Capítulo 03 - Caso Perdido

Depois da briga com os Lupi, Alexia e Kenway voltaram para Witskces.

── O que eu faço com você? ── Alexia perguntou fuzilando Edward.

── O que? ── perguntou.

── Olha para isso ── resmungou agora fuzilando o sangue nas ruas. ── Vai ser difícil esconder tudo isso. ── falou preocupada. ── Eu quero muito que você sobreviva. ── sorriu.

── É porque eu não sobreviveria? ── perguntou.

── Além de um bando de "lupi", você terá que lidar com os clãs. ── sussurrou inquieta.

── Clã? ── repetiu.

── Sim, o clã mais forte decide sua sina.

── Ah, deixe me ver se eu entendi. ── murmurou. ── Além dos cachorros, terei que sobreviver aos sanguessugas? ── perguntou.

Alexia gargalhou enquanto caminhavam e em seguida meneou a cabeça confirmando.

── Está quase amanhecendo. ── bufou. ── Precisamos de abrigo.

── Não devíamos fugir? ── perguntou lembrando-se dos lobos que habitavam aquele lugar.

── Devíamos, porém, não temos tempo.

── Porque não? ── perguntou.

── Está amanhecendo. ── suspirou. ── E todo mundo sabe o que acontece com os vampiros no sol.

── O que acontece? ── Edward perguntou curioso, ele nunca acreditou nas lendas sobre vampiros e bestas da noite.

── Eles brilham. ── respondeu chistosa.

── Brilham. ── repetiu carrancudo. ── Como assim? ── perguntou confuso.

Alexia gargalhou sem tirar os olhos do caminho.

── Estava brincando. ── inclinou a cabeça para trás.

── Raios. ── praguejou. ── Você tinha mesmo que dizimar uma aldeia inteira? ── perguntou.

Edward não disse uma se quer palavra, apenas seguiu Lexia até a casa dos Hornigold, pois ela era única que estava intacta e limpa.

── Como conseguiu matar tantos? ── sorriu. ── Em um único dia? ── perguntou por fim.

── Acho que é um dom. ── respondeu chistoso.

Lexia inclinou a cabeça para trás e fuzilou Edward, um sorriso maroto brotou nos lábios dela.

── Certo. ── concordou. ── É um péssimo dom. ── avisou empurrando as portas de ferro.

── Não somos perfeitos. ── rebateu.

── Você vai morrer. ── metralhou sorrindo. ── Com certeza. ── meneou a cabeça enquanto trancava a porta.

── Quanta expectativa. ── falou sentando-se na poltrona de couro perto da lareira.

Lexia sorriu de lado e caminhou de forma elegante até as garrafas de uísque e Bourbon que estavam sobre a mesa de madeira, ao qual estava localizada próximo a lareira.

── Se sobreviver ao clã. ── começou. ── Irá morrer pelas mãos dos lobos. ── avisou enchendo dois copos pequenos e redondos.

── Eu já morri uma vez. ── falou com lúdico na voz.

── Você é um caso perdido. ── sorriu entregando-lhe um dos copos. ── Beba. ── pediu referindo-se ao uísque. ── Irá lhe ajudar com a sede. ── falou.

Edward sorriu enquanto ingeria o líquido ardente.

── Se sou um caso perdido. ── hesitou. ── Porque ainda está aqui? ── perguntou.

── Porque eu sou burra demais para deixar você. ── respondeu seria.

Edward franziu a testa confuso e continuou fuzilando Alexia.

── Porque? ── insistiu.

── Porque sem mim, você morre. ── gritou com os olhos rubros enquanto caminhava até a janela.

Os primeiros raios solares surgiram, clareando o belíssimo cabelo loiro de Alexia, ela se apoiou na janela enquanto fuzilava a cidade destruída.

Kenway ingeriu outro gole da bebida e se levantou da poltrona.

── Então é isso? ── começou. ── Acha que não posso sobreviver? ── perguntou furioso.

── Não viveria um dia lá fora sem mim. ── murmurou rosnando.

── Você não estaria viva agora, se não fosse por mim. ── rebateu fuzilando Alexia.

── Acha que salvou a minha vida? ── perguntou sorrindo. ── Eu salvei a sua. ── falou virando-se para fita-lo. ── Você teria sido triturado por aqueles lobos. ── brigou com um tom elevado.

── Então...acha que lhe devo algo? ── perguntou chistoso. ── Eu não serei grato por isso. ── falou inclinando-se para mais perto de Alexia. ── Eu não preciso de você. ── metralhou.

Alexia rosnou irritada, suas presas a mostra...os olhos faiscando de raiva. Kenway também rosnou mostrando as presas, os olhos fuzilando-a de modo provocativo.

Ela o agarrou puxando-o para perto de si, em seguida o debruçou sobre a janela...os raios solares davam as boas-vindas ao novo escravo da noite. Edward urrou pela dor infernal, a pele se desfazendo, criando bolhas e exalando fumaça... deixando-o na carne viva.

Kenway empurrou Alexia com brutalidade, fazendo-a voar pela sala, ela caiu sobre a mesa de canto, destruindo-a completamente. O cheiro dos uísques se misturaram ao do Bourbon. Os cacos das garrafas estavam encaixados na pele alva de Alexia. Ela se levantou rapidamente, parecia ainda mais furiosa.

A dor das queimaduras logo sessou quando a pele da face de Edward se regenerou. Pronto para receber o golpe, Kenway ficou atento a cada movimento de Alexia, contudo ela não o atacou, apenas sorriu enquanto tirava os cacos que estavam presos a sua pele.

── Dói, não é? ── ela perguntou fuzilando Edward.

── O que? ── perguntou confuso.

── As queimaduras. ── respondeu chistosa. ── São insuportáveis. ── falou sentando-se na poltrona em que Edward estava.

Edward fuzilou-a confuso, o que ela estava fazendo? Estava distraindo-o?

Lexia pegou a única garrafa que havia sobrevivido ao ataque e encheu os dois copos que estavam na pequena mesa ao lado da poltrona.

── Sente-se. ── ela pediu.

Kenway olhou desconfiado e sorriu. Sentou-se na poltrona a sua frente e pegou um dos copos.

── Eu podia ter matado você. ── brigou.

── Ou morreria tentando. ── rebateu.

Kenway sorriu.

── Porque você...

── Não me queimei? ── falou o interrompendo.

── Sim.

── Por isso. ── respondeu mostrando o anel negro no dedo anelar.

── Um anel? ── perguntou.

── Sim. ── respondeu sorrindo. ── Ele permite que eu saia.... ── hesitou. ── Durante o dia. ── sorriu.

── Todos os vampiros...

── NÃO. ── falou cortando-o. ── Os anéis devem ser merecidos. ── falou.

── O que e preciso fazer para merecer? ── perguntou.

── Quem sabe depois que você puder se controlar, eu consiga um desses anéis para você. ── disse rodando o anel entre os dedos.

── E como irá conseguir um desses? ── ele perguntou.

── Bem. ── sorriu. ── Digamos que eu conheça, muitas pessoas. ── bebericou o uísque.

── Então só preciso me controlar? ── perscrutou.

── Sim. ── respondeu.

── E o que você vai querer em troca desse anel? ── perguntou desconfiando de suas intenções.

── Como você é desconfiado. ── gritou enquanto desferia o copo na parede. ── Somos amigos. ── vociferou.

── Certo. ── Kenway se levantou. ── Me desculpe. ── lamuriou-se.

── Não há nada que eu queira. ── entrelaçou os dedos. ── E que eu gostei de você. ── sorriu.

Edward uniu as sobrancelhas, era notável que Lexia tinha uma personalidade forte.

── Gostou de mim? Como? ── não hesitou em perguntar.

── Você me faz lembrar um amigo que tive. ── corroborou.

── É isso é bom?

── Sim. ── sorriu. ── Se não tivesse gostado de você. ── ficou séria. ── Tinha matado você antes mesmo que me visse. ── piscou. ── Você é um perigo para nossa espécie.

── Eu sou um perigo? ── uniu as sobrancelhas novamente.

── Recém-criado...descontrolado. ── falou pegando o copo de Kenway da mesa.

── Que alma piedosa. ── brincou.

── Está vendo. ── virou o copo de uma vez. ── E disso que eu gostava nele. ── sorriu. ── Você até fala como ele. ── sentou-se novamente.

── Falo? ── perguntou.

── Vocês deviam ser parentes. ── olhou para a lareira.

── Parentes? ── repetiu.

── Ele continha o sobrenome de sua família. ── fez uma pausa. ── Kenway.

── O que?

── Joseph Kenway. ── se deliciou enquanto pronunciava o nome. ── Você é a pura reencarnação dele. ── sorriu. ── Quando te olho só vejo ele.

── Não conheço nenhum de meus parentes. ── falou pensativo. ── Não conheço nem meu pai. ── sussurrou.

── Sorte sua. ── me olhou. ── O meu pai era um canalha. ── cuspiu as palavras. ── Batia-me sempre que quisesse.

── É, o que você fez? ── perguntou.

── Eu o matei. ── confessou sorrindo.

Kenway franziu a testa e sorriu.

── Como você se transformou? ── perguntou.

── Matei-me. ── falou friamente.

── O que?

── Na noite que me transformei. ── fez uma pausa. ── Meu pai estava torturando-me...um de nossos empregados deu me algo para beber, para que me curasse dos ferimentos.

── Sangue. ── Kenway sussurrou.

── Eu estava farta de meu pai, havia tentado fugir várias vezes, porém nunca tive sucesso. ── revirou os olhos. ── As coisas só pioravam. Foi então que resolvi me matar. Naquele mesmo dia, durante a noite. Enforquei-me, com a intenção de ser livre. Acordei ainda presa na corda, estava suspensa a um metro do chão, mas não sentia nada, absolutamente nada.

── E depois? ── perguntou.

── Ataquei um de nossos empregados. ── sorriu. ── Eu ouvia muitas histórias sobre os "frios". Sabia que tinha me tornado um deles, assim que tirei a vida daquela mulher.

── Frios? ── repeti.

── Ninguém nunca lhe contou a história? ── perguntou incrédula.

── Eu acho que não. ── disse sem graça.

── Minha vó sempre me contava antes de dormir. ── sorriu.

── Me conte. ── pediu.

── Dizem que a muitos anos atrás, um homem vendeu sua alma ao diabo em troca da imortalidade e da força. Tudo que ele queria era proteger sua mulher e seu povo dos prélios que estavam acontecendo em todos os reinos. ── parou contemplando Kenway. ── Lhe darei a imortalidade em troca de sua alma...disse-lhe o diabo. Terás poder o bastante para conquistar o mundo. ── sorriu. ── Trazei lhe mais guerreiros para as sombras. O diabo disse com um sorriso nos lábios. Porém suas almas serão minhas.

── Está claro que vamos para o inferno. ── Edward sussurrou chistoso.

── Não tenho dúvidas. ── sorriu.

── DRÁCULA. ── Edward, sussurrou.

── Sim, ele criou um exército de vampiros... ── sorriu. ── Minha avó me contava muitas histórias.

── Acho que já ouvi essa. ── falou pensativo. ── Não acho que esse seja o tipo de histórias a se contar para uma criança. ── sorriu.

── Por isso sempre gostei de minha avó, ela não me tratava como criança. ── sorriu de volta. ── Teremos muito tempo, de agora em diante. ── Talvez eu lhe conte o resto das histórias.

── Onde está usa avó agora? ── perguntou se arrependendo assim que a face de Alexia mudou.

── Ela não quis... ── hesitou. ── Disse que já estava velha demais para isso. ── bufou. ── E disse-me que devia viver a vida até o último segundo.

── É sua mãe? ── perguntou.

── Morreu.

── Sinto muito.

── Não sinta. ── me olhou com um sorriso. ── E a sua mãe?

── Morreu. ── respondeu.

── Morreu de que?

── Meu padrasto a matou. ── esbravejou.

── A vida e tão injusta. ── sussurrou chistosa.

── Muito. ── sorriu.

── Você bebe pouco. ── reclamou enchendo o copo novamente.

── Já vi, que iras me transformar em um alcoólatra.

── A bebida ajuda com a sede. ── lembrou-o.

── Então, tens muita cede? ── perguntou provocando.

Alexia fuzilou Kenway com um olhar mortal.

── Eu não temo mais a morte. ── sussurrou. ── Eu já morri uma vez....  ── falou chistoso. 

Olá meus vampirinhos maldosos. Aqui está mais um capítulo fresquinho para vocês. 

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O que vocês acharam desse capítulo? 

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