47°: "O Último dia comum
Esse é apenas mais um dia comum.
Sou Karl Otuoc, apenas um jovem. Acabei de Destruir uma cidade, não estou em uma crise existencial, sei muito bem o que eu irei fazer, tenho muitos planos, porém agora eu preciso recriar meus livros, trazer a tona uma história, então decidi dar um tempo de tudo e tirar pelo menos um ano de folga das minhas lutas.
Até porquê acho que não vai demorar mais do que isso para reconstruir umas pernas...
Acordei muito bem, me sentia como se tivesse bebido mais do que deveria na noite anterior, mas me sentia bem. Dormi por semanas, acordei poucas vezes e nessas poucas vezes pude contar para Juno E Pipper o que tinha acontecido.
Alguns meses se passaram
Acordei na minha cama.
Vitoria estava dormindo com Minerva no outro quarto, elas ainda se recuperavam, mas estavam melhores do que nunca, agora faziam barulho todas as noites para se vingarem de mim E Juno.
Me levantei e abri a janela, o dia era lindo, era o início de outono, uma brisa fria entrava pela janela aberta e meus pelos se eriçavam.
Olhei ao céu um pouco nublado escondendo o sol que não conseguia emitir seu calor.
A baixo onde deveria ter um amigo em uma janela me encarando, eu via pedra negra de Lava endurecida, e uma fenda que se seguia por toda a quadra de detrás da minha casa, estava tudo arrasado.
Pipper estava dormindo na minha casa em um quarto improvisado, Juno estava deitada na minha cama.
_ Feixe a janela está frio!_ Ela disse.
_ Acho que eu vou ir tomar um café._ falei um tanto quanto extasiado.
_ Cuidado com as fendas._ Ela disse um tanto despreocupada._ Peça a Pipper para deixar Café para mim.
_ Certo._ Falei me movendo para fora do quarto.
Pipper estava acordada, mexia na cozinha, o café estava pronto e servido.
_ Bom dia._ falei para ela.
_ Eu odeio viver nessa casa._ Ela disse._ quando um não faz barulho de um quarto as outras fazem do de cá.
Eu ri com a resposta.
Ela me olhou desgostosa.
_ Bom dia idiota!_ ela disse me entregando uma xícara._ Coloquei um coquetel de drogas aí, Cuidado para não ser levado pelo vento!!
_ Espero que tenha mesmo._ Disse alegre._ Juno pediu um também.
Saí de casa. As ruas estavam desertas, não era mais uma cidade, estava mais para um cemitério de casas queimadas e buracos.
Andei como pude pela cidade, as antigas pequenas rachaduras eram buracos enormes que levavam aos bunkers que ficavam embaixo da cidade, nos jornais fomos identificados como o pior desastre da história, classificados como um novo tipo de vulcão raso, e como uma área de altíssima periculosidade, nem os cientistas vieram estudar o fenômeno de perto, eles tinham medo do que podia acontecer.
Enfim, a cidade vulcão ativa.
Caminhei por entre os escombros e pedras negras, alguns meteoritos aqui, outros ali.
Não tinham crianças para me importunar, então eu podia balançar os braços o quanto quisesse, fui a praça primeiro, uma metade de pedra se erguia próximo a o único banco que sobrou na praça, três ou quatro árvores um pouco chamuscado se erguiam ainda vivas, outras dez carbonizadas e muitos tocos e troncos ao chão, passei rápido por lá, não me interessava nem me dava inspiração aquele lugar.
levei meu café até a cafeteria, me sentei em uma mesa, que tinha apenas três cadeiras, me sentei calmo, dei um gole no café e observei a nova paisagem.
Um campo aberto, algumas gramas que nasciam aqui e ali, pedras negras para todos os lados, uma casa ou um prédio abandonado a cada 800 metros, entre os escombros que sobraram era possível ver minha casa a um quilometro.
Da cafeteria rústica sobraram apenas algumas poucas madeiras carbonizadas que compuseram a entrada, um pouco do telhado e uma placa escrito cafeteria Summer.
O lugar onde era o balcão crescia um pouco da grama que vinha do jardim do fundo outra mesa se fazia intacta do lado de dentro.
Tomei em café bom, era um lugar bom, pacífico, me acostumei a ficar só com meus pensamentos.
Hoje não tinha ninguém me acompanhando para eu apresentar, não tinha pão de queijo para comer, não tinha quem observar passear na rua. O dia era frio, daqueles nublados, onde o sol aparece, mas não esquenta rápido o suficiente, onde o vento que soprava arrepia os pelos e trás lembranças de um outro tempo, talvez melhor.
Quando terminei o café voltei para casa, para escrever. O caminho para minha casa não era longe, naquela cidade as coisas costumavam estar sempre uma perto da outra, agora então, eu podia só caminhar em linha reta direto para ela.
o Pior de morar com muita gente, é que você chega e todos querem saber onde você foi.
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