XXX
SANZU
A cada ato de Kim eu consigo ficar mais puto. Minha mulher anda escondendo tantas coisas de mim e ainda assim acha que tem o direito de agir como se o culpado de toda essa merda fosse eu.
-- Querida... -- Comecei a falar enquanto ainda estávamos no carro. -- Tem algo que você esqueceu de me contar a seu respeito?
-- Hum... Deixe-me pensar, não. Não tem não. -- Ela ajeitou os cabelo e desviei o olhar do transito por um minuto apenas para olhar a barriga que não tem nenhum sinal ainda, mas os seios dela... Lambi meus lábios e voltei a encarar a estrada.
-- Você deve adorar o perigo para mentir tão descaradamente pra mim.
-- Você acha? Pra mim é apenas uma rotina.
Essa desgraçada.
-- Aproveita que eu estou de bom humor Sanzu e pergunta de uma vez o que quer saber, sem rodeios. -- Em momento algum Kim olhou pra mim, continuou encarando a paisagem e essa indiferença está me dando nos nervos.
-- Quando pretendia contar que foi a responsável por quebrar um dos muitos esquemas ilícitos da sua gangue?
-- Nunca. Até mesmo por que isso não diz respeito a vocês. Sabe o problema é querer se meter nos assuntos dos outros, eu não me incomodo com o que você faz, afinal de contas não é como se eu tivesse muitas escolhas, entretanto não sou idiota Haruchiyo e o que acontece na gangue fica na gangue, mesmo que eu não pertença mais a ela. A minha lealdade é somente a mim mesma, já que vocês descartam pessoas como eu, como se não fossem nada.
Continuei dirigindo em silêncio esperando que ela dissesse alguma coisa.
-- Sabe muito bem que não é assim que funciona.
-- Não venha me dar bronca ou querer discutir um sistema desgraçado de hierarquia de poder ao qual eu fui obrigada a engolir desde cedo. Eu sei do meu lugar e tenho agido nos conformes com você, não é mesmo? Sou a sua bela e deliciosa esposa submissa que nunca trará problemas, então pelo seu próprio bem, deixa esse vespeiro quieto.
Adentrei a garagem do prédio e parei numa vaga qualquer, entretanto mantive o carro ligado.
-- Por acaso isso foi uma ameaça? -- Apertei meu volante a encarando e ela fez o mesmo.
-- Entenda como quiser. Eu não vou falar mais nada, mas permaneço sendo fiel ao nosso contrato, tudo que acontece nesse casamento fica entre as quatro paredes da nossa casa, como deve ser.
Não gostei nenhum um pouco do que ouvi, mas não sou idiota em querer acabar com essa falsa perfeição, mas ficarei mas atento já que, ela claramente está preparando alguma coisa. Destravei a porta e deixei que ela saísse, fiz o mesmo e segundos depois segurei em seu braço.
-- Nunca mais me ameace ou voltará a ser tratada como uma vagabunda qualquer.
-- E quando foi que você aprendeu a agir de outra forma? -- Kim puxou o braço e seguiu para o elevador, eu puxei minha arma encarei ela, encarei a porra da arma e guardei novamente. Eu preciso dar um jeito de me acalmar por que essa mulher está acabando com a porra da minha paciência e além de não poder matá-la, creio que mesmo que eu pudesse, não é algo que eu quero, e senti ela se afastando deixa tudo pior, porra Kim o que você fez comigo sua maldita!
[...]
Naquela noite eu não voltei para casa, eu passei em uma das boates da Bonten, fazia tempos que eu não usava tanto, porra que desgraça! Tomei um banho e troquei de roupa, me encarei no espelho vendo que meus olhos ainda estão um pouco vermelho e com isso decidi que não iria para casa tão cedo.
KIM
Fazem cinco dias que Sanzu sumiu e por incrível que pareça estou preocupada com esse idiota, simplesmente pelo fato de que moramos juntos e sabe-se lá como ele vai chegar aqui.
Senju gargalhou me tirando desse curto devaneio que nem deveria acontecer pois, além de saber me defender eu sei usar muito bem uma arma e uma faca, fora que não vou precisar.
-- O que você acha desse? -- Minha cunhada resolveu que deveríamos comprar umas roupinhas para o bebê e agora estou aqui escolhendo um conjuntinho, claro que fomos a minha primeira consulta do pré-natal e eu nunca imaginei que iria chorar tanto.
Desde que Sanzu sumiu passei a pensar que ele deveria estar se afundando em alguém ou até mesmo ter tido uma overdose, se bem que vaso ruim não quebra. Nesse meio tempo eu recebi a visita de Takeomi que trouxera inúmeros presentes pra mim, eu até estranhei.
-- E então futura mamãe como você está? -- Ele sorriu depois de me abraçar.
-- Bem, mas... Como você soube? -- Ponderei, me recordando que eu ainda estava em choque quando ele me deu parabéns.
-- Ah isso? -- Takeomi me encarou pensativo. -- Sanzu meio que me ligou desacreditado e óbvio que fiquei mais do que feliz em ser o primeiro a parabenizá-la, é sempre bom ver a família Akashi aumentando, já que se depender de Senju vou morrer sem ter sobrinhos.
Acabei por dar uma leve risada uma vez que minha cunhada está na cozinha e mandou ele ir pro inferno e não estou completamente convencida, pois, sinto que o Akashi mais velho sempre parece esconder algo de mim.
-- Tudo ao seu tempo. -- Minha cunhada respondeu.
-- Senju está certa em não engravidar agora. Ela tem mais que aproveitar. -- Eu mesma se pudesse não estaria grávida, por isso me cuidei tanto, e parece que eles estão mais me vigiando do que qualquer outra coisa.
-- Por falar no meu príncipe, já começou o pré-natal? -- Senju questionou e neguei, meio que eu não estou ligando para essa gravidez.
-- Ah não Kim, vamos hoje, se quiser eu posso marcar com a obstetra que cuidou da consulta de uma certa primeira dama. -- Ela piscou e concordei, Senju se afastou já com o celular em mãos e Takeomi e me olhou novamente.
-- Você não quer essa criança não é? -- Ele fez a menção de fumar e eu levantei as minhas mãos negando. -- Esqueci que pode afetar o bebê. -- Guardou o isqueiro.
-- Minha vida já complicada demais para eu me proteger e ter que arrastar, ao melhor por uma outra vida nesse mundo de merda nunca foi a minha opção. -- Afirmei e ele se aproximou mais apoiando a mão na minha.
-- Sabe, Sanzu pode ser muitas coisas, mas quando ele diz que ninguém vai encostar um dedo em você, está falando sério.
-- O problema não é ele Takeomi e sim aqueles que ele não pode controlar e quando se der conta disso será tarde demais.
Meu cunhado me encarou sério, depois olhou para o relógio de pulso e se levantou, fiz o mesmo.
-- Eu vou indo. -- Ele me olhou e deixou um beijo na minha bochecha. -- Antes que eu me esqueça, teremos um evento beneficente para ir amanhã, então não esqueça de escolher uma cor e avisar até hoje a tarde.
Assenti e o levei até a porta.
-- Cuide-se Takeomi.
-- Vocês também. -- Com um sorriso charmoso meu cunhado se despediu e eu fiquei menos de dois minutos sozinha, já que Senju apareceu na sala vestindo uma calça de alfaiataria, camisa branca e o suporte para arma, ela pegou o blazer social, calçou os saltos e me encarou.
-- Vamos?
Por um segundo esqueci completamente que ela realmente foi agilizar meu pré-natal, então pedi apenas alguns segundos para poder pegar minha bolsa antes de me unir a ela e assim partir.
[...]
Eu nunca imaginei que a médica em questão seria uma das conhecidas de Senju, a mulher de sobrenome Suzuki, é uma mulher especializada em parto e saúde feminina e psicológica de mulheres grávidas, minha cunhada ficou o tempo todo comigo na sala enquanto conversava com a médica.
-- Senhora Kim, seus exames estão bons, mas precisa comer mais, seu peso está um pouco baixo e para o beber desenvolver bem precisa ingerir mais vitaminas. -- Ela voltou a escrever uma recita enquanto Senju mantinha as pernas cruzadas.
-- E de quantas semanas estou? -- Perguntei um pouco desinteressada.
-- Está com onze semanas. Quer escutar o coraçãozinho?
Eu pisquei diversas vezes pensando em negar mas Senju estava tão empolgada.
-- Tudo bem. -- O aparelho foi posto e nos sentamos ao lado, os batimentos ecoavam pela sala eram mais rápidos que o normal e com isso levemente preocupada. -- Isso é normal?
-- É sim, no início os batimentos cardíacos do bebê em desenvolvimento é sempre mais acelerado que o da mãe.
Notei que Senju alisava meu ombro e me senti aliviada, por que eu estou com esse sentimento se nem quero essa criança?
-- Vamos fazer um ultrassom para ver a formação e te acalmar tudo bem? -- Assenti e seguimos para outra sala, onde levantei minha blusa e ela passou um gel na área do meu ventre e barriga a máquina de ultrassom é gelada mas não não incomoda conforme ia passando víamos alguns pontinhos na tela e ela sinalizava pra gente o que significava e anotava tudo em meu prontuário, quando acabou fui até o banheiro para tirar aquele gel da minha barriga e quando voltei Senju jazia com um pendrive em mãos.
-- Os batimentos gravados Kim! -- Dei um leve sorriso pela empolgação dela, que está até mesmo servindo por mim, retornamos para a sala da médica para encerrar a consulta:
-- Bom está tudo bem com vocês, a próxima consulta será daqui há um mês, você vai precisar de ácido fólico e B12, também farei a administração de B6 e D. Por apenas um mês, preciso que marque um nutricionista e balancei sua dieta junto a gravidez.
-- Ok. Mas alguma coisa? -- Massageei minhas têmporas.
-- Sua saúde mental. Eu não sou a ginecologista de mulheres como você á toa. Se precisar realmente conversar com alguém e de uma consulta psicológica sem ser com algum vendido ou filho da puta que vá dar com a língua nos dentes pro seu gangster basta falar com a Senju e será marcado, suas consultas serão nessa mesma sala onde não há câmeras e a confidencialidade médico e paciente é totalmente respeitada.
Por um minuto pisquei um pouco aturdida, ela mudou totalmente a postura e entendi que ela sabia bem mais do que demonstravam respirei fundo e sorri. Sinceramente eu não confio em ninguém.
-- Muito obrigada, mas eu consigo lidar com meus demônios sozinha.
E depois disso nos despedimos, Senju insistiu para dirigir e enquanto ela rodava pela cidade eu parei para pensar sobre tudo, a voz dela foi ficando distante enquanto as lágrimas em meus olhos tornavam-se impossível de segurar, essa situação me desanima demais, pois eu sei o que vai acontecer quando essa criança nascer e será uma responsabilidade que eu não quero. Não por agora, eu jamais pensei em trazer uma vida a esse mundo estando aqui, quando estava no Brasil talvez pudesse ocorrer, se South não fosse um traficante, se eu tivesse um vida normal. Nenhuma criança merece passar pelo que eu passei, não ter escolhas, não poder lutar pela sua própria vida, ser subjugada e sem confiança naqueles que deveriam a proteger enquanto se é abusada das mais diferentes formas.
Ninguém merece passar por isso e agora meu bebê... Eu vou realmente ser mãe.
A ficha caiu em meu colo como uma bomba, e eu chorei mais. de forma descontrolada até sentir o carro ser parado.
-- Kim. Meu deus. -- Senju me abraçou e afagou minhas costas após desprender o meu sinto e eu fiquei ali por uns bons minutos, eu não posso confiar simplesmente não posso. Eu não quero confiar.
-- Vou te levar para casa.
-- Não, eu já estou melhor- Afirmei me afastando, abrindo minha bolsa e arrumando meu rosto, claro que os olhos estão um pouco vermelhos pelo choro e como recurso Senju me ofereceu seu óculos ao qual aceitei.
-- Sabe, eu não sei o que está passando na sua cabeça, mas talvez se conectar com o seu lado mãe possa aliviar. Eu sei que você não está muito feliz com essa gravidez e se quiser tirar eu não vou me opor ou contar a ninguém, mas também não a ajudarei pois, sou contra, entretanto, o corpo é seu e você deve ter escolhas.
Respirei fundo.
-- Eu já estou com três meses Senju, não é nada saudável até mesmo pra mim. E não é que eu não queira essa criança, são apenas as condições que me fazem desejar que não houvesse ocorrido.
Minha cunhada pareceu entender bem o que eu quiser dizer e sorriu.
-- Kim vamos comprar coisinhas para o bebê? -- Pisquei diversas vezes. -- Olha eu sei que não é a melhor situação, mas o processo de aceitação pode te ajudar plenamente e quando nascer se você não conseguir, contratamos uma babá interina, mas até lá você pode tentar não?
Respirei pesado, Senju tem razão. Eu não sei como foi com a minha mãe, mas sei que ela me quis. Então esse é o mínimo que posso fazer por essa criança, dar todo o suporte que ela merece em ser meu bebê.
-- Tudo bem Senju, você pode estar com a razão. -- Ela sorriu pra mim enlaçando meu braço esquerdo e assim me puxando para dentro do shopping.
OFF
-- E então qual você gostou? -- Senju segurava um conjunto marrom e eu encarei um vermelho e branco que me chamou atenção.
-- Aquele ali, vou levar esse vermelho com babado e laço de cabelo, fora a manta e os sapatinhos. -- Comentei.
-- E se for menino?
-- É só comprar de novo é pra isso que serve o dinheiro. -- Afirmei e Senju sorriu.
-- Então eu vou levar esse mas neutro. Isso vão ser divertido e o que você acha de começarmos a reformar o quarto de hóspedes para o bebê?
-- Qual deles Senju tem cinco suítes naquela cobertura.
-- Tem dois que você não entrou podem ser eles. -- Eu concordei e assim seguimos para um restaurante onde eu comi muito e me deu vontade de vomitar. Eu acabei correndo para o banheiro.
Após pagarmos a conta, resolvermos fazer algumas compridas pessoais e devo dizer que fazia tempo que eu não renovava meu armário desse jeito.
[...]
-- Acho que exageramos. -- A Kawaragi comentou e tive de sorrir satisfeita e extremamente cansada.
-- Acho que devemos ir para a jacuzzi relaxar um pouco, eu peço o jantar e sobre as compras, você ainda não viu nada. Não estou na minha melhor forma.
Nos divertimos mais um pouco e os empregados levaram todas as compras para o quarto. Senju decidiu não ficar aqui pois a Sano estava sozinha e isso me fez sorrir, ela realmente está interessada em uma mulher casada, por outro lado eu notei que nunca vou poder estar em primeiro lugar como cunhada para ela, mas isso é o de menos.
Quando fiquei sozinha, resolvi que não arrumaria nada, apenas vesti um maiô branco e liguei a jacuzzi, peguei meu telefone e perdi morangos com calda de chocolate belga, uma taça de amendoim com damasco e suco de melão para acompanhar tudo. Eu estou sentindo meus seios maiores e meu corpo um pouco mais cansado, na verdade sinto sono o tempo todo só não tenho respeitado o descanso.
Mal adentrei a banheira e me recostei quando meu celular tocou:
-- Kim, já voltou do passeio?
-- Sim. -- Respondi calmamente sendo o meu cunhado do outro lado da linha.
-- Vou mandar a secretária do Mikey para ver suas medidas, aquela viada do Kokonoi tá enchendo a porra do meu saco.
-- Takeomi você sabe que estou grávida não é, espero que não tenha explanado para todo mundo. -- Comentei.
-- Óbvio que não, o nome dela é Riko, e você não vai gostar dela, mas ela trabalha bem.
Takeomi se despediu e desligou o telefone, logo depois o barulho da porta sendo aberta se fez presente e me mantive calma, não quero ficar irritada, não depois de uma semana maravilhosa.
Sanzu subiu as escadas e bateu a porta do quarto com força, eu continuei na jacuzzi até que a campainha tocou, sai me sequei e vesti o robe antes de abrir a porta e dar de cara com uma mulher japonesa de cabelos pretos e olhos azuis de lente, a maquiagem bonita e um pouco mais baixa do que eu.
-- Senhora Sanzu? -- Ela me olhou de cima a baixo, como se tivesse me avaliando.
-- Sim? -- Respondi seca. Bem que Takeomi afirmou que eu não gostaria dela.
-- Sou Sakamoto Riko. -- Ela não se curvou em respeito e elevei minha destra.
-- Dispenso apresentações. Veio para retirar as medidas para o vestido?
-- Exatamente.
-- Nesse caso espere aqui, ficarei apresentável. -- Subi as escadas até o quarto e ao adentrar notei a porta do banheiro aberto, me esgueirei até lá e notei os cabelos molhados dele, assim como o corpo enquanto a água escorria por cada parte do corpo.
-- Por que ao invés de me observar você não entra aqui? -- Sanzu virou de frente e não consegui manter meus olhos nos dele, aquele pau que tanto me destrói sempre chama mais atenção. Desviei meu olhar é passei reto.
-- Não obrigada. -- Segui para o closet e peguei um traje qualquer, ouvi o barulho do chuveiro cessar e aos poucos vi o rosado sair com a toalha no quadril. Sanzu esperou que eu passasse e me puxou para o seu corpo, logo beijando minha boca eu o empurrei mas não surtiu efeito.
-- Porra para de me rejeitar mulher, vem, vamos tomar um banho juntos! -- Ele continuou me puxando e me afastei lentamente.
-- Eu sei andar sozinha e se fizer qualquer coisa eu vou te castrar! -- Ele riu e voltei a tratá-lo com indiferença.
Adentrei o banheiro e tirei minha roupa, Sanzu ligou o chuveiro e me puxou para ele.
-- Fiquei sabendo que foi a consulta. -- me afastei e ele voltou a me puxar, afastou meu cabelo e plantou beijos pelos meus ombros.
-- Estão me esperando na sala pra tirar as medidas e eu não quero isso. -- Afirmei, senti meus seios duros e o meio das minhas pernas quente enquanto ele continuava a beijar meus ombros.
-- Você está cheia de tesão, não quer que eu resolva docinho?
Respirei pesado pela situação, terminei meu banho rapidamente sentindo a mão dele na minha barriga fazendo um carinho.
-- Nosso filho, em breve sua barriga vai estar tão grande.
Eu me afastei e me sequei deixando Sanzu sozinho, eu não quero estar a mercê de um prazer frívolo.
Fui até o closet e vesti um body azul e uma calça flary preta, coloquei scarpin e um blazer alongado, ajeitei meus cabelos e desci as escadas.
Nesse meio tempo não vi Haruchiyo em momento algum, quando cheguei na sala a mulher estava no celular.
-- Prontinho, me acompanhe. -- Ela ficou de pé e me seguiu escada acima já que farei as medidas em um dos quartos de hóspedes, a porta do meu quarto abriu e Sanzu já estava vestido usualmente com seu belo terno.
-- Docinho você adora esbanjar a porra do meu dinheiro não é mesmo?
-- É seu ofício meu bem. -- Ironizei.
-- Riko o que você faz aqui? -- Sanzu a encarou seriamente.
-- Senhor Sanzu, boa tarde! -- Fez a reverência, mas o que é isso? Ao meu ver está animada demais para uma simples assistente. -- Vim tirar as medidas da sua esposa.
-- Hum... Para a festa?
-- Exatamente, gostaria de pedir algo? -- Notei que os olhos dela brilharam e estalei meus dedos já frente dela duas vezes.
-- Querida ele não precisa de nada, não vai usar o vestido. Agora presta atenção que o seu trabalho aqui é comigo. -- Observei Sanzu sorrir de lado e ela ficou extremamente envergonhada.
-- Sim. -- Conforme abri a porta, meu marido segurou no braço dela.
-- Faça na cor que minha mulher quiser e me avise. -- Sanzu se aproximou e não gostei.
-- Vai continuar com essa palhaçada até quando?
-- Docinho cuidado com a língua não quero ter que te punir. -- Sussurrou.
-- E eu, em mandar você e essa funcionariazinha para o hospital. -- Adentrei o quarto seguido por ela e não demorou muito para que se desculpar-se comigo e fizesse seu trabalho.
-- Vou deixar algo bem claro pra você, eu não sou igual aquelas vagabundas que passaram pela cama dele. Sou Á senhora SANZU e posso ser tão cruel quanto ele, na verdade até mais dependendo do meu mal humor. Ou você nunca se perguntou o por que de eu ser a esposa do segundo homem da Bonten? -- Notei o olhar alarmado e dei meio sorriso, não é do meu feitio agir assim.
-- Eu... -- Levantei minha destra fazendo com que se calasse.
-- Não preciso das suas desculpas apenas que se ponha no seu lugar se quer continuar vivendo.
A mulher não disse nada e continuou o trabalho, após pegar as medidas e detalhar cada traço do vestido conforme fui pedindo ela saiu e eu fiz o mesmo. A todo momento não paro de me perguntar o motivo de ter agido desse jeito e como uma forma de afastar tais pensamentos da minha mente, resolvi arrumar minhas compras, ainda preciso descansar e me preparar para amanhã, pois, algo me diz que essa festa será um verdadeiro problema.
Alguns capítulos estão precisando de revisão e esse, não foi revisado. Depois corrijo ;*
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