus olhos grandes e amendoados.
Uma fumaça cinza começou a descer lentamente por um duto de ventilação, contudo, o chão já estava completamente engolido por ela. Edward encarou a fumaça e em seguida olhou para Nêmesis.
── O que é isto? ── perguntou referindo-se a fumaça.
── Eu não tenho certeza. ── respondeu meio grogue.
── Nêmesis. ── ele chamou ao perceber que ela não estava bem.
O sol que costuma ficar presente em seus olhos desapareceu devido a um eclipse, as pálpebras de Nêmesis se fecharam lentamente, seu corpo tornou-se fraco e frágil e então ela esmoreceu caindo nos braços de Edward. Preocupado com a jovem estar sendo afetada pela fumaça, Edward se levantou raivoso e encarou o homem a alguns metros de distância. Em completo desespero o homem aumentou a quantidade de fumaça na sala, porém não foi o bastante para impedir que Kenway partisse o vidro e avançasse como um animal para cima dele.
Saltando através do vidro, ele agarrou o colarinho do homem e o ergueu prensando-o na parede.
── O que fez com ela? ── perguntou referindo-se a Nêmesis.
── Meu sangue está contaminado. ── ele metralhou com um pequeno sorriso nos lábios.
Edward retribuiu ao sorriso do homem, lançando lhe um sorriso sádico e doentio.
── Se não reparastes em mim. ── começou. ── Eu já estou infectado. ── ergueu umas das sobrancelhas enquanto falava. ── Estou tão faminto. ── sussurrou. ── Que não me importo de saciar a minha sede com o seu maldito sangue infectado.
Robert arregalou os olhos ao perceber que Edward tinha razão.
── Sua carcaça inútil estará naquela sala. ── Edward apontou para a sala cheia de corpos. ── Junto com as outras carcaças. E quando seu corpo começar a se decompor, os vermes opalescentes estarão comendo a sua carne podre e infectada.
Suas presas afiladas furtaram a cena. Kenway puxou lentamente o corpo do homem para mais próximo do seu, enquanto seus olhos permaneciam fixos no pescoço dele.
── Espere! ── Robert clamou possuído pelo medo.
Edward parou antes que seus caninos dilacerassem a macia pele do pescoço.
── O que? ── ele perguntou impaciente.
── Eu posso ajudar você. ── Robert sussurrou nervoso.
── É por que eu precisaria da ajuda de um humano inútil? ── perguntou com desdém.
── Porque sou o único que pode lhe ajudar. ── respondeu confiante.
── Eu não preciso de ajuda. ── rebateu.
── Se quiser salvar a sua amiga ali... ── começou. ── Terá que aceitar. ── sorriu.
── Está bem. ── concordou colocando o Robert no chão.
Após finalmente ter os pés fixos no chão. Robert ajeitou o jaleco branco e concertou os fios de seu cabelo que teimavam em cair em sua testa.
── Se tentar alguma coisa. ── começou.
── Já sei. ── falou. ── Vermes opalescentes. ── sorriu.
── Vou estraçalhar seu corpo, e não sobrara nada para os vermes.
── Dr. Robert Carlisle. ── falou esteando-lhe a mão.
── Edward. ── falou ignorando a mão estendida de Robert.
── O que lhe traz aqui? ── Robert perguntou.
── Sou eu quem faz as perguntas aqui. Você entendeu? ── ameaçou.
── Sim! ── respondeu.
── Agora preciso que me dê a Sanitatem.
Robert arregalou os olhos incrédulo.
── Como sabe sobre ela? ── perguntou.
── Não sou tolo. ── falou. ── Dê-me logo.
── Os lobos a levaram.
Edward rosnou irritado, virou-se abruptamente e ergueu Robert Carlisle novamente pela gola da camisa.
── Olha aqui seu doutorzinho de merda. ── começou. ── Eu não sei quem você pensa que é, mas eu sou Edward Kenway. O despertar deixou-me incrivelmente faminto. Cada molécula do meu corpo almeja por sangue. E tudo o que eu mais quero no momento e dilacerar alguém. Então pare de rodeios e me dê logo aquela maldita cura de merda.
Robert engoliu em seco ao ouvir a fala de Edward e meneou a cabeça concordando. O medo estava tão presente em seus olhos quanto um órgão.
── Eu já lhe disse...
── O que conversamos agora há pouco? ── Edward perguntou impaciente.
── Se eu lhe der irá me matar.
── Se não me der eu irei.
── Prefiro morrer sem lhe dar nada. ── cuspiu as palavras.
── O.K. ── Edward meneou a cabeça de forma sensata. ── Se quiser pode ir. ── falou apontando para a porta.
Robert semicerrou os olhos desconfiado enquanto olhava para a porta.
── Então é isso? Está me deixando ir? ── perguntou.
── Sim! ── respondeu.
── Você não é útil. ── sorriu. ── É certamente será brutalmente assassinado pelos lobos lá fora.
Ele bufou irritado, Edward tinha razão, se ele se quer ousasse colocar os pés para fora seria morto.
── Dê-me a maldita cura e podemos sair juntos deste lugar. ── falou.
── Está bem. ── começou. ── Faremos isso juntos. ── sussurrou nervoso.
Robert encarou profundamente os olhos rubros de Edward Kenway antes de concordar com aquele plano suicida. Fazer um trato com um vampiro era como vender a alma ao diabo. Ele aproximou-se da parede ao seu lado e começou a tateá-la, em seguida ele pressionou a mesma. O botão escondido na parede acionou uma porta secreta na mesma parede. Uma fumaça silenciosa saiu das lacunas antes da passagem ser aberta completamente.
── Vamos! ── Robert chamou. ── Aconselho-lhe a pegar a sua amiga. ── falou referindo-se a Nêmesis.
Enquanto se afastava, Kenway não conseguia tirar os olhos do homem, visto que Robert poderia facilmente fugir pela passagem deixando-o para trás. Pegou Nêmesis no colo e seguiu logo atrás de Robert por um longo e extenso corredor alvo.
O longo corredor logo revelou seu fim, uma porta de metal estava a alguns metrosde distância. Robert pressionou botões presos a porta e ela se abriulentamente.
AFILADAS = (formato fino ou pontudo)...
Olá meus amores. Como vocês estão? Espero que estejam bem ♡
Dando uma passadinha para desejar a todos vocês um FELIZ ANO NOVO!!!
Uhuuuu, ano novo. Vida Nova.
Desejo a vocês tudo de bom..
E para essa nova face, nada melhor
que um capítulo fresquinho de
♡ KENWAY ♡
O que acharam desse capítulo? Devem confiar neste doutorzinho de merda ? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Não sejam leitores
👻👻👻👻👻
Intereja, faça novos amigos.
Conversem sobre livros, sobre séries
Aproveite um novo ano para uma nova vida, uma nova aventura!!! Faça
algo novo
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