XX
Eu sou realmente uma vagabunda, transar com Sanzu alcoolizada ou drogada é compreensível já que eu nunca me nego, agora sóbria? O que eu tenho na cabeça? O cara nem merece a minha presença e ainda por cima me teve da forma que bem entendeu.
Parabéns Kim, parabéns pela burrice e por se levar pela sua vontade de transar!
-- E então o que você acha? -- A voz de Ayumi ecoou, é pisquei diversas vezes, não prestei atenção em nada, na verdade, eu não queria casar agora.
-- Acho perfeito, algo pequeno e somente para os membros principais será ótimo. -- Comentei por alto.
-- Kim, você prestou atenção? -- Senju arqueou a sobrancelha.
-- Claro cunhada. -- Menti e Hajime revirou os olhos.
-- Então será uma cerimônia particular na cobertura de líder apenas para dezoito pessoas, com menu clássico e recepção de trinta minutos.
-- Sim, só evite as drogas. -- Comentei e Kokonoi sorriu com arrogância.
-- Isso já é com o seu marido, afinal é o departamento dele.
Revirei os olhos.
-- Quer pedir alguma coisa especial? Mikey deixou claro que pode ter o que quiser.
-- Nesse caso, se der, eu quero ¹mimulus, ²campânulas branca e ³margaridas na decoração principal. -- Pedi e notei o olhar de Ayumi brilhoso, creio que ela saiba o significado disso.
-- Será feito. Então vamos encerrar. -- Hajime decretou e Ayumi se levantou.
-- Podem ir, senhor Kokonoi quero que me acompanhe. -- A rainha da Bonten ordenou e Senju se aproximou segurando meu braço e praticamente me arrastando para fora da sala.
-- Espera Senju, vai com calma. -- Sussurrei e ela sorriu de canto.
-- Não me olha desse jeito merda.
-- O quê? Você que se entrega fácil quando pede pra andar devagar. Temos no máximo seis horas até o seu casamento, então vamos agir!
Choraminguei mentalmente conforme a prateada me puxava.
-- Ok-Ok, eu te encontro aonde?
-- As meio-dia no restaurante do cassino. Vou buscar Yuzuha.
--Por falar nela, onde passaram a noite ontem?
-- Aqui mesmo na suíte presidencial, já que meus irmãos são uns babacas.
-- Dei uma risada leve e a encarei, quando for assim fala comigo, eu tenho a chave e Sanzu não se importaria de receber vocês. -- Afirmei.
-- Como sabe disso? -- Ela cruzou os braços.
-- Bom, porque eu não ligo de ter vocês por perto e a opinião dele é irrelevante pra mim. -- Ela sorriu.
-- Continue assim Kim e meu irmão vai acabar apaixonado por você.
Dei de ombros me despedindo dela e segui para o elevador, meu corpo tá todo doído e tudo por que Sanzu faz questão de ser extremamente bruto.
Adentrei minha casa, respirando pesado ao trancar a porta e finalmente tirar esse sobretudo, tirei os saltos e segui para o segundo andar, arranquei o restante das roupas, segui para o banheiro, liguei a hidro e coloquei sais de banho fora um pouco de espuma, acendi as luzes extras do espelho gigante que tem nessa suíte e encarei meu corpo, tenho diversas marcas de chupão fora as mordidas nos ombros, nas coxas as marcas do cinto e minha bunda está igual, meu pescoço também está roxo e agora entendo os olhares que recebi naquela reunião, dá pra ver as marcas de enforcamento quase roxas que ele deixou ao redor fora a mágoa que fica na pele.
Esse desgraçado.
Adentrei a banheira resmungando pela água morna encostar em minhas partes íntimas, o meio das minhas coxas está doendo, mas, minha vagina e minha bunda chegaram a arder quando a água tocou, foi só afundar de vez que melhorou um pouco.
Eu tenho mesmo que parar de transar com ele, pelo meu próprio bem, independente da sensação que ele me cause.
[...]
Faz meia hora que estou pronta, depois do banho apliquei pomada nas marcas mais severas, seguido de maquiagem na parte do meu corpo que ficará exposta e por fim tomei alguns analgésicos e finalizei minha maquiagem com um batom marrom na cor chocolate. Me encarei no espelho e respirei satisfeita, eu estou uma delícia.
SANZU
Cobrar uma dividida de boate é sempre um tédio, principalmente quando o responsável sabe o que vai acontecer. As piranhas estão desesperadas por que Rindou está puto e quebrando a cara do homem no meio da boate, uma verdadeira festa com plateia.
-- Pega leve aí Haitani júnior ou esqueceu que ele tem que ficar vivo e nos pagar? -- Afirmei enquanto arrumo uma bela carreira de coca no balcão de bebidas.
-- Nem na porra do seu casamento você vai ficar sóbrio? -- Ran sentou ao lado pedindo um drink.
-- Relaxa, uma só não faz a diferença. Agora será que podemos adiantar essa porra?
-- Diz logo oh arrombado quem foi que roubou o dinheiro do cofre? -- Rindou tinha batido tanto no homem que até alguns dentes voaram e as stripper's não param de chorar, até que notei uma delas tremendo muito e fungando bem mais do que as outras e com isso me levantei caminhando até estar de frente a todas elas. -- Ei você, coelhinha, vem aqui. -- Ela olhou para os lados antes de apontar para si mesma. -- Isso mesmo venha logo antes que eu perca minha paciência.
Ainda trêmula ela veio e manteve a cabeça baixa, me sentei na poltrona e acendi um cigarro, depois chamei-a para sentar no meu colo e aos poucos senti o corpo dela no meu.
-- Que tal me contar o que aconteceu naquele escritório, hein? E olha pra mim quando eu falar com você.
Ela levantou o olhar com calma e seriedade.
-- E-eu, e-eu. -- Apertei a coxa dela soprando a fumaça bem próximo do seu corpo.
-- Pensa bem antes de responder meu bem, do contrário será penalizada por mentir para mim. -- Passei o cigarro bem rente a sua pele e ela se encolheu, apertei a cintura esperando por suas palavras.
-- Teoichi. -- Falou de uma vez.
-- Aysha não... -- Rindou deu uma coronhada no homem que caiu no chão desesperado.
-- Sinto muito senhor Kwan. Eu não quero morrer -- Ela olhou para mim. -- O senhor Teoichi é de uma gangue de motoqueiros que sempre vem a boate com seu bando, ontem ele estava muito nervoso quando invadiu o escritório do senhor Kwan e após brigarem ele sumiu.
-- E qual é a relação desse Teoichi com você velho? -- Ran questionou, mas o velho é duro na queda e com isso peguei minha arma e engatilhei já mirando na cabeça dele.
-- Sai do caminho Rindou minha mira pode ser afetada pela minha vontade de te matar. -- Rir apoiando a arma na cabeça
-- ESPERA! NÃO MATA O SENHOR TEOICHI POR FAVOR! -- Uma das dançarinas falou e dessa vez foi Ran a se embrenhar no meio e arrastar a mulher a força, a atirando ao lado do velho e pegando uma arma e posicionando na cabeça dela.
-- Mais alguém aqui vai mentir ou omitir alguma coisa, hum? Esqueceram que estão aqui para pagar uma dívida e a quem devem lealdade?
O silêncio perdurou e o Haitani mais velho guardou a arma.
-- Fale de uma vez vadia. -- Encarei a mulher que me não me olhou nos olhos.
-- Eu não sei o que possuem, mas já cansei de dançar para ele e Teoichi costuma fazer negócios nas docas, faz alguns meses que ele vem se gabando de ser uma espécie de príncipe do tráfico.
Rindou guardou a arma e ajeitou as abotoaduras da roupa.
-- Olha só, parece que mataremos dois trapaceiros com uma bala só! -- Apontei minha arma para o velho que, com dificuldade, ficou de joelhos e abriu os braços esperando pelo tiro e isso me fez questionar algo, mordi meu lábio inferior e encarei a mulher. -- Meu bem, vá lá fora e chame os seguranças que estão na porta. -- Pisquei.
Não demorou muito para que ela retornasse com meus homens.
-- Levem-no para a sala especial. -- Traguei mais uma vez. -- Mantenham-no vivo. -- Soltei a fumaça conforme a mulher voltou a sentar no meu colo e Ran se aproximou.
-- Temos que ir Sanzu aparentemente, esse bastardo é o responsável por estar nos fazendo de palhaço. -- A voz do Haitani mais velho ecoou e sorri me levantando e encarando a bela garota que estava no meu colo, até que daria pro gasto em uma despedida de solteiro.
[...]
As informações daquelas dançarinas forma precisas e suficientes, o tal do Teoichi não é esperto, ta mais pra um covarde muito bem entocado, mas o braço direito dele rodou, bem ao melhor, o sem braço. Não contive meu gargalhar lembrando do desespero enquanto era escalpelado e amputado, isso por que estou de bom humor.
-- Ele será um belo aviso. -- Afirmei deixando o cara morto preso no galpão que o arrombado usa, aproveitei o sangue para fazer um belo aviso na parede detrás, digamos que estou muito criativo.
-- Seu sadismo de merda ainda vai foder com tudo. -- Ran reclamou.
-- Relaxa -- puxei meu cigarro e aproveitei para tragar um pouco -- Teoichi está usando o dinheiro que roubou de nós para comprar mão de obra mercenária e recuperar territórios e ele é muito fraco para ser o responsável por essa ideia. É só um motoqueiro idiota querendo se divertir as nossas custas.
-- Então você acha que tem a ver com quem? Com aquela tentativa de sequestro na Rússia? -- Rindou perguntou limpando o rosto já que o sangue espirrou.
-- E isso não é óbvio? -- Estão tentando nos passar para trás e nos fazer de otário e ninguém ficará de pé, não quando tentam contra a Bonten. Agora vamos embora antes que a polícia chegue e nos encontre aqui. -- Afirmei e enquanto saíamos, Ran pegava o celular para fazer as devidas ligações para que Koko apagasse qualquer rastro digital de que um dia estivemos aqui.
--Oh porra. -- Comentei tomando duas pílulas, depois liguei para Senju. -- Preciso que receba uma executiva pra mim, vou deixar avisado que você vai cuidar disso.
-- Sanzu... Eu estou ocupada e -- ouvi uma gritaria ao fundo.
-- Que porra você está fazendo?
-- A despedida de solteira da sua noiva. -- Senti meu sangue ferver com essa ideia.
-- Escuta aqui, se tiver um homem nessa porra eu mato e depois ela se verá comigo. -- Afirmei.
-- Quieta essa bunda Haruchiyo que eu não sou você, o único homem que está aqui é nosso irmão. Agora deixa eu desligar que minha comida está esfriando e a respeito do seu pedido se vira. -- A desgraçada desligou na minha cara, não vai dar tempo de passar na joalheira puta que pariu, não quando eu estou sujo de sangue.
Segui para o meu carro enquanto os Haitani iam em outro, e agora estou me questionando como vou conseguir essa maldita aliança se bem que Kim não está em casa, então tudo fica mais fácil.
[...]
Minha casa estava vazia, mandei uma mensagem para a gerente da joelharia e a mesma me mandou a foto da peça pelo celular, mandei que gravasse meu nome e a data de hoje a na parte interna já que sei que essa mulher gosta de torrar a porra do meu dinheiro então vou dar a ela uma peça que realmente faça jus a mim. Só tive tempo de tirar o paletó sujo e as luvas, além de limpar meu rosto e prender meus cabelos, além de resolver o problema do traje do casamento. Fui informado que a mulher me aguardava, mandei que subisse a receberia no meu escritório, deixei a porta aberta e aguardei, obviamente com minha arma guardada no quadril. A gerente possuía uma aparência interessante além de olhos escuros e um longo cabelo preto liso e com franja reta.
-- Senhor Sanzu, seu pedido ficou pronto e como não me disse a escolha lhe trouxe um estojo da cor dos seus olhos. -- Dei um sorriso para ela antes analisar a peça.
-- Perfeito, se quiser ficar para o casamento está convidada. -- Ela negou com um sorriso.
-- Ainda tenho alguns clientes a atender, muito obrigada pelo bônus. -- Dei um sorriso de canto para ela, não sou pão duro com aqueles que merecem.
-- Disponha querida. -- Ela sorriu e abri a porta para que saísse apenas para dar de cara com Kim me olhando mortalmente ao lado de Senju, a mulher deu boa tarde e saiu enquanto minha irmã sorria de canto.
-- Eu não acredito nisso Haruchiyo, no dia do casamento! Porra... -- Kim respirou pesado. -- Bom Senju o vestido está no seu quarto, eu deixei lá por precaução, eu vou levar para a casa de Tak e depois você me encontra lá.
Ambas conversavam como se eu não estivesse aqui e depois que Senju saiu, minha mulher voltou a me encarar.
-- Você é um babaca Sanzu. -- E subiu as escadas, não pude deixar de sorrir, tenho pra mim que ela está com ciúme e isso vai ser divertido, muito divertido.
Subi para o meu quarto e tranquei a porta, vi Kim enfiada no closet e aproveitei para me desfazer da minha camisa e dos meus sapatos, quando ela voltou com algumas peças nas mãos e só pelo tamanho sei que ficará uma delícia.
-- Você vai aonde com isso docinho?
-- Senju está me ajudando a escolher algumas peças para a despedida de solteira. -- Não gostei do que ouvi e com isso fiquei sério, o que levou-a rir. -- Não é divertido quando é com você né cretino? -- Segurei firme no braço dela puxando-a pra mim.
-- Isso tudo é ciúme querida? Eu vou ser todo seu depois de hoje, fora que... Eu não fodi com aquela mulher, ela veio me entregar algo importante e não sexo. -- Revirei os olhos com algo tão óbvio que não sei por que estou me dando ao trabalho ou sentindo a necessidade de explicar essa merda.
-- Então é mais uma razão para não me confundir com você. Eu respeito esse acordo e sempre vou respeitar desde que você me respeite. -- Aí-aí, Kim. Você não faz a menor ideia do que vai acontecer quando assinar aquele maldito documento. Como estou de muito bom humor deixarei essa malcriação passar e assim enfiei minha mão no cabelo dela puxando pelos fios da nuca e encarando os olhos levemente surpresos pelo momento.
-- Ah, docinho. Não é assim que funciona. -- Rocei meu nariz no pescoço dela e não pude deixar de recordar da diferença de foder com ela bêbada/drogada, mesmo que eu não soubesse desse caso e ela sóbria. Kim sóbria é completamente neutra e bastante inibida, já alterada me deixa completamente louco. -- Vamos deixar algo bem claro boneca, você não manda em nada por aqui. -- Beijei o pescoço cheiroso e desci minha mão até o vestido curto subindo devagar e ela segurou minha mão.
-- O que pensa que está fazendo?
-- Não é óbvio?
-- Você só pode estar brincando, não transaremos tão cedo. -- Tive de rir, depois de ontem e hoje é impossível que eu fique mais do que uma semana sem sexo.
-- Vai sonhando Anjinho, por hora vá se arrumar para ser minha. -- Ela revirou os olhos e ao passar por mim já com a bolsa em mãos, dei um tapa em sua bunda. Kim revirou os olhos antes de seguir para fora do quarto, mas eu notei um curto e praticamente imperceptível sorriso dela e logo, logo passará a ser a senhora Akashi ao melhor Sanzu.
[...]
KIM
Respirei pesado sentada naquele sofá largo na parte coberta da cobertura e varanda de Takeomi enquanto todas se divertiam minimamente, já havíamos feito inúmeras brincadeiras, mas eu sabia que Senju tinha aprontado algo, minha cunhada está muito calada encarando a Sano que rir ao lado da Yuzuha.
-- Você se apegou fácil. -- Sussurrei próxima dela, que apenas riu de lado.
-- O proibido é sempre mais gostoso e ela é doce demais, então é fácil de se embriagar. -- Respondeu como se não fosse nada.
-- Não imaginei que falaria tão abertamente. -- Afirmei e ela sorriu.
-- Não tenho problemas com a minha sexualidade e não há motivos para esconder, assim como não há para explanar. Mas -- Senju se ajeitou na poltrona macia. -- Vamos animar essa festa de verdade. -- Ela bateu as mãos duas vezes e sorri esperando pelo melhor.
As cortinas desceram lentamente e as luzes se apagaram, uma música de fundo começou a tocar e de repente a única luz se acendeu a minha frente, pude ver as coxas grossas de um homem e subi meu olhar aos poucos notando o homem fantasiado de espião a minha frente.
Puta que pariu, ela não fez isso! Encarei-a confusa enquanto ela gargalhava da situação e tanto a Sano quanto a Shiba riam contidamente, senhor... Nada contra stripper's, mas dificilmente é algo que eu goste, porém, relaxei e procurei aproveitar, afinal é a minha despedida de solteira.
O homem começou a dançar na minha frente, até o momento que pegou minha destra e levou até o peito dele me fazendo arrancar a camisa e sentir todo o seu físico, depois praticamente se esfregou em mim com todos esse corpo sarado e sinceramente eu só consigo pensar no Terano quando vejo um homem grande desse jeito e musculoso, mas o South é outro nível, se fosse ele dançando para mim provavelmente Sanzu estaria ferrado e eu também, pois, não me importaria de ser castigada se eu pudesse simplesmente sentar nele como uma despedida de solteira.
O bonitão tirou as calças e dava pra ver o volume considerável entre as pernas assim como a tanguinha e quando ele virou de costas não resistir em dar um tapa em sua bunda e ele virou novamente tocando no meu queixo e depois dançando mais quase como se estimulasse umas estocadas e isso é muito engraçado.
Porra Kim, você tem um humor de garota da quinta série. Respirei fundo quando ele se direcionou para o meu pescoço, respirando fundo e se afastando. A dança continuou e eu só consigo imaginar que porcaria eu estou fazendo da minha vida, vou me casar daqui a algumas horas e não paro de pensar que não deveria ter transado com Sanzu tantas vezes, toda hora a minha mente insiste em dizer que fui fraca e displicente comigo mesma e está com a razão, essa cara não me respeita e não me merece. E eu devo focar na minha vida e em como vou manter todos os segredos que carrego sendo só meu, pois Haruchiyo já deixou claro que vai tentar arrancá-los de qualquer forma e...
Puta que pariu, estapeei minha testa empurrando o saradão no sofá.
-- Eu adorei o seu trabalho amor, mas tem algo para fazer.
-- Isso faz parte do pacote? E o oral ela não vai querer? -- Ele me encarou ficando de pé.
Encarei Senju que me olhava com a maior inocência.
-- É uma despedida de solteira Kim, queria o quê? Fazer trancinhas no cabelo dele?
Revirei os olhos, não quero falar sobre ou fazer sexo pelas próximas semanas.
-- Claro. Hum... Tô passando, Senju e Yuzuha façam bom proveito. -- Andei rapidamente até a porta do apartamento de Takeomi, eu não acredito que esqueci de tomar meu anticoncepcional e para completar eu preciso de uma pílula, uma vez que o remédio tomado fora do horário e sem rotina não funciona com cem por cento de eficácia.
Saí da casa do meu cunhado e peguei meu celular no bolso do vestido, vendo as horas, faltam exatas duas horas e meia para o meu casamento, desci de elevador até o saguão e segui para a área das lojas apressada até achar uma farmácia e pedi o remédio, foi então que dei por mim que esqueci o maldito cartão e não habilitei o banco ou o NFC pelo celular.
Pensa Kim, pensa Kim. Já sei vou pedir para entregar na cobertura...
Eu estava dentro da banheira, Seju já havia se vestido e eu estou aqui divagando na água repleta de rosas, tomando um banho relaxante, quando acabei me sequei e hidratei meu corpo, coloquei uma lingerie branca e encarei o vestido pendurado no closet eu escolhi um dos meus favoritos e que nunca usei. Lembro que paguei uma fortuna e comprei na base do ódio para torrar a grana de Sanzu, um vestido branco com o espartilho modificado e bem forrado por uma tela no estilo tule na cor branca com bastante cristais, completei a produção com brincos de diamantes e saltos Christian Louboutin branco rendado, eu amo os sapatos dele. A make bem suave e terminei meu cabelo com o babyliss ondulando bem, me olhei no espelho dando uma voltinha.
Eu estou tão linda... Pena que nunca terei a honra de ter um pai ou uma mãe que se importe o suficiente com a filha para levá-la ao altar. Esse tipo de pensamento chega a fazer o meu peito doer e com isso respirei fundo antes de encarar a melhor versão de mim que construí. Uma mulher que não precisa de ninguém e que sempre se cura sozinha. Saí do quarto e vi a pequena embalagem da farmácia sobre a mesa, assim como uma caixa branca com letras douradas sobre o sofá, me aproximei e notei um cartão preso:
"Sei que não nos conhecemos muito,
mas, espero que possa contar comigo.
Com carinho,
Ayumi Sano."
Abri a caixa aos poucos e vi um buquê com as flores exatas que pedi na festa envoltos em fita de seda e contas de pérolas. Que querida, nunca imaginei que alguém fosse se preocupar a esse ponto, parando para pensar tanto ela quanto a Senju já demonstrara mais do que toda a minha família.
[...]
A cobertura dos Sano estava incrivelmente linda, eu parei na entrada da varanda com a melhor visão da cidade enquanto sentia o toque na minha cintura.
-- Está linda cunhada. -- Takeomi sorriu.
-- Obrigada.
-- Vamos? Sanzu já deu três pitis diferentes por que reclamou da demora sendo que você chegou no horário.
-- E eu sou maluca de atrasar quando foi o próprio líder que determinou o horário? Não mesmo -- Sussurrei, levando-o a rir de leve, ouvindo a melodia mudar e todos se calarem conforme Takeomi me guiava lentamente.
-- Sabe muito bem que Mikey não faria nada, não quando Ayumi está praticamente de madrinha.
-- E por falar nisso acabei me dando conta de que não escolhi as testemunhas. -- Comentei. -- Você poderia ser a minha?
-- Perdão princesa, serei do Haru junto ao Mikey. -- Mordi meu lábio e ele me entregou para Sanzu, que apenas segurou minha mão antes de encarar o juiz.
-- Faça de uma vez.-- Falou.
-- Nossa, que delicado. -- Sussurrei.
-- Boneca, você está uma delícia. Eu não perderei tempo com essa formalidade.
E assim o juiz começou dizendo algumas poucas palavras até que chegou a hora de assinar, eu fui primeiro e depois Sanzu que ao pegar a caneta me encarou com um sorriso arrogante.
-- Agora você é totalmente minha, docinho -- sussurrou assinando o papel, na vez das testemunhas Mikey, Takeomi foram as do rosado e pedi que Senju e Ayumi fossem as minhas.
-- Bem, o casamento está concluído, pode beijar a noiva. -- O juiz decretou e Sanzu sorriu.
-- Ainda não. -- Haru procurou por algo em seu bolso até que achou uma caixinha turquesa e ao abrir encarei a bela aliança ainda mais extravagante que a de noivado, ele pegou minha mão e tirou a aliança de compromisso, depois segurou minha esquerda e por ela deslizou o anel calmamente, em um movimento rápido me puxou em sua direção roçando o nariz abaixo do meu lóbulo direito, senti aquela quentura se sua boca roçando lentamente pelo meu pescoço.
-- Agora assim não terá como fugir senhora Sanzu.
Foi tudo o que me disse antes de sorrir e abraçar minha cintura e me dar um único beijo. As palmas soaram apenas uma vez antes de todos erguerem as taças e Mikey o encarar de maneira orgulhosa e eu senti meu coração pesar, sinto que as coisas serão bem mais intensas agora que eu sou uma Akashi.
[...]
NARRADORA
No aeroporto local, a mulher encarava o local com um sorriso cínico, o olhar claramente coberto pelos óculos escuros, mesmo que estivessem no fim da tarde.
-- Pensei que houvesse desistido. -- A voz veio do homem jovem que a encarava, os enormes fios brancos presos em um coque com algumas mechas soltas e o olhos âmbar presos na mulher mais velha que exalava uma elegância sem fim.
Ela apenas sorriu tirando momentaneamente os óculos e encarando o jovem que mordeu o lábio inferior.
-- E quando foi que quebrei o nosso acordo? -- Repôs os óculos e desceu as escadas do jatinho particular, passando a destra pelo rosto dele. -- Espero que ela realmente esteja aqui, do contrário ficarei muito irritada.
Ele sorriu, demonstrando aquele sorriso perfeito e cheio de perversão.
-- Estou tão louco para vê-la quanto você e sei que Kimy amará a surpresa.
Pré-revisado. No próximo capítulo revelo a aparência deles pra vocês.
Significado das flores escolhidas:
¹Mimulus - coragem, ²Campânula branca - força e ³margaridas - esperança.
O vestido e o anel mencionados no capítulo:
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