VIII

TAKEOMI

Minha cabeça doía mais que de costume, até aí tudo bem, mas quando Murcho simplesmente afirmou que Sanzu não teve a capacidade de prender uma mulher, eu duvidei de onde estou. Em que porra de mundo Haru não conseguiria fazer seu trabalho sendo um obcecado pelo chefe?

Massageei minhas têmporas e encarei o cigarro chateado, vou ter que ficar sem fumar por quase um mês devido à operação.
Maldito seja South Terano e sua missão por tirar meu vício, agora mesmo tenho adesivo de nicotina no braço direito e estou começando a querer uma bebida. Hoje também é o dia em que verei Senju e torço para ela não pedir por Haru, já que provavelmente nosso irmão deve estar uma pilha de nervos.

[...]

Minha tarde com minha pequena foi ótima, exceto pelo sermão e depois darei um jeito de agradecer a senhora Sano por me poupar, já que levou Senju antes que fizesse mais perguntas.

Agora estou encarando a cobertura destruída do meu irmão imaginando o que aconteceu, já que obviamente o noticiário foi manipulado e Hajime tirou do ar poucas horas depois.
Sanzu ao me ver sorriu de maneira ácida.

-- Veio contemplar a desgraçada que aquela vagabunda causou? -- Haru pode até não se dar conta, mas esse ódio infundado pela garota só resvala nele, pelo menos por enquanto. Acendi meu cigarro e me aproximei da porta.

-- Talvez devesse tratá-la melhor. Kim é uma princesa.

-- Porra nenhuma.

Gargalhei de sua atitude infantil antes de respirar fundo.

-- Ela é tratada da forma que merece.

-- Deixe de ser um fodido Haruchiyo. -- Me sentei na poltrona. -- Não vim aqui como membro da Bonten e sim como seu irmão.

Haru revirou os olhos e continuei:

-- Pare de dar ouvidos a sua mente insana e preste atenção no que vou dizer. Kim Moon é a mulher de um rei, Manjiro não se casou com ela ao melhor, não se colocou no acordo por já estar casado. No entanto, ele deu a você um prêmio de valor inestimável. Agora pare de agir feito uma criança birrenta e faça as pazes com a sua mulher, antes que outro faça em seu lugar.

Me levantei e ele me observou sorrindo falsamente.

-- Acho que sabe do que estou falando.

-- Akashi, escravocetas não contam. -- Haru ironizou e eu gargalhei.

-- South está muito longe disso, mas como só entende esse termo quando quer, se ele já provou e quiser mais, sei que Kim dará de bom grado, tudo o que ele quer e sexo será o menor dos seus problemas. -- Fui até a porta -- Antes que eu me esqueça, o seu substituto já foi escolhido, caso continue renegando a garota.

Meu irmão nem esperou que eu saísse, só ouvi o barulho de algo quebrando. Ah Haru, você é bem idiota de não aproveitar essa oportunidade, eu mesmo ficaria em seu lugar sem pensar se Mikey fosse mesmo te substituir, mas, infelizmente, você é meu irmão. E eu não te trairia desse jeito.

KIM

Minha respiração demorou a regular e quando ocorreu me dei conta de que estou no colo de Terano sentado no sofá.

-- Desculpe, eu não vim te dar trabalho. -- Tentei levantar, mas ele não deixou.

-- Você não dá trabalho Kim, o que aconteceu hein gatinha? -- Beijou meu pescoço e respirei pesado.

-- Nada de mais, me conte você -- ele me encarou: -- O que pretende fazer com aqueles documentos? South se um guerra estourar será uma perda muito grande para ambos ou esqueceu que agora a Coreia do Sul está com a Bonten?

Ele sorriu e sai de seu colo sentando no sofá, South acendeu um cigarro e tragou calmamente abrindo os braços e pude contemplar melhor sua aparência, o cabelo preso num coque por fazer, os lábios bem delineados e o olhar de canto extremamente selvagem e natural. A camisa preta grudada no corpo trabalhado e as poucas tatuagens aparentes e se eu pudesse estaria sentando pra ele agora.

-- Cuidado pra não babar Kim. -- Sorriu apagando o cigarro no cinzeiro.

-- Convencido. -- Revirei os olhos.

-- Sei que estou com a razão e se você gosta tanto do que vê, por que não vem aqui e tira essa roupa?

Ele sabe que não posso. Não sei se consigo lidar com isso, mesmo que essa seja a minha intenção.

-- Demorou demais, vamos fazer uma aposta delícia e se eu acertar você vai me dar o que eu quero, perdendo, sou todo seu. -- South riu, tudo para ele quando se trata de mim em seus domínios é levado na brincadeira.

-- E o que vamos apostar?

-- Uma sequência de tiros. -- Se levantou e me estendeu a mão, fiquei de pé e andamos lado a lado até chegar em um elevador ao qual não me recordava.

-- Isso é novo...

-- Não. Apenas foi reformado, da última vez que esteve aqui não deu tempo de conhecer a casa toda. -- Desviei meu olhar constrangida e entramos, ele seguiu para baixo quando abriu a porta encarei uma sala de treino com alguns membros aos quais conheço apenas superficialmente, exceto o loiro no canto com o cigarro na boca que assim que me viu sorriu largo.

-- Por isso o chefe não desceu, tinha coisa melhor pra fazer. Fala aí meu bem. -- Se aproximou e fez carinho em meus cabelos.

-- Shion sabe que não gosto disso, ele está ondulado hoje. -- Ironizei e ele beijou minha mão.

-- Vamos cambada, só pela cara do líder sei que devemos vazar da casa. Então vão para uma boate, hotel ou um puteiro.

-- Tão delicado... -- Ironizei e ele saiu junto aos outros. -- Não imaginei que Shion continuasse na gangue.

-- Ele não tinha nada melhor para fazer. Agora as regras: a cada tiro que acertar tira uma peça de roupa.

-- Você vai acabar pelado Terano. -- Ironizei.

-- E você ajoelhada. -- Tive de morder meu lábio inferior, ele sabe muito bem do que eu gosto.

-- Eu quero que me conte sobre seu plano e não fique me enrolando, você adora brincar comigo.

-- Kim -- Ele riu -- Eu ainda nem fiz o que eu quero com você, então boneca. Relaxa. -- Piscou pegando um abafador e me entregando outro.

-- Vamos começar com o fácil -- ele parou a frente e descarregou e desmontou duas armas.

-- Quem montar primeiro decide o tempo
-- Estabilizou o cronômetro do tiro que fica no topo da parede e deixou rodando, quando zerou começamos e óbvio que terminei primeiro.

-- Seis segundos -- afirmei.

-- Eu adoro as suas ordens. -- colocamos os abafadores e ele sorriu, os alvos estavam a frente, nossas armas prontas e em seis segundos atiramos, fiz 160 pontos e Terano 90, apontei para a camisa e ele deixou a arma no balcão se afastando e sorrindo cheio de malícia antes de tirar a peça e eu não sou capaz de conseguir me conter, só por essas tatuagens eu tenho flashes de todas às vezes em que ele me fodeu. Terano apontou para a boca como se eu devesse limpar a baba e revirei os olhos voltando a posição inicial.

-- 12 segundos -- Atiramos novamente e dessa vez fiz 600 pontos e ele fez 550. -- Pedi que tirasse a calça e ele sorriu expondo as coxas saradas e aquela Boxer preta apertada.

-- 5 segundos. -- Atiramos mais uma vez e Terano levou a melhor apontando para as minhas calças e após tirar meus sapatos fiquei apenas de calcinha, estou usando uma de tecido verde-escuro semi fio dental e ele sorriu. Deixando a arma e tirando o abafador, fiz o mesmo.

-- Desistiu?

-- Não, você ganhou. -- Antes que pudesse dizer algo, ele atirou no meu alvo sem olhar.

-- Agora me conta o que você vai fazer com aqueles papéis -- Terano pegou minha calça e se afastou.

-- Não se preocupe com a possível retaliação, pois, não terá. Há uma certa gangue contra a Bonten na América do Norte e esses papéis são uma garantia contra eles, se tiver guerra, apenas um certa cidadezinha dos Estados Unidos se envolverá agora -- se aproximou perigosamente me entorpecendo só pela presença -- Tem certeza de que vai recuar? -- A pergunta foi dita em meio a um toque em minha cintura aproximando nossos corpos e um beijo em meu pescoço.

-- Porra... -- Sussurrei finalmente entendendo o motivo de toda essa brincadeira, Terano só queria me relaxar e agora olhando para ele não me sinto tão mal pelo que vou fazer e nem mesmo meus gatilhos parecem querer despertar, sem perceber já estava com as mãos nele sentindo essa palma grossa na minha bunda a apertando e antes que fizesse o próximo movimento o brasileiro me beijou, sua língua se apossando da minha em um contato intenso assim como meu corpo sendo preso no vidro de apoio e meu peso depositado na pequena bancada, Terano interrompeu o ósculo e puxou uma cadeira antes de se sentar e abrir as minhas pernas, a respiração dele ia em meu ventre conforme beijava e mordia a área e meu coração disparou, parece que faz séculos que ninguém me toca, isso por conta daquele maldito contrato.

-- Kim -- Terano beijou minha barriga enquanto puxava minha calcinha para fora. -- Não mude de ideia.

-- Espera, não tem câmeras nessa sala? -- Fiquei receosa, não quero ser vista por outros.

-- Apenas fotográficas, o resto não deu tempo de instalar. -- O loiro roçou a boca contra minha pele nua antes de umedecer os lábios e os afundar em mim, me chupando lentamente e tive de segurar nas barras que dividem os campos de tiro, enquanto revirei os olhos, Terano passou a me sugar com vontade indo cada vez mais intenso até que gemi alto, que homem gostoso e ele não parou até que eu gozasse, quando se ergueu passou o polegar no queixo e sugou, me deixando extremamente excitada, o agarrei pela nuca e invadi sua boca sentindo o meu gosto durante o beijo e na primeira falta de ar fiquei de pé, fiz questão de beijar cada parte desse peitoral largo antes de me ajoelhar e segurar nas pontas da Boxer, puxei de leve para baixo e quando esse pau enorme saltou batendo na minha cara, sorri. Eu também senti falta dele, com meus lábios umedecidos envolvi a cabecinha e deslizei lentamente até me afundar por completo nesse pau e ele revirou os olhos fazendo um rabo nos meus cabelos, comecei a ir fundo e o intenso respirando pesado conforme minha garganta pedia para que eu parasse.

-- Isso boneca. -- South jogou a cabeça para trás e passou a se mover enquanto eu o chupava, de repente o celular dele tocou e o mesmo respirou pesado.

-- Ignora. -- Voltei a chupar com mais força e rapidez, ele gemeu rouco enquanto o celular não parava de tocar e num susto ouvimos um estrondo. Me afastei rapidamente e Terano pegou a calça, além de jogar a minha para mim. -

-- Se veste rápido. -- Nos arrumamos rapidamente e peguei as armas na bancada fora a munição, carreguei ambas e entreguei para ele que apenas pegou o celular, vendo as câmeras da casa. -- Parece que nossos convidados vieram dar um oi.

Terano colocou o telefone no ouvido indo até o elevador, abriu a porta e apertou um botão, depois saiu.

-- Acho melhor se apressar Haitani, ou vou matar todos eles. -- Foi tudo o que disse antes de me encarar confusa. -- Vamos sair daqui princesa.

TERANO

Chega a ser uma pena ter que acabar com isso, era pra Kim estar segura na porra da cobertura do cassino com aquele drogado, mas nem isso ele conseguiu fazer.
Minha gata não faz a menor ideia de que estão atrás dela, desde que voltou do Brasil e é justamente por isso que eu pretendo acabar com essa palhaçada.

Kim sabe o quanto é importante, mesmo assim, não se vale disso. Quando conheci o pai dela ficou mais do que claro que ela é a herdeira fora o fato de ser filha única, o que requer o dobro de cuidado, afinal de contas se for assassinada, após a morte de seu pai, o posto passará para outra família próxima e juntando essa questão com cada conhecimento adquirido pela minha pretinha, temos a mina de ouro da Scorpions exposta para quem conseguir sequestrar primeiro.

-- Como vamos sair daqui? Ou você tem um quarto do Pânico, ou algo assim? -- Tive de rir.

-- Princesa sabe que estou louco para matar cada um deles lá em cima e dessa vez não poderá participar, vamos sair por aqui. -- Indiquei o local apertando um botão ao lado de uma porta que se abriu automaticamente, a saída estava iluminada e se fechou, assim que passamos guiei-a pelo caminho sabendo que teria de entregá-la para aquele arrombado, mas nesse momento não tenho muitas opções. Os negócios devem vir a frente e com isso a segurança dela também. Assim que chegamos ao final e abri a porta dando de cara com a garagem, notei a confusão dela.

-- Entra no carro. -- O veículo já estava ligado.

-- Você está estranho South, não costuma ser tão mandão ou evasivo.

Como resposta, me aproximei e alisei o rosto dela, além de beijar o canto direito dos lábios macios.


KIM

Terano me deixou a ver navios com essa atitude, mas não chega cruel e sim deixa claro que ele tem tudo planejado e que, de alguma forma, faço parte desse esquema.

-- Conversamos depois. -- Foi tudo o que me respondeu antes de piscar tirando a arma da minha mão deslizando algo por entre meus dedos e conferindo a trava da trinta e oito, para por na parte da frente do quadril e com a outra engatilhou, eu respirei pesado entrando na parte de trás do carro blindado apenas para respirar pesado e observar o homem com corte dos anos oito ao meu lado.

-- Você não cansa de arrumar problemas. -- Nas mãos de Rindou havia uma arma de choque e ao encarar o retrovisor vi os belos olhos de Ran além de fitar seu sorriso, mas foi a porta ao meu lado que ao abrir me deixou um pouco tensa.

-- Olá docinho.

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