XXIV

SANZU

Bem antes de Kim chegar eu já estava alterado, foram dois comprimidos de ecstasy antes de ouvir a voz dela e mais um durante a reunião com os Haitani.

Rindou aquele maldito conseguiu o que tanto queria e isso não vai ficar assim.

Eu deixei Kim com Takeomi e em momento algum deixei de olhá-la, minha mulher parecia reservadamente triste e eu não sei por que estou me importando quando Kim é apenas um contrato, um bom e delicioso acordo de casamento.

A reunião divagou sobre nossas funções, para deixar claro, eu lido com as drogas e torturas, nem conto assassinatos por que todos nós somos. Ran e Rindou com os espancamentos ocasionados por cobranças de dívida e os rachas, Hajime lida com toda a lavagem de dinheiro, os cassinos e a tecnologia, Takeomi como instrumentador está sempre fora do país escolhendo informações e treinando os mais adequados. Kanji trabalha ao lado de meu irmão seguindo as ordens dele e montando listas dos possíveis ricaços que vão participar de nossos esquemas ou serem extorquidos, Kakucho é responsável por todo o setor empresarial e os aeroportos e por último Mikey que coordenar tudo isso. Resumindo deixamos de ser uma gangue há muito tempo, movimentos tanto dinheiro dentro e fora desse país que até mesmo alteramos a economia como qualquer corporação de grande porte faz.

Durante a decisão da localização das corridas ilegais, Rindou resolveu me irritar.

-- Parece que a sua boneca será a minha sorte. -- Ele ironizou abrindo os braços sobre o encosto e eu fechei a cara.

-- Mas nem fodendo Haitani!

-- O líder aprovou. -- Deu de ombros -- Parece que a sua filha da putagem chegou aos ouvidos dele e você sabe muito bem como funciona. -- Rindou olhou em meus olhos, havia um brilho de satisfação que me fazia querer arrancar as córneas dele. -- Uma vida pela outra Sanzu.

Revirei os olhos.

-- Eu não matei a sua vagabunda Rindou se ela é uma drogada inconsequente, a culpa não é minha. -- Que vontade de fumar um cigarro.

-- Pode até ser, mas foi burro o suficiente para deixá-la ter uma overdose enquanto estava com você, então vai ter que aguentar calado a sua boneca sentada no meu carro e pode deixar que vou tratá-la feito uma princesa, já que eu gosto de coisa boa e sei aproveitar muito bem. -- Fiz menção de ir para cima dele, mas Ran me segurou no banco.

-- Chega dessa conversa, seus ânimos estão muito exaltados. -- O Haitani mais velho encheu dois copos com whisky e nos entregou.

-- Rindou para de provocar o Sanzu e Haruchiyo para de cair na pilha do meu irmão. -- Respirei pesado e Hajime revirou os olhos.

-- As vadias já acabaram? Temos assuntos sérios a tratar. Parem de ser tão escravocetas!

Todos encaramos Koko, geralmente ele é o mais calmo dentre nós.

-- O que foi? -- Kokonoi perguntou confuso e tive de rir.

-- Ser largado no altar realmente está te matando. -- Respondi ácido.

-- Eu até recomendei umas boas profissionais do sexo, mas o senhor "nem tudo se resume a foder" Mandou eu me foder, então que se dane. -- Rindou deu de ombros e Kokonoi revirou os olhos, parece que a mulher dele desistiu do casamento na igreja quando descobriu que ele era um Gângster. Se tivesse sequestrado ela ou não dado opções desde o começo, não estava aí todo puto. Hajime simplesmente encheu um copo de whisky e mandou ver.

-- Quando pararem com essa porra trabalhamos até lá estarei ocupado. -- Se levantou.

-- Que isso Koko senta esse bunda aí e vamos começar. -- Ordenei e assim começamos com a nossa reunião.

OFF

[...]

Kim encarava o apartamento um pouco confusa, depois do nosso curto desentendimento no banheiro e ela ao lado do Haitani mais novo e fiz vista grossa, afinal de contas Mikey ainda pode anular esse casamento e eu me recuso a perder pro Haitani de merda.

Minha adorável mulher encarava a tudo com receio.

-- Que apartamento é esse Sanzu? -- Questionou e eu me aproximei, agarrando-a por trás, o efeito da droga já foi completamente embora, mas eu estou tesão acumulado por causa dela.

-- Ora docinho, nossa nova casa, não gostou? -- Coloquei o cabelo dela para o lado e beijei sua nuca, a arrepiando.

-- E onde estão minhas coisas? -- Ela murmurou.

-- No closet e o que eu trouxe está aqui, o resto deixei na mansão da Coreia, agora vamos nos divertir. -- Apertei o corpo dela contra o meu que ficou sem fala, aproveitei para pegá-la no colo e ir para o sofá, nem dei tempo de Kim responder alguma coisa ou negar, agarrei o corpo dela com mais vontade e enfiei minha língua na boca dessa mulher controlando cada ato até que o ar nos faltasse apenas para encará-la.

-- Eu não quero. -- Ela afirmou respirando pesado, os bicos dos seios chegam a estar durinhos e pontudos no tecido leve e ela diz que não quer? Essa mulher só pode estar se fazendo de difícil. Toquei o braço dela e a pele se arrepiou todinha e não é medo que ela está sentindo da para perceber nessas pupilas levemente dilatadas, cheguei perto do ouvido e sussurrei:

-- Não é bem isso que o seu corpo diz boneca.

-- Sanzu... Só... Me deixa em paz. -- Ela se esgueirou para fora e subiu as escadas me deixando extremamente confuso, que porra foi essa?

Enquanto fiquei sozinho notei a caixinha de música que ela trouxe consigo e aproveitei para mexer com cuidado até a música tocar e abrir revelando um colar.

Hum... interessante, coloquei a caixa no lugar, peguei a joia e fotografei com o celular de ambos os lados, depois guardei tudo como se nata tivesse acontecido, ao subir as escadas e adentrar meu quarto já tirando minha roupa notei a ausência de Kim, imaginei que ela estivesse no banheiro, mas segui para lá e nada. Saí do meu quarto seguindo pelo corredor até o outro quarto, eu tenho todas as chaves da casa, mas quero dar a privacidade que ela tanto exige.

-- Docinho, não demore temos que conversar.

Não esperei pela resposta, só fui em direção à adega, pegar um vinho, porém nem tive tempo meu celular tocou e ao atender era Kakucho.

-- O carregamento de drogas chegou adiantado, Hajime irá na frente, mas não demore Sanzu.

-- Relaxa Hitto, eu nunca falho com o meu trabalho. -- Desliguei o telefone e enfiei a mão no bolso, tirei um bolo de dinheiro e deixei sobre o aparador, do lado um bilhete: -- Se divirta Docinho -- e assim parti.

[...]

São cinco semanas sem pisar em casa direito, puta que pariu, agora realmente eu estou vivendo em um hotel.
Faz três dias que estou em Fukuoka com Hajime e os Haitani a trabalho, o máximo que consegui aproveitar foram as bebidas por algumas horas antes de cair na porra de um sono tão pesado que até dispensei as mulheres que havia contratado para me entreter, nem deu tempo e, no fundo, nem tive vontade puta que pariu, o que está acontecendo comigo?!

-- Já conversou com ela Sanzu? -- Ran parou ao meu lado me entregando um cigarro e aceitei, acabamos de liquidar uma dívida, alguns assassinatos aqui e ali, tudo na encolha já que viemos atrás de um peixe grande.

-- Ou ela vai descobrir na corrida?

Respirei pesado.

-- Por mim eu matava o seu irmão e acabava com a porra do problema.

-- Isso só faria com que sua adorável senhora fosse parar nas minhas mãos e diferente de Rindou que está obcecado, eu não dou a mínima. -- Não sei por que, mas acho que Ran está mentindo para caralho.

-- Tanto faz. Kim saberá hoje à noite já que finalmente vamos voltar para a casa. -- Afirmei.

-- O último carregamento vai chegar no aeroporto de Tóquio, é a jurisdição do Kakucho. -- Hajime afirmou e concordei, terminarmos nosso trabalho e cada um seguiu para o seu quarto, tomei um banho e aproveitei para verificar as câmeras do meu apartamento e escutar Kim. Na primeira semana que viajei escutei ela chorando e resmungando sobre algo que não entendi direito, também eu estava chapado e agora Takeomi a visita todos os dias, parece que meu irmão quer fazer "amizade" com a minha mulher. Toda a tarde ele aparece por lá, já que Kim toma café, sim, é um costume bem estrangeiro já que no Japão não temos o costume de ter uma refeição entre o intervalos principais, a que Kim faz chamasse lance da tarde.

"Vamos princesa o que acha de sairmos para comprar sapatos? Você parece muito abatida." Meu irmão falou, ele meio que descobriu que Kim adora gastar meu dinheiro com roupas, sapatos e artigos de luxo.

'Não estou com cabeça para isso Tak e você tem vindo me visitar todos os dias, então... Pode falar o que você quer.' Essa mulher é muito perspicaz.

"Não posso querer ter bons laços com a minha cunhada?" Porra Takeomi tem hora que força.

'Quem não te conhece que te compra Tak, nós já temos bons laços, agora me diga a verdade por-favor.'  Kim afirmou e realmente eu estou meio puto por estar ouvindo ela dar apelido para ele, porra primeiro o desgraçado do Haitani mais novo, agora meu irmão? Daqui a pouco vai ser pro faxineiro, porteiro, pros inimigos, e para a porra toda!

"Ok princesa. Eu preciso fechar um negócio na Coreia do Norte e você sabe como eles são chatos pra um caralho né? Então você conhece um tal de Jaewon?" Eu dei zoom na tela uma vez que eles estão na varando do apartamento e pude ver a expressão facial de Kim, um pouco abalada.

'Não conheço, mas não faça negócio com ele.' A seriedade dada a ele e a franzida na testa me deu a certeza de que está mentindo.

"Ah, Kim, vamos me dê uma informação querida." Takeomi se aproximou e eu vou meter uma bala nele se continuar com essa porra, deixa só eu chegar em casa.

'O que você quer negociar?' Ela consertou a postura e me irmão sorriu oferecendo vinho, mas ela negou.

"Cocaína, o carregamento de Terano chegou na Coreia do Sul ontem, vou fechar um negócio vantajoso para a gangue esse semana." Ela respirou pesado.

'Tudo bem, não venda pura. Vai de trinta a cinquenta.' Ela desviou o olhar e meu irmão gargalhou.

"Pelo visto, tem muito sobre você que ainda precisamos saber." Takeomi riu e eu concordei, com a ressalva que quem precisa saber sou eu e somente eu.

Ela se levantou e seguiu para a sala:

'Tudo o que precisa saber é que Jae...Won não é confiável e agora eu aceito aquela ideia, preciso mesmo renovar meu armário.'

Kim deu de ombros e ambos seguiram para a porta da sala e eu desliguei a câmera, saí do meu quarto e fui até o quarto de Hajime, bati diversas vezes apenas para que ele abrisse a porta fechando o roupão.

-- Parece que o presentinho que te demos fez efeito! -- Me encostei na porta apenas para ver a garota amordaçada e presa na cadeira e Kokonoi revirando os olhos.

-- Que presente de grego, isso sim, mas você não veio até aqui para isso.

-- Realmente. -- O empurrei para dentro do quarto e peguei meu celular, fui até a imagem do colar e mostrei para ele. -- Preciso que descubra tudo o que sabe sobre essa peça e sobre o nome Jaewon, pode relacioná-los com os Moon's e a Huang.

Koko pegou o celular e transferi as imagens.

-- Se for para você eu to fora. -- Dei uma risada com a resposta dele.

-- Acha mesmo que isso ainda é sobre mim Koko? Pare para pensar um pouco. -- Olhei por cima do ombro dele, vi a garota tentando se soltar da cadeira. -- E outra, dê logo um trato no seu brinquedo, antes dela escapar. -- O barulho da cadeira caindo fez com que Hajime revirasse os olhos.

-- Mandarei que a equipe de divisões estude isso, agora vai embora que eu estou ocupado. -- Dei de ombros rindo da situação.

Parece que Kokonoi anda com muitos problemas para o meu gosto.

-- Na época da Tenjiku e da Black Dragons você era mais prático Koko, parece até que amoleceu.

-- E você que enfiou o bom senso no cu, mas isso não é problema seu, agora vaza Sanzu!

-- Só amordaça a vadia melhor, para que ninguém escute o que vai fazer com ela.

Fui embora gargalhando e deixei Kokonoi com os problemas dele, ao me deitar na cama não consegui parar de pensar em Kim.

-- Merda, essa mulher está ocupando espaço demais na minha cabeça!

[...]

Entramos no avião às dez na noite e já estou puto, primeiro que aquela mulher deve ter me amaldiçoado, só assim para caralhos eu não conseguir transar com ninguém. Puta que pariu Kim eu vou te matar sua maldita!

Depois eu vou ter que ir às docas japonesas durante o longo da semana graças aquele desgraçado do Terano, parece que ambos estão armando para acabar com a porra da minha paciência, pelo menos tive tempo de torturar dois desgraçados com bastante calma para extravasar um pouco. Ninguém mandou tentar contra a Bonten.

-- Da próxima vez você poderia fazer menos bagunça. -- Ran ironizou.

-- Eu não reclamo do seu modo operante, então cala a porra da boca que os faxineiros deram conta. -- Ajeitei minha gravata antes de tomar dois comprimidos.

Olhei para o lado e vi Kokonoi trabalhando no computador e do lado dele a mesma garota, amordaçada e com a face manchada pelas lágrimas assim como as mãos amarradas e depois eu que sou um filho da puta.

Me aproximei com um copo de Whisky na mão e encarei Kokonoi que nem olhou na minha cara.

-- E então?

-- Até agora só descobri que esse colar é da época dos egípcios e vale milhões. Agora sobre o nome parece inexistente.

Arqueei a sobrancelha, isso tá muito estranho.

-- Procura por Kaesa no consulado Russo, ao melhor manda os seus subordinados cruzar Kaesa, Jaewon, como é o nome daquela loira mesmo?

-- Yekaterina. -- A voz veio de Ran que se aproximou para ver o que estava acontecendo.

-- Adiciona Yekaterina e coloca o pai de Kim, tem que ter alguma coisa muito bem guardada nessa porra. Já que os Haitanis não fizeram o trabalho direito.

Rindou revirou os olhos.

-- Sanzu vai se foder e para de dar informações na frente da convidada, se não ela vai ganhar bala de presente! -- Rindou afirmou e Kokonoi bateu o computador.

-- Ninguém vai encostar um dedo nela, agora façam o favor e sentem o rabo nas cadeiras de vocês estão assustando ela.

Ran riu:

-- Ah, claro, não é fato dela estar amordaçada e amarrada não. Enfim, isso não é problema meu.

Todos nos afastamos, me sentei na poltrona e peguei o celular para espionar Kim, procurei pela casa até encontrá-la no nosso quarto, apenas de calcinha, porra... Olha o tamanho disso e a renda, passei a mão no meu rosto enquanto ela vestia um vestido longo bonito e larguinho e claro que ficou descalça, desceu as escadas e abriu a porta, vi quando o carrinho de comida cheio de besteira foi deixado na minha sala e depois ela seguiu para a cozinha fez um suco e retornou luzes baixas e a TV ligada. Parece que vou ver isso ao vivo, já que no máximo em três horas estarei em casa.

[...]


Kim estava deslumbrante naquele vestido, pessoalmente muito mais gostosa, cheguei em casa por volta dás uma e meia da manhã visto que Takeomi me recebeu com a porra de um esporro me ameaçando e esquecendo completamente o meu cargo, dei ombros e segui para a minha casa, tudo estava apagado e como imaginei Kim dormia no sofá. Retirei meu paletó, deixei sobre o encosto do sofá, passei meus dedos pela ponta do rosto dela e notei que parecia um anjo de tão sereno. Me abaixei e peguei-a no colo, subi as escadas e quando estava preste a adentrar meu quarto a porta foi aberta no fim do corredor, minha irmã olhou para mim e sorriu antes de se trancar no local, eu nem sabia que ela estava em casa. Abri a porta do meu quarto e deixei Kim na cama, depois tranquei e fui tomar um banho, eu continuo bem agitado, talvez duas carreiras de cocaína pura e dois comprimidos de ecstasy seguido por algumas doses alcoólicas não tenha sido uma boa ideia, porra... Segui para o chuveiro e após um banho demorado vesti uma calça e saí do local apenas para ver Kim de pé me olhando um pouco confusa.

-- Como...

-- Cheguei mais cedo boneca -- Fui encurralando ela na parede. -- Pelo visto ficou surpresa. -- Ironizei.

-- Na verdade, você sumiu por mais de um mês, então... -- Ela deu de ombros e meu olhar recaiu no decote dos seios dela, senti a minha boca seca. Levei meus dedos até o pescoço deslizando pelo colar que dei a ela, depois até o lado direito do ombro, por onde deslizei a alça do vestido e mordi meu lábio.

-- Você ficou uma delícia nesse vestido amor. -- Dei um curto sorriso para ela que ficou ainda mais confusa, ah Kim, você não vai escapar de mim essa noite...


Sim gente eu tenho o rascunho da fic do Kokonoi, por isso que mencionei a personagem ;)

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top