XXV

Momentos antes:

KIM

Quando Sanzu viajou, fiquei confusa. No início, me senti muito bem por não ter a presença dele em casa, mas dez dias depois, passou a ser extremamente ruim. O silêncio era terrível e, querendo ou não, no momento não estou me sentindo bem sozinha. É como se, a qualquer momento, fosse voltar a ser pega, e essa sensação acaba comigo. Não importa o quão forte eu seja, meu eu como ser humano está tão cansado disso tudo. Eu sei exatamente por que estão atrás de mim, mas não vou recuar e farei cada um que tentar contra a minha vida sangrar. Por incrível que pareça, não tenho tido visitas recorrentes, e isso acentua bem a minha posição nesse tabuleiro. Eu sou uma peça e nada mais. Entretanto, não posso deixar de me perguntar até quando? Até quando as informações que estão ao meu entorno serão realmente necessárias e, ao acabar, será que terei paz ou serei simplesmente descartada? Só por essa simples teoria, vi-me na necessidade de criar inúmeros planos. Não que não estivesse trabalhando nisso antes, mas agora minha cabeça parece que vai explodir.

Mais uns dias se passaram, e eu estava mal. Precisava realmente de ajuda. Cheguei a ir ao médico para conferir minha saúde física e mental, e como imaginei, a mental está extremamente debilitada depois daquele maldito bilhete. E não ter com quem conversar sobre qualquer coisa que possa suprir a minha mente não ajuda. Em uma manhã, Senju veio para casa, e deixei uma cópia da chave com ela. Minha cunhada falou que ficaria um tempo fora para resolver alguns assuntos, e Takeomi também. A senhora Sano me convidou para uma tarde com ela, e aceitei. Passamos todo o tempo conversando a respeito das nossas vidas, e a todo momento ela se certificou de que eu me sentisse bem e à vontade. Isso me deixou tão calma e tranquila que só pude sorrir em agradecimento. Descobri que ela ainda é muito nova; na verdade, sou mais velha que ela, e também notei como Mikey, o líder da Bonten, é completamente louco pela esposa. Após esse dia divertido, Ayumi Sano deixou claro que eu poderia ir vê-la sempre que quisesse, mas logo depois houve alguma emergência que a tirou de Tóquio, e eu voltei a ficar sozinha.

Quando resolvi aproveitar a noite depois de mais alguns dias cansativos, Takeomi retornou, e me senti bem em recebê-lo todos os dias, mesmo sabendo que, diferente da Akashi, ele só quer informações.

Novamente, as palavras de South voltaram à minha cabeça, e chorei tanto que não me reconheci. Eu só queria uma vida normal, e mascarar todo esse desespero custa muito caro. Mas é assim que deve ser; a fraqueza é minha, e não devo nada a ninguém. Para completar, tenho passado tão mal, e foi quando, justamente, Senju retornou para deixar algumas roupas aqui. Minha cunhada passou a insistir em uma possível gravidez, mas eu me precavi, então é impossível.

Em uma sexta qualquer, resolvi que não daria mais direito às vozes da minha cabeça. Tomei um belo de um banho, me arrumei e pedi muita comida, muita mesmo. Quando ela chegou, aluguei alguns filmes no serviço de streaming e resolvi relaxar. Mas pelo visto, nem dei conta do quanto eu estava entediada, pois acabei dormindo.

Senti meu corpo ser carregado e um perfume conhecido, mas não me importei. Um bom sono faz realmente a diferença. Entretanto, ao acordar, dei de cara com a cama de Sanzu, já que tenho dormido no outro quarto. E quando a porta do banheiro abriu, ele estava ali, somente de calça, e sorrindo com malícia enquanto me encarava.

-- Como... -- Minha pergunta foi interrompida pela aproximação repentina, e dei alguns passos para trás, sentindo o cheiro gostoso da mistura de sabonete e colônia cítrica que emanava do corpo dele.

  -- Cheguei mais cedo boneca -- meu corpo foi de encontro a frieza da parede -- Pelo visto ficou surpresa. -- Ironizou.

-- Na verdade, você sumiu por mais de um mês, então... -- Dei de ombros. Não era mentira, e nem eu sabia mais o que estava sentindo quando ele me tratava como uma presa, percebi que o olhar recaiu no meu decote, enquanto ele sorria com malícia levando a destra até os lábios e me olhando da maneira mais depravada possível, senti o toque dos seus dedos em minha pele indo até o pescoço e deslizando pelo colar, depois até o lado direito do meu ombro e foi inevitável, meu corpo aqueceu lentamente, os dedos dele pareceram demorar apreciando o tecido do meu vestido antes de deslizar a alça e morder o lábio inferior.

-- Você ficou uma delícia nesse vestido amor. -- Deu um curto sorriso e estranhei tais palavras, Sanzu não costuma me chamar assim, o corpo dele colidiu com o meu tão quente quanto a respiração lenta e os lábios entre abertos. Haruchiyo se curvou apoiando um dos braços dobrados na parede e com o outro ele segura com gosto na minha cintura eu passei a ansiar por seu toque e ele percebeu, pois, direcionou o olhar para os meus lábios antes de os tomar profundamente, deslizei meus dedos por seu peitoral e prendi minhas mãos atrás da sua nuca, sentindo-o intensificar tudo, até que o ar nos faltou e ele apalpou meu seio direito o apertando de leve movendo o polegar sobre meu mamilo e depois beijou meu pescoço já me puxando em direção à cama, eu estou sentindo tanto calor e sei que se trata de tesão.

-- Sanzu... -- Chamei por ele sentindo meu coração disparar e meu corpo todo arrepiar que droga, esse desejo maldito me faz agir com o corpo.

-- Shiu boneca vou fazer bem gostoso dessa vez.

Ele simplesmente me beijou apaixonadamente me fazendo tremer, enquanto os dedos dele apertam minha cintura e deslizam o zíper do meu vestido até estar aberto e ele tocar minhas costas deslizando meu vestido pelo meu corpo e se afastando para olhar meu corpo quase nu. Exceto pela calcinha.

-- Vem amor, eu quero que sente na minha cara -- Pisquei diversas vezes aturdida, com Haru deitado na cama mordendo o lábio, eu deveria era correr, mas tem algo estranho nele, meu corpo se moveu sem minha permissão e fui até a cama, tirando a calcinha e subindo em cima dele a vergonha foi para o quinto dos infernos, pois, nunca sentei na cara de alguém antes. Fui abaixando com calma até sentir o piercing da língua dele no meu clitóris e com isso arfei me apoiando no peito dele.

-- Porra mulher me sufoca com essa buceta pode sentar com vontade! -- Sanzu agarrou minhas coxas me puxando com força e foi muito intenso com ele chupando com vontade, passei a arranhar o corpo dele com força gemendo cada vez mais alto, até que lembrei que Senju está no fim do corredor e tapei minha boca mexendo meu quadril me sentindo molhar mais, com a língua dele tão cheia e macia.

Ah, droga, esse desgraçado nunca me fez gozar assim e isso está incrível. Revirei os olhos antes de gritar gozando, sentindo ele ainda me chupar, prolongando a sensação.

-- SANZU AHH! -- Eu teria caído para frente se as mãos do meu marido não tivessem me apoiado.

-- Isso docinho, eu gosto quando goza assim. -- Ele me colocou de lado e puxou minhas pernas me fazendo deitar completamente.

-- Amor, eu estou insaciável hoje, então saiba que você não terá descanso. -- E assim Haruchiyo elevou minha perna beijando minha coxa, a mão dele foi nas próprias calças expondo o falo duro e molhado pelo pré-gozo e o mesmo se esfregou em mim, me estimulando mais. De repente ele se encaixou na minha entrada e levei minha mão em seu abdômen, mas ele a deixou ali e empurrou lentamente até estar completamente dentro, depois se abaixou e segurou meu pulso o tirando de seu corpo e beijando minha pele antes de morder de leve a lateral de meus dedos.

-- Para de pulsar meu bem. -- Sanzu esfregou o nariz no meu pescoço levantando minha perna e mordi minha boca para não gritar. -- Kim... -- Haru respirou pesado -- Ninguém vai te ouvir, esse quarto é a prova de som. Agora boneca, eu vou te dar tanto prazer que você jamais esquecerá. -- E assim se arremeteu e eu gemi.  


SANZU

Porra que sensação quente e gostosa pra caralho, nunca senti Kim tão molhada, parece que está transbordando, comecei a me mover com vontade e as paredes dela não param de contrair puta que pariu, isso é muito bom! Me inclinei para frente e ela agarrou meus cabelos chocando nossas bocas, retribui enquanto me afundo cada vez mais firme nela até o momento em que acertei algum ponto dentro dela que fez com que ferisse minhas costas ao arranhar.

Arfei intensamente com os apertos e encarei a face dela manchada pelas lágrimas, porra essa carinha tá me enlouquecendo, passei a bater só nesse ponto e minhas costas estão ardidas com gosto, bom demais!

-- Kim... Caralho... -- Travei a cintura dela com as minhas mãos explodindo num orgasmo intenso enquanto a sinto me apertar muito. -- Porra mulher... -- Larguei a cintura dela me movendo lentamente encarando a marca das minhas mãos.

-- Sanzu... Eu awh... -- Ela chora enquanto goza mais uma vez, porra que mulher deliciosa.

-- Eu quero mais, fica de quatro, vai. -- Sai de dentro dela apertando a coxa e a mesma se virou meio bamba ao fazer o que mandei, pesei minha mão na hora de bater nessa bunda, antes de voltar a fodê-la, agarrei seus cabelos e beijei o pescoço cheiroso, Kim afundou as unhas no lençol e continuei a me mover num ritmo intenso indo cada vez mais fundo e mais rápido, essa buceta é uma delícia e eu estou viciado, mas ela não precisa saber. Me movi ainda mais rápido e passei a bater nela, marcando ambos os lados da bunda, Kim gritou e eu senti escorrer por meu pau conforme ela gozava, fui firme mais uma vez até me satisfazer.

E passamos a madrugada toda fazendo sexo. Quando finalmente terminei com ela, Kim estava respirando pesadamente em meu peito. Estiquei meu braço e peguei um cigarro em cima da cômoda, acendi, traguei e com a outra mão fiz um carinho nela, nos cabelos macios e nas costas. A pele dela se arrepiando ao meu toque me deixava ainda mais intrigado e preso nessa sensação que anda rondando meus pensamentos.

Kim está se tornando tão perigosa quanto uma droga consumida em abundância, é como se eu estivesse à beira de ter um pico de overdose. Minha mulher não demorou a dormir e continuei fumando e pensando em como as coisas estão acontecendo. No fim, fui dormir também.

[...]


Já passava de meio dia quando nos levantamos, minha mulher estava bem devagar, também depois da surra da madrugada é entendível, mas ela está bem.

-- Bom dia, docinho -- beijei sua boca com gosto.

-- Bom dia, Haru, vai almoçar em casa hoje? -- Eu estava terminando de me vestir enquanto Kim terminava de colocar os sapatos.

-- Sim, e à noite jantaremos fora. -- Afirmei.

-- Agora me passa a gravata que está em cima da cama. -- Ela pegou a peça e veio até mim, passou pelo meu pescoço e continuou a ajeitar. Eu não desviei o olhar do dela, mas minhas mãos foram rapidamente da cintura para a bunda. -- Talvez eu precise de mais... -- Mordi meu lábio inferior e ela riu de leve.

-- Mas nem pensar, temos que descer, esqueceu? Sua irmã...

-- Ela sabe que estamos fabricando os sobrinhos dela. -- Ironizei e ela revirou os olhos.

-- Apenas vamos Haru. -- Kim se afastou e fui rápido em puxá-la de volta e tomar seus lábios antes de me afastar e apertar essa bunda que eu tanto gosto...

Senju nos encarava sorrindo, Kim sentou ao lado dela e sorriu, dando um beijinho no rosto. Minha irmã me cumprimentou e ambas passaram a conversar e degustar a comida.

-- Tem certeza disso, Senju? -- Ela assentiu e fiquei confuso.

-- Se as mocinhas pararem de me excluir, eu agradeço. Do que estão falando? -- Olhei para elas.

-- Nossa, Haru, logo pela manhã e já está assim? Pelo visto a noite não foi boa. -- Senju arqueou a sobrancelha e minha mulher ficou extremamente envergonhada.

-- A noite é uma criança e depois de tanto, espero que tenha uma na barriga de Kim. -- Sorri, fazendo com que minha gata revirasse os olhos e Senju sorrisse novamente.

-- Pelo visto, já está aí há um bom tempo. -- Fiquei sério e encarei Kim.

-- Que história é essa, docinho? -- Perguntei enquanto ela tomava um chá.

-- Você não consegue calar a boca, né, Senju?! -- Kim massageou as têmporas enquanto minha irmã ria.

-- Ih, olha só a hora, eu preciso ir, amor, senão aquela delícia viaja sozinha. -- Kim revirou os olhos.

-- Ela vai como marido, esqueceu? -- Kim respondeu e me aproximei. Enquanto Senju se levantava e beijava minha esposa no rosto antes de me encarar.

-- Cuida delas direito, seu babaca! -- E assim partiu.

Kim simplesmente fingiu que isso não aconteceu e continuou comendo. Quando foi tomar o suco de limão, ela pediu licença e correu para o banheiro, colocando tudo para fora. Eu fui atrás e segurei o cabelo dela. Cansei de ajudar Senju quando ela chegava em casa bêbada por conta das festas da faculdade.

Quando terminou, ela escovou os dentes e me empurrou para fora do banheiro, trancando-se lá dentro. Minutos depois, Kim saiu e foi para o quarto. Esperei que ela entrasse e tranquei a porta.

-- Que história é essa de gravidez, mulher? -- Me aproximei calmamente, pois se isso for verdade, será interessante.

-- Sua irmã enlouqueceu. Quem tem a suspeita de estar grávida é a mulher do seu chefe, não eu, e não é para você contar! -- Kim desconversou, e segurei em sua cintura.

-- Docinho... Não mente pra mim. Sabe que ficarei muito chateado se não me contar a verdade. -- Eu estava tendo a paciência de um santo, então é bom que ela continue valendo a pena.

-- Vamos lá, sua irmã cismou que estou grávida porque passei mal semana passada, mas não estou. Minha menstruação está em dia, então dá pra você relaxar? -- A encarei um pouco sério.

-- Docinho, você não está grávida ainda. -- Coloquei minhas mãos na cintura dela.

-- Sanzu, já conversamos sobre isso. Não teremos filhos. Olha a vida que levamos, isso não vai dar certo. -- Ela desviou o olhar e tive de sorrir, trazendo-a para mim.

-- Vai sim, boneca. -- Mordi meu lábio, lembrando de como ela estava tão disponível ontem. -- Teremos um casal, ou quem sabe três filhos. -- Ela arregalou os olhos.

-- É sério, Haruchiyo? Por que você quer tanto ter filhos?

-- Porque é o ciclo natural, boneca. Quero ser pai antes dos trinta e cinco, e você é quem vai me dar meus filhos, afinal é minha mulher. Mas esse não é apenas um desejo. Você sabe como o sistema funciona, e não preciso me dar ao trabalho de explicá-lo pra você.

Ela revirou os olhos.

-- Só tem um problema nisso tudo, Haru. Eu não sigo o sistema e toco o foda-se para ele. -- Dessa vez, gargalhei, colocando os cabelos dela para o lado e beijando o pescoço. Guiei minha mão esquerda até o ventre dela e senti sua pele arrepiada, então sussurrei em seu ouvido:

-- Você não seguia o sistema, amor. Agora está casada e andando conforme cada linha daquele contrato, e veja só, eu também. Por tanto, vamos mantê-lo assim. -- Pisquei para ela e então lembrei da corrida que será daqui a vinte e quatro horas. Porra, me afastei puto. Peguei um cigarro e acendi, tragando enquanto ela me encarava de longe.

-- Só tem mais uma coisinha que precisa fazer essa semana. Você vai ser a sorte de alguém. -- Despejei de uma vez, e ela ficou muda. Kim simplesmente encarou minha postura e gargalhou.

-- Isso é algum tipo de brincadeira de mal gosto? -- Ela arqueou a sobrancelha e antes fosse.

-- Eu tô com cara de quem tá brincando? -- Já estou puto e ela não está ajudando.

-- Eu me recuso!

Traguei mais uma vez, olhando para o teto antes de apagar no cinzeiro. Depois me aproximei, soltando a fumaça pelo nariz e tomando os lábios dela sem lhe dar opção. Ao me afastar, ela estava inerte, e então alisei seus belos cabelos.

-- Ah, amor, você não tem que querer.


O Sanzu deixou a Kim fraquinha...
Caso a música não apareça na intro tai:

https://youtu.be/cVfZA6VU_K4

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