XXXV

RINDOU

Kim cedeu fácil demais, mas saber que ela está fazendo isso por obrigação me irrita. Aquele drogado não merece. E isso me leva a crer que essa doce esposa dele se apaixonou, o que é uma burrice enorme. Amar alguém que só pode foder com sua vida é pedir para morrer cedo. É como se essa princesa fosse a redenção dele, e ele não merece.

Não sou apaixonado por Kim, tampouco a desprezo, mas saber que Sanzu tem em mãos uma posse tão preciosa, que ele provavelmente vai quebrar, é ridículo, brutal e violentamente fodido. Respirei pesado e liguei para o meu irmão. Precisava atualizar as novidades. Afinal, gastei muito para essa vingança pessoal contra o rosado de merda.

SANZU

Meu corpo todo vibra, ansiando por destruir algo. Caí numa maldita armadilha, e isso só prova o quão fraco esse casamento me tornou! Descarreguei a arma no meu alvo, depois segui até a mesa e derramei a cocaína pura que levo comigo para missões em que dormir seria um erro. Dei um tapa no pó, e senti o efeito começar a tomar conta, expandindo minha percepção.

— Você está um merda. O cara ficou que nem uma peneira — Ran comentou, acendendo um cigarro e me oferecendo outro. Traguei calmamente, sentindo a cocaína começar a circular nas veias, amplificando tudo, isso antes de relaxar os meus ombros, a quantidade foi tão pouca que só serviu para isso, a fumaça saia lentamente enquanto observei o alvo todo fodido.

— Antes ele do que o seu irmão... — Comentei, e Ran gargalhou.

— Vocês dois são crianças porra. Se ela é sua mulher, por que não mandou outra pessoa no lugar? Mas não, você tinha que criar uma dívida com o Rindou. E por que matou aquela piranha? — Taí algo que Ran nunca me perguntou, tirando Mikey ele é o mais próximo que posso chamar de pseudo-amigo, só não dou mais confiança porque esses filhos da puta querem foder a minha mulher.

— O seu irmão deveria me agradecer. Aquela vagabunda só dava despesa. Eu não fiz nada, a piranha adentrou a minha boate, disposta a curtir e se quer saber, sim, fodi com ela em cima da mesa antes de mandá-la embora. A overdose foi escolha dela, agora se seu irmão quer continuar com essa guerra ridícula por causa de buceta ele vai acabar perdendo.

Ran deu uma risada seca e apagou meu cigarro.

— Você sabe que não tem nada haver com isso. — Ran pegou o meu cigarro e o apagou, ele está com a razão.  — Você e Rindou tiram a porra da minha paciência. Eu vou te dar uma chance de resolver essa merda Sanzu. Não vale a pena. — Ele me deu um olhar de aviso.

— Queria ver se fosse a sua vagabunda no lugar. — Respondi com desdém, e ele riu.

— Eu não seria tão burro. Minha mulher é minha propriedade propriedade privada apenas para os meus olhos. Qualquer outro termo é só para as prostitutas. — Seu sorriso carregava uma ironia ácida e tive que gargalhar, ele se esqueceu que eu estava lá quando a sequestrou.

— Sua mulher te odeia. Ela faria um pacto com o diabo para te matar.

— Mas ela não pode. — A confiança dele beirava a insanidade. Dizem que sou o pior da Bonten, e de fato, eu sou, mas a obsessão de Ran é tão doentia quanto cada maldito que já estripei com as próprias mãos.

— Doente. — Murmurei, irônico. — Vamos trabalhar.

Tentei driblar minha mente para não pensar mais no desgraçado do Haitani fodendo com a minha mulher. Eu precisava de sangue, de algo, antes que acabasse assassinando o próprio Rindou.


KIM

Faz dois dias desde a última vez que falei com Rindou. ele não me pressionou mais, porém, vinha tentando me seduzir e isso era engraçado. Ele não me pressionou mais, mas vem tentando me seduzir, o que é, no mínimo, engraçado. Não tenho interesse em transar com ele. Isso fere minha visão de casamento, mas, no fim, farei o que for necessário. Mesmo assim, vê-lo se empenhando para me seduzir é uma novidade que desperta uma leve curiosidade, afinal de contas nenhum homem fez isso.

Com Terano, eu me apaixonei. Com Sanzu... nem sei por quê, mas foi muito gostoso e intenso que não posso negar.  Agora, ser seduzida é algo novo.

Enviei outra mensagem para Sanzu, perguntando se ele tinha algo a me dizer, e recebi uma resposta seca que só plantou mais dúvidas: "Faça o que achar melhor, ou acabe logo com isso."

Eu fiquei confusa, sei que cada ação traz consequências e simplesmente não quero mais me envolver nessas questões.

Decidida a acabar de vez com essa subjugação escrota eu segui para o quarto, tomei um banho e me vesti normalmente para dormir. Saí do meu quarto e segui para o de Rindou. Ele havia me dado uma chave, tanto do quarto quanto da casa, caso eu precisasse ou quisesse sair, afinal há seguranças pelo local.

Rodeei a maçaneta calmamente, sabendo que ele estava lá dentro, descansando, como me avisara e que se eu precisasse bastava falar com ele.

Adentrei o local calmamente e ouvi um barulho baixo, observei melhor a decoração que carrega a essência dele antes de o encontrar se servindo com um copo de whiskey. 

 — Vejo que tomou a sua decisão. — Ele deixou o copo na bandeja e veio até mim. — Quero o ver o que está disposta a fazer — enquanto ele me analisava eu fiz o mesmo observando suas roupas casuais e cabelo ainda úmido além do perfume amadeirado e agradável.

 — Ter vindo até aqui não foi o suficiente? — Perguntei e ele riu antes de me empurrar na porta me prensando ali. a respiração pesada indo de encontro aos meus cabelos onde ele afastou do meu pescoço passando os dedos pela minha pele antes de fechar repentinamente a mão ali e colidir nossas bocas, adentrando com tudo sua língua percorria pela minha, apertei seus antebraços com força e ao se afastar ele me encarou como se estivesse prestes a devorar a minha alma.

— Você acha mesmo que é o suficiente? — Ele murmurou, a voz grave e arrastada, enquanto mantinha uma pressão firme ao redor do meu pescoço, sem machucar, mas o suficiente para me fazer sentir cada detalhe da sua pele tão macia quanto a do meu marido, mesmo sendo as mãos de um assassino. A posse em seu olhar era avassaladora, quase desarmante.

Sem hesitar, ele voltou a tomar meus lábios, desta vez mais lento, mas ainda intenso, explorando cada reação que conseguia arrancar de mim. Meus dedos se enroscaram em seus cabelos úmidos, e ele soltou um leve gemido, como se aquele contato provocasse nele o mesmo fervor que procurava despertar em mim. Quando finalmente se afastou, seus olhos escuros me analisaram, e ele sorriu com um quê de satisfação, como se visse algo que desejava há muito tempo.

— Você quer jogar, Kim? — Ele sussurrou, os olhos me desafiando, sem desviar do meu rosto. Senti cada célula do meu corpo em um alerta perigoso, como se ele estivesse prestes a me envolver em um jogo muito além de qualquer coisa que já experimentei. E, ao encará-lo de volta, percebi que estava mais disposta a ir longe do que jamais admitiria se terei de fazer isso será por inteiro e depois lidarei com os meus gatilhos.

— Faça o seu melhor. — Respondi sem temor, já me arrependendo pelo olhar e sorriso malicioso. A mão esquerda de Rindou segurou meu corpo com vontade antes de me erguer me obrigando a enlaçar as pernas em seu quadril.

Ele sorriu de um jeito que misturava provocação e uma chama que eu sabia que não se apagaria tão cedo. Segurando-me com firmeza, Rindou me pressionou contra a porta, seus dedos marcando presença na minha pele enquanto me mantinha no lugar, o rosto tão próximo que eu podia sentir o calor da sua respiração.

— Você me diverte princesa — murmurou, o tom carregado de uma satisfação quase predatória. Ele aproximou os lábios do meu pescoço, roçando de leve antes de morder o suficiente para deixar uma sensação quente e latejante. Cada toque seu parecia calculado para me manter em alerta, entre prazer e tensão, como se estivesse testando até onde eu estava disposta a ir.

Meus dedos se enroscaram nos cabelos dele, puxando-o para mais perto, e um arrepio percorreu meu corpo quando ele soltou um som rouco de aprovação, intensificando o contato. Ele me levou até a cama, sem jamais tirar os olhos dos meus, e, ao me deitar, deixou clara a sua intenção de me fazer lembrar de cada segundo.

— Espero que esteja preparada para não voltar atrás, Kim — sussurrou, os olhos faiscando.

Minhas calcinha foi a única coisa que ele retirou deixando o meu peito subindo e descendo devido a respiração pesada. Rindou não me deu espaço para sequer pensar, tive minhas mãos amarradas na grade da cama, minhas coxas separadas e beijos e mordidas depositadas entre elas, antes dele se perder em mim, a língua quente e macia percorrendo por minhas terminações nervosas de tantas formas que parecia alugar um espaço na minha mente.

Eu me perdi no tempo enquanto Rindou brincava com minha resistência, a intensidade dele era irritante, e a maneira como ele controlava cada momento me deixava à mercê do seu ritmo. Era como se ele soubesse exatamente como me levar ao limite e, em seguida, recuar, me prendendo em um ciclo interminável de prazer e frustração. A cada vez que eu chegava perto, ele parava, apenas para me observar, o sorriso satisfeito nunca deixando seu rosto. E então, quando meu corpo implorava por um alívio que ele se recusava a conceder, ele recomeçava, mais firme, mais profundo, prolongando a tortura deliciosa.

— Quando chegar na sua vez, terá o troco. — Ofeguei.

— E quem disse que terá a minha vez princesa? — Ele voltou a se afundar em mim dessa vez intensamente e eu já ultrapassei os meus limites de resistência isso está me deixando dolorida e desesperada. — Está gostando de ser provocada, não é? — sussurrou irônico contra minha pele, sua voz rouca intensificando o desejo que já ardia dentro de mim.

Quando pensei que ele finalmente me daria o que eu queria, Rindou se afastou, seus dedos correndo pela minha pele como se quisesse memorizar cada reação minha. Ele soltou uma risada baixa, inclinando-se até seus lábios roçarem o ponto sensível atrás da minha orelha.

— Você vai ter que esperar um pouco mais, princesa — murmurou, claramente se divertindo com a minha impaciência.

A cada segundo que passava, eu me sentia mais vulnerável, mas ao mesmo tempo mais disposta a deixar que ele me levasse aonde quisesse, os dedos adentrando minha buceta e estocando fortemente, sentindo as contrações ao redor e parando, fez isso, uma, duas três vezes. A minha região já está extremamente sensível. 

— Droga Rin awh... Me deixa gozar. — Revirei os olhos com ele indo cada vez mais intenso, então retirou os dedos apenas circulando a minha entrada sem nada a fazer. 

— Agora que se rendeu princesa, fique á vontade. — O Haitani mais novo voltou a me chupar. Eu não aguento mais e assim me desfiz me contorcendo na boca desse cretino que soltou minhas mãos para que eu pudesse apertar seus cabelos coloridos. Rindou ficou de pé e passou o polegar pelo lábio sugando até a última gota e depois me encarou, o Haitani tirou camisa e pegou uma gravata pendurada na cabeceira da cama  e esticou.

Eu mal conseguia recuperar o fôlego, meu corpo ainda estremecendo do intenso alívio que ele finalmente permitiu. Mas Rindou parecia longe de satisfeito. Observando-me com aquele olhar predador, ele segurava a gravata em mãos, um brilho malicioso dançando em seus olhos.

— Vem aqui meu bem. — Me levantei meio temerosa e ele pediu para que eu segurasse meus cabelos enquanto passava uma venda pelo meu rosto mas não me vendou.

— Você parece exausta — provocou, embora seu sorriso deixasse claro que essa pausa era apenas temporária.

— O que planeja fazer? — Ele não me respondeu apenas sorriu.

Com um movimento ágil, ele prendeu meus pulsos novamente, dessa vez usando a gravata para imobilizar meus braços acima da cabeça, mantendo-me vulnerável sob seu controle. Ele se inclinou, seus lábios se movendo lentamente pelo meu pescoço, descendo até meu peito, como se quisesse gravar cada centímetro da minha pele na memória.

— Agora, vamos ver até onde sua resistência realmente vai, princesa. — Sua voz baixa e rouca era pura provocação, cada palavra intensificando ainda mais a tensão entre nós.

Rindou se posicionou sobre mim, seu olhar ardente e implacável. Senti meu corpo todo se reacender sob o peso de seu olhar,  de repente ele colocou a venda em meus olhos obscurecendo a minha visão..

-- Pena que é só por uma noite, eu tenho tanto a ensinar pra você. -- Senti algo passar por meus braços me causando uma baita ansiedade -- Ao melhor nós temos tanto a oferecer e tão pouco tempo pra brincar.

Senti outra respiração quente em meu pescoço e uma mão extremamente gelada apalpar meu seio por dentro da camisola o que me fez gemer pelo susto.

-- Relaxa princesa, nós vamos cuidar muito bem de você. -- A voz de Ran se fez presente enquanto senti uma boca quente do outro lado do meu pescoço. -- Pelo visto ela ainda não teve o suficiente irmão...-- Apesar da voz calma havia tanta malícia que me fez tremer,  esses dois vão acabar comigo.

Minhas costas se arquearam automaticamente, cada parte de mim reagindo à surpresa da presença de Ran. O calor da boca de Rindou em contraste com o toque gelado de seu irmão me fez estremecer. Com a venda obscurecendo minha visão, cada sensação era amplificada, deixando-me vulnerável ao toque e às intenções de ambos.

— Dois contra um, é assim que vocês jogam? — provoquei, embora minha voz saísse entrecortada pela respiração pesada.

Ran riu ao meu ouvido, uma risada baixa que ressoou em cada parte do meu corpo. — Só queremos garantir que você tenha a melhor experiência possível, princesa. Afinal, você merece ser bem cuidada, não acha?

Rindou apertou meu pulso amarrado, segurando-me firme, enquanto a boca dele desceu até meu ombro, mordendo levemente e arrancando um suspiro de minha garganta. Ao mesmo tempo, senti as mãos de Ran descendo pela minha cintura, o toque forte e possessivo que me fazia sentir completamente à mercê deles.

Sem visão, com cada toque e cada respiração sobre minha pele, eu sabia que eles controlavam o ritmo, a intensidade, e o quanto eu me ferraria depois.

— Certamente que só estamos começando. — Rindou beijou minha clavícula e desceu pelo meu busto até a respiração quente dele ir de encontro aos meus seios, senti toques enluvados nos meus braços e sei que são de Ran seguido das alças da minha camisola sendo deslizadas assim como a peça que passou por meu corpo e por mais errado que seja eu estou começando a gostar desse inferno.

Se perguntarem para kim se ela foi bem comida, ela só vai sorrir.

É Sanzu fudeu...

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